quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Campanha de Pimenta da Veiga reage e passa a atacar Pimental


Campanha de Pimenta reage e passa a atacar Pimentel




Após intervenção de Andréa Neves, PSDB ataca Pimentel na TV (só na web)
http://www.otempo.com.br/capa/pol%C3%ADtica/ap%C3%B3s-interven%C3%A7%C3%A3o-de-andr%C3%A9a-neves-psdb-ataca-pimentel-na-tv-1.913169


O resultado do "freio de arrumação" promovido pela irmã de Aécio foi um programa muito mais combativo, com críticas diretas ao principal adversário do tucano em Minas


DA REDAÇÃO


A campanha de Pimenta da Veiga, candidato do PSDB ao governo de Minas Gerais, levou ao ar na noite desta segunda-feira (8) o primeiro programa de televisão produzido sob a supervisão de Andréa Neves, irmã do senador Aécio Neves, que concorre pela sigla à Presidência da República. Ela vinha se dedicando integralmente à gestão da comunicação da corrida presidencial, mas foi enviada ao Estado para fazer uma intervenção na publicidade de Pimenta.


O resultado do "freio de arrumação" promovido por Andréa foi um programa muito mais combativo, com críticas diretas ao principal adversário do tucano em Minas, o ex-ministro Fernando Pimentel (PT). Até então, os programas de Pimenta não tinham feito menção direta ou ataques a Pimentel.


A peça que foi ao ar na segunda começa com um chamado ao telespectador e diz que o mineiro terá que decidir entre dois caminhos: "o de resultados", representado por Pimenta, e o de Pimentel, "que trouxe a inflação de volta e está levando o país para uma recessão", numa vinculação do petista com os resultados do governo da presidente Dilma Rousseff (PT).


A propaganda exibe também uma "comparação" entre Pimenta e Pimentel. O tucano é apresentado como o político que levou o "banco postal" aos municípios que não tinham agências bancárias, enquanto Pimentel "faz parte do time que levou o Brasil à recessão", por exemplo.


A subida de tom é resultado da avaliação de que a publicidade de Pimenta estava "sem reação" diante dos ataques de Pimentel. O tucano enfrenta dificuldades na eleição estadual e o resultado de sua campanha, somada à entrada de Marina Silva (PSB) na corrida presidencial, afetaram o desempenho de Aécio em seu principal reduto eleitoral.


MENSALÃO


Numa clara tentativa de nacionalizar o pleito estadual, a campanha de Pimenta dedicou parte dos minutos finais da propaganda ao escândalo de corrupção envolvendo a Petrobras. Na TV, o tucano exibiu reportagem da revista "Veja" desta semana. A publicação revelou nomes de políticos que, segundo o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, recebiam dinheiro de propina desviada de obras da empresa.


"As notícias sobre mais um mensalão envolvendo o PT e o governo federal são de tal gravidade que não posso deixar de me dirigir aos mineiros que me assistem nesse momento para propor uma reflexão sobre esses fatos", diz Pimenta, ao introduzir o tema.


Ele afirma que as denúncias apontam para uma "sórdida trama" e conclui: "mudam os nomes, mas não muda o jeito PT de governar. Minas e o Brasil não merecem isso".


Aécio tem explorado as novas denúncias sobre a Petrobras nos últimos dias e vai levar o tema para a televisão em sua propaganda na noite desta terça-feira (9). O tucano aposta no tema para desgastar o PT e retomar eleitores refratários ao partido que migraram seus votos para a candidatura de Marina.


Explorar o tema em Minas, no entanto, pode ser delicado. Pimenta da Veiga foi indiciado este ano pela Polícia Federal por ter recebido, em 2003, R$ 300 mil de agências de publicidade de Marcos Valério, empresário que agora está preso por participação no mensalão petista. Ele alega que os valores foram recebidos como pagamento por consultorias que prestou às agências como advogado. Ao ser indiciado, ele alegou "perseguição política" do PT por ter sido escolhido candidato dos tucanos ao governo de Minas.


Valério é suspeito de ter financiado um esquema de corrupção semelhante ao que o levou para a cadeia, conhecido como "mensalão mineiro". Nesse caso, o empresário teria viabilizado o desvio de dinheiro para o financiamento da campanha de Eduardo Azeredo (PSDB) à reeleição ao governo de Minas Gerais, em 1998. Folhapress

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