terça-feira, 30 de setembro de 2014

FHC aposta em Aécio Neves no segundo turno


FHC aposta em Aécio no segundo turno




Ex-presidente FHC "tem fé" em ida de Aécio Neves ao segundo turnoEm evento realizado por entidades ligadas à construção civil, o ex-presidente afirmou que a eleição somente é ganha "no dia", criticou as políticas do governo e defendeu reforma política que trate do financiamento
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Em Fortaleza para participar de evento promovido por entidades da construção civil, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) lembrou de sua mais marcante derrota eleitoral para dizer que “eleição, a gente só ganha no dia”.

O sociólogo afirmou que o PSDB não tem inclinações sobre quem apoiar no segundo turno, porque aposta que seu candidato, o senador mineiro Aécio Neves, tem chances de chegar à segunda fase da disputa.


“Eu tenho fé”, resumiu. Ele citou sua própria derrota para Jânio Quadros na disputa pela Prefeitura de São Paulo, em 1986. FHC lembrou que até as pesquisas de boca de urna lhe davam a vantagem. Mas foi Jânio quem acabou no Palácio do Anhangabaú.


A queda da candidata Marina Silva (PSB) nas pesquisas, segundo o ex-presidente, deveu-se a “um ataque desmesurado a ela, em bases fantasmagóricas”. Marina, que ele apontou em livro recente como liderança capaz de interlocução direta com a sociedade, tem, no ambientalismo, algo que “é positivo no ponto de vista do jovem”. Isso seria uma vantagem sobre Aécio.


O ex-presidente não economizou nas tintas contra a atual administração federal. Ele indicou, de forma irônica, a presidente Dilma Rousseff (PT) ao prêmio Nobel. “Ela conseguiu arrebentar, ao mesmo tempo, o setor de petróleo, o setor de etanol e o setor de energia. Isso não é fácil”, critica.


Compra de votosFHC também criticou os métodos de fazer política. Para ele, as eleições são “compras de votos”. O tucano afirma que, no Brasil, “a democracia é financiada pelas empreiteiras, pelos bancos e por quatro ou cinco empresas”. Ele diz ser contrário a que as empresas possam fazer doações para vários candidatos, mesmo que com ideologias opostas. Segundo ele, estas doações seriam um dos motivos para a crise de representatividade.


“O sistema político está desacreditado”, diz. Sua transformação, porém, demandaria uma reforma política que, FHC admite, “os partidos não têm interesse”.


Para o sociólogo, estaria em questão uma escolha sobre que forma de organização o Brasil adotaria. Seria a opção entre um modelo que aposta na sociedade e outro que aposta no Estado como agente de mudanças. De acordo com FHC, que declarou achar “exagerado” o papel que a Constituição dá ao setor público, o Brasil tem uma tradição de “Estado forte e sociedade fraca”. Entretanto, este contexto está sendo transformado por uma nova geração que quer “fazer parte da política”, sem que isso queira dizer “partido”.

http://www.opovo.com.br/app/opovo/politica/2014/09/30/noticiasjornalpolitica,3322733/ex-presidente-fhc-tem-fe-em-ida-de-aecio-neves-ao-segundo-turno.shtml

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Pimenta da Veiga : "Me sinto extremamente preparado para governar Minas"


Pimenta da Veiga: "Me sinto extremamente preparado para governar Minas "


Candidato da coligação “Todos por Minas”, Pimenta da Veiga

Em entrevista ao Hoje em Dia, o candidato da coligação “Todos por Minas”, Pimenta da Veiga (PSDB), revela as principais metas de sua proposta de governo, caso seja eleito. No plano social, ele garante que as prioridades serão a saúde, educação e segurança. Além da infraestrutura, a dinamização econômica de Minas também está no radar do tucano.


Em seu plano de governo, qual ponto o senhor considera o mais importante e por quê?

As principais bases do nosso plano de governo são a área social, com prioridade para saúde, educação e segurança pública; a modernização da infraestrutura urbana; e a dinamização da economia de Minas.


Além desses pontos, quais são as áreas prioritárias e como pretende desenvolvê-las?

Na educação, vamos levar o ensino integral a todas as escolas do Estado; aumentar as vagas e diversificar os cursos profissionalizantes; valorizar os professores por meio de promoção automática dos que concluírem mestrado ou doutorado e ainda oferecer condições para que optem pelo trabalho integral em uma só escola.


Na segurança, vamos aumentar o policiamento ostensivo e ampliar o efetivo das polícias Militar e Civil. Queremos avançar com os programas de prevenção à criminalidade e às drogas, como o Fica Vivo, pois o tráfico é a principal causa da violência.


Na saúde, vamos ampliar, reformar e construir 17 hospitais regionais, com objetivo de fortalecer o processo de regionalização da saúde. A intenção é fazer com que as pessoas tenham atendimento médico o mais próximo possível de suas casas. Para isso, vamos também implementar incentivos aos médicos que se fixarem nas pequenas cidades.


Na infraestrutura, vamos atacar o problema da mobilidade urbana. Primeiro, é preciso um transporte público de qualidade. O mais eficiente é o sistema sobre trilhos. Na Região Metropolitana, por exemplo, a solução é o metrô. Temos o compromisso de construir o Rodoanel Norte e também 22 contornos rodoviários ao redor de cidades de médio e grande porte, eliminando o tráfego pesado de caminhões e tornando o trânsito mais seguro na Região Metropolitana. E também vamos construir o Rodoanel Sul, ligando Betim à BR-040.


Como pretende trabalhar pelo desenvolvimento econômico e social das regiões de Minas?

Para fazer com que Minas dê um novo salto na economia, vamos aproveitar as potencialidades regionais e diversificar os empreendimentos. Além disso, vamos investir na infraestrutura e na logística, assim como reduzir a carga tributária, dentro da competência do governo estadual. Com isso, aumentamos as oportunidades, gerando mais empregos e atraindo mais recursos para a melhoria da qualidade de vida dos mineiros. Vamos manter todos os programas sociais, como o Travessia.



Entre 2002 e 2012, Minas reduziu a desigualdade social em 10,9%, um resultado melhor que a média do Brasil e do Sudeste. Mais de 3 milhões de mineiros foram beneficiados pelo Travessia em 309 municípios. O programa promove a inclusão social e produtiva da população em situação de pobreza e vulnerabilidade social, por meio de uma série de ações articuladas entre várias secretarias de Estado e órgãos da administração. Temos que ressaltar que o mineiro tem enorme capacidade empreendedora, sempre soube aproveitar as oportunidades de trabalho nas diferentes áreas e precisa ser cada vez mais incentivado a produzir.



Quais são os principais desafios que o novo governador enfrentará?

São vários porque administrar um estado com as dimensões de Minas, com suas diversidades e potencialidades, exige dedicação e trabalho. Reduzir, por exemplo, as diferenças sociais entre as nossas regiões vai exigir muito esforço e determinação porque o modelo econômico adotado pelo governo federal nos últimos anos aponta para momentos difíceis. Mas, da nossa parte, não faltará o empenho para que as regiões mais pobres, como o Norte, o Jequitinhonha e o Mucuri recebam mais investimentos que as regiões mais ricas. Queremos diminuir a distância social entre as regiões de Minas, sem deixar, no entanto, de criar alternativas para que as mais desenvolvidas não fiquem paradas no tempo.



A crise internacional persiste e compromete o crescimento econômico do Brasil. O que fazer para que Minas se expanda e sustente seus projetos de governo?

Não é só a crise internacional que preocupa, mas a política econômica do governo federal do PT que trouxe de volta a inflação com profunda recessão. O retorno da inflação significa prejuízo para todos, é vizinha da corrupção, impede o crescimento, o desenvolvimento de cidades e pessoas. Apesar disso, nos últimos anos, Minas cresceu mais do que a média nacional. A indústria mineira aumentou a sua parcela na economia do Estado, segundo o IBGE. Em 2002, o setor respondia por 27,5% da economia mineira e passou para 32,8% em 2011. Esse índice representa mais do que o crescimento da média nacional. Em 2002, a indústria no Brasil tinha participação de 27,1% e cresceu 0,4 ponto percentual em 2011, quando chegou a 27,5% na economia nacional.



O senhor se considera preparado para enfrentar um eventual cenário negativo, com perdas de arrecadação?

Me sinto extremamente preparado. Além da atração de investimentos, como já citei, vamos intensificar a parceria com a iniciativa privada. Minas é o estado com maior número de Parcerias Público Privadas (PPP). Nos últimos seis anos, o Governo de Minas conseguiu atrair R$ 2,3 bilhões para projetos de PPP, e outros R$ 5 bilhões em projetos em licitação. Minas se tornou referência nacional e internacional quando se trata desse modelo, com reconhecimento pela revista britânica World Finance e pelo Banco Mundial.



Se eleito, que Estado o senhor deseja entregar?

Uma Minas onde todos tenham orgulho de dizer onde vivem. Meu maior compromisso é com os cidadãos. As ações do governo terão como objetivo principal promover o bem-estar das pessoas que devem ser contempladas com políticas públicas que tornem nosso Estado uma terra de oportunidades para todos.



Se eleito, qual será o perfil do seu secretariado?

Competência e espírito público. É o que buscaremos entre os homens e mulheres de bem para compor o nosso governo. Queremos fazer um governo moderno, com eficiência em gestão. Como somos apoiados por uma ampla coligação – que inclui 14 partidos, além de lideranças de outras legendas que ao longo da campanha, foram se juntando a nós – não precisaremos nos render a conchavos ou alianças espúrias para garantir governabilidade. O eleitor pode esperar de nós o compromisso com a ética e o interesse público em todas as nossas ações, o que começará já na montagem da equipe de governo.



Por que os mineiros devem votar no senhor?

A nossa candidatura é a mais preparada para governar Minas. Tenho percorrido diversas cidades para escutar as pessoas sobre seus principais sonhos e demandas. Ninguém pode governar bem um país, um estado, um município se não for ouvindo os destinatários das nossas ações. O que me credencia é a minha história pessoal e política, de quase 40 anos dedicados ao interesse público, que me ensinou que o foco de um governo deve ser a melhoria da vida das pessoas.


Jornal Hoje em Dia

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Aécio Neves presidente do PSDB : "Minha disputa é para valer e eu vou chegar no segundo turno"


Aécio " Minha disputa é para valer e eu vou chegar no segundo turno"



Aécio: Não saí de casa para figurar numa campanha

http://www.otempo.com.br/capa/pol%C3%ADtica/a%C3%A9cio-n%C3%A3o-sa%C3%AD-de-casa-para-figurar-numa-campanha-1.921566

Candidato evitou falar sobre o posicionamento que adotará caso não dispute o segundo turno da corrida ao Palácio do Planalto



DA REDAÇÃO

O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, evitou nesta quinta-feira (25), mais uma vez, falar sobre o posicionamento que adotará caso não dispute o segundo turno da corrida ao Palácio do Planalto. Em entrevista à rádio gaúcha, o senador mineiro foi questionado sobre quem receberá o seu apoio - Dilma Rousseff (PT) ou Marina Silva (PSB) - adversárias mais bem posicionadas nas recentes pesquisas de intenção de voto, caso não passe para a próxima etapa deste pleito. "Não saí de casa para figurar numa campanha eleitoral, minha disputa é para valer e eu vou chegar ao segundo turno", disse, reiterando que o País está entrando na onda da razão.



Ao falar da adversária do PSB, Aécio disse que ela não tem condições para administrar o quadro complexo que o País vai enfrentar no ano que vem. "A situação é tão grave que o País precisa de alguém que coloque ordem na casa e eu não vejo em Marina as condições de fazer a sinalização adequada que estamos fazendo", disse, lembrando que foi o único presidenciável a anunciar o nome de seu ministro da Fazenda, o ex-BC Armínio Fraga. Além das críticas na seara econômica, o tucano atacou também a intenção da ex-senadora em criar a Rede. "Eu vou fazer a reforma política porque precisamos diminuir o atual número de partidos, é assustadora a proposta de Marina se permitir a criação de novos partidos." "Marina militou durante 24 anos no PT. E, neste período, ela se omitiu quando ocorreu a denúncia do mensalão, não me lembro dela ter se manifestado contra a velha política (naquele período). Somos aquilo que fizemos ao longo de nossa vida e Marina não gosta que lembrem que ela foi do PT." E advertiu: "As propostas de Marina não são para quem quer governar o Brasil."



Na entrevista, o tucano voltou a criticar duramente a condução da política econômica pelo governo da presidente e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff. "O PT prefere administrar a pobreza a incentivar o crescimento da economia do País", frisou. E disse que o ano de 2015 já está precificado em razão dos equívocos cometidos pela atual gestão petista. "Se Dilma for reeleita, a retração dos investimentos será maior, pois ninguém sabe qual política econômica o governo irá adotar se Dilma for reeleita."



O candidato do PSDB falou que se for eleito irá acabar com o Regime Diferenciado de Contratação (RDC) utilizado para a contratação emergencial de obras para a realização da Copa do Mundo de Futebol no País. "O RDC permite o descontrole do dinheiro público, este regime diferenciado de contratação criado para as obras da Copa do Mundo não é o caminho, pois permite o controle absoluto das empresas sobre os processos e, estamos fazendo obras sem projetos executivos", disse, destacando que o caminho para as obras públicas continua sendo a lei 8.666 (de 1993). "Esta lei é o caminho, podemos simplificá-la, mas não podemos tirar do Estado o seu poder de fiscalização e controle sobre o dinheiro público."





Ainda nas críticas, o presidenciável tucano disse que a gestão de Dilma Rousseff "demonizou o setor privado e as parcerias". E ironizou: "O sonho do brasileiro é morar na propaganda do PT, mas este não é o Brasil real." Agência Estado

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Pimenta lamenta fuga de Pimentel aos debates de campanha


Pimenta lamenta fuga de Pimentel aos debates de campanha

Pimenta parte para o ataque



http://impresso.em.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2014/09/25/interna_politica,128801/pimenta-parte-para-o-ataque.shtml
Tucano diz que Pimentel abandonou a ética. Petista contra-ataca na TV e nas redes sociais


Isabella Souto


As últimas 48 horas da campanha eleitoral pelo governo de Minas Gerais deram uma amostra de como o clima deve esquentar até 5 de outubro. Depois de fazer duras críticas a Fernando Pimentel (PT) no debate promovido pelos Diários Associados e transmitido pela TV Alterosa na noite de terça-feira, Pimenta da Veiga (PSDB) voltou a atacar seu principal adversário durante campanha realizada ontem em Uberaba, no Triângulo Mineiro. “Eu espero que o candidato Fernando Pimentel pare de fugir dos debates. Ele passou a campanha inteira abandonando a ética, deixou a ética de lado, deixou a verdade de lado, usou a mentira como arma. Agora, precisa ir aos debates para, frente a frente, nós conversarmos”, disse Pimenta, referindo-se à ausência de Pimentel no debate de terça-feira.


Já nos minutos iniciais do debate, destinados à apresentação dos candidatos, Pimenta lamentou a falta do petista, que comunicou a 30 minutos do programa que não compareceria por motivo de saúde. “Ele foge porque não quer responder aqui a notícias sobre seus procedimentos administrativos e pessoais. Tenho acusações a fazer frente a frente. Ele está fugindo, mas uma hora terá que aparecer”, afirmou o tucano.


Em Uberaba, Pimenta afirmou que nesta reta final a campanha vai focar no número 45 para evitar que os eleitores confundam o seu nome com o do adversário. “O outro candidato, que tem nome parecido, é do PT e está envolvido nas coisas todas que a imprensa tem divulgado tanto, como por exemplo os R$ 10 bilhões que sumiram da Petrobras”, disse o candidato .


Programa A resposta da campanha petista aos ataques do tucano veio por meio das redes sociais e do programa eleitoral de televisão. No início da tarde de ontem, Pimentel postou em sua página no Facebook e em seu site na internet que lamenta não ter participado de dois debates em razão de uma faringite – o que levou ao cancelamento de sua agenda e de gravações para a propaganda de televisão. E alfinetou o tucano: “Não tenho compromisso com adversários que mentem, tentam criar um clima de terror na campanha e a cada dia deixam mais claro que desconhecem totalmente a realidade de Minas. Isso, sim, não faz parte da tradição mineira”, escreveu, referindo-se a acusações de que o PT está sonegando fatos.


No mesmo horário, Pimentel fez outro ataque via televisão. Na transição entre o programa da coligação encabeçada pelo PT e do PCB, um vídeo de 30 segundos faz um apelo aos mineiros: “Conheça os fatos”. Com imagens de Pimenta e cópias de reportagens veiculadas em jornais e internet, o locutor acusa o tucano de estar afastado de Minas Gerais há 20 anos e ter trabalhado para “gente suspeita” como o empresário Marcos Valério – apontado como o operador do mensalão e condenado pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) a 37 anos e cinco meses de prisão e multa de R$ 4,4 milhões pelos crimes de corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e evasão de divisas.


Em relação a acusação de que Pimentel está envolvido no escândalo da Petrobras, a campanha petista informou que vai ajuizar hoje uma ação de calúnia e difamação contra Pimenta.


Apesar de Pimentel ter faltado a dois debates nos últimos dias, sob a justificativa de que estava doente, os dois principais candidatos ao governo terão a chance de ficar frente a frente em duas oportunidades até o fim da campanha: amanhã, no debate da Rede Record, e na próxima terça-feira, na Rede Globo.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Pimentel não debate suas propostas e assim não ouve críticas


Pimentel não debate suas propostas e assim não ouve críticas



Comunicado de última hora

http://impresso.em.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2014/09/24/interna_politica,128720/comunicado-de-ultima-hora.shtml


A ausência do candidato do PT ao governo de Minas, Fernando Pimentel, no debate de ontem da TV Alterosa pegou de surpresa a militância do partido que estava na porta da emissora e também os assessores do petista, que o aguardavam na sala reservada para ele e sua equipe. A confirmação de que ele não compareceria, por motivo de saúde, foi feita oficialmente pela equipe dele a 30 minutos do início do debate. Pouco antes, sua assessoria chegou a participar do sorteio que definiu a ordem das perguntas e a posição dos candidatos no estúdio.


De acordo com nota divulgada pela campanha do petista, ele está com faringite, que o deixou afônico e com tosse. “Pimentel cancelou compromissos nos últimos dias na tentativa de se restabelecer para enfrentar os desafios da campanha”, diz a nota. É o segundo debate na TV que o petista falta.

Mais cedo, a militância de Pimentel e do tucano Pimenta da Veiga, que polariza com o petista a disputa pelo governo do estado, tomou conta da Avenida Assis Chateubriand, na Floresta, Região Leste de Belo Horizonte, que foi parcialmente interditada. Separadas por cordas, as duas militâncias trocaram provocações, mas o clima era de tranquilidade. Não houve confrontos. De acordo com a Polícia Militar, cerca de 700 pessoas aguardavam os candidatos na porta da TV Alterosa.

Nos bastidores, o debate foi marcado por ânimos acirrados. Durante os intervalos, assessores corriam para dar conselhos e orientar os candidatos. Na plateia, expressões ora de entusiasmo ora de desconfiança a cada pergunta. O tucano Pimenta da Veiga estava acompanhado pelo maior número de pessoas, entre eles a mulher Anna Paola, o filho deles, Pedro, e o candidato ao Senado da chapa, Antonio Anastasia. Fidélis contava com cinco assessores, de longe, os que mais comentavam sobre perguntas e desempenho dos participantes. Já Tarcísio Delgado foi acompanhado por três pessoas.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Pimenta da Veiga hoje no debate da TV Alterosa


Pimenta hoje no debate da TV Alterosa

Noite de confronto na TV



http://impresso.em.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2014/09/23/interna_politica,128617/noite-de-confronto-na-tv.shtml
Os quatro principais candidatos ao governo de Minas se enfrentam na Alterosa, às 22h30


Daniel Camargos e Flávia Ayer


A corrida eleitoral pelo governo de Minas promete esquentar hoje à noite, com o debate dos Diários Associados. Na reta final das eleições, os quatro principais candidatos ao Palácio Tiradentes estarão reunidos para discutir propostas e disputar o voto dos mineiros em um dos debates considerados mais decisivos para a escolha dos eleitores, que será transmitido ao vivo pela TV Alterosa, às 22h30, depois do Programa do Ratinho, pelo Portal Uai (www.uai.com.br) e pela Rádio Guarani (96,5 FM). A duração será de uma hora e meia.


Depois de faltar a debate promovido pela Rede TV! no domingo, Fernando Pimentel (PT) garantiu comparecer ao evento de hoje. Pimenta da Veiga (PSDB), Tarcísio Delgado (PSB) e Fidélis (Psol) são presenças confirmadas. Foram convidados postulantes de partidos com representação na Câmara dos Deputados, como dita a Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997). O mediador será o gerente de jornalismo da TV Alterosa, Ricardo Carlini, âncora do programa TV Verdade. Os demais candidatos estarão, de hoje a quinta-feira, no programa TV Verdade, às 13h50.


E o clima antes do debate já está quente entre os adversários. Ontem, o tucano Pimenta da Veiga classificou a ausência de Fernando Pimentel (PT) no confronto de domingo como lamentável. “Alguém que prega o diálogo não ir dialogar com os outros no debate? Eu achei lamentável. É um desrespeito com a opinião pública mineira”, avaliou Pimenta. Por sua vez, o petista afirmou que não compareceu ao compromisso por estar com faringite, o que o deixou sem voz.


Tanto Fernando Pimentel (PT) quanto Pimenta da Veiga (PSDB) fizeram campanha ontem junto de seus padrinhos políticos e candidatos à Presidência da República, na tentativa de conquistar votos no estado que é o segundo maior colégio eleitoral do país. Fernando Pimentel participou de carreata em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, com a presidente Dilma Rousseff (PT), que tenta a reeleição. Por causa da faringite, Pimentel não fez pronunciamentos nem deu entrevistas.


Já Pimenta da Veiga acompanhou o candidato à Presidência por seu partido, o senador Aécio Neves (PSDB), em carreata em Betim e Contagem, também na região metropolitana. Pimenta voltou a atacar o PT. “O mineiro tem duas opções: seguir com o governo transformador que está dando certo ou eleger o PT. O PT dos escândalos, o PT da incompetência, o PT de uma economia parada, o PT que tem feito tanto mal ao Brasil”, disse o tucano.


Pimenta fez uma conjectura para voltar a atacar o partido adversário. “Imagine entregar a Cemig e a Copasa ao PT. Eles vão fazer aqui o que fizeram na Petrobras”, afirmou, em referência aos escândalos que atingem a estatal do governo federal.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Alckmin aposta que o candidato Aécio Neves estará no segundo turno


Alckmin aposta que Aécio estará no segundo turno 




Em almoço com empresários, Alckmin diz que Aécio tem chances de chegar ao segundo turno
Governador e candidato à reeleição evitou falar de apoio, em caso de derrota dos tucanos

Fernando Mellis, do R7

Governador foi palestrante na Câmara Portuguesa, em São PauloGabriel Soares/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo

Faltando duas semanas para o primeiro turno das eleições, o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, reforçou as aparições ao lado do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que disputa a reeleição. Os dois participaram de um evento da Força Sindical, na manhã desta sexta-feira (19), na capital paulista.

Em seguida, Alckmin foi a um almoço com empresários, promovido pela Câmara Portuguesa. O governador foi questionado se apoiaria Marina Silva (PSB), em caso de derrota do candidato tucano. Ele preferiu não comentar o assunto.

— Vamos trabalhar para chegar ao segundo turno. Se estivermos lá, é outra eleição. Se não estivermos, vamos avaliar [o apoio político] no momento adequado.

Alckmin também falou que é nessa reta final que o eleitor define o voto. O PSDB está investindo na alta aprovação do governador paulista para tentar melhorar a situação de Aécio no Estado. Nas últimas pesquisas de intenção de voto, o candidato do PSDB à Presidência ocupa o terceiro lugar em São Paulo, atrás de Marina Silva (PSB) e Dilma Rousseff (PT).

Antes de ir à Câmara Portuguesa, Alckmin esteve em um encontro com mulheres, organizado pelo candidato a deputado, Paulinho da Força (SDD). Ele e Aécio receberam um documento com reivindicações de políticas públicas para mulheres. Os dois se comprometeram, caso sejam eleitos, a trabalhar nessas questões.

O governador prometeu mais ações para diminuir as desigualdades entre homens e mulheres no mercado de trabalho.

— Nossa proposta é emprego para as mulheres, desenvolvimento de São Paulo, mais empresas, melhores salários, piso estadual mais alto que o salário mínimo, qualificação profissional, educação, creche, escola de tempo integral até o ensino técnico, tecnológico e universitário.

No começo da semana, Alckmin disse que está à disposição da campanha de Aécio para ajudar. O candidato ao Senado pelo PSDB paulista, José Serra, chegou a dizer que não dá “a candidatura do Aécio como perdida”.

Alexandre Padilha (PT) já participou do mesmo evento da Câmara Portuguesa, em maio, quando ainda era pré-candidato. Na ocasião, o candidato falou que São Paulo está perdendo a liderança em algumas áreas.

— Ao longo da história, os outros Estados do País sempre sonharam em copiar experiências de políticas públicas de São Paulo. Nos últimos anos, infelizmente, começaram a planejar ultrapassar São Paulo, desenvolvendo políticas públicas na área da educação e da saúde e estão muito à frente daquilo que já é desenvolvido no nosso Estado.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Pimenta da Veiga irá fortalecer o sistema de saúde com novos hospitais no interior


Pimenta irá fortalecer o sistema de saúde com novos hospitais no interior



Pimenta promete hospitais

http://impresso.em.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2014/09/19/interna_politica,128279/pimenta-promete-hospitais.shtml

Candidato do PSDB pretende ampliar rede no interior de Minas para facilitar acesso à saúde

Leonardo Augusto


O candidato do PSDB ao governo de Minas, Pimenta da Veiga, prometeu ontem investimentos na área da saúde durante campanha em Manhuaçu, na Zona da Mata. O tucano afirmou que, se eleito, vai finalizar obras para implantação de hospitais que já foram iniciadas pelo Executivo estadual ou que estejam em fase de projeto. Na área de segurança, Pimenta disse que pretende aumentar o policiamento em Minas Gerais. “Para deixar claro que nós não convivemos com a bandidagem”, disse. O candidato esteve na cidade para uma caminhada e carreata, acompanhado do candidato do PSDB ao Senado, Antonio Anastasia, entre outros aliados.


Segundo Pimenta da Veiga, o objetivo dos investimentos em saúde é evitar que pacientes do interior de Minas Gerais tenham que viajar à capital para fazer tratamentos. “Nós vamos concluir todos os hospitais iniciados. Não apenas os que estão com obras em andamento. Até agora, já estão prontos os hospitais de Pirapora, de Uberaba e de Uberlândia. E outros continuam em obras, como os de Governador Valadares, Teófilo Otoni, Sete Lagoas, Divinópolis e Juiz de Fora. Nós vamos concluir todos esses, e aqueles que estão ainda em fase de projeto, nós vamos também iniciar a obra e conclui-la. E mais do que isso: nós vamos equipar os hospitais e colocá-los em funcionamento de maneira que nenhum mineiro precise viajar a Belo Horizonte para se tratar, todos possam resolver os problemas de saúde que tenham na sua região, sejam de baixa complexidade, de média ou de alta complexidade”.



Entre os hospitais em que pretende investir, Pimenta da Veiga citou também de Manhuaçu, destacando a importância dele para região. “É fundamental que a saúde aqui esteja no nível de outras cidades próximas e, sobretudo, que (a rede hospitalar) possa atender os pequenos municípios que gravitam em torno de Manhuaçu com um serviço de boa qualidade”, afirmou. O candidato prometeu também fazer o contorno viário da cidade. “É uma antiga reivindicação. Isso está no nosso plano de governo”.



Segurança Ao falar sobre segurança, Pimenta disse que o “governo do PT não toma conta das fronteiras e deixa entrar drogas e armas (no país)”, refirindo-se à administração da presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição. “Mas nós aqui em Minas temos um programa muito vigoroso com a Polícia Militar e a Polícia Civil, e no meu governo eu pretendo aumentar o policiamento ostensivo, para deixar claro que nós não convivemos com a bandidagem. Então, nós vamos ter mais policiamento ostensivo para que o cidadão se sinta mais seguro e o bandido fique com medo”, afirmou o

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Aécio Neves líder da oposição sinaliza endurecer relações com países produtores de drogas


Aécio sinaliza endurecer relações com os países produtoraes de drogas


Aécio sinaliza endurecer relações com países produtores de droga

http://www.otempo.com.br/capa/pol%C3%ADtica/a%C3%A9cio-sinaliza-endurecer-rela%C3%A7%C3%B5es-com-pa%C3%ADses-produtores-de-droga-1.917384

Candidato destaca que o principal alvo da estratégia deve ser a Bolívia e que a gestão petista assiste ao crescimento da violência


DA REDAÇÃO


O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, disse nesta quarta-feira (17), que deverá rever as relações diplomáticas com países produtores de droga, destacando que o principal alvo da estratégia deve ser a Bolívia, mas citando também Colômbia e Paraguai. A sinalização foi feita em encontro com mulheres tucanas, no diretório estadual da legenda na Capital.

"Nós sabemos que as drogas e as armas que matam no Brasil não são produzidas aqui, são produzidas aqui ao lado, tem uma coisa que ninguém tocou ainda que eu estou tocando e no primeiro momento que falei isso as pessoas se surpreenderam, que é a Bolívia. Vamos por o dedo na ferida", afirmou, destacando que a Bolívia produz hoje quatro vezes mais cocaína do que consome. "E produzem com a complacência, conveniência e vistas grossas do governo de lá."

Aécio criticou o governo do PT, dizendo que a gestão petista assiste ao crescimento da violência e criminalidade e financia obras nesses países. "Não faremos parceria e nem daremos financiamento a países que não tenham programa de inibição da produção de drogas", disse, reiterando que não se pode fazer vistas grossas a este tema e dizendo que no governo petista, "o BNDES está volta e meia dando financiamento a esses países".

O tucano reconheceu que existe uma relação de solidariedade com essas nações, mas que só será mantida a partir do momento em que tenham responsabilidade. "No meu governo só vai haver relação com esses países quando eles tiverem a responsabilidade de inibir o cultivo, seja da matéria prima, da maconha ou da própria droga."

Após o evento, o candidato do PSDB à Presidência da República voltou a tocar no tema, dizendo mais uma vez que o Brasil tem um número grande de parcerias com esses países e não cobra, em contrapartida, nenhuma ação efetiva para coibir a produção de drogas, "que atravessam as fronteiras do País de forma absolutamente livre para matar vidas". E reiterou: "Temos de tratar segurança pública num plano mais amplo, com controle mais efetivo das fronteiras e também numa relação diferenciada com os países produtores de drogas."

O tucano disse que se eleito não concederá financiamento e nem estabelecerá parcerias com países que não tiverem internamente um programa confiável de diminuição e inibição da produção de drogas. "Estou sinalizando de forma muito clara, nós vamos ter uma conversa no nível diferenciado com os países que aceitam a produção ou de drogas ou de matéria prima de drogas em seu território. Chega de fazermos vistas grossas."

Segundo ele, o número de dependentes do crack chega a 1 milhão. "A matéria prima disso tudo não é feita no Brasil, vamos conduzir uma política externa não para ser gostado pelos países vizinhos, como fez o PT, pelos menos em relação a alguns deles, mas para ser respeitado por esses países." E voltou às críticas ao governo petista: " Não irei terceirizar responsabilidades, o atual governo assiste ao crescimento da criminalidade, da violência, terceirizando responsabilidades e não executando o orçamento de segurança pública. No meu governo vai ser diferente." Agência Estado

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Pimenta irá investir mais em saúde pública


Pimenta irá investir mais em saúde pública



Pimenta quer investir mais em saúde

http://impresso.em.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2014/09/17/interna_politica,128050/pimenta-quer-investir-mais-em-saude.shtml



O candidato ao governo de Minas pelo PSDB, Pimenta da Veiga, afirmou ontem, durante encontro com secretários municipais de Saúde, em Belo Horizonte, que, se for eleito, pretende praticamente dobrar o número de unidades do programa Farmácia de Minas. Segundo ele, hoje são 522, e a intenção é chegar a mil unidades.



Outra questão abordada por Pimenta foi a judicialização da saúde. “O caminho é estado e municípios atenderem aos casos antes da ordem judicial”, disse, a respeito da prática de pacientes de recorrer à Justiça para conseguir medicamentos e exames. O número de ações é tão grande que, em 2010, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) editou resolução sugerindo aos tribunais estaduais a adoção de medidas para subsidiar os magistrados e profissionais do direito na solução de demandas envolvendo assistência à saúde.



O tucano criticou o programa Mais Médicos, instituído pelo governo federal, que desde a sua criação provoca grande polêmica no país. Em pouco mais de um ano, o programa contratou cerca de 14,4 mil médicos. Desses, 11,4 mil provenientes de Cuba. “Eventuais médicos estrangeiros podem estar hoje aqui e amanhã em outro lugar”, afirmou Pimenta, ao responder a uma pergunta de um secretário de saúde. O candidato fez a crítica ao falar de sua proposta de criação de um plano de carreira para médicos, o que, na visão dele, poderá ser uma garantia para as prefeituras de que “o médico trabalhará com afinco.”



Questionado se mudaria o comportamento nos debates que ocorrerão na próxima semana, o tucano disse que, se pudesse, “gostaria de mudar o comportamento dos adversários, que foram muito agressivos”. Sobre a presença do candidato a presidente Aécio Neves (PSDB) em Minas, mais uma vez, Pimenta classificou que ela é “importante para a campanha e para o trabalho do partido em Minas”.



O encontro do candidato com os secretários de Saúde foi o primeiro compromisso de campanha do tucano no dia. À tarde, Pimenta visitou Sete Lagoas, Curvelo e Divinópolis, onde participou de carreata pela cidade e conversou com eleitores no Centro. Ele prometeu dar prioridade às obras de duplicação da MG-050.

Aécio Neves líder da oposição : "No meu governo, o BNDES vai deixar de dar "Bolsa Empresário"


Aécio : "No meu governo, o BNDES vai deixar de dar " Bolsa Empresário"


BNDES vai deixar de dar bolsa empresário, diz Aécio
Declaração foi uma crítica direta aos empréstimos concedidos pela instituição financeira durante o governo Dilma
Igor Gadelha e Valmar Hupsen Filho, do 
Nacho Doce/Reuters

São Paulo - O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, afirmou que, caso seja eleito, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai deixar de dar o que ele chama de "bolsa empresário".



A declaração foi uma crítica direta aos empréstimos concedidos pela instituição financeira durante o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) a grandes empresas de todo o País, com recursos do Tesouro. "No meu governo, o "S" de BNDES será de fato social", afirmou.

O candidato citou que pretende utilizar os recursos do banco para conceder empréstimos, por exemplo, a médicos, para que construam mais clínicas. Ele afirmou que o compromisso é de construir pelo menos 500 clínicas durante o governo dele em todo o Brasil.

De acordo com o tucano, o pagamento do empréstimo será feito por meio de atendimento à população nessas clínicas via Sistema Único de Saúde (SUS). "Vamos resgatar a capacidade de investimento na saúde", disse.

Marina

O candidato do PSDB voltou a fazer críticas à candidata do PSB, Marina Silva, afirmando que "não adianta criar um personagem às vésperas da eleição" e que ela tem mudado de posição para se "acomodar" à realidade eleitoral, em função de pressões de alguns setores.

"Não adianta queremos criar um novo personagem às vésperas da eleição. Quem votar no Aécio e no Aloysio (Nunes, candidato à vice na chapa) sabe que esta votando em um projeto", afirmou.

Apesar da crítica, Aécio afirmou que sua campanha não pretende "estimular nem tampouco compactuar com essa campanha do medo" empreendida pelo PT contra Marina Silva.

Ele avaliou como "inaceitável" os ataques pessoais, "com comparações indevidas", que o partido da presidente Dilma Rousseff tem feito contra a ambientalista, como no caso da independência do Banco Central.

"O que eu cobro de todos os candidatos é que digam com clareza aquilo que representam, aquilo que defendem", afirmou.

Ele citou como exemplo o fato de Marina agora defender a política econômica tucana, mas que, no passado, não contribuiu para a implantação de algumas medidas, como o Plano Real, e a aprovação da lei dos transgênicos.
http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/bndes-vai-deixar-de-dar-bolsa-empresario-diz-aecio

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Pimenta da Veiga reduzirá impostos e desburocratizará a economia de Minas


Pimenta reduzirá impostos e desburocratizará a economia de Minas





http://www.hojeemdia.com.br/elei%C3%A7%C3%B5es-2014/pimenta-promete-revisar-tributo-e-desburocratizar-a-economia-1.268460


Patrícia Scofield


O candidato ao Palácio Tiradentes pela Coligação “Todos por Minas”, Pimenta da Veiga (PSDB), prometeu, nessa segunda-feira (15), revisar a política tributária estadual e “desburocratizar” a economia. Durante a sabatina na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), que reuniu os três principais concorrentes ao governo, Pimenta disse que “é um erro enorme taxar além do que deve ser tributado” e que “tem horror à burocracia”.


“Para governar, é preciso primeiro falar a verdade e ter coragem. É preciso diagnosticar o que é inútil e ter coragem para mudar, corrigir distorções do ponto de vista tributário”, destacou o tucano.


Pimenta propôs a duplicação de todas as estradas feitas pelo governo de Minas com “intensa participação” da iniciativa privada, além da criação de um grupo de trabalho, caso seja eleito, composto pela Fiemg, pela CDL e pelo governo de Minas para diagnosticar o que precisa ser feito. “Vamos estabelecer um calendário para que os empresários saibam que podem investir no Estado”.

Aécio


Na única vez em que citou o nome do presidenciável Aécio Neves (PSDB) na sabatina, Pimenta afirmou que o governo federal “teve a preocupação de enfraquecer Aécio e castigou Minas”. A frase foi dita em resposta ao questionamento de um dos representantes da classe econômica do Estado sobre o “tratamento distante dado pelo PT a Minas”. O candidato aproveitou a oportunidade para cobrar a obra de ampliação do metrô de BH, e para criticar a instalação da fábrica da Fiat, que poderia ter sido fixada no Estado, em Pernambuco, em função de isenção fiscal. “É revoltante o que o PT fez com Minas. Foi um ato discriminatório”.


Inflação


Ao questionar a política econômica do governo federal, o ex-prefeito de BH lembrou que, quando o Plano Real foi adotado, “a inflação era de 2.500%”, fruto de uma falta de controle de gestões anteriores à de Fernando Henrique Cardoso. Hoje, é de 6,5%.


“Sabe como chegamos a esse valor na época anterior ao Real? A inflação estava em 6%, 7%, 8% e perdeu-se o controle. Então, sabíamos que, a cada ponto da inflação, tudo poderia ser corroído em dois meses. Um país com essa taxa ,de hoje, alta, não consegue se organizar. A inflação é irmã da corrupção”.




Água


Pimenta da Veiga chamou de “dádiva dos céus” o fato de Minas ter as principais bacias hidrográficas que abastecem a região Sudeste e se comprometeu a repensar o que poderá ser feito diante do baixo nível dos rios no Estado, sem porém detalhar o que será feito, se for eleito. “Abastecemos o Sudeste. A água é um bem estratégico e daqui em diante temos que pensar como vamos usar essas águas”, falou o tucano.


Desenvolvimento e Fazenda


Questionado durante a sabatina na CDL-BH sobre como enfrentaria as pressões das secretarias de Desenvolvimento Econômico e da Fazenda para investir na infraestrutura sem deixar de lado as demandas sociais, o candidato Pimenta da Veiga (PSDB) disse que “ouviria ambos para depois desempatar”.


“Por melhor que fosse a minha intenção, eu não vou falar o que deve ser feito sem antes ouvir meus secretários, se eu for eleito. Não diria porque eu poderia atrapalhar ou ficar neutro. Mas quem tem que desempatar a questão é o governador”, disse.

Eleição em Minas ainda está indefinida


Eleição em Minas ainda está indefinida

Se liga aí, mineiro



http://www.otempo.com.br/opini%C3%A3o/jo%C3%A3o-gualberto-jr/se-liga-a%C3%AD-mineiro-1.916648


Estamos a apenas três semanas do primeiro turno e, se você for perguntar a cinco mineiros em quem eles vão votar para governador, em média, pelo menos um irá dizer que não sabe.


Até a semana passada, o contingente de indecisos era próximo de 25%, segundo os institutos. Pode ser que tenha reduzido um pouco com a proximidade da eleição. Será que o eleitor mineiro vai jogar os santinhos para o alto na manhã do dia 5 de outubro e escolher aquele que cair com o rosto virado para cima?


Comparando com pesquisas para governador do Ibope e do Datafolha para outros Estados grandes, o questionamento se aviva. No Rio, em São Paulo, na Bahia ou no Rio Grande do Sul, a esta altura, o índice de indecisos varia de 7% a 11%. No quesito “não sei”, Minas é um ponto fora da curva. Por que será?


Como tem sido a praxe após as eleições mais recentes, a polarização na disputa pelo comando do governo do Estado foi mantida. E esse racha mineiro espelha a dicotomia nacional: é sempre um representante do grupo tucano contra um do grupo petista.


Se o acirramento esquenta a batalha da largada, por que, ainda assim, há tantos indecisos entre nós? Podemos apontar algumas hipóteses.


A eleição para presidente deste ano também despertava pouca atenção. Mas a tragédia que vitimou Eduardo Campos e, por consequência, a ascensão de Marina Silva puseram o processo na ordem do dia, desde a imprensa às rodas do bar. Acontece que o debate nacional não compartilhou o protagonismo com o processo regional desde então, e a sucessão estadual vem se dando à margem. A rejeição ampla e geral aos processos políticos que tomou conta de uma parcela dos brasileiros também ajuda a explicar a indecisão em parte.


No entanto, essas duas hipóteses não ajudam a justificar por que a eleição em Minas se diferencia das de outros Estados tão ou mais populosos em relação à persistência do índice de indecisos. Certamente, a escolha dos dois nomes pelos dois partidos polarizadores não ecoou da forma esperada por esses grupos. Pimentel, era claro, seria o candidato do PT, desejo que não pôde concretizar há quatro anos. Já Pimenta foi uma surpresa para todo mundo. E não deixou de ser em boa medida.


Será que Pimentel é pouco petista para o eleitor petista fiel? Será que Pimenta caiu no esquecimento do eleitor aecista, que reluta em recolocá-lo na corrente presente das possibilidades? Sim, ao eleitorado mineiro parece não haver opções plausíveis. É uma condição que, para além da proximidade dos nomes dos candidatos, une os dois. Indecisão apoiada em indiferença com a qual nenhuma das campanhas conseguiu dialogar até agora, nas ruas ou na TV.


O que vem disso? Três possibilidades: primeira, os indecisos se dividem de forma proporcional ao grupo dos que já se posicionaram e confirmam a vitória de Pimentel; segunda, os aecistas dão seu voto de confiança mais uma vez e garantem uma virada a Pimenta na última hora; e terceira, teremos altos índices de anulações ou abstenções.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Mulher de Pimenta da Veiga toma a frente da campanha e promete virada


Mulher de Pimenta toma a frente da campanha e promete virada



Mulher de Pimenta toma a frente de campanha: "Vamos virar"

http://www.otempo.com.br/capa/pol%C3%ADtica/mulher-de-pimenta-toma-a-frente-de-campanha-vamos-virar-1.915897

Enquanto o marido gravava programa eleitoral, Anna Paola foi às ruas para defender suas propostas

ISABELLA LACERDA

Enquanto o candidato do PSDB ao governo de Minas gravava para o programa eleitoral, sua mulher, Anna Paola Frade Pimenta da Veiga, participou na manhã deste domingo (14) de caminhada pela região Centro-Sul de Belo Horizonte. Partindo da praça da Liberdade, militantes e apoiadores de Pimenta desceram pela avenida João Pinheiro e seguiram até a praça Afonso Arinos com bandeiras, carros de som e distribuindo adesivos de campanha.


Segundo Anna Paola, a ideia é espalhar a campanha tucana pelo maior número de ruas da capital e do Estado. "Estamos todo o tempo em campanha. Por isso fizemos essa caminhada das mulheres. Estou fazendo agendas independentemente do Pimenta, pois queremos mostrar quem é o melhor candidato e qual o lado que tem a melhor proposta de governo para Minas", afirmou em entrevista à imprensa. "Vamos virar essa eleição", garantiu em seguida, ao discursar em um palanque improvisado.


Adriana Pinheiro, mulher do candidato a vice, Dinis Pinheiro (PP), também disse acreditar em uma vitória. "Temos que virar essa eleição e a reta final é agora. Vamos virar. Peço que multipliquem seus votos e peçam votos aos conhecidos", declarou. Até foto com o símbolo do "V" de vitória foi feita. Segundo a campanha, cerca de 4.000 pessoas participaram da caminhada. Pimenta da Veiga não participou de eventos públicos neste domingo. Segundo sua assessoria, não estava previsto que ele participasse da caminhada na praça da Liberdade.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Aécio, Anastasia e Pimenta em Montes Claros


Aécio, Anastasia e Pimenta em Montes Claros



Candidato Aécio Neves (PSDB) chegou as 11h em Montes Claros. (Foto: Michelly Oda / G1)



O candidato à Presidência da República do PSDB, Aécio Neves, visitou Montes Claros, maior cidade do Norte de Minas Gerais, nesta quinta-feira (11).

Esta é a primeira vez que o candidato da coligação Muda Brasil visita a cidade durante a campanha eleitoral de 2014.

Junto com Aécio também estão em Montes Claros o candidato ao senado pelo mesmo partido, Antonio Anastasia, o candidato ao Governo de Minas, Pimenta da Veiga e o seu vice-governador, Dinis Pinheiro (PP), da coligação Todos por Minas.

A comitiva chegou no aeroporto de Montes Claros as 11h20. Depois de conversar com jornalistas e saudar eleitores, os candidatos seguiram em carreata para o centro da cidade. As 12h eles se encontraram com lideranças locais no Automóvel Clube.

Aécio Neves passeou ainda pela Praça Dr. Carlos, no centro da cidade, onde fez um corpo a corpo com o eleitorado

O presidenciável deixou a cidade as 14h, segundo a assessoria. As 19h Aécio participou de um encontro com jovens em Belo Horizonte, no bairro Lurdes.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Candidato Aécio Neves : "Dilma desmoralizou a reeleição"


Aécio : "Dilma desmoralizou a reeleição"



http://impresso.em.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2014/09/11/interna_politica,127434/marina-vira-alvo-de-aecio.shtml
Tucano diz que ex-ministra vai governar com "terceiro time" formado por quadros do PT e PSDB


Maria Clara Prates

"O que é a nova política? Governar com um terceiro time do PSDB e do PT? Não busquei o segundo ou o terceiro melhor. Eu tenho os melhores" - Aécio Neves (PSDB), candidato a presidente


Depois de passar os últimos dias criticando intensamente a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, o também presidenciável senador Aécio Neves (PSDB) disparou ontem contra a sua outra adversária, a candidata do PSB, Marina Silva. Ele ironizou a intenção da ex-ministra de formar, caso seja eleita, uma equipe que misture nomes do PT e do PSDB. Segundo o tucano, essa ideia significa governar com “um terceiro time”. “Tenho propostas para o Brasil, é isso o que me anima. O que é a nova política? Governar com um terceiro time do PSDB e do PT? Não busquei o segundo ou o terceiro melhor. Eu tenho os melhores”, afirmou.


O candidato tucano passou por uma sabatina no jornal O Globo, na manhã de ontem, durante a qual disse que a morte de Eduardo Campos marcou o início de uma “segunda eleição”, mais uma vez em menção a Marina – que hoje ocupa o segundo lugar nas intenções de voto do eleitorado –, mas garantiu que nas urnas, vai prevalecer “a onda da razão”. “Nós estamos tendo uma segunda eleição. Tivemos uma eleição até o acidente que vitimou Eduardo Campos. Temos uma eleição nova e precisamos nos adaptar a essa nova realidade. Tenho feito um esforço maior e vou fazer até o último dia desta eleição”, garantiu o tucano. À tarde, o presidenciável ainda aproveitou para fazer corpo a corpo com o eleitor no calçadão de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio.


Por várias vezes, Aécio também relacionou o nome de Marina Silva, hoje no PSB, ao do PT, partido acusado de envolvimento em mais um escândalo, dessa vez, envolvendo contratos superfaturados da Petrobras. De acordo com o tucano, não haveria governo do PT se não tivesse a política econômica de Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP), apesar da oposição “quase física” que a socialista, ao lado os petistas, fez na época do Plano Real, que controlou a inflação. “O PT de Dilma, o PT de Marina se opunha de forma vigorosa àquilo que era construído”, disse Aécio, afirmando que “não vê em momento nenhum” a ex-senadora “chamar atenção” para sua militância de 24 anos para o PT. Para enfrentar as duas adversárias, Marina e Dilma, o tucano disse que pretende mostrar “as contradições das candidatas”. “Eu vejo Marina falar muito dessa nova política. Sou de uma terra que sempre ensinou que existe é a boa e a má política”, afirmou.


Reeleição Mas a candidata petista também não foi poupada de críticas. Segundo Aécio, Dilma desmoralizou a reeleição, porque “os atos de reeleição da presidente Dilma são atos de governo”, denunciando o uso da máquina pública. “Isso é uma covardia”, desabafou. Aécio garantiu que – mesmo o instrumento tendo sido aprovado com apoio do PSDB, durante o governo Fernando Henrique Cardoso – vai tentar acabar com a possibilidade reeleição, que ele chamou de “covardia”.


“Foi uma experiência. A reeleição não foi votada para o Fernando Henrique. Foi para os prefeitos, foi para os governadores. Eu acho que a reeleição faz mal para o Brasil. É uma covardia. Não há limite entre o público e o privado. A atual presidente acabou por desmoralizar a reeleição. Os atos de reeleição da presidente Dilma são atos de governo”, defendeu.


À tarde, no corpo a corpo com os eleitores, Aécio priorizou o tema da segurança pública, afirmando seu apoio à bem-sucedida política das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP). “Estou em Campo Grande para reafirmar meu compromisso com a política de segurança pública, em apoio à iniciativa que está dando certo, as UPPs. O governo federal deve assumir a sua responsabilidade no controle das fronteiras, evitando a entrada de armas e drogas, e não deve permitir o represamento dos recursos públicos como ocorre hoje”, afirmou o tucano, que também disse que tratará como prioridade o saneamento básico na Zona Oeste do Rio

Pimenta da Veiga aposta nos indecisos




Pimenta aposta nos indecisos



Pimenta aposta nos indecisos

http://impresso.em.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2014/09/11/interna_politica,127478/pimenta-aposta-nos-indecisos.shtml
Candidato tucano ao governo acredita que a definição dos eleitores vai levá-lo à vitória


Daniel Camargos


O candidato do PSDB ao governo de Minas, Pimenta da Veiga, acredita que os eleitores indecisos podem fazer a diferença e levá-lo ao segundo turno. “Imaginamos que, com as definições, que ocorrerão quando as eleições ficarem mais próximas, nós colocaremos uma boa frente”, disse, na manhã de ontem, em encontro com sócios e diretores do Minas Tênis Clube, no Bairro Mangabeiras, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.


Outra expectativa do tucano, que segue atrás do candidato petista Fernando Pimentel nas pesquisas de intenção de voto, é de que as denúncias envolvendo pagamento de propina na Petrobras para políticos da base aliada do governo da presidente Dilma Rousseff (PT) possam tirar votos do PT e beneficiá-lo. “É a maior denúncia de corrupção e isso produzirá algum efeito. Não sei medir qual”, avalia Pimenta.


Pimenta da Veiga respondeu a perguntas de uma plateia formada por cerca de 50 pessoas e tentou detalhar alguns pontos de seu programa sobre incentivo ao esporte. “Vou expandir a escola integral, em que o esporte tem papel dominante”, prometeu o candidato. Outra proposta feita pelo tucano foi a de firmar parcerias com os clubes. Ele citou como exemplo o Minas Tênis Clube, com concessão de bolsas para atletas e técnicos. “A disposição é incentivar todas as modalidades e a formação de atletas”, afirmou.


Questionado sobre como Minas Gerais poderia se beneficiar das Olimpíadas, que serão realizadas no Rio de Janeiro, em 2016, o tucano lamentou que o Brasil, na análise dele, perdeu o bom conceito internacional que tinha quando terminou o governo de seu correligionário, Fernando Henrique Cardoso, em 2002. Pimenta fez prognóstico cauteloso sobre a participação dos atletas brasileiros.
“Não sei se vamos conseguir nas Olimpíadas os resultados que queremos”, afirmou.


Pimenta criticou a política externa do atual governo dizendo que o país preferiu se aliar a “países como Bolívia, Paraguai e Venezuela”. Em uma crítica aos 12 anos de governo petista, nas gestões do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma, candidata à reeleição. O tucano avaliou ser pouco provável que o Brasil volte ao conceito que tinha e passe a imagem de que está se organizando.


COPASA Ao ser perguntado sobre os problemas de abastecimento de água em Belo Horizonte – citados pelo candidato do PT ao governo de Minas, Fernando Pimentel –, Pimenta disse que essa é uma questão para a Copasa responder. Diante da insistência de uma repórter, que quis saber se ele teria uma solução para o problema, Pimenta respondeu: “Se você tiver outra ideia...”
Fernando Pimentel não teve agenda de rua ontem. Segundo sua assessoria, ele passou o dia gravando cenas para o programa eleitoral na TV.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Campanha de Pimenta da Veiga reage e passa a atacar Pimental


Campanha de Pimenta reage e passa a atacar Pimentel




Após intervenção de Andréa Neves, PSDB ataca Pimentel na TV (só na web)
http://www.otempo.com.br/capa/pol%C3%ADtica/ap%C3%B3s-interven%C3%A7%C3%A3o-de-andr%C3%A9a-neves-psdb-ataca-pimentel-na-tv-1.913169


O resultado do "freio de arrumação" promovido pela irmã de Aécio foi um programa muito mais combativo, com críticas diretas ao principal adversário do tucano em Minas


DA REDAÇÃO


A campanha de Pimenta da Veiga, candidato do PSDB ao governo de Minas Gerais, levou ao ar na noite desta segunda-feira (8) o primeiro programa de televisão produzido sob a supervisão de Andréa Neves, irmã do senador Aécio Neves, que concorre pela sigla à Presidência da República. Ela vinha se dedicando integralmente à gestão da comunicação da corrida presidencial, mas foi enviada ao Estado para fazer uma intervenção na publicidade de Pimenta.


O resultado do "freio de arrumação" promovido por Andréa foi um programa muito mais combativo, com críticas diretas ao principal adversário do tucano em Minas, o ex-ministro Fernando Pimentel (PT). Até então, os programas de Pimenta não tinham feito menção direta ou ataques a Pimentel.


A peça que foi ao ar na segunda começa com um chamado ao telespectador e diz que o mineiro terá que decidir entre dois caminhos: "o de resultados", representado por Pimenta, e o de Pimentel, "que trouxe a inflação de volta e está levando o país para uma recessão", numa vinculação do petista com os resultados do governo da presidente Dilma Rousseff (PT).


A propaganda exibe também uma "comparação" entre Pimenta e Pimentel. O tucano é apresentado como o político que levou o "banco postal" aos municípios que não tinham agências bancárias, enquanto Pimentel "faz parte do time que levou o Brasil à recessão", por exemplo.


A subida de tom é resultado da avaliação de que a publicidade de Pimenta estava "sem reação" diante dos ataques de Pimentel. O tucano enfrenta dificuldades na eleição estadual e o resultado de sua campanha, somada à entrada de Marina Silva (PSB) na corrida presidencial, afetaram o desempenho de Aécio em seu principal reduto eleitoral.


MENSALÃO


Numa clara tentativa de nacionalizar o pleito estadual, a campanha de Pimenta dedicou parte dos minutos finais da propaganda ao escândalo de corrupção envolvendo a Petrobras. Na TV, o tucano exibiu reportagem da revista "Veja" desta semana. A publicação revelou nomes de políticos que, segundo o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, recebiam dinheiro de propina desviada de obras da empresa.


"As notícias sobre mais um mensalão envolvendo o PT e o governo federal são de tal gravidade que não posso deixar de me dirigir aos mineiros que me assistem nesse momento para propor uma reflexão sobre esses fatos", diz Pimenta, ao introduzir o tema.


Ele afirma que as denúncias apontam para uma "sórdida trama" e conclui: "mudam os nomes, mas não muda o jeito PT de governar. Minas e o Brasil não merecem isso".


Aécio tem explorado as novas denúncias sobre a Petrobras nos últimos dias e vai levar o tema para a televisão em sua propaganda na noite desta terça-feira (9). O tucano aposta no tema para desgastar o PT e retomar eleitores refratários ao partido que migraram seus votos para a candidatura de Marina.


Explorar o tema em Minas, no entanto, pode ser delicado. Pimenta da Veiga foi indiciado este ano pela Polícia Federal por ter recebido, em 2003, R$ 300 mil de agências de publicidade de Marcos Valério, empresário que agora está preso por participação no mensalão petista. Ele alega que os valores foram recebidos como pagamento por consultorias que prestou às agências como advogado. Ao ser indiciado, ele alegou "perseguição política" do PT por ter sido escolhido candidato dos tucanos ao governo de Minas.


Valério é suspeito de ter financiado um esquema de corrupção semelhante ao que o levou para a cadeia, conhecido como "mensalão mineiro". Nesse caso, o empresário teria viabilizado o desvio de dinheiro para o financiamento da campanha de Eduardo Azeredo (PSDB) à reeleição ao governo de Minas Gerais, em 1998. Folhapress

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Pimenta da Veiga liga cacifes do PT aos desvios da Petrobrás


Pimenta da Veiga liga cacifes do PT aos desvios da Petrobrás


Ataque sem trégua em MG

http://impresso.em.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2014/09/09/interna_politica,127289/ataque-sem-tregua-em-mg.shtml

Pimenta da Veiga vai ligar caciques do PT às denúncias de desvio de recursos da Petrobras



O candidato do PSDB ao governo de Minas, Pimenta da Veiga, afirmou ontem que mostrará aos eleitores mineiros a proximidade de integrantes do PT com políticos denunciados em um esquema de corrupção envolvendo a Petrobras pelo ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa. O tucano afirmou que a recorrência de escândalos de desvios de verbas envolvendo caciques do PT deve ser motivo de reflexão por parte do eleitor na hora de fazer suas escolhas diante da urna. “Vamos agir politicamente, mostrando quais são as companhias do candidato adversário”, disse Pimenta.



O tucano alfinetou Fernando Pimentel (PT), dizendo que o petista tem escondido políticos que participam de sua campanha e até mesmo sua legenda nos comerciais e durante eventos. “Do mesmo modo que nosso adversário, que curiosamente não exibe seu partido e suas companhias, está contestando nossas ações administrativas sem nenhuma base, nós vamos agir politicamente, mostrando quais são essas companhias”, disse Pimenta.



Ele também atacou o governo federal, ressaltando que até a data da eleição mostrará aos mineiros as “omissões em relação a Minas Gerais” e comentará os escândalos ligados ao Palácio do Planalto. “Vamos ajudar o mineiro a refletir sobre os fatos. Sobre o que aconteceu na Petrobras. Não me lembro de ter visto, até hoje, uma corrupção mais escandalosa e mais escabrosa. Envolve, segundo a imprensa, um número próximo a R$10 bilhões para financiar apoio ao PT no Congresso. Não conheço número mais forte do que esse”, disse o tucano, se referindo ao montante investigado pela Polícia Federal na Operação Lava a Jato desviado pelo doleiro Alberto Youssef.



Pela manhã, Pimenta recebeu dos diretores do Hospital Santa Casa uma carta com demandas da instituição, entre elas, o pedido por uma aproximação maior do hospital com o governo estadual. “A prefeitura é a gestora municipal da Santa Casa e tem uma relação mais próxima, mas a ideia é ter uma relação próxima também com o estado”, disse Porfírio Andrade, superintendente-geral do grupo Santa Casa. A carta será entregue a todos os candidatos ao Palácio Tiradentes.



Segundo ele, uma das propostas é buscar apoio junto ao BDMG para custeio e investimentos na instituição. “A Santa Casa não tinha acesso aos bancos de fomento, como BDMG e BNDES, porque não tinha a certidão negativa. Agora, com a adesão ao programa pró-SUS, vamos ter essa certidão e, a partir daí, podemos usar os bancos estatais, que têm melhores taxas. Esperamos que a saúde seja tratada como outros setores da economia, como a agricultura, que tem valores muito bons, com taxas abaixo dos bancos comerciais”, explicou Andrade.



PARCERIA O candidato do PSDB destacou a importância do hospital para o estado e classificou como fundamental a parceria com a instituição. “Discutimos vários pontos, e o que ficou estabelecido é que teremos uma parceria constante com a Santa Casa, que passará por convênios que devemos fazer, dando seguimento aos que já foram firmados. Mas também estabelecer novos pontos de parceria, por exemplo, com financiamento pelo BDMG para investimentos”, disse Pimenta.



Ele cobrou do governo federal maiores investimentos na saúde pública e prometeu concluir obras em hospitais no estado, apontando a importância de centros regionais para atender a população. “Já existem alguns hospitais prontos e vários em construção, alguns em projeto. Nós haveremos de concluir todos eles, equipá-los e colocá-los em funcionamento nas melhores condições. O esforço do estado é muito grande, porque o governo federal não fez um hospital sequer em Minas nos últimos 10 anos. A responsabilidade ficou toda para o governo do estado”, afirmou o tucano. No fim da tarde, Pimenta participou de encontro no Fórum Mineiro de Comitês de Bacias Hidrográficas, onde ouviu propostas de representantes de associações ligadas ao meio ambiente. Na reunião, o candidato afirmou o que pretende valorizar o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) e priorizar sempre o diálogo com os grupos ambientais.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Entrevista de Aécio Neves à revista ISTO É : "Eu sou a mudança segura"


Entrevista de Aécio Neves à revista ISTO É : "Eu sou a mudança segura"





Eu sou a mudança segura"
Em entrevista aos editores da ISTOÉ, o candidato do PSDB à presidência, Aécio Neves, apresenta suas propostas e diz acreditar que, até o dia da eleição, o brasileiro entenderá que ele é o mais preparado para mudar o País


O estado de ânimo de Aécio Neves, ao chegar para a entrevista com os editores da revista ISTOÉ, lembrava o do início da campanha. Como se nada ou muito pouco tivesse mudado de lá para cá. Apesar de atravessar um momento eleitoral delicado, o candidato do PSDB à Presidência, imbuído de um otimismo indômito, se mostrou o tempo todo convicto da reversão do quadro atual, o que, em sua avaliação, lhe permitirá chegar ao segundo turno das eleições.



DEBATE DE IDEIAS:
Os entrevistadores (da esq. para a dir.): Carlos José Marques, diretor editorial;
Mário Simas Filho, diretor de redação da ISTOÉ; Gisele Vitória, diretora de redação
da revista Gente; Ricardo Boechat, colunista da ISTOÉ; Delmo Moreira,
redator–chefe da ISTOÉ; Clayton Netz, redator–chefe da revista Dinheiro;
Milton Gamez, diretor de redação da revista Dinheiro; Luiz Fernando Sá,
diretor editorial–adjunto; e Caco Alzugaray,
presidente executivo da Editora Três

ISTOÉ – É evidente o desejo de mudança do brasileiro, exposto desde o ano passado nas manifestações de rua. O que o seu governo trará de novo para o País?
Aécio Neves – A primeira é uma mudança ética, de valores. Talvez essa seja a mais perversa das heranças que esse governo nos deixará: a baixa qualidade das relações políticas e o absurdo aparelhamento da máquina pública para servir a interesses que não são os dos brasileiros, são de grupos políticos que convivem dentro do governo. A segunda é uma mudança de visão do Estado. Eu pratiquei isso durante toda a minha vida. Entendo que o Estado não tem que ser ineficiente por ser Estado. O setor público não precisa necessariamente apresentar maus resultados apenas por ser público. Acho que essa é uma mudança profunda que o Brasil precisa viver, qualquer que seja o próximo governante.

ISTOÉ – Como se faz isso?
Aécio – Promovendo o resgate da meritocracia, de um governo que funcione, tenha metas, apresente resultados. Hoje vemos uma desqualificação cada vez maior dos serviços públicos. A terceira mudança é uma nova visão de mundo. O Brasil se isolou por uma visão absolutamente equivocada desse governo, que promoveu um alinhamento ideológico da política externa sem que isso trouxesse qualquer benefício ao País. O mundo avança em acordos bilaterais. O governo do PT, no entanto, celebrou apenas três acordos bilaterais: com Egito, Israel e Palestina, o que não teve qualquer consequência objetiva no fortalecimento da nossa economia, na ampliação de mercados para os nossos produtos. O sentimento de mudança hoje é tão avassalador na sociedade brasileira que até o governo do PT quer mudar.

ISTOÉ – A governabilidade tem sido garantida com alianças que levam ao tradicional toma lá dá cá. Como não cair nessa armadilha?
Aécio – É possível estabelecer uma relação política fora dessa mercantilização. As negociações sempre existiram, espaços de poder compartilhado sempre existiram. Mas o PT amesquinhou essa relação. Diretorias de bancos, ministérios distribuídos em função, por exemplo, de alguns segundos a mais na propaganda eleitoral. Eu ainda sou parlamentar, presidi a Câmara e construí alianças em torno de projetos. É isso que o Brasil precisa voltar a viver. Defendo que no início do próximo governo se faça uma reforma política. Precisamos resgatar a cláusula de barreira ou acabar com as coligações proporcionais. É impossível fazer as reformas que o Brasil precisa com mais de 20 partidos já funcionando no Congresso e outros 20 se preparando para chegar lá. Defendo, além do voto distrital misto, o fim da reeleição, mandato de cinco anos para todos os cargos públicos e coincidência das eleições.



ISTOÉ – O sr. cortará impostos?
Aécio – Eu falo da simplificação do sistema tributário como uma medida emergencial para ser iniciada no primeiro dia de governo. Não seria correto dizer que nós temos condições hoje de fazer uma reforma tributária que aponte na diminuição horizontal da carga tributária. Isso só vai acontecer no momento em que encaixarmos o crescimento dos gastos correntes com o crescimento da economia. Enquanto os gastos correntes crescerem o dobro do que cresce o PIB, você não tem espaço fiscal para fazer a diminuição da carga. Mas a simplificação é possível, sim.

ISTOÉ – De que modo?
Aécio – O conjunto das empresas privadas no Brasil hoje gasta R$ 40 bilhões anualmente para pagar imposto. Isso para manter a máquina pagadora, não para pagar o imposto. Simplificar isso é essencial.

ISTOÉ – Como o sr. pretende gerar empregos?
Aécio – Emprego você não pode olhar a fotografia, você tem de olhar o filme. O Ministério do Trabalho mostra que julho foi o pior do século, junho foi o pior junho dos últimos dez anos e maio a mesma coisa. De geração de vagas e carteira assinada. O mercado está encolhendo. País que não cresce não gera emprego. Só tem um caminho para recuperar a geração de empregos, que é o caminho do crescimento.

ISTOÉ – Mas o governo não cansa de registrar que o País vive quase uma situação de pleno emprego.
Aécio – O Brasil vem se transformando no País do pleno emprego de dois salários mínimos. Essa é a realidade. Nós perdemos já 1,2 milhão de postos de trabalho acima de três salários mínimos nos últimos quatro anos. Por quê? Porque o País se desindustrializou. Nós temos uma indústria que participa hoje de 13% do PIB, o mesmo que na época do Juscelino Kubistcheck. Resgatar os empregos de qualidade é essencial.

ISTOÉ – Há correções a fazer na taxa de câmbio?
Aécio – O que existe hoje é populismo cambial. O governo perdeu a guerra contra a inflação e então se utiliza desse populismo cambial, como se utiliza da Petrobras. Inflação é cenário, é expectativa. Se você sabe que há preços represados hoje, como nós sabemos que há, obviamente você age porque em algum momento sabe que essa tampa da panela de pressão vai ter que sair. A inflação nos alimentos há mais de um ano está em dois dígitos, em todas as regiões metropolitanas do País.

ISTOÉ – Os números oficiais estão maquiados?
Aécio – Claramente maquiados. Nós estamos com preços represados nos combustíveis e na área de energia. Em um determinado momento essa tampa terá de soltar.

ISTOÉ – O sr. pretende mudar a atuação do BNDES?
Aécio – Eu acho que essa política do BNDES de escolha dos amigos do rei fracassou. O Brasil parou de crescer. Eu quero juros do BNDES para toda a economia. Nossa eleição sinaliza para uma política fiscal transparente, com previsibilidade, sem o intervencionismo absurdo que marca o atual governo. Precisamos resgatar as agências reguladoras como instrumentos da sociedade brasileira e de garantia àqueles que querem investir no Brasil. Nossa eleição vai criar, inclusive no período entre a eleição e a pré–posse, um ambiente oposto àquele que nós assistimos em 2002, quando veio o efeito Lula e houve a desorganização da economia.

ISTOÉ – Por que o sr. já apresentou seu ministro da Fazenda?
Aécio – Quando eu anuncio que, se eleito, nomearei o Armínio Fraga como ministro da Fazenda, estou dando a sinalização clara na direção que o País vai. É muito cômodo você ouvir candidatos dizer “ah, eu vou governar com os melhores”... Quem é que vai governar com os piores, né? Não existe isso...

ISTOÉ – Para quais ministérios o sr. fará indicações técnicas, sem negociar com a sua base partidária?
Aécio – Vamos ter alguma coisa em torno da metade dos atuais ministérios, o que não quer dizer que as ações conduzidas pelas pastas que serão extintas terão menor importância. Teremos, por exemplo, um grande Ministério da Infraestrutura.



ISTOÉ – Comandado por um empresário?
Aécio – Terei um nome qualificado, experiente, para tocar um conjunto de investimentos que o Brasil precisa fazer, com experiências em parcerias com o setor privado, que gere confiança no mercado, porque os grandes gargalos de infraestrutura que o Brasil precisa superar não vão ser feitos pelo governo solitariamente. Também teremos um superministério da Agricultura. Esse nome também não deixarei na cota da negociação, da divisão de espaço. Fazenda e Planejamento são a mesma coisa. Citei dois ou três aqui que eu acho que serão de escolha direta e pessoal do presidente da República.

ISTOÉ – O sr. é favorável à profissionalização para a direção de bancos e empresas estatais?
Aécio – O setor público será profissionalizado. Estarão na direção dos bancos e das empresas públicas pessoas que o mercado conheça. Precisamos de pessoas absolutamente qualificadas fora de qualquer ingerência política. No caso das empresas públicas, em especial Petrobras e Eletrobras, nós vamos é reestatizá–las. Sempre fomos acusados de sermos privatistas, até levianamente em vésperas de eleições. Mas nunca esteve no radar do PSDB privatizar Petrobrás, Banco do Brasil. O que eu quero é tirar as estatáis dessa submissão a um projeto de poder e entregá–las à sociedade brasileira com gestão absolutamente profissional. A Petrobras não vai ser instrumento de política econômica, de controle inflacionário.

ISTOÉ – Armínio Fraga tem dito que será necessário um ajuste fiscal logo no primeiro ano de governo. Ao mesmo tempo, o sr. promete a ampliação dos gastos sociais. Como fecha essa conta?
Aécio – Nós não vamos enganar ninguém. Vamos buscar sempre alcançar um superávit. Mas não estamos ainda com o controle dos números da máquina. O certo é que não vamos fazer como o atual governo, que vem fraudando, maquiando números. Em relação aos gastos sociais, nós vamos qualificá–los. O que está dando certo, o que dá resultado, será mantido. Hoje tem gente paga pela campanha do PT andando de ônibus pelo Nordeste brasileiro para dizer que, se o Aécio ganhar a eleição, vai acabar o Bolsa Família. O Bolsa Família custa R$ 25 milhões, é 0,5% do PIB, não é algo que interfira nesse equilíbrio fiscal que nós precisamos manter. Se eu vencer as eleições, não farei um governo de planos mirabolantes, sustos no mercado. Vai ser um governo de previsibilidade. Uma política fiscal absolutamente transparente é que vai permitir resgatarmos a capacidade de a economia crescer sem sustos. Agora, essa política de desonerações que o governo vem fazendo, sem efeitos práticos, e privilegiando determinados setores da economia tem de acabar.

ISTOÉ – O sr. manterá a redução do IPI dos automóveis?
Aécio – Não deu certo. Até aqui não trouxe o efeito de crescimento da economia que o governo julgava que poderia vir.

ISTOÉ – O sr. está em campanha desde a derrota do PSDB na eleição passada. Por que acha que não tem conseguido convencer o eleitor, a se julgar pelo que mostram as pesquisas? Qual é a dificuldade?
Aécio – Olha, nós estamos tendo uma nova eleição, o fato é este. Tínhamos uma perspectiva e uma estratégia que se interrompeu com a morte do Eduardo Campos. Até então havia um cenário que sinalizava que nós estávamos no segundo turno e faríamos o embate com o governo que está aí. Vem a Marina, é uma nova eleição. E nós temos de nos adaptar a essa nova estratégia. Não estou dizendo que seja simples, mas eu tenho muita confiança de que a nossa proposta vai ser compreendida, na hora da decisão, como a melhor para o Brasil. A mudança que o eleitor quer não se dá no dia da eleição. Tem muita gente que tende a votar na Marina, segundo as últimas pesquisas, com sentimento de que é ela que tem melhores condições de derrotar a Dilma. Mas estou convencido de que o PT perdeu essas eleições. O sentimento de mudança é muito forte e muito enraizado hoje no Brasil. Quem for ao segundo turno vai vencer as eleições. Eu proponho uma mudança que se inicie no dia 1º de janeiro do ano que vem e que ocorrerá ao longo dos quatro anos. Eu sou a mudança segura, numa linha correta do ponto de vista econômico, como quadros muito qualificados para melhorar a qualidade dos serviços públicos em todas as áreas. Não sei exatamente o que a outra candidatura significa. Ainda tenho hoje em algumas regiões do Brasil, como o Nordeste, 60% de desconhecimento. As outras duas candidaturas estão próximas de 100% de conhecimento.



ISTOÉ – O sr. acha que quem concorrer contra a Dilma ganha no segundo turno?
Aécio – Quem concorre contra a Dilma é presidente da República. O PT perdeu essas eleições e nós temos duas alternativas: nós e a Marina. Não duvido das boas intenções dela, mas a Marina é fruto desse mesmo sistema que hoje ela combate. Ela militou por 20 anos no PT.

ISTOÉ – Essa insatisfação é com o governo, mas também não é uma insatisfação com a polarização PT/PSDB?
Aécio – Há dois componentes principais nas intenções de voto da Marina: uma é a negação da política, outra a insatisfação com essa polarização. E uma outra parcela que quer derrotar o PT. Só que derrotar o PT é apenas o início da obra, não é a conclusão da obra. Eu não quero estar daqui a quatro anos lamentando com o brasileiro uma nova opção equivocada, porque a inexperiência da Dilma no governo custou muito caro ao Brasil. Então, o Brasil tem duas alternativas hoje. A nossa é experimentada, os quadros estão aí e estamos sinalizando com muita clareza em que direção vamos. A outra trata a política como se fosse um balcão de supermercado: vamos buscar os melhores, vamos pegar os melhores daqui, os melhores dali. Mas para ela avançar em qual direção? Respeito a Marina, mas até agora não teve que mostrar com clareza o que pretende fazer se vencer as eleições. E só boas intenções não resolvem os problemas do Brasil.

ISTOÉ – A presidenta Dilma comparou Marina a Collor pela ausência de uma estrutura partidária. O sr. vê riscos semelhantes?
Aécio – Não acho que a história dela se pareça com a do Collor. Mas a pregação da não política, sem uma palavra de valorização e fortalecimento dos partidos é algo que me preocupa. A negação pura e simples da política é estranha, principalmente vindo da Marina, alguém que militou tradicionalmente na política durante mais de 20 anos. Essas contradições têm que ser analisadas por todos nós. Qual é a Marina que vai governar? É a que acena em abraçar o agronegócio ou aquela que em 1999 apresentou um projeto de lei para proibir o cultivo de transgênicos no País? É aquela que dentro do PT se submetia a esse corporativismo que impedia avanço na gestão pública ou é a que propõe agora em seu governo a meritocracia? É a que acena para o presidente Fernando Henrique de um lado e para o Lula de outro, como se fosse possível essa compatibilização? Agora o brasileiro vai avaliar com consistência, com profundidade, as alternativas que existem aí.

ISTOÉ – Sua campanha apostava mais no combate direto à presidenta Dilma. A partir de agora vai mirar mais no combate à Marina?
Aécio – Sou oposição à Dilma, oposição ao PT. Não circunstancialmente. Sou oposição desde sempre. Nunca acreditei nesse modelo que está aí. Então não abro mão da prerrogativa e da primazia oposicionista em relação ao modelo que está aí. Mas o meu papel é mostrar também as fragilidades da candidatura de Marina. Não do ponto de vista pessoal, pois a respeito, como respeito a Dilma do ponto de vista pessoal. Mas a Dilma fracassou. A inexperiência dela custou muito caro ao Brasil. O aprendizado do PT no governo da Dilma custou um tempo que não volta mais. Nossos indicadores sociais pioraram. Na economia é isso que nós estamos vendo hoje: um quadro de recessão, os investimentos deixaram de vir para o Brasil, um cemitério de obras com sobrepreços e abandonadas ou paralisadas pelo País afora. O conjunto da obra do PT vai levá–los a uma derrota. E eu quero conhecer com clareza, além das platitudes do discurso da Marina, o que ela efetivamente pensa e como ela vai governar.



ISTOÉ – O senador Agripino Maia disse que, em um eventual segundo turno entre Marina e Dilma, apoiaria Marina. Em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin chegou a colocar em seu programa eleitoral o Beto Albuquerque, vice de Marina. O que está havendo com sua campanha?
Aécio – Em relação ao Agripino, que é do DEM, se disse isso eu lamento. O meu sentimento é de que vamos para o segundo turno e que chegaremos muito competitivos para ganhar as eleições. Acredito muito nisso, senão não estava fazendo campanha. Eu vou para a disputa até o final. Agora, o Geraldo Alckmin tem sido comigo extremamente correto e eu não tenho questionamento nenhum a fazer sobre sua posição. Ele recebe o apoio do PSB, fez essa aliança política, é importante para ele e desejo que ele tenha enorme sucesso, porque Geraldo fortalecido, a nossa campanha está fortalecida. Estou em terceiro lugar nas pesquisas, a 30 dias das eleições. Seria ruim se eu estivesse em terceiro lugar no dia da eleição. Acredito que no dia da eleição vou estar disputando o primeiro lugar.

ISTOÉ – As pesquisas mostram que 43% dos eleitores de Alckmin estão votando em Marina. Isso não significa, no mínimo, uma falta de atuação política do PSDB paulista a seu favor?
Aécio – Não. O PSDB está mobilizado e o Geraldo tem feito a parte dele. Espero reverter esse quadro. Meu papel é mostrar que nós podemos derrotar o PT e, mais do que isso, fazer um governo que atenda às expectativas do brasileiro. Derrotar o PT é o início da solução do problema. Mas não podemos correr o risco de daqui a quatro anos experimentar a mesma frustração que estamos vivendo agora.

Participaram dessa entrevista os seguintes jornalistas: Caco Alzugaray, Carlos José Marques, Clayton Netz, Delmo Moreira, Eumano Silva, Gisele Vitória, Luís Artur Nogueira, Luiz Fernando Sá, Mário Simas, Milton Gamez, Ricardo Boechat, Sérgio Pardellas e Yan Boechat
Fotos: Pedro Dias/Ag. Istoé