sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Em BH, 84,8% das gestantes internadas por complicações da Covid-19 são negras


Das mulheres, 52,2% são moradoras de áreas de vulnerabilidade social na capital

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Foto: Pixabay/Reprodução



Em Belo Horizonte, 84,8% das gestantes internadas por complicações do coronavírus são negras e, 52,2%, moradoras de áreas de vulnerabilidade social. Ainda, 32,6% das mulheres vivem em áreas de médio risco.


A informação é do oitavo relatório InfoCovid, produzido pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), publicado nesta sexta-feira (18). O período analisado no estudo foi entre 29 de julho e 15 de agosto, que representa as Semanas Epidemiológicas (SE) 31, 32 e 33.

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A maior parte das gestantes internadas estavam no terceiro trimestre de gravidez, 53,3% e, do total, 73,9% não precisaram ser atendidas em uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).

Há apenas um óbito registrado de gestante na capital por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), de uma mulher de 43 anos, negra, e moradora da periferia.

Conforme o relatório, ela chegou ao hospital em que foi atendida quatro dias depois do início dos sintomas. Os resultados do exame para Covid-19 foram negativos. Duas puérperas morreram na capital e, uma delas, foi diagnosticada com coronavírus.

De acordo com o estudo, o Brasil tem o maior número de grávidas e puérperas mortas pela Covid-19. Das 978 notificadas, 124 morreram – número que é 3,4 vezes maior do que o relatado em outros países do mundo.

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