quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Aécio: "Teremos agora o compromisso de reconstruir o Brasil"






Hoje, o Brasil escreve uma página decisiva na sua história, fruto das ações de um governo que colocou seu projeto de poder acima dos interesses do país.



Não é um dia para comemorações, é um dia de absoluta responsabilidade para todos nós, porque o amanhã não será mais fácil do que foi ontem.

As dificuldades do país são enormes.

Hoje, tivemos a divulgação dos números do PIB, com a pior retração em todas as economias do mundo, fruto do desgoverno, do equívoco das medidas tomadas, da perda de credibilidade do país.

Teremos, agora, o compromisso de reconstruir o Brasil destroçado pela leniência do governo que hoje é afastado por uma só razão: porque descumpriu a Constituição. -


Aécio Neves

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Triplex de Lula era parte de propina ao PT, diz empresário






Segundo delação, imóvel seria abatido de créditos que partido tinha a receber por suborno em obras
São Paulo. O apartamento triplex em Guarujá (SP) destinado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria abatido das propinas que a OAS tinha de pagar ao PT por obras na Petrobras, disse o empresário Léo Pinheiro a investigadores da Lava Jato. O depoimento, revelado pela revista “Veja” e confirmado pela “Folha de S.Paulo”, consta da negociação de delação premiada de Pinheiro, que foi suspensa pelo procurador geral da República, Rodrigo Janot, após vazamento de trechos que mencionariam o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli.

A nova revelação vem um dia após o ex-presidente ser indiciado pela Polícia Federal (PF). No relatório, a PF acusa Lula de corrupção passiva, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro no inquérito que investiga o triplex.

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“Ficou acertado que esse apartamento seria abatido dos créditos que o PT tinha a receber por conta de propinas em obras da OAS na Petrobras”, disse Pinheiro, sobre conversa com o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto em 2010. “Nesse contato, perguntei para Vaccari se o ex-presidente Lula tinha conhecimento do fato, e ele respondeu positivamente”, completou.

Pinheiro afirmou ainda que a reforma feita no triplex pela OAS “não seria cobrada do ex-presidente”, porque seria abatida “também como uma retribuição dos serviços prestados por Lula com a OAS na área internacional”.

Em outra parte da delação, o empreiteiro tratou do sítio em Atibaia (SP) atribuído a Lula. Pinheiro disse que o petista solicitou “abertamente”, em 2014, uma reforma no sítio, sem perguntar quanto custaria nem mencionar como seria paga. Da mesma forma, disse, ficou “implícito que a OAS atuaria e seria remunerada com o abatimento dos créditos com o PT e em retribuição ao serviço prestado por Lula em favor dos negócios internacionais da empresa”.

Pinheiro disse ainda que contratou Lula para uma palestra na Costa Rica, em 2011, por US$ 200 mil. A OAS tinha interesses no país e Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, havia dito que o petista poderia “influenciar autoridades locais em prol dos negócios da OAS”. Após a palestra, segundo Pinheiro, Lula o levou a um jantar com a então presidente Laura Chinchilla.

Em outra parte da delação, Léo Pinheiro disse que pagou caixa 2 à campanha de Dilma em 2014, por meio de contrato fictício com a agência de comunicação Pepper. Foram três parcelas de R$ 239,3 mil, segundo Pinheiro, valor solicitado pelo então tesoureiro Edinho Silva “para o pagamento de despesas da campanha”. Por fim, Pinheiro disse que, a pedido de Okamotto, custeou a armazenagem de bens pessoais de Lula a partir de 2010, em troca de ajuda para a OAS no exterior.

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http://www.otempo.com.br/capa/pol%C3%ADtica/triplex-de-lula-era-parte-de-propina-ao-pt-diz-empres%C3%A1rio-1.1362347

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Aécio Neves líder da oposição: "Chega ao fim um ciclo perverso"





Hoje é um dia histórico, de forte simbolismo. Ao recebermos no Senado a presidente afastada, os brasileiros poderão ouvir as suas explicações - ainda que tardias - sobre o crime de responsabilidade, por violação de leis que regulam o uso do dinheiro público, cometido por seu governo. Esse é o assunto que trato em minha coluna no jornal Folha de S. Paulo. Infelizmente, a presidente ignorou os alertas feitos por técnicos do governo, parlamentares e economistas sobre os erro das medidas tomadas desde 2011. O vale-tudo na economia e a miopia política levaram o Brasil às cordas. Agora, com clareza de propósitos e coragem, vamos lutar pelo que precisa ser feito, por um futuro melhor para todo o Brasil. - Aécio Neves


Aécio Neves / Folha de São Paulo

Esta semana o Brasil se reencontra com seu destino.

Encerrada a votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o país terá de enfrentar o duro percurso da reconstrução. Esta segunda (29) é dia de forte simbolismo, com a presidente afastada apresentando, no Senado, a sua defesa na acusação de crime de responsabilidade por violação de leis que regulam o uso do dinheiro público. Seria o momento – ainda que tardio – para a presidente dar as devidas explicações aos brasileiros.

Para isso, seria preciso que ela abrisse mão do estilo que adotou durante seu governo e que terminou por mantê-la entrincheirada em suas convicções, sem o amplo e necessário diálogo com a sociedade, cometendo uma série colossal de erros que acabaram por afundar o país em uma crise sem precedentes. O impeachment é o ato final de uma trajetória equivocada e danosa no capítulo da gestão pública. Felizmente, nossa democracia está madura o suficiente para superar esse episódio traumático.

Não cabe comemorar a interrupção do mandato presidencial. Mais importante é entender a gravidade das escolhas feitas pela presidente e por seu grupo político. As desonerações equivocadas, a expansão acelerada dos gastos públicos, a interferência política na gestão da Petrobras e a leniência com a inflação são exemplos de equívocos da política econômica. A presidente ignorou os alertas feitos por técnicos do governo, por parlamentares e economistas sobre os erros das medidas tomadas desde 2011.

Diante da erosão das contas públicas, o governo apelou às manobras fiscais com operações de crédito dos bancos públicos ao Tesouro, o que é proibido por lei, e a créditos suplementares sem a aprovação do Congresso, violando os princípios da lei orçamentária. O ataque frontal à Lei de Responsabilidade Fiscal é crime muito sério para ser ignorado. É essa a matéria que alimenta o processo de impeachment. O que se cobra é a responsabilidade da presidente frente a essas decisões.

O vale-tudo na economia e a miopia política levaram o Brasil às cordas: 12 milhões de trabalhadores estão desempregados e somos hoje o país que mais desemprega em todo mundo. Estados e municípios estão quebrados, cerca 300 comércios são fechados por dia, a indústria retrocedeu quase uma década, milhões de famílias retornam às classes D e E.

No país do marketing social, é bom lembrar que a renda média do trabalhador já caiu 5% no último ano; um em cada quatro trabalhadores ganha menos que um salário mínimo.

O destino do Brasil é crescer e abrigar os sonhos de seus cidadãos por um país mais justo com seus filhos. É nessa direção que precisamos seguir. Com clareza de propósitos e coragem para fazer o que precisa ser feito.

Aécio Neves

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Senador Aécio Neves: "É o início do fim de um governo que violou leis e mergulhou o Brasil em profunda crise"



Aécio : É o início do fim de um governo que violou leis e mergulhou o Brasil em profunda crise"



“É o início do fim de um governo que violou as leis e mergulhou o Brasil na mais profunda crise de nossa história”, afirma Aécio Neves

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, afirmou, nesta quinta-feira (25/08), que a última etapa do julgamento do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff marca o início do fim de um governo que violou as leis brasileiras e mergulhou o país na mais profunda crise econômica e social de sua história.


Em entrevista à imprensa, Aécio ressaltou que o processo de análise das contas federais transcorreu de acordo com a Constituição brasileira e sob regras determinadas pelo Supremo Tribunal Federal.


“Hoje é o início do fim de um governo que na sua arrogância, na sua prepotência e na sua irresponsabilidade violou as leis e mergulhou o Brasil na mais profunda crise econômica e social da sua história. Ao final desse processo, legal, constitucional, vamos olhar para trás e perceber que fizemos o que deveríamos ter feito, demonstrando ao Brasil que a lei neste país é para ser cumprida por todos, em especial pelo presidente da República”, afirmou o senador Aécio Neves ao chegar para a sessão do Senado.


A fase final do processo de impeachment de Dilma Rousseff começou hoje com o depoimento das testemunhas de defesa e de acusação. Essa etapa deve prosseguir até sábado. Na segunda-feira, será a vez de a presidente afastada prestar seu depoimento ao plenário do Senado. A expectativa é que o julgamento termine na madrugada da próxima terça-feira (30/08).


Dilma Rousseff responde à acusação de ter, como presidente da República, violado a Lei de Responsabilidade Fiscal ao ter autorizado manobras fiscais cometidas pelo governo com o objetivo de maquiar as contas públicas. São elas: a emissão de decretos de crédito suplementar sem autorização do Congresso e o uso de recursos de bancos públicos para pagamento de despesas de responsabilidade do governo. A presidente afastada responde por ter atrasado repasses bilionários devidos pelo governo federal ao Banco do Brasil.


Aécio Neves ressaltou que o Congresso Nacional está diante de um momento histórico, que, encerrado, exigirá dos parlamentares comprometimento com uma agenda de reformas que resgate a confiança dos brasileiros no país.


“Será a hora, a partir de terça-feira, de olharmos para o futuro e implementarmos, o mais rapidamente possível, a partir do Congresso Nacional, uma profunda agenda de reformas que resgate o equilíbrio das contas públicas, a confiança dos investidores e, principalmente, o emprego. Porque a grande a vítima de tudo isso está longe de ser a senhora presidente da República. A grande vítima desses governos do PT, ou desses desgovernos do PT, é a população brasileira, são os 12 milhões de desempregados, são aqueles que menos têm”, criticou.


SerenidadeEm plenário, Aécio Neves usou a palavra para pedir serenidade aos colegas do Senado. O início da sessão foi usado pelos aliados de Dilma Rousseff para questionar o mérito das acusações, o que atrasou o depoimento das testemunhas e gerou bate-boca, obrigando o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que preside a sessão, a suspender o julgamento.


“Questões de ordem são legítimas, são regimentais, até o momento em que fica claro que, na verdade, buscam antecipar uma discussão de mérito, que terá ao longo desta sessão o momento para que ocorram. O que é preciso é buscar aqui o chamamento ao bom-senso. Estamos com o país inteiro acompanhando esse processo. Não temos data para terminar. E esta não é a questão fulcral, a questão essencial, mas temos etapas a serem vencidas. E é importante que entremos na etapa da discussão de mérito, que se dará exatamente no momento em que as testemunhas aqui estiverem e puderem ser, obviamente, questionadas pelos senadores”, defendeu.

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Aécio Neves: "Devemos estabelecer limites,mas a proibição das contribuições empresariais pode aumentar o caixa dois"


Aécio :"Devemos estabelecer limites, mas a proibição das contribuições empresariais pode aumentar o "caixa 2"


O senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do PSDB, defendeu, em entrevista exclusiva ao UOL, que as doações eleitorais de empresas voltem a ser permitidas após as eleições municipais de outubro. Para o senador, a proibição das contribuições empresariais pode aumentar o uso do chamado caixa dois, prática ilegal de arrecadar doações sem o devido registro na prestação de contas de campanha apresentada à Justiça Eleitoral.

"Eu temo que nós venhamos a ter nessas eleições a reedição do caixa dois em níveis maiores do que tínhamos anteriormente", afirmou o senador. "Tenho a convicção de que nós vamos ainda este ano voltar a discutir essa questão do financiamento."

As doações de empresas foram proibidas por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal). O tribunal entendeu que a prática é inconstitucional por causa do desequilíbrio provocado na disputa pelo poder econômico dos grandes doadores.

Orlando Brito/Divulgação

Aécio Neves defende a volta do financiamento de empresas para campanhas eleitorais, mas diz que quer limites

 Aécio afirma defender a imposição de limites mais rígidos para o financiamento empresarial. "O que nós defendemos durante a tramitação desse projeto, e fomos derrotados, é que você abaixe o limite, faça limites menores, mas permita, por exemplo, que as pessoas jurídicas em um determinado município, o dono do supermercado, do posto de gasolina, com limites que não criem uma distinção muito grande entre as campanhas, possam participar das campanhas legitimamente, com limite de recursos estabelecido aqui no Congresso Nacional", diz o senador.

"Eu acho que isso é mais saudável do que esses recursos chegarem aos candidatos por vias indiretas sem o acompanhamento e a fiscalização da Justiça Eleitoral. O que eu temo, digo mais uma vez, venha a ocorrer em larga escala nessas eleições", afirma.


Durante a tramitação da minirreforma eleitoral (Lei 13.165/15), a Câmara autorizou num primeiro momento as doações empresariais, impondo um teto de R$ 20 milhões por doador e limitando o percentual máximo doado a cada partido. Mas o texto foi modificado no Senado, que incluiu a proibição do financiamento empresarial e manteve doações apenas de pessoas físicas.

Na segunda rodada de tramitação na Câmara, os deputados alteraram as modificações feitas no Senado para voltar a permitir que empresas irrigassem as campanhas. Mas, com o veto posterior à prática pelo STF, o dispositivo foi vetado pela presidente Dilma Rousseff e a proibição foi mantida.

Nessas eleições, as campanhas serão custeadas apenas com recursos do Fundo Partidário, dinheiro público a que os partidos têm direito, e por doações de pessoas físicas, no limite de 10% dos rendimentos no ano passado.


É um grande laboratório. Há um consenso no país hoje de que nós precisamos baratear as campanhas. E, sob alguns aspectos, a nova legislação atende a isso.

"Mas o fim simples e imediato das contribuições de pessoas jurídicas sem que haja no Brasil a tradição desse financiamento por pessoas físicas pode levar a manobras que infelizmente possam significar retrocesso. Vamos aguardar. Estamos fazendo uma orientação muito dura, rígida, a todos os companheiros do PSDB, explicando como podem arrecadar, os limites da arrecadação [por pessoa] física", afirma o senador.

fonte:
http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2016/08/25/aecio-quer-volta-de-doacao-de-empresas-e-diz-que-proibicao-aumenta-caixa-2.htm

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Aécio cobra mais austeridade do governo Temer


Aécio cobra mais austeridade do governo Temer



O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, criticou, nesta terça-feira (23/08), a falta de comprometimento da base parlamentar do governo com o ajuste das contas públicas. Em entrevista à imprensa, no Senado, Aécio defendeu a aprovação de reformas estruturais e afirmou que o governo emite sinais trocados ao apoiar projetos que aumentam gastos em um momento de grave recessão econômica.


"O PSDB quer reconstruir o Brasil destroçado pelo PT, e isso passa pelo equilíbrio das contas públicas. Não há outro caminho. Passa por reformas estruturais. E é preciso que o partido do presidente da República, e outros partidos políticos que o apoiam, tenham essa compreensão, se não o governo fracassará. E se o governo Temer fracassar, fracassa o Brasil. Não queremos isso. Queremos ajudar o governo Temer a enfrentar as dificuldades, mas elas precisam ser enfrentadas com clareza e com coragem", afirmou o senador Aécio Neves.

Na reunião de hoje as bancadas do PSDB no Congresso discutiram a conjuntura e projetos defendidos pelo partido. Aécio ressaltou que a posição da sigla é trabalhar pela votação das reformas estruturais.


"O papel do PSDB é sim pressionar pelas reformas e elas têm que começar pela inibição dos gastos. Não há clima, não é momento mais para aumento de despesas do governo. A bancada federal concorda integralmente com isso", ressaltou, acompanhado pelo líder do partido na Câmara, deputado federal Antônio Imbassahy,

Austeridade


Aécio acrescentou que, concluído o processo de impeachment, o governo adote as medidas de austeridade fiscal.

"Não é possível que haja dois governos, um para fazer bondades e outro para ficar com ônus de decisões que, se não agradam determinadas corporações, são essenciais para o Brasil. Estamos dizendo de forma muito clara nas conversas internas e publicamente: é preciso parar com esta ambiguidade. A situação do Brasil é trágica e, a partir da próxima terça-feira, o governo precisa, a meu ver, de forma definitiva, dizer que tem comando e que há um só governo que aponta e que caminha na direção do ajuste das contas públicas", disse Aécio Neves.

http://www.ogirassol.com.br/politica/base-do-governo-emite-sinal-trocado-ao-defender-aumento-de-gastos-em-momento-de-recessao-diz-aecio

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Senador Aécio Neves sobre as Olimpíadas: "Oportunidade. É isso que transforma vidas"


Aécio sobre as Olimpíadas: : "Oportunidade. É isso que transforma vidas"




O Brasil no pódio

Aécio Neves / Folha de São Paulo

Isaquias Queiroz, Thiago Braz, Rafaela Silva, Robson Conceição, Arthur Zanetti, Alison e Bruno, as meninas do vôlei, do futebol, do handebol, da ginástica, da vela, são muitos os nomes que, nas últimas semanas, se incorporaram ao vocabulário cotidiano dos brasileiros. De um momento para o outro conhecemos uma gente guerreira, vencedora até quando não sobe ao pódio.

Um veio do Bairro Boa Vista de São Caetano, na periferia de Salvador, outra veio do Morro da Mangueira, já o baiano campeão da canoagem nasceu e cresceu na pequena Ubaitaba. Eles vieram de muitos lugares e têm algo em comum: superaram toda sorte de adversidades e encontraram no esporte um caminho de inclusão e de reconhecimento. "Sem o boxe eu nem estaria vivo", disse o medalhista de ouro Robson Conceição, que já vendeu picolé na rua e carregou caixa para a avó feirante.

O depoimento dele não é incomum no mundo esportivo. Se há um legado inegável desta Olimpíada é o fato de que histórias como essas tornaram-se públicas e ganharam uma nova dimensão, refletindo o enorme potencial do esporte na luta contra a pobreza, a discriminação e a falta de oportunidades. Cada vitória de um brasileiro tem efeito replicador em milhares de crianças com o mesmo perfil. É possível fazer uma vida diferente —essa é a mensagem que fica.

Campeões não surgem do acaso. Muitas vidas foram transformadas ao serem acolhidas em projetos sociais e institutos mantidos com muita dificuldade em municípios e comunidades pelo Brasil afora.

Expostos ao crivo do mundo, mostramos que temos muitos e bons motivos para nos orgulhar. Este é um país complexo, imerso em contrastes, mas que esbanjou criatividade, hospitalidade e capacidade de organização.

Campeões como Usain Bolt e Michael Phelps viveram aqui suas despedidas gloriosas, mas o evento também foi inesquecível para atletas desconhecidos como o nadador etíope que, mesmo sendo o último colocado em sua prova, saiu animado da piscina com o sonho de manter uma fundação voltada para jovens e crianças.

Oportunidade. É isso que transforma vidas. Meninos e meninas do Brasil inteiro estão hoje sonhando com acrobacias, saltos, corridas e uma série de possibilidades esportivas. Estão sonhando com vitórias, inspirados por seus novos heróis, que não usam capas, não voam e nem têm poderes sobrenaturais.

Este Brasil de gente simples, anônima e obstinada cresceu durante os Jogos, ganhou nome e sobrenome, virou referência. Este é um bom começo para uma nação que se reconstrói após um longo inverno marcado pela ausência da ética, da virtude e da responsabilidade.

Aécio Neves

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Aécio Neves líder da oposição volta a cobrar de Temer o seu compromisso com as reformas


Aécio volta a cobrar de Temer o seu compromisso com as reformas





Após jantar, Aécio diz que Temer deve focar em fazer 'história', não 'eleições'
Temer reuniu senadores tucanos para estreitar laços diante de críticas.
Segundo Aécio, presidente em exercício se comprometeu a fazer reformas.

Nathalia PassarinhoDo G1, em Brasília




Após jantar com o presidente em exercício da República, Michel Temer, o senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do PSDB, disse na madrugada desta quinta-feira (18) esperar que o peemedebista se comprometa a “fazer história” e não “eleições”.

O tucano, que tem feito críticas à flexibilização do ajuste fiscal pelo governo, disse que Temer deu “garantias” aos presentes de que fará reformas amplas, como a previdenciária, se o impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff, for aprovado em definitivo pelo Senado.

“Ele nos tranquilizou hoje, nos deu garantias de que as reformas estruturais estarão, inclusive, em pronunciamento à nação após o impeachment. Esperamos que seja um governo com compromisso com a história, não com eleições”, afirmou Aécio.

Para estreitar os laços e estancar críticas públicas do PSDB à atuação de seu governo na área econômica, Temer convidou senadores tucanos para jantar no Palácio do Jaburu, residência oficial da Vice-Presidência.

Além de Aécio, participaram da conversa os senadores Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Aloysio Nunes (PSDB-SP), Tasso Jereissati (PSDB-CE), e o líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Imbassahy (BA).

A preocupação do PSDB é que, de olho na eleição presidencial de 2018, o governo Temer flexibilize as medidas de ajuste fiscal e evite fazer reformas impopulares. Aécio disse que cobrou no jantar que o presidente em exercício não dê mais “sinais ambíguos” em relação à política econômica.

“O presidente Michel não tem possibilidade de errar daqui em diante. Apresentamos a ele os pontos que já defendíamos: as reformas estruturais, previdenciária, trabalhista, a própria reforma do Estado. O que ouvimos é que ele tem vontade de inaugurar um tempo novo onde as reformas sejam claras. Os sinais não podem mais ser ambíguos, têm de ser claros em direção às reformas. E ele terá nosso apoio”, disse.

Aliança
Principal adversário do governo da presidente afastada Dilma Rousseff, o PSDB se tornou um dos mais próximos aliados do governo do presidente em exercício.

Ao assumir, em maio, Temer nomeou no primeiro escalão três ministros tucanos: José Serra (Relações Exteriores), Bruno de Araújo (Cidades) e Alexandre de Moraes (Justiça).

Além de ministros, Temer escolheu o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), líder do governo no Senado - Aloysio Nunes disputou a eleição presidencial de 2014 como candidato a vice-presidente na chapa formada com o senador Aécio Neves (PSDB-MG).

Aécio afirmou que, com as garantias dadas por Temer, em relação à intenção de fazer reformas e seguir com o ajuste fiscal, PSDB e PMDB devem se "realinhar".

"Acho que vai ter realimento, uma convergência entre nós, a partir da confirmação do presidente Michel Temer no cargo", disse.

http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/08/apos-jantar-aecio-diz-que-temer-deve-focar-em-fazer-historia-nao-eleicoes.html

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Governo de Minas: Fernando Pimentel cada vez mais comprometido na operação Acrônimo


Governo Pimentel: Fernando Pimentel cada vez mais comprometido na operação Acrônimo



A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (16) a sexta etapa da Operação Acrônimo. Os alvos são a construtora JHSF e o instituto de pesquisa Vox Populi. Os agentes da polícia cumprem mandados de busca e apreensão nos estados de Minas Gerais e de São Paulo. Não há mandados de prisão. O secretário-geral da Governadoria do governo de MG, Eduardo Serrano, foi conduzido coercitivamente para prestar depoimento.


A Operação Acrônimo investiga um esquema de lavagem de dinheiro em campanhas eleitorais envolvendo gráficas e agências de comunicação. O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), é suspeito de ter utilizado os serviços de uma gráfica durante a campanha eleitoral de 2014 sem a devida declaração dos valores e de ter recebido "vantagens indevidas" do proprietário dessa gráfica, o empresário Benedito Oliveira, conhecido como Bené.

Nesta 6ª fase, a polícia apura suspeita de que Bené e Pimentel intermediaram empréstimo do BNDES para a JHSF. Além disso, a polícia acredita que a campanha do governador tenha recebido verba irregular do instituto de pesquisa.

Em delação premiada, o empresário disse que o governador de Minas cobrou R$ 5 milhões em propina do grupo JHSF, responsável pelo aeroporto Catarina, em São Roque, na Região Metropolitana de São Paulo. O valor teria sido usado como compensação pelo lobby que Pimentel fez para que o grupo pudesse operar no aeroporto.

A delação de Bené afirma ainda que a JHSF pagou caixa dois de campanha, simulando um contrato com o Instituto de Pesquisas Vox Populi. “Cerca de R$ 750 mil foram pagos mediante a quitação de despesas da campanha eleitoral de Pimentel junto ao Instituto Vox Populi. E, para viabilizar esse pagamento ao Instituto Vox Populi, o colaborador conversou com Humberto e com um diretor comercial do instituto, Marcio Hiran, para que eles ajustassem a emissão da nota fiscal e a efetivação do pagamento. Os serviços declarados na nota fiscal não foram efetivamente prestados ao grupo JHSF, mas sim à campanha eleitoral de 2014 de Fernando Pimentel”, diz trecho da delação.

Nesta manhã, policiais federais estiveram em dois endereços da Rua do Ouro, no bairro Serra, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Em um deles, funciona o escritório da Vox Populi.

O advogado Eugênio Pacelli, que representa Pimentel, afirmou que não houve medida contra o governador nesta terça-feira (16). Perguntado sobre esta fase da operação, disse que “trata-se de factoide criado para influenciar o julgamento do recurso de Pimentel no STJ, em que as especulações são no sentido de sua vitória”, disse o advogado. Em 3 de agosto, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) adiou o julgamento do recurso apresentado por Pimentel, que reivindica que a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) decida sobre eventual abertura de ação penal contra ele referente à Operação Acrônimo.

A Vox Populi confirmou a realização de buscas no instituto e informou que colabora com as investigações. "A Vox Populi informa que na manhã dessa terça-feira recebeu em seus escritórios uma equipe da PF, em cumprimento de diligência determinada pelo Superior Tribunal de Justiça. A empresa disponibilizou a documentação solicitada e continua pronta a atender quaisquer outras solicitações das autoridades”, disse em nota.

A JHSF confirmou a realizaçao de busca. Por meio de nota, reafirmou que não está envolvida em qualquer ilícito e sempre obedeceu à legislação vigente. Informou também que está à disposição para colaborar com as investigações e que "é a maior interessada no esclarecimento dos fatos, a fim de demonstrar a sua lisura".

A reportagem tenta contato com a defesa do empresário Bené. O G1 procurou o BNDES e aguarda o posicionamento. O retorno será incluído assim que recebido.

Em maio, a Procuradoria-Geral da República denunciou Pimentel ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em razão de fatos apurados na Operação Acrônimo. O empresário Benedito Rodrigues de Oliveira, o Bené, também foi denunciado. A denúncia se refere a fatos da época em que o governador era ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, no primeiro mandato de Dilma Rousseff.

Condução coercitiva em MG
O secretário-geral da Governadoria do governo de Minas Gerais, Eduardo Serrano, foi conduzido coercitivamente à sede da Polícia Federal, em Belo Horizonte, para prestar depoimento, segundo o advogado dele, Marcelo Leonardo. Contudo, preferiu usar o direito de ficar em silêncio. Sem dar detalhes, o defensor disse que o nome de Serrano foi mencionado na delação feita por Bené.

Leonardo falou que não era necessária a condução coercitiva e que somente bastava intimar Serrano para que ele comparecesse à sede da PF, mas que de qualquer maneira o secretário ficaria calado. O advogado contou que ainda não teve inteiro conhecimento do inquérito e que vai a Brasília pedir acesso aos documentos.

A assessoria de imprensa do governo de Minas Gerais informou que o governo do estado não tem condições de se manifestar sobre o depoimento e que orientou procurar o advogado de Serrano.

Delação
Bené foi preso preventivamente e firmou acordo de delação premiada. O empresário relatou que repassou R$ 10 milhões em propina a Pimentel. As investigações apontam que Bené teria recebido propina para atuar em favor da montadora Caoa junto ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio na época em que Pimentel comandava a pasta. As investigações indicam que o pagamento de propina ocorreu em troca de benefícios fiscais.


Segundo reportagem de "O Globo", em um de seus depoimentos aos procuradores da República, Bené afirmou que, só da Caoa, representante da Hyunday no Brasil, Pimentel teria recebido R$ 10 milhões.

O delator destacou ainda que houve irregularidades em negócios financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na Argentina e em Moçambique. Ainda de acordo com Bené, Pimentel seria um dos possíveis beneficiários dos subornos.

Os procuradores da República já classificaram Pimentel de "chefe da quadrilha". Eles afirmam, na denúncia ao STJ, que, na época em que comandou o Ministério de Desenvolvimento, Pimentel atuou para favorecer a Caoa. Em troca, dizem os investigadores, ele recebeu propina de R$ 2 milhões.

No entanto, os R$ 10 milhões em propina revelados na delação premiada de Bené são cinco vezes maior do que o valor inicialmente identificado pela PGR.



Segundo a defesa de Fernando Pimentel, a suposta delação premiada de Bené, por si só, não é elemento de prova, e a divulgação de parte do conteúdo desses depoimento é ilegal, o que poderia invalidar o acordo do empresário com o Ministério Público.

http://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/2016/08/policia-mira-construtora-e-instituto-de-pesquisa-em-nova-fase-da-acronimo.html

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Aécio Neves presidente nacional do PSDB cobra foco e providências do governo Temer


Aécio cobra foco e providências do governo Temer



Pessoas procuram emprego em São Paulo


Foco


Aécio Neves - Folha de São Paulo

O país está perdendo um tempo precioso no combate à crise gigantesca que nos foi legada. Quanto antes fizermos o que precisa ser feito, mais cedo conseguiremos reconquistar o crescimento, reativar a produção e, assim, gerar os empregos que os brasileiros precisam.


O estrago é imenso e tem no rombo acumulado nas contas públicas desde 2014 a sua melhor tradução. Serão quatro anos seguidos de deficits, que resultarão num buraco que deve superar R$ 440 bilhões.


Diante disso, a prioridade máxima agora é controlar gastos para conseguir produzir algum equilíbrio. Essa é uma exigência de toda a sociedade brasileira.


A solução para um desafio desta magnitude não virá de imediato. Terá que ser construída arduamente, passo a passo. Mas é preciso traçar desde já os caminhos a seguir, definir os objetivos e perseverar na busca dos resultados. O ímpeto precisa ser redobrado. E não é o que tem transparecido.


Em toda mudança há sempre interesses que acabam sendo contrariados, há pressões diversas mobilizadas e naturais resistências às transformações que se fazem necessárias, algumas delas muito antigas. Quase sempre, faltaram coragem e decisão para reconhecer e enfrentar os problemas como eles são. Até que, acumulando impactos negativos de toda ordem, acabam se impondo por si só.


É o caso das presentes discussões em torno da renegociação das dívidas estaduais e da proposta de emenda constitucional que cria um teto para a evolução das despesas públicas. Oportunidade única para recolocar a responsabilidade no trato do dinheiro público — ou seja, o dinheiro de todos os brasileiros — como primeiro item da lista de prioridades do país.


É preciso ter disposição e exibir musculatura para enfrentar o combate de grupos articulados, corporações resistentes e derrubar ideias e posturas preconcebidas que apenas escamoteiam os desafios do país e só servem para protelar as soluções. A batalha é dura, mas precisa ser travada. Já.


Ao longo das últimas semanas, assistimos a uma série de ameaças às respostas que precisam ser dadas para que possamos superar os impasses que vivemos.


Corremos risco de jogar por terra um elenco de iniciativas destinadas a sanear as contas públicas, disciplinar os gastos e, assim, liberar mais recursos para o que realmente interessa: prestar melhores serviços à população.


Todos ganharemos se prevalecer um regime de efetiva austeridade, mais rigor sobre as despesas e se os gestores públicos dispuserem de instrumentos legais para fechar as torneiras. É hora de o país retomar o caminho da responsabilidade fiscal e o dinheiro pago como tributo voltar a ser tratado com transparência e o respeito que merece.


Aécio Neves

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Aécio viaja para fortalecer candidatos tucanos


Aécio viaja para fortalecer candidatos tucanos




Aecio Neves deve ir a Cuiabá, Várzea Grande, Sinop e Rondonópolis apoiar candidatos a prefeito -O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, deve vir a Cuiabá para participar da campanha do candidato a prefeito Wilson Santos (PSDB).

Na quarta-feira (10), o candidato esteve em Brasília (DF) e se encontrou com o senador. Na pauta da reunião, além de relatar os últimos acontecimentos da política cuiabana, que o colocaram na disputa pelo Palácio Alencastro, Wilson foi buscar a confirmação do apoio da cúpula nacional.

A reunião foi acompanhada pelo governador Pedro Taques (PSDB) e pelo presidente regional da sigla, deputado federal Nilson Leitão.

Wilson também se reuniu com o senador e ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB).

“Tenho 15 anos de PSDB, disputei eleições para a Prefeitura de Cuiabá pelo partido duas vezes - em 2004 e 2008 -, e sempre tive o apoio nacional da sigla, com a presença de todos os líderes no meu palanque. E isso vai se repetir. Os líderes prometeram que fazem questão de estar em Cuiabá”, declarou Wilson, que deve voltar de Brasília na noite desta quinta-feira (11).


Wilson Santos esteve em Brasília; na reunião, o governador Pedro Taques e o deputado Nilson Leitão, também estiveram presentes

“O PSDB tem candidatura própria em 12 capitais, e Cuiabá merecerá um tratamento carinhoso pela minha história e presença no partido. Antes de começar a campanha oficialmente, vim para Brasília no intuito de manter este contato. A presença dos líderes é muito importante para a campanha”, disse.

A última vez que Aécio e os líderes tucanos estiveram em Cuiabá foi no ato de filiação do governador Pedro Taques, realizado em agosto de 2015.

Na eleição do ano de 2014, Aécio Neves, que disputava a Presidência, esteve na Capital e subiu no palanque do agora governador.

http://midianews.com.br/politica/aecio-deve-vir-a-cuiaba-para-fortalecer-candidatura-de-wilson/271415

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Aécio Neves líder da oposição cobra do Governo Federal agenda prometida de ajuste de contas públicas


Aécio cobra do governo federal agenda prometida de ajuste de contas públicas






O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, conversa com presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, que preside a sessão de votação do relatório da Comissão de Impeachment, na terça-feira (09), no Senado Federal.


O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, declarou, ontem (10/08), que é hora de o governo federal aplicar a agenda prometida de ajuste das contas públicas.


Em entrevista nesta quarta-feira, após a aprovação pelo plenário do Senado da penúltima etapa do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, por crimes fiscais, Aécio disse que o equilíbrio financeiro do país é passo fundamental que deve ser dado agora pelo governo Temer para superação da crise econômica.


Segue declaração do senador Aécio Neves.


*áudio anexo para livre uso das emissoras


"Essa semana foi vencida mais uma etapa fundamental para a aprovação do afastamento definitivo da presidente Dilma Rousseff e a presidente será afastada, não pelas movimentações da oposição, mas pelos crimes que ela cometeu durante seu mandato. O Brasil tem apenas um caminho: fazer valer a lei. E valer a lei para todos. Porque a outra opção inaceitável era criar um salvo conduto para a presidente da República, permitindo que crimes contra a lei orçamentária, contra as leis fiscais, continuassem a ser cometidos.


Agora é hora de nos concentrarmos na votação no final desse mês e a partir daí cobrarmos do governo Temer a introdução de uma agenda austera, de uma agenda corajosa, na direção das reformas, do equilíbrio das contas públicas, porque apenas essas duas atitudes permitirão que o Brasil volte a crescer e volte a gerar empregos.


Portanto o PSDB, mantendo a sua coerência de sempre, continuará votando pelo afastamento da presidente da República e apoiando uma nova agenda para o Brasil".


Autor: Assessoria
Fonte: O Nortão

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Entrevista de Antônio Anastásia,relator do Impeachment,sobre o processo atual


Entrevista de Anastasia, relator do Impeachment, sobre o processo atual



“Muitas vezes o cidadão não percebe, mas a vítima é ele”, diz Anastasia para O Globo

BRASÍLIA – Às vésperas de o Senado votar em plenário o parecer da comissão especial que analisou o processo de impeachment na Casa, o relator Antonio Anastasia (PSDB-MG) reafirma em entrevista ao GLOBO que há provas robustas contra a presidente afastada Dilma Rousseff. Anastasia apresentou relatório favorável ao julgamento final da petista, no qual diz que Dilma cometeu um “atentado contra a Constituição”.

O que o levou à convicção de que a presidente cometeu crime de responsabilidade?

A fase de instrução permitiu coligir provas robustas, tanto dos depoimentos, como dos documentos e da perícia. Que os fatos ocorreram, ninguém discute: as chamadas “pedaladas” e a edição dos decretos. Nos resta a segunda pergunta: esses dois fatos configuram crime e há autoria? A isso se dedicou o relatório. Em relação aos decretos, três descumpriam a meta fiscal. A autorização do Legislativo para o Executivo editar decretos é limitada a que fosse “compatível com a meta”. No caso dos decretos, se tivesse autorização legislativa, não teria crime nenhum. A presidente poderia ter mandado projeto de lei. A defesa diz que projeto demora muito, mas isso não é argumento para a quebra do equilíbrio dos poderes.

Há decisão direta da presidente?

Se, no meio do ano, ela assinou o projeto que mudou a meta fiscal e assina um decreto que interfere na meta, é evidente que ela sabia. Estamos discutindo a responsabilidade inerente ao cargo exercido.

Em relação às “pedaladas”, há ato da presidente?

Operação de crédito não precisa ser formalizada. No relatório, demonstramos que houve uma espécie de ação coordenada do Banco Central e da própria Comissão de Valores Mobiliários, que fecharam os olhos e permitiram que isso acontecesse. Essa ação é evidente porque se sabia que era operação de crédito. É claro que é orientação de governo e a LRF atribui à chefia do Executivo essa responsabilidade.

Em que medida difere do que FH e Lula fizeram?

No passado os valores eram ínfimos. Aquilo era próprio do dia a dia do funcionamento da administração. Quando a partir de 2013, 2014 e 2015 os valores ficam exponenciais, aí sim o banco está sendo utilizado com seu poder de alavancagem para substituir o Tesouro.

O hermetismo do assunto colaborou para prosperar o discurso do golpe?

Não há dúvida. A questão orçamentária é muito técnica até para os técnicos. É evidente que a população não vai se debruçar sobre um relatório de quase 500 páginas para compreender. Depende então muito da interpretação que é dada pelas redes sociais, pelos meios de comunicação, e muitos deles acabam tendo uma certa posição e levantam de um lado ou de outro.

Como o desrespeito às questões orçamentárias e fiscais impacta a vida das pessoas?

Impacta de maneira violenta e demonstro isso. Esse caos orçamentário contribuiu de maneira muito forte para a “débacle” econômica que vivemos. Um governo irresponsável do ponto de vista orçamentário e fiscal recebe esse descrédito internacional e isso recai cai na população imediatamente, com queda do PIB, menos investimento, inflação e desemprego. Cai a arrecadação tributária e você piora os serviços públicos, a Saúde, a Educação. Muitas vezes o cidadão não percebe, mas a vítima é ele.

A amplitude da lei de impeachment não a torna uma saída para crises políticas?

Temos de ir na gênese do crime de responsabilidade, que começou na Inglaterra e migrou para os Estados Unidos. O objetivo é permitir o equilíbrio de poderes. Foi exatamente para não permitir que vire um presidencialismo imperial, que o presidente tenha um cheque em branco depois da eleição. É a lembrança de que os poderes têm de ser equilibrados. Crime de responsabilidade é jurídico e político. Não temos como desassociar as duas ideias. Em certos momentos, aspectos que juridicamente podem ser considerados crime de responsabilidade, o ambiente político não põe adiante, e em outros momentos, pode ocorrer o inverso.

E como o senhor avalia essa situação?

Por um lado, acho que é positivo, ainda mais porque no Brasil estamos passando por uma revolução do ponto de vista de práticas, de hábitos. A cada dia estamos ficando mais rigorosos com tudo. Se é bom ou mau não posso avaliar, mas é uma tendência. E ela se reflete também no crime de responsabilidade.

O senhor acha que a decisão em construção no Senado é jurídica ou política?

Cada senador é um juiz e formará sua livre convicção. Formei a minha, com amparo nas provas coligadas.

Qual a opinião do senhor sobre a Lava-jato?

Como mencionei, o país atravessa um momento de grandes mudanças institucionais. É um momento agudo, uma espécie de uma revolução, com novas interpretações e mecanismos, e que está tendo um apoio até unânime da população, que percebe a necessidade desse processo de aperfeiçoamento da democracia. Temos de encarar essa operação, como outras que já tivemos e outras que teremos, dentro dessa visão de um processo de fortalecimento do Judiciário, do Ministério Público, mas sem jamais imaginar que uma acusação sem defesa possa ser uma condenação.

O senhor foi alvo de um inquérito que acabou arquivado.

Como fui vítima de uma grave injustiça, sempre faço o alerta de que o direito de defesa é sagrado e que não podemos precipitar prejulgamentos, como acontece. Mas nós homens públicos devemos ter preparo para saber que seremos responsabilizados e atacados, e isso faz parte. As operações como um todo devem receber o aplauso de todos. Ainda que, eventualmente, até por injustiça sejamos arrolados, como foi o meu caso, temos que confiar na justiça e com a defesa provar nossa inocência.

Integrantes do PSDB, como o senador Aécio Neves, têm sido delatados na Lava-Jato. O que o partido e os citados devem fazer?

Em todos os partidos, de A a Z, onde haja a acusação, o acusado tem de se defender. Não dá para dizer que um partido só tem anjo e o outro só tem demônio. Onde houver acusação, o acusado vai apresentar suas provas e se defender. Seja no PSDB, no PT, no PMDB, em todos os partidos. Acho que não podemos nem generalizar nem excluir. E o PSDB não pode passar a mão na cabeça de ninguém. Tem que averiguar caso a caso.

O partido passa por momento de fragilidade?

Essa fragilidade não é do PSDB, é do mundo político como um todo, dos partidos, daqueles que têm mandato, das autoridades em geral. Isso vem desde 2013 e vem se agravando. Hoje os partidos estão todos na berlinda, acuados.

E o caso do senador Aécio, seu padrinho político, como analisa?

Ele acaba sendo um alvo muito visado. Ele mesmo diz que, quando foi candidato a presidente, a vida dele foi passada ao avesso por duas ou três vezes e não foi comprovado nada contra ele. Passamos a ter coisas aqui e ali contra A, B ou C. Ele tem a tranquilidade total e absoluta. Sou muito ligado a ele e fui testemunha do seu governo, da correção e da probidade. Ele saberá responder as acusações que vierem com muita serenidade. Quem está na política tem que ter o couro grosso.



Clique AQUI e leia a entrevista no “O Globo”

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Aécio escreve sobre a importância do esporte como fator de inclusão social


Aécio escreve sobre a importância do esporte como fator de inclusão social







"Hoje, em minha coluna no jornal Folha de S. Paulo, trato sobre histórias de superação de brasileiros através do esporte. Defendo que o poder público, agindo em parceria com clubes, escolas e universidades aposte com mais convicção nesse caminho como fator de inclusão social. E que o legado da Olimpíada não seja apenas medido por obras, mas que possa fortalecer também a confiança de cada um dos brasileiros. "- Aécio Neves


Olimpíadas,
Aécio Neves, Folha de São Paulo

Como não se sensibilizar com a bela festa de abertura dos Jogos Olímpicos no Rio? Esbanjando criatividade, competência e alegria, os brasileiros fizeram uma festa que encantou o mundo. Naquela noite, dois momentos se destacaram por sua força simbólica.


No encerramento do evento no Maracanã, a pira olímpica foi acesa pelo maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima, ex-boia fria, filho de retirantes nordestinos e um dos heróis populares do esporte brasileiro; meia hora depois, na Candelária, um jovem atleta de 14 anos, Jorge Gomes, nascido no Morro da Mangueira, acendeu a "pira do povo" e nos iluminou com o seu sorriso aberto.


A biografia de ambos revela a enorme capacidade que tem o esporte de mudar os rumos de vidas aparentemente destinadas ao desamparo. Entre centenas de atletas brasileiros inscritos nos jogos, há inúmeras histórias de superação.


São exemplos para uma enorme parcela da juventude, sofrida e descrente, duramente atingida pela crise econômica que aflige o país nos últimos anos. É preciso acreditar que reunimos condições de superar as adversidades que minam a nossa confiança. Por isso é preciso olhar para a Olimpíada pensando também em um outro tipo de legado.


É uma pena que ainda se subestime o esporte como fator de inclusão social. Como se sabe, o acesso ao esporte é, muitas vezes, mais que uma porta de entrada para uma vida de novas oportunidades. Pode ser a importante porta de saída de uma vida difícil.


O poder público, agindo em parceria com clubes, escolas e universidades, deveria apostar com mais convicção nesse caminho. Mais crianças e jovens jogando basquete, futebol ou vôlei, nadando, lutando em tatames, saltando e correndo em pistas de atletismo, significa menos crianças e jovens nas ruas, expostos ao crime e às drogas.


Além disso, a boa prática esportiva ensina a respeitar o outro, a trabalhar em equipe, a aceitar derrotas e a lutar de forma honrada pelas vitórias, buscando sempre fazer melhor. É uma escola de formação que prepara para a vida.


Infelizmente, carecemos ainda de ações públicas e políticas efetivas e continuadas que sejam capazes de integrar o esporte em uma estratégia maior de desenvolvimento humano e social.


O garoto Jorge confessou que sonha, um dia, conquistar medalhas para o país. Medalhas são sempre muito bem- vindas, mas há outra meta mais prioritária a ser alcançada: temos a obrigação de construir um país mais inclusivo e justo, para que possamos nos orgulhar ainda mais das medalhas que, com certeza, Jorges de todo o país conquistarão no futuro.


Que o legado da Olimpíada não seja medido apenas por obras. Que ela possa fortalecer a confiança de cada um dos brasileiros.

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Aécio Neves: "Parecer de Anastásia mostra que o Brasil não aceita mais o "Vale Tudo" pelo poder"


Aécio : "Parecer de Anastasia mostra que o Brasil não aceita mais o "Vale Tudo" pelo poder







Por 14 votos a 5, foi aprovado nesta quinta-feira, na Comissão Especial do Impeachment, o relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) que concluiu que a presidente afastada Dilma Rousseff cometeu crimes de responsabilidade e deve ir a julgamento final. Com a decisão, se encerraram os trabalhos do colegiado.


A sessão, que durou quase três horas, foi marcada por discussões inflamadas entre os integrantes. Ao todo foram 22 senadores que discursaram. Em entrevista coletiva, Anastasia comentou as acusações de golpe feitas por aqueles parlamentares que defendem a permanência de Dilma no cargo. O relator afirmou que já eram esperadas críticas como estas e que finaliza esta fase do processo com a sensação de dever cumprido.


“Como eu disse ao final, com a serenidade que felizmente me é característica, os ânimos acabam se exaltando um pouco em um processo que tem essa natureza política. Então nós sabemos que hoje os que defendem – e fazem isso legitimamente – o mandato da presidente afastada, têm vários argumentos que colocam e, muitas vezes, volto a dizer, usam palavras inadequadas. Mas faz parte do processo político. Eu recebo essas críticas, inclusive as críticas de conteúdo, com a serenidade própria de um processo que é ao mesmo tempo político e jurídico, volto a dizer, com o sentimento de dever cumprido”, disse Anastasia.


A decisão da comissão será lida nesta sexta-feira no plenário do Senado. Depois disso, começará a contar um prazo de 48 horas para a realização da sessão de votação do parecer no plenário, prevista para a próxima terça-feira. Se os parlamentares decidirem, por maioria simples, que é procedente a denúncia contra Dilma, ela será submetida a julgamento final no Senado, previsto para começar entre os dias 25 e 29 de agosto.


Aécio Neves


O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, divulgou nota após a aprovação do parecer do senador Anastasia. Confira:


“A Comissão Especial de Impeachment encerra seus trabalhos escrevendo uma importante página na história do Congresso brasileiro e do país. O debate responsável e engajado a que assistimos, conduzido pelo seu presidente, senador Raimundo Lira, e o comprometimento de seu relator, o senador Antonio Anastasia, na observância à Constituição e no cumprimento desse difícil trabalho, onde a paixão política em momento algum se sobrepôs ao rigor e ao respeito às leis, marca em definitivo o nosso Parlamento.


A condenação dos graves crimes fiscais cometidos no governo Dilma Rousseff, todos eles artifícios e manobras autorizados pela presidente da República, será a demonstração cabal de que o Brasil não mais aceita o “vale tudo” pelo poder, de que as nossas leis são para todos, de que nossas instituições e Poderes Públicos não estão a serviço de nenhum partido ou grupo de poder, de que ninguém pode se sobrepor aos limites das leis e da Constituição brasileira.


Caberá agora ao Plenário do Senado Federal a decisão final sobre o processo de impeachment da presidente da República, já afastada do cargo. Mais do que virar a página do verdadeiro desastre que o governo do PT causou ao país, acredito que, quando decidido o afastamento definitivo da presidente Dilma Rousseff, o Brasil poderá iniciar um novo ciclo de responsabilidade para a retomada pelos brasileiros do crescimento, do emprego e da esperança.”

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Aécio e Anastásia integram a lista dos políticos mais influentes do país


Aécio e Anastasia integram a lista dos políticos mais influentes do país







Os senadores Aécio Neves e Antonio Anastasia e os deputados federais tucanos Domingos Sávio, Marcus Pestana e Paulo Abi-Ackel integram o ranking dos mais atuantes e influentes do País

A exemplo do que ocorreu no ano passado, os senadores Aécio Neves e Antonio Anastasia e os deputados federais Domingos Sávio, presidente do PSDB-MG,Marcus Pestana e Paulo Abi-Ackel, todos dos PSDB de Minas Gerais, estão novamente entre os “cabeças do Congresso Nacional 2016”. (Confira: Aécio Neves é reconhecido como um dos “cabeças” do Congresso Nacional pelo sexto ano consecutivo)


A lista dos 100 parlamentares mais influentes e atuantes de 2016 foi divulgada nesta quarta-feira (03/8), em Brasília, pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), órgão que presta assessoria parlamentar a diversos sindicatos do país.


Entre os sete parlamentares mineiros que integram o ranking do DIAP, cinco são do PSDB-MG. Os outros mineiros são os deputados Júlio Delgado (PSB) e Lincoln Portela (PRB).


“O fato de parlamentares do PSDB se destacarem novamente neste representativo ranking elaborado pelo DIAP demonstra mais uma vez que o nosso partido está à altura dos enormes desafios que se impõem atualmente ao País. Expressa também a ótima qualidade da bancada tucana de Minas no Congresso Nacional”, afirma o presidente do PSDB-MG, Domingos Sávio.


O levantamento aponta também o PSDB como partido “com grande capacidade de formulação”. Dos 20 partidos com deputados e senadores na lista dos 100 parlamentares mais influentes do Congresso Nacional, o PSDB aparece em terceiro lugar, com 14 nomes, sendo que cinco são parlamentares de Minas Gerais.


A pesquisa inclui apenas os deputados ou senadores que estavam no efetivo exercício do mandato no período de avaliação, correspondente ao período de fevereiro a julho de 2016.


Critérios para escolha dos “cabeças”


Na definição do DIAP, os “cabeças” do Congresso Nacional são aqueles parlamentares que conseguem se diferenciar dos demais pelo exercício de todas ou algumas das qualidades e habilidades aqui descritas. Entre os atributos destacados pela instituição está a capacidade de conduzir debates, negociações, votações, articulações e formulações, seja pelo saber, senso de oportunidade, eficiência na leitura da realidade.


“Cabeça é o parlamentar que, isoladamente ou em conjunto com outras forças, é capaz de criar seu papel e o contexto para desempenhá-lo”, resume o DIAP.


Clique AQUI e confira release do DIAP com a lista completa dos 100 “cabeças do Congresso Nacional 2016”

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Senador Antônio Anastasia: "Atos de Dilma foram um autêntico atentado à Constituição"


Senador Anastasia: "Atos de Dilma foram um autêntico atentado à Constituição"





O relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), apresentado nesta terça-feira (2), na Comissão Especial de Impeachment do Senado Federal, aponta que há provas de autoria da presidente Dilma Rousseff, por ação direta ou por omissão, nos crimes de responsabilidade por abertura de créditos suplementares sem autorização do Congresso Nacional e pela realização das chamadas “pedaladas fiscais” (operação de crédito com instituição financeira controlada pela União). Por esses fatos, o voto do senador foi pela continuidade do julgamento pelo Plenário do Senado.

A decisão foi embasada em evidências registradas no processo que colheu o depoimento de 44 depoentes, dos quais 38 indicados pela defesa da presidente afastada. Foram analisados também 171 documentos, entre eles relatórios oficiais de órgãos públicos, laudos técnicos elaborados pela Junta Pericial e análises da Defesa e da Acusação. No conjunto desse material, inclusive em manifestação da própria presidente Dilma Rousseff e de seus auxiliares diretos, ficaram provados crimes de responsabilidade contra a lei orçamentária e crimes contra a guarda e legal emprego dos dinheiros públicos (artigos 10 e 11 da Lei 1.079).

“A gravidade dos fatos constatados não deixa dúvidas quanto à existência não de meras formalidades contábeis, mas de um autêntico ‘atentado à Constituição’”, afirma Anastasia em seu relatório. O parecer destaca ainda o manifesto descumprimento das leis por meio da “ação coordenada” de órgãos e entidades de cúpula da Administração Superior, o que jamais ocorreria, no contexto examinado, sem o conhecimento do comando central do Governo.

Decretos suplementares
Segundo o relatório, três dos quatro decretos suplementares analisados pela Comissão Especial do Impeachment do Senado e assinados pela presidente Dilma promoveram alterações na programação orçamentária incompatível com a obtenção da meta de resultado primário vigente à época. Isso foi apontado pelo próprio laudo da Junta Pericial, constituída a partir de pedido da Defesa, com impacto negativo de R$1,75 bilhão. Ocorre que o artigo 4º da Lei Orçamentária Anual (LOA 2015) permitia a edição desses decretos apenas se as alterações promovidas fossem compatíveis com a obtenção da meta de resultado primário estabelecida.

Para o relator, no momento da assinatura dos decretos, a presidente Dilma tinha plena consciência de que a meta de resultado primário fixada para o exercício não seria cumprida, o que revela conduta irresponsável, incompatível com o cargo de quem deveria cuidar do equilíbrio das contas públicas. O relatório mostra que, em julho de 2015, o contingenciamento proposto pelo governo levou em consideração a proposta de meta de R$5,8 bilhões (que só veio a ser aprovada em dezembro daquele ano) e não a meta da Lei vigente àquele momento de R$55,3 bilhões. Mesmo assim, ciente do fato, a presidente assinou decretos de suplementação, sem autorização do Congresso e em confronto com a meta vigente.

“Ao abrir créditos suplementares e contingenciar despesas com base em projeto de lei pendente da apreciação do Parlamento, a Presidente da República revelou, portanto, não apenas desconsideração pelos mais elementares princípios de responsabilidade fiscal, mas absoluto desrespeito ao Congresso Nacional. No regime presidencialista, não se admite que o Executivo adote ou altere a política fiscal à revelia do Legislativo”, ressalta o relatório do senador Anastasia.

Operações de crédito ilegais
O relatório também demonstra que a omissão da presidente Dilma Rousseff permitiu o financiamento de despesas primárias pelo Banco do Brasil por meio de operação de crédito, ação vedada pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Segundo o documento, o comportamento foi deliberado, sendo os passivos do Tesouro com os bancos públicos impossíveis de serem saldados sem a participação direta da presidente. Anastasia também chama a atenção para o fato de as chamadas “pedaladas fiscais” terem sido ocultadas da contabilidade pública ao longo dos anos, identificadas somente depois da investigação do TCU e de denúncias veiculadas pela imprensa.

A análise dos documentos e as provas colhidas durante a fase de instrução mostram que durante todo o ano de 2015 o governo beneficiou-se do financiamento de despesas primárias pelo Banco do Brasil e somente em 2016 a existência de passivos acumulados em anos anteriores foi tornada pública. Reafirmando o laudo pericial, Anastasia destaca que a relação constatada no caso dos atrasos no Plano Safra (desde 2008), tratou-se efetivamente de uma operação de crédito da qual, mesmo tendo conhecimento, Dilma não tomou providências para evitar. Isso é demonstrado no relatório quando verificado que, mesmo acumulados, ao final de 2014, R$ 10,9 bilhões, a Lei Orçamentária de 2015 previu apenas R$ 8,44 bilhões para o pagamento de equalizações de taxa de juros ao Banco.

A irresponsabilidade da presidente na direção superior da administração federal fica clara, ainda, pelo comportamento leniente do Banco do Brasil, do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários diante da inadimplência do Tesouro Nacional, revela o documento. “O comportamento do Banco do Brasil é prova cabal da influência indevida da União, na qualidade de acionista controladora. O que explica que uma instituição financeira, credora de mais de R$ 10 bilhões em atraso, aceite ampliar em 20%, por determinação do devedor, a linha de crédito que originou esse passivo? Por que essa dívida, que acumulava valores devidos desde 2008, nunca foi cobrada em juízo?”, questiona Anastasia.

O relatório chama a atenção ainda para o fato de que em nenhum momento, durante todo o processo, a presidente Dilma negou ter conhecimento da existência dos passivos bilionários acumulados e que, mesmo depois de advertida por seus ministros da existência desses passivos, ela anunciou a aplicação em 20% dos recursos do Plano Safra, tendo sua participação direta sido confirmada pelo próprio vice-presidente do Banco do Brasil. Apresentando declarações da própria presidente em cerimônias públicas, o relatório ressalta que Dilma tinha pleno conhecimento das pedaladas e concordava com a prática.

“O que se constata, portanto, é que a acusada foi irresponsável não apenas na omissão quanto ao seu dever de coibir essas graves irregularidades, mas também na adoção de providências de sua competência exclusiva e na direção superior da Administração Federal. A Presidente da República era a pessoa em toda a cadeia administrativa que detinha o poder definitivo de mudar a rota da ação lesiva, mas não o fez”, conclui o senador Anastasia em seu relatório.

O parecer será discutido na quarta-feira (3) na própria Comissão e votado na quinta-feira (4). Após essa etapa, seguirá para leitura e apreciação do Plenário.

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