sexta-feira, 29 de julho de 2016

Aécio e Anastásia lançam João Leite como pré-candidato do PSDB à PBH


Aécio e Anastasia lançam João Leite como pré-candidato do PSDB à PBH




TÂMARA TEIXEIRA
FRANSCINY ALVES :: ESPECIAL PARA O TEMPO

O anúncio da escolha do deputado estadual João Leite como o pré-candidato do PSDB à Prefeitura de Belo Horizonte foi marcado por indiretas e alfinetadas do senador Aécio Neves e de demais tucanos ao prefeito Marcio Lacerda (PSB) e a seu pré-candidato, Paulo Brant (PSB). Falando em “lealdade”, Aécio Neves deixou claro que as escolhas feitas nestas eleições municipais terão reflexos em 2018 e que a decisão de romper a aliança entre PSDB e PSB não partiu dos tucanos.

O encontro do PSDB aconteceu no mesmo local das convenções dos aliados PP e DEM e com a presença de lideranças do PPS e do PTB, que também irão confirmar a adesão à chapa majoritária. A mesa composta pelo grupo deixou clara a intenção de isolar Lacerda e Paulo Brant.

“Estamos onde sempre estivemos. Apoiamos por duas vezes consecutivas o atual prefeito da cidade, que optou por outro caminho, que respeitamos”, disse Aécio Neves em entrevista, evitando falar o nome de Lacerda. Ele ainda usou palavras como “livre-arbítrio” para falar da antiga aliança e disse que política “não é uma ação solitária”.

Em seu discurso, no plenário na Assembleia Legislativa de Minas, foi mais enfático. “Não há nada mais relevante do que a lealdade aos companheiros, às ideias e aos caminhos escolhidos”. O senador Antonio Anastasia foi na mesma linha. “João Leite tem lealdade, palavras de carinho e mãos generosas que vão abraçar cada cidadão”.

Aécio ainda observou que as alianças deste ano terão repercussão em 2018, quando Lacerda pretende ser candidato ao Senado, e o próprio presidente nacional do PSDB deve tentar chegar à Presidência da República. “Conversamos muito (com Lacerda). Estou feliz em dizer que estou do lado dos mesmos companheiros com os quais iniciamos a nossa caminhada. Acredito que irá ter desdobramento com esse grupo para um projeto para 2018”, garantiu.

O pré-candidato João Leite disse que está entusiasmado. “Tenho alegria de ser candidato desse projeto, que é histórico. Vou entusiasmado para as ruas, subir os nossos morros, conversar com as pessoas e levar esse sonho que nosso campo político tem para a cidade”.

O presidente estadual do PP, Alberto Pinto Coelho, não quis polemizar sobre o rompimento com o PSB. “Caberá ao prefeito trabalhar em prol do seu candidato. É difícil fazer juízo de valor, cada um faz a sua análise e escolhe o seu caminho”.

O presidente municipal do DEM, Eduardo Benis, que é secretário de Desenvolvimento na gestão de Lacerda, evitou cravar o apoio ao PSDB. “Se não for possível caminhar no primeiro turno, temos que manter as pontes do diálogo para que no segundo possamos caminhar juntos”, afirmou.

Franciscana

Gastos. Sobre o fim do financiamento empresarial, o senador Aécio Neves afirmou que será uma campanha “franciscana”, em referência aos cortes de gastos que os candidatos terão que fazer.
CONTRAPONTO
Discurso enfatiza vida no futebol

O discurso dos tucanos deixou claro como o pré-candidato do PSDB, João Leite, usará seu passado de jogador de futebol na campanha. Ele foi goleiro do Atlético nas décadas de 70 e 80.

“Nunca entrei em campo para perder. Sempre estive pronto para fazer o melhor, sempre joguei para ganhar, respeitando os adversários, mas trabalhando para ganhar deles”, disse.

O senador Antonio Anastasia lembrou que o deputado estadual Gustavo Valadares sugeriu um mote para a campanha. “João Leite para prefeito é Belo Horizonte em boas mãos”, disse Anastasia. (FA/TT)
VICE
PPS aprova indicativo de apoio ao PSDB

A maioria dos 30 membros do diretório municipal do PPS aprovou o indicativo de apoio ao PSDB, que tem como pré-candidato à Prefeitura de Belo Horizonte o deputado estadual João Leite. Foram 18 votos a favor do tucano e 12 em apoio ao nome do prefeito Marcio Lacerda (PSB), o economista Paulo Brant.

A decisão final será tomada durante a convenção do PPS, que está marcada para domingo. No entanto, o presidente municipal da legenda, o vereador Ronaldo Gontijo, acredita que o indicativo será mantido: “Vamos compor como vice na chapa. Então, a tendência é manter esse apoio ao PSDB”. O parlamentar é o nome mais cotado no grupo composto por PSDB, DEM, PTB e PP para ser o vice de João Leite. O PPS irá contribuir com 18 segundos de tempo de televisão.

A decisão tem deixado tenso o clima interno no PPS intenso. A presidente estadual da legenda, a ex-vereadora Luzia Ferreira, que é mais próxima de Lacerda, defendia uma aliança com o PSB. O nome dela chegou a ser cotado como vice se o PPS fechasse apoio à candidatura de Paulo Brant. De acordo com ela, o indicativo não é definitivo. “A decisão final será domingo”, garantiu Luzia. (FA/TT)


http://www.otempo.com.br/hotsites/elei%C3%A7%C3%B5es-2016/a%C3%A9cio-ataca-trai%C3%A7%C3%A3o-de-lacerda-1.1346065

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Aécio pede a Temer apoio no projeto de reforma política do país


Aécio pede a Temer apoio no projeto de reforma política do país




O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), foi ao Palácio do Planalto, nesta quarta-feira (27), pedir o apoio do presidente em exercício, Michel Temer, para aprovar no Congresso Nacional dois projetos que integram uma das propostas de reforma política em tramitação no parlamento. Um dos textos que Aécio quer obter o aval do governo determina a criação de um cláusula de barreira para os partidos terem representação no Legislativo. O outro proíbe as coligações partidárias nas eleições proporcionais (para eleição de deputados e vereadores).

O encontro entre Temer e Aécio não constava na agenda oficial do presidente em exercício, divulgada pela assessoria da Presidência. O senador falou com os jornalistas após ser abordado na saída de um dos elevadores do palácio.

Indagado sobre se a reunião havia sido marcada "de última hora", ele disse que não, e acrescentou que já havia combinado com Temer que, quando estivesse em Brasília, o procuraria para falar sobre a reforma política.

Aécio ressaltou, em entrevista concedida ao final da audiência com Temer, que uma comissão mista deverá ser instalada ainda em agosto no Congresso para avaliar os projetos que propõem mudanças nas regras políticas e eleitorais do país. Na avaliação do tucano, esses dois pontos que ele destacou para o presidente em exercício têm chance de conseguir o apoio da maioria dos parlamentares.

"Nós vamos começar a tramitar agora, rapidamente, depois do recesso, esses projetos de reforma política e pedi a ele [Temer] que se envolva nisso. Tivemos uma conversa anteriormente, e ele disse que terá todo o empenho para participar desse esforço", disse Aécio depois do encontro, acrescentando que, na sua avaliação, o presidente em exercício demonstrou "enorme simpatia" pelas propostas.

De acordo com senador do PSDB, a proposta que implantaria uma cláusula de barreira para partidos exigiria que as siglas obtivessem, pelo menos, 2% de representação no Congresso Nacional para manter o acesso ao fundo partidário e ao tempo de TV.

Sobre as coligações proporcionais, que abrangem as eleições para vereador, deputado estadual e deputado federal, o presidente do PSDB disse que o objetivo é acabar com a possibilidade, por exemplo, de uma coligação envolver partidos de extrema direita e extrema esquerda e o eleitor não saber em quem está votando.

Pelo sistema atual, é possível votar tanto no candidato quanto na legenda. Os votos nos candidatos e na legenda são somados e computados como votos para a coligação.

A Justiça Eleitoral, então, calcula o quociente eleitoral, que é a divisão do número de votos válidos (sem brancos e nulos) pelo número de cadeiras em disputa.
http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/07/aecio-pede-apoio-de-temer-para-criar-clausula-de-barreira-e-barrar-coligacao.html

terça-feira, 26 de julho de 2016

Aécio Neves líder da oposição relata proposta que tira a influência dos partidos políticos nas nomeações nos fundos de pensão


Aécio relata proposta que tira a influência dos partidos políticos nas nomeações nos fundos de pensão








É muito importante para o Brasil que, após o fim do recesso parlamentar, possamos votar com celeridade o Projeto de Lei Complementar 268 do Senado, que regulamenta a nomeação de dirigentes para os fundos de pensão de estatais e prevê uma série de condições que permitirão uma gestão mais profissional desses fundos.


Essa proposta, da qual sou relator, poderá por fim à influência de partidos políticos na indicação dos dirigentes dos fundos e garantirá que, em casos de dolo - como os que foram registrados pela CPI dos Fundos de Pensão da Câmara -, os dirigentes possam assumir civilmente pelo que fizeram.


Apenas com uma gestão mais transparente e profissional dos fundos de pensão, os trabalhadores, que contribuíram por anos para terem condições de vida dignas ao se aposentarem, poderão ter alguma tranquilidade e confiança no futuro.


-Aécio Neves

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Senador Aécio Neves: "Indicadores econômicos trazem algum alento"



Aécio Neves : Indicadores econômicos trazem algum alento





Hoje, em minha coluna no jornal Folha de S. Paulo, trato sobre o início de um novo tempo para o Brasil, no qual já podemos saudar os primeiros indicadores de recuperação da confiança. Instituições importantes como a Fundação Getúlio Vargas atestam as pequenas melhorias na economia e nas expectativas.


Segundo o Datafolha, tem aumentado o número de brasileiros que acredita que as condições do Brasil vão melhorar.


Com diálogo e transparência, o governo poderá ser capaz de enfrentar seus desafios e superar definitivamente a crise e a recessão profunda que, nos últimos anos, apagaram a esperança em nosso país. -


Aécio Neves

Leia o artigo: http://bit.ly/2a3zUHw

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Aécio Neves: "Proposta do PSDB para a reforma política garante maior controle sobre o fundo partidário"


Aécio: " Proposta do PSDB para a reforma política garante maior controle sobre o fundo partidário"










Reforma política: proposta do PSDB garante maior controle sobre fundo partidário e horário gratuito de rádio e TV



A atual legislação brasileira garante o acesso de todos partidos políticos ao tempo gratuito de propaganda de rádio e TV e às verbas do fundo partidário – recursos que financiam as siglas. Para ter direito a esse dinheiro, basta apenas que a legenda tenha um estatuto registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e que preste contas regularmente à Justiça Eleitoral. Isso mudará, no entanto, em caso de aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 36/2016, protocolada no último dia 13 pelos senadores Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, e Ricardo Ferraço (PSDB-ES).

O projeto determina que só terão funcionamento parlamentar os partidos que obtiverem, a partir de 2018, um mínimo de 2% dos votos válidos em todo o país (3% a partir de 2022), que devem estar distribuídos em pelo menos 14 unidades federativas, com um percentual mínimo de 2% em cada uma delas.

Sem o funcionamento parlamentar, as legendas não teriam direito à proposição de ações de controle de constitucionalidade, à estrutura própria e funcional nas casas legislativas, ao acesso gratuito ao rádio e à televisão e à participação na distribuição dos recursos do fundo partidário.

Hoje, o fundo partidário é composto por dotações orçamentárias da União, multas, penalidades, doações e outros recursos financeiros que lhe forem atribuídos por lei. Para se ter uma ideia do volume de recursos movimentado, apenas neste ano R$ 819 milhões foram destinados ao fundo de assistência financeira dos partidos políticos do país.

Na visão do deputado federal Domingos Sávio (PSDB-MG), a legislação brasileira deve ser alterada para criar mecanismos que garantam um controle maior sobre o acesso ao fundo partidário, o que pode ser alcançado por meio da PEC 36/2016.

“Essa indústria de legendas sem nenhum tipo de ideologia faz muito mal. A pretexto de que isso é da democracia, vai se criando partidos sem nenhum tipo de responsabilidade com o eleitor, ou até com o uso de dinheiro público, já que o fundo partidário é dinheiro público”, avaliou o parlamentar.

“Portanto, tem que ter regras, sim, tem que ter limites, sim, para que o partido que possa receber o fundo partidário tenha representatividade. Como é como você mede representatividade? Com o voto. É só depois que o partido conseguir ter voto, que mostre que ele representa uma parcela da sociedade, é que se justifica ele receber algum apoio público”, acrescentou o tucano.

Os problemas da atual forma de acesso aos recursos do fundo partidário também foram alvo de análise do cientista político João Paulo Machado Peixoto, professor da Universidade de Brasília (UnB). Para ele, a falta de critérios mais restritivos para o recebimento desses valores acaba alimentando um sistema que permite a proliferação de partidos sem representatividade social e política.

“Tem partido em que a direção é a família. Tem partidos que só existem para receber recursos do fundo partidário. Por menor que sejam esses recursos, é dinheiro. Dá para sustentar o membro como se fosse um emprego. Então é uma coisa que eu acho que tem que ser revista, e será revista, basta um clima do Congresso favorável a essas medidas”, destacou.

Propaganda eleitoral

Para o professor da UnB, a PEC elaborada por Aécio e Ferraço também vai estabelecer um controle maior em relação ao acesso gratuito dos partidos aos programas de rádio e televisão.

“O que nós temos assistido, particularmente nessa questão do horário gratuito para o programa partidário, é um abuso contra o cidadão. Você tem partidos que não têm representatividade nenhuma, que têm um discurso vazio e, no entanto, nós somos obrigados, entre aspas, a ficar ouvindo e assistindo essa propaganda obrigatória”, argumentou o cientista político.

“Se, por acaso, isso não fosse gratuito – entre aspas, porque na verdade não é gratuito – se os partidos tivessem que pagar por esses anúncios, essas inserções na televisão, nenhum deles estaria no horário político gratuito, entre os partidos pequenos. Todos nós sabemos também que eles existem para que, à época das eleições, se coloquem à disposição dos partidos maiores”, ponderou o professor.

João Paulo Machado Peixoto ainda ressaltou que o momento político e social vivido pelo país é propício para a aprovação de um projeto de reforma política como o protocolado na última semana pelos senadores tucanos.

“A gente sabe que o Congresso é muito suscetível à opinião pública. Então, eu acredito que [a aprovação] depende do momento em que isso [PEC] for colocado em votação”, apontou. “O momento atual é altamente favorável a mudanças no modelo político, então pode ser que seja aprovado, sim”, emendou o docente.

Referendada por 36 senadores, a PEC 36/2016 ainda tramita na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado, onde aguarda a designação de um relator.

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Aécio: "É imperativo preservar os direitos dos trabalhadores e melhorar a legislação trabalhista"


Aécio : "É imperativo preservar os direitos dos trabalhadores e melhorar a legislação trabalhista"


Consenso


Por Aécio Neves
Folha de São Paulo



Em meio à tempestade provocada pelas crises brasileiras, alguns consensos vão se formando sobre desafios e caminhos possíveis para o país.

Há consenso, por exemplo, de que a produtividade média no Brasil é muito baixa para uma nação ainda com elevada proporção de jovens, e que isso se deve a vários fatores, entre eles, a baixa escolarização da nossa população.

Também sabemos que, com esgotamento do bônus demográfico -o contingente recorde de pessoas em idade ativa- o PIB tenderá a crescer menos no longo prazo e aumentará demanda por despesas previdenciárias e de saúde.

É opinião dominante que empreender no Brasil é tarefa para poucos, dado os obstáculos à inovação -excesso de regras federais, estaduais e municipais; leis trabalhistas complexas; ausência de um mercado de capitais eficiente, que viabilize investimentos em pesquisa e desenvolvimento e em infraestrutura tecnológica por parte das empresas.

Ninguém duvida que o Estado é provedor de serviço ineficiente e que seu gigantismo deprime perspectiva de crescimento de longo prazo, que é necessário mais agilidade e políticas para o futuro.

Ou que a excessiva tributação desestimula o esforço e o acúmulo de poupanças daqueles que são tributados, dirigindo recursos para quem não deveria estar sendo subsidiado.

Pois bem. Sendo tudo isso matéria prima para a formação de alguns importantes consensos, o que, afinal, estamos esperando para mudar o rumo das coisas no país?

A lista de reformas é extensa e complexa, mas imprescindível para aumentar a eficiência da economia e criar novos fatores de propulsão do crescimento econômico. E isso exigirá mudanças estruturais, muito especialmente dos marcos regulatórios existentes, para, por exemplo, garantir uma efetiva independência às agências reguladoras, assim como a extinção de "cartórios" garantidos por lei.

É imperativo preservar direitos dos trabalhadores mas também melhorar a legislação trabalhista brasileira, que impõe custos que inviabilizam competição em mercado globalizado. E avançar mais na reforma fiscal, para além do teto de despesas públicas. Não há como adiar reforma previdenciária, que precisa ser enfrentada com coragem social.

Esses são apenas os primeiros passos na direção de um Estado mais eficiente, capaz de oferecer proteção aos mais frágeis e um real compartilhamento de riscos.

Ousadia, espírito público, liderança política, transparência, compromisso com o futuro e capacidade de diálogo são condições imprescindíveis para pavimentar um modelo de desenvolvimento sustentável.

Com isso, o Brasil irá construir as bases para enfrentar os desafios que ainda nos aguardam no século 21

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Entrevista do senador Aécio Neves: "A eleição de Rodrigo Maia oxigena a política brasileira"


Entrevista de Aécio : " A eleição de Rodrigo Maia oxigena a política brasileira"





Entrevista coletiva – presidente do PSDB, senador Aécio Neves

Brasília – 14/07/16

Assuntos: encontro com Rodrigo Maia, PEC Reforma Política, eleições municipais.

Sobre encontro com presidente da Câmara, deputado federal Rodrigo Maia e o líder do PSDB na câmara, deputado Antonio Imbassahy.

Em primeiro lugar, quero agradecer a gentileza do presidente Rodrigo Maia de vir ao meu gabinete fazer a sua primeira visita enquanto presidente da Câmara dos Deputados. O que nós reconhecemos é uma homenagem, não a mim pessoalmente, não apenas ao PSDB, mas ao conjunto de forças políticas, que, no primeiro e no segundo turnos, compreenderam que a eleição de Rodrigo Maia ia muito além da eleição de um determinado partido político e de um conjunto de forças políticas. A eleição de Rodrigo Maia à Presidência da Câmara oxigena a política brasileira. Não há caminho para o Brasil que não passe por uma Câmara dos Deputados, que atue como deve: com respeito ao papel da oposição, com amplo espaço para o debate político. E, desde o início, o que me encantou na proposta de Rodrigo foi essa disposição de quebrar tabus, de estabelecer diálogos, inclusive com aqueles que pensam de forma diferente. Eu, modestamente, no meu tempo de presidente da Câmara busquei fazer isso, todos tinham direito à palavra, todos tinham direito a opinião e no momento das votações se decidia aquilo que a maioria achava mais adequado.

Se hoje vivemos uma crise extremamente aguda por uma conjuntura muito desfavorável e um conjunto de razões que nos levaram a ela, a eleição de Rodrigo acena para o Brasil com a possibilidade de rapidamente termos uma agenda econômica necessária à superação da crise em votação, o retorno da harmonia entre Câmara e Senado, que é essencial até para a conclusão do processo legislativo nas suas mais variadas questões.

Acho que a principal tarefa à qual ele já vem se dedicando desde o primeiro minuto após a eleição, pelas suas declarações, é a pacificação da política brasileira. Essa radicalização, a intolerância não serve a ninguém. E ela desserve, principalmente, àqueles que aguardam as decisões no Congresso Nacional. Foi uma construção política feita com extrema competência pelo deputado Rodrigo Maia. Ele gosta de dizer isso e vou repetir: foi uma vitória na política e da política. Me orgulho de ter participado desse processo. O líder Imbassahy teve um papel extremamente importante e estratégico, assim como outros líderes de outros partidos. Agora é a hora de arregaçarmos as mangas e trabalharmos.

Sobre reforma política

Eu não gostaria de perder a oportunidade da visita do presidente Rodrigo Maia e vou lembrar, Rodrigo, aos meus companheiros do seu primeiro gesto. Eu venho de uma escola política do meu avô Tancredo, que dizia que a política se faz muito mais de gestos do que de palavras e o seu gesto e reconhecimento é mais do que um gesto de gratidão é um gesto de compromisso com um nova agenda para o Brasil.

Quero hoje, já nessa sua primeira visita, entregar-lhe uma proposta de Emenda à Constituição que foi apresentada ontem, assinada pelo senador Ricardo Ferraço e por mim, e obviamente com o apoio de parte do Senado Federal que trata de dois pontos , ao meu ver essenciais, da Reforma Política para caminhar no sentido do resgate da governabilidade. Ela fala com alguma carência, que depois será detalhado aos senhores, do fim das coligações proporcionais, e do restabelecimento, gradualmente, de uma cláusula de barreira que permita um processo de transição dos menores partidos para partidos que tenham representação junto a sociedade.

Não é algo que se fará com simplicidade, com facilidade, mas é um caminho que, acredito, necessário e que terá que ser transcorrido esse caminho para que possamos ter um conjunto de partidos políticos no futuro que representem segmentos de pensamento na sociedade diferente desse excesso inexplicável hoje de siglas partidárias. É uma tarefa difícil mas eu tenho certeza que a liderança de Rodrigo Maia e a sua capacidade de diálogo com seus pares e conosco no Senado pode, quem sabe fazer dessa, uma das pautas prioritárias do Congresso Nacional. No mais é desejar muito sucesso a você Rodrigo. A sua história política, a sua história familiar, sua correção, sua disposição permanente ao diálogo vão ser seus maiores aliados para que voltemos aos bons tempos da Câmara dos Deputados e da política brasileira. É a contribuição primeira que o PSDB entrega neste momento.

É uma PEC? Ela começa tramitar pela Câmara?

Não. Ela começa tramitar por aqui [Senado], mas já quero o apoio, porque uma das questões essenciais para que o processo legislativo destrave é que matérias relevantes, matérias estruturais como essa, e outras também em outro campo, quando se iniciam por uma casa já é importante que haja um diálogo com a outra casa, que o líderes conversem, até para que determinadas correções possam ser feitas já, ou sugestões incorporadas já na primeira Casa, o que facilitará a sua tramitação na segunda Casa. Então já estou dando ciência a ele desse projeto.

Foi um projeto construído a muitas mãos, inclusive com participação de vários deputados. É, na verdade, um extrato de uma própria reforma conduzida pelo deputado Rodrigo Maia, enquanto relator da Reforma Política, onde não avançamos o quanto gostaríamos. Talvez agora seja o resgate de dois temas que, me parecem, por si só permitirão uma reorganização do processo político brasileiro que vem se deteriorando, isso é um fato.

Hoje as negociações acabam sendo que quase que individuais, de pequeníssimos grupos. Queremos resgatar os partidos políticos, dar a eles força, representatividade. O mandato deve sim ser do partido político. Todos têm direito de disputar as eleições, mas a representação parlamentar deve ser dada àqueles que a sociedade escolheu para representá-la. Portanto, é essa a nossa contribuição. O fim das coligações proporcionais e o restabelecimento da cláusula de barreira, dando o hiato de uma eleição, passando a valer a partir de 2022.

Apresentar essa PEC é deixar a PEC que já está em discussão sobre o fim da reeleição de lado?

Esta está paralisada porque chegamos a uma conclusão muito clara. Se você quiser votar um conjunto de propostas no campo político, a maioria que você constrói para um determinado tema na verdade disputa com uma outra maioria que você constrói para outro determinado tema. Então acaba por final, um conjunto de propostas, se inviabilizando.

Elegemos esses dois temas, é a contribuição que o PSDB apresenta – o senador Ricardo Ferraço teve um papel vital nisso, o líder Imbassahy participou da sua elaboração. Fim de coligações proporcionais e o restabelecimento gradual da cláusula de barreira, respeitando a vontade da população, seriam dois temas que avaliamos, até pelas discussões já havidas, possíveis de serem aprovadas. Obviamente, dependerá de uma ampla negociação, também, na Câmara dos Deputados.

É também uma tentativa de voltar o financiamento privado de campanha?



Não estamos tratando disso. Até porque estamos às vésperas de uma experiência nova. Eu tive minha posição, diferente dessa. Temo muito pelo processo escolhido. Mas de qualquer maneira ele tem uma virtude. Uma pelo menos e que é o importante, vai baratear as campanhas eleitorais. Vamos ver de que forma é possível fiscalizar isso, se não vai ter um retorno de caixa dois. Agora temos que aguardar as eleições municipais, nos dedicarmos a ela, cumprirmos estritamente a legislação e vermos o extrato disso. Essa eleição municipal vai ser pedagógica. Ela vai nos ensinar, vai nos dizer se foi acertada, até onde foi acertada essa decisão e só a partir daí, rediscutir, eventualmente, algum aperfeiçoamento. Por isso nos detivemos nesses dois aspectos, a coligação proporcional e a cláusula de desempenho.

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Primeiro ato de Rodrigo Maia após vitória,foi a de agradecer o apoio de Aécio Neves


Primeiro ato de Rodrigo Maia após vitória, foi o de agradecer o apoio de Aécio Neves



Recém-eleito presidente da Câmara até 2017, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse nesta quinta-feira (14) que a visita a Aécio foi uma demonstração de gratidão pelo apoio que o líder do PSDB deu à sua candidatura à presidência da Câmara. "A nossa vitória foi construída em um domingo à noite, em uma conversa comigo, (Antônio) Imbassahy, presidente Aécio e o ministro (da Educação) Mendonça (Filho). Dali saiu a estratégia para a vitória. Eu não poderia deixar de visitar quem construiu comigo a base dessa vitória [...] Na vida a gente tem que ser grato a quem entra num projeto quando poucos acreditaram", disse Maia após a reunião.

Em seu primeiro dia como presidente da Câmara dos Deputados, Maia faz uma "peregrinação" a lideranças políticas. Às 11h, ele foi recebido por Aécio e será levado ao tucano pelo líder do PSDB na Câmara, Antônio Imbassahy (BA). Às 12h, será a vez de se encontrar com o presidente interino, Michel Temer.

Rodrigo Maia disse que irá conversar com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para estabelecer uma pauta conjunta para as duas casas legislativas. "Vou trabalhar junto com o senador Renan Calheiros. E nós, deputados e senadores, vamos escolher pautas em conjunto para que a gente possa superar a crise, reformar muitos temas no Brasil em conjunto. É fundamental que a Câmara e o Senado voltem a ter um diálogo saudável", afirmou.

Maia disse que, além das pautas econômicas, a reforma política será uma das suas prioridades. "O sistema político faliu. Ruiu. Câmara e Senado precisarão trabalhar em conjunto. A reforma política talvez seja, fora dos temas econômicos, uma agenda urgente para que a Câmara e o Senado possam, juntos, debater e fazer mudanças um pouco mais profundas no sistema político-eleitoral brasileiro", afirmou.

Em 2015, Rodrigo Maia foi relator da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) da reforma política. Entre as medidas defendidas por ele, estava a manutenção das doações empresariais a campanhas eleitorais, que acabaram proibidas após uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal).

Além da visita nesta quinta, Aécio já havia sido elogiado por Maia durante seu discurso no primeiro turno das eleições à presidência da Câmara, na noite de quarta-feira (13). "Dentre as biografias que a presidência da Câmara ajudou a escrever, não esqueceria o meu amigo e senador Aécio Neves, eleito numa quadra não tão adversa, nem complexa como a atual, mas que remou contra a maré da própria base de apoio governo de seu partido. Aécio construiu pontes com todos os atores centrais de todas as legendas, deixou o posto aclamado e respeitado, conduziu a Casa com espírito republicano", disse Rodrigo Maia na ocasião.

Recém-eleito presidente da Câmara até 2017, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse nesta quinta-feira (14) que a visita a Aécio foi uma demonstração de gratidão pelo apoio que o líder do PSDB deu à sua candidatura à presidência da Câmara. "A nossa vitória foi construída em um domingo à noite, em uma conversa comigo, (Antônio) Imbassahy, presidente Aécio e o ministro (da Educação) Mendonça (Filho). Dali saiu a estratégia para a vitória. Eu não poderia deixar de visitar quem construiu comigo a base dessa vitória [...] Na vida a gente tem que ser grato a quem entra num projeto quando poucos acreditaram", disse Maia após a reunião. Em seu primeiro dia como presidente da Câmara dos Deputados, Maia faz uma "peregrinação" a lideranças políticas. Às 11h, ele foi recebido por Aécio e será levado ao tucano pelo líder do PSDB na Câmara, Antônio Imbassahy (BA). Às 12h, será a vez de se encontrar com o presidente interino, Michel Temer.
Rodrigo Maia disse que irá conversar com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para estabelecer uma pauta conjunta para as duas casas legislativas. "Vou trabalhar junto com o senador Renan Calheiros. E nós, deputados e senadores, vamos escolher pautas em conjunto para que a gente possa superar a crise, reformar muitos temas no Brasil em conjunto. É fundamental que a Câmara e o Senado voltem a ter um diálogo saudável", afirmou.
Maia disse que, além das pautas econômicas, a reforma política será uma das suas prioridades. "O sistema político faliu. Ruiu. Câmara e Senado precisarão trabalhar em conjunto. A reforma política talvez seja, fora dos temas econômicos, uma agenda urgente para que a Câmara e o Senado possam, juntos, debater e fazer mudanças um pouco mais profundas no sistema político-eleitoral brasileiro", afirmou.
Em 2015, Rodrigo Maia foi relator da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) da reforma política. Entre as medidas defendidas por ele, estava a manutenção das doações empresariais a campanhas eleitorais, que acabaram proibidas após uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal).
Além da visita nesta quinta, Aécio já havia sido elogiado por Maia durante seu discurso no primeiro turno das eleições à presidência da Câmara, na noite de quarta-feira (13). "Dentre as biografias que a presidência da Câmara ajudou a escrever, não esqueceria o meu amigo e senador Aécio Neves, eleito numa quadra não tão adversa, nem complexa como a atual, mas que remou contra a maré da própria base de apoio governo de seu partido. Aécio construiu pontes com todos os atores centrais de todas as legendas, deixou o posto aclamado e respeitado, conduziu a Casa com espírito republicano", disse Rodrigo Maia na ocasião.

Recém-eleito presidente da Câmara até 2017, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse nesta quinta-feira (14) que a visita a Aécio foi uma demonstração de gratidão pelo apoio que o líder do PSDB deu à sua candidatura à presidência da Câmara. "A nossa vitória foi construída em um domingo à noite, em uma conversa comigo, (Antônio) Imbassahy, presidente Aécio e o ministro (da Educação) Mendonça (Filho). Dali saiu a estratégia para a vitória. Eu não poderia deixar de visitar quem construiu comigo a base dessa vitória [...] Na vida a gente tem que ser grato a quem entra num projeto quando poucos acreditaram", disse Maia após a reunião.Em seu primeiro dia como presidente da Câmara dos Deputados, Maia faz uma "peregrinação" a lideranças políticas. Às 11h, ele foi recebido por Aécio e será levado ao tucano pelo líder do PSDB na Câmara, Antônio Imbassahy (BA). Às 12h, será a vez de se encontrar com o presidente interino, Michel Temer.Rodrigo Maia disse que irá conversar com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para estabelecer uma pauta conjunta para as duas casas legislativas. "Vou trabalhar junto com o senador Renan Calheiros. E nós, deputados e senadores, vamos escolher pautas em conjunto para que a gente possa superar a crise, reformar muitos temas no Brasil em conjunto. É fundamental que a Câmara e o Senado voltem a ter um diálogo saudável", afirmou.Maia disse que, além das pautas econômicas, a reforma política será uma das suas prioridades. "O sistema político faliu. Ruiu. Câmara e Senado precisarão trabalhar em conjunto. A reforma política talvez seja, fora dos temas econômicos, uma agenda urgente para que a Câmara e o Senado possam, juntos, debater e fazer mudanças um pouco mais profundas no sistema político-eleitoral brasileiro", afirmou.Em 2015, Rodrigo Maia foi relator da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) da reforma política. Entre as medidas defendidas por ele, estava a manutenção das doações empresariais a campanhas eleitorais, que acabaram proibidas após uma decisão do STF (Supremo Tribunal


terça-feira, 12 de julho de 2016

Aécio nega irregularidades em doação a entidade presidida por sua irmã


Aécio nega irregularidades em doação a entidade presidida por sua irmã



Estadão Conteúdo



A assessoria do senador Aécio Neves e de sua irmã, Andréa Neves, (PSDB-MG) divulgou nesta terça-feira, 12, nota sobre a reportagem que citava relatório produzido pela Polícia Federal, que analisou informações contidas em celulares apreendidos com o ex-presidente da construtora Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo.

No documento, a PF destacou conversas sobre valores supostamente destinados à campanha eleitoral de Aécio e ao Serviço Voluntário da Assistência Social (Servas), uma associação presidida por Andréa Neves. Os diálogos foram retirados de troca de mensagens com Oswaldo Borges da Costa Filho, ex-presidente da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais e apontado como tesoureiro informal do tucano.

“As mensagens são autoexplicativas e trazem um conteúdo absolutamente correto, não apontando qualquer irregularidade. A troca de mensagens publicada pelo jornal, entre Oswaldo Costa e Otavio Azevedo, foi feita no mesmo dia 29 de agosto em que foi realizada uma doação da Andrade Gutierrez à campanha presidencial do PSDB de 2014, como consta da declaração feita a justiça eleitoral”, diz o texto da assessoria de Aécio e Andréa Neves.

“Sobre a mensagem que cita o Serviço Voluntário da Assistência Social (Servas), trata-se de uma entidade criada há mais de 60 anos, vinculada ao governo de Minas. A entidade implanta e apoia programas sociais em todo o Estado e, para isso, ao longo de toda a sua história, conta com o apoio de doações de empresas privadas”.

“A presidência da entidade é tradicionalmente exercida pelas primeiras damas do Estado, como ocorre em outras unidades da Federação. Durante os governos Aécio Neves e Anastasia, a entidade foi dirigida por Andréa Neves”.

A assessoria da Andrade Gutierrez também divulgou nota. O texto diz que a empresa “mantém o compromisso de colaborar com a Justiça. Além disto, tem feito propostas concretas para dar mais transparência e eficiência nas relações entre setores público e privado.
http://istoe.com.br/aecio-nega-irregularidades-em-doacao-a-entidade-presidida-por-sua-irma/

sexta-feira, 8 de julho de 2016

CCJ do Senado aprova proposta de Aécio Neves que moraliza doações aos partidos


CCJ do Senado aprova proposta de Aécio Neves que moraliza doações aos partidos





A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou hoje (6) projeto de lei que proíbe doações a partidos políticos por pessoas que tenham relação próxima com a administração pública.


A ideia do projeto, de autoria do senador Aécio Neves (PSDB-MG), é evitar que pessoas sejam nomeadas para esse tipo de cargo ou empresas sejam contratadas em troca das doações.Foto: Marcos Santos/USP Imagens/Fotos Públicas / O Financista

Dessa forma, ficam proibidos de doar, nos seis meses anteriores às eleições, os ocupantes de cargo em comissão ou função de confiança no serviço público e empregados, proprietários ou diretores de empresas prestadoras de serviços terceirizados que tenham contrato com a União, estados, Distrito Federal ou municípios.


A ideia do projeto, de autoria do senador Aécio Neves (PSDB-MG), é evitar que pessoas sejam nomeadas para esse tipo de cargo ou empresas sejam contratadas em troca das doações. Os senadores Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Lasier Martins (PDT-RS) chegaram a propor que a proibição fosse permanente.

(...)

O texto segue agora para o plenário do Senado.
https://noticias.terra.com.br/brasil/politica/ccj-do-senado-proibe-doacao-financeira-de-servidor-publico-a-partidos,a5f1a65c23335e778f0d0065987c69163cxtvea5.html

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Propina: Governandor de Minas recebeu R$ 3 milhões da OAS no Uruguai,segundo delator Bené


Propina: Governador Pimentel recebeu R$ 3 milhões da OAS no Uruguai, segundo delator Bené




OAS deu R$ 3 milhões a Pimentel em troca de intermediação no Uruguai, di
z



O empresário afirmou, em delação, que o governador mineiro havia ajudado a empreiteira a conseguir um contrato


Num dos trechos da delação premiada que firmou com o Ministério Público Federal na Operação Acrônimo e ao qual EXPRESSO obteve acesso com exclusividade, o empresário Benedito de Oliveira, o Bené, disse que a empreiteira OAS doou R$ 3 milhões em dinheiro vivo para a campanha do governador mineiro, Fernando Pimentel, em 2014. Em troca, afirmou Bené, Pimentel ajudou a empreiteira a conseguir um contrato para a construção de um gasoduto no Uruguai, pois Pimentel, segundo o empresário, conhecia o chefe de gabinete do ex-presidente uruguaio Pepe Mujica. Bené conta ter estado, com a anuência de Pimentel, em contato com dois representantes da construtora OAS: Jorge Fontes e Machado (investigadores suspeitam que seja Ramilton Machado, diretor da empresa) para negociar os termos da doação.

De acordo com Bené, Pimentel, que chefiava o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, pediu a ele que tentasse obter R$ 5 milhões em propina da empreiteira, em vez dos R$ 3 milhões combinados anteriormente, mas que a tentativa não foi exitosa. Bené afirmou que foi acertada a entrega de dinheiro, em seis datas, em Belo Horizonte a um sócio de Fernando Pimentel. Depois disso, afirmou Bené, não soube o destino do dinheiro.

Procurada pela EXPRESSO, a OAS disse que não se manifestaria sobre o assunto. O advogado de Pimentel, Eugênio Pacelli, afirmou: “Tais notícias são absolutamente falsas, uma a uma, e demonstram, em tese, o desespero de quem está disposto a alimentar o imaginário acusatório e de prévia condenação que assola o Brasil há tempos”. Pacelli afirmou também: “Tudo indica que delações como essas constituem o cardápio principal servido nas prisões nacionais. Nos próximos dias, sairá mais um [referência a Bené], para prisão domiciliar, com pequeníssima devolução do que subtraiu: para alguns, o crime realmente compensa!”.

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Aécio Neves: "O caminho é árduo e precisa ser trilhado. Sem concessões a quem quer que seja"


Aécio: " O caminho é árduo e precisa ser trilhado. Sem concessões a quem quer que seja "







Real, 22 anos
Artigo de Aécio Neves / Folha de Sâo Paulo



Não é a primeira vez que me refiro, neste espaço, ao advento do Real, que está completando 22 anos.

Faço isso como reconhecimento a um esforço que reuniu coragem, responsabilidade e compromisso com o país e acabou por se transformar em um ponto fora da curva na história da administração pública brasileira, refém, tantas vezes, da passividade e de interesses que não os coletivos.

Desse ponto de vista, a estabilidade monetária foi uma das maiores conquistas da sociedade brasileira nos anos recentes, após inúmeras tentativas de derrotar a doença crônica da inflação, que roubava os salários dos trabalhadores muito antes de cada mês terminar.

A atuação decidida dos governos dos presidentes Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso venceu resistências e superou expectativas. Naquele percurso, foram sempre fundamentais a confiança e a adesão da população, bases sobre a quais se estabeleceram no país, legitimamente, as novas regras para o funcionamento da economia.

Tombada a inflação, o passo seguinte foi a busca do controle dos gastos públicos, uma tarefa tão difícil quanto a primeira, na medida em que o desafio era enfrentar com determinação um regime de descontroles incrustado anos a fio no corpo do Estado brasileiro.

Se avançamos com a edição de uma lei de responsabilidade fiscal, a obra, contudo, ficou incompleta.

Os governos que se sucederam transformaram o controle da inflação e o respeito ao dinheiro público em temas de menor importância. Os 13 anos de gestão petista reavivaram a carestia e tornaram letra morta a responsabilidade fiscal.

É por essa razão que vem em boa hora a manifestação explícita do Banco Central de que buscará, sem subterfúgios, atingir a meta de inflação, tornada miragem nos últimos anos. A autoridade monetária visa a normalidade institucional que no passado se tornara regra, mas que a leniência petista desvirtuou.

Será, contudo, sempre mais difícil alcançar esse objetivo se a política monetária não estiver ancorada em rigorosa sobriedade fiscal. É crucial fechar a torneira da farra dos gastos públicos, prática ainda não inteiramente assumida pelo novo governo. Alguns sinais dados nas últimas semanas não contribuíram para fortalecer a ideia de que realmente entramos em um outro momento.

O Brasil só conseguirá vislumbrar perspectiva melhor, real, se a transparência e a responsabilidade ancorarem as decisões de governo, demonstrando à população o tamanho do desafio em curso e os sacrifícios que serão exigidos de todos. Sem exceção.

O caminho é árduo, mas precisa ser trilhado. Assim como foi no passado, na vitória de todos contra a inflação. Sem concessões a quem quer que seja.

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Entrevista do senador Aécio Neves em Belo Horizonte: "É a grande largada para mais um belísssimo resultado"


Entrevista de Aécio Neves em Belo Horizonte: "É a grande largada para mais um belíssimo resultado"




“É a grande largada para mais um belíssimo resultado”, diz Aécio sobre encontro do PSDB em Belo Horizonte


O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, participa nesta sexta-feira (1) de um encontro em Belo Horizonte com pré-candidatos tucanos às eleições municipais deste ano.


O senador concedeu entrevista à imprensa.


Quem é o candidato do PSDB em BH?

Estamos extremamente felizes de nos reencontrarmos hoje aqui, em Belo Horizonte, com os nossos candidatos a prefeito, a vice-prefeito, vereadores de todo o estado de Minas Gerais. É a grande largada para mais um belíssimo resultado que nós confiamos que o PSDB terá em todas as regiões do estado. Hoje é a oportunidade de falarmos de propostas, de mostrarmos muita clareza que o PSDB, que apoia hoje o governo de transição do presidente Michel Temer, continua tendo o projeto de governar o Brasil e de recuperar o governo de Minas Gerais. E tudo começa nas eleições municipais que ocorrerão dentro de poucos meses. Temos tido conversas ao longo dos últimos meses com várias forças políticas, em especial aquelas com as quais nós temos trabalhado ao longo dos últimos 15 anos em Minas Gerais, ao lado das quais tivemos vitórias extremamente expressivas. E a partir dessas conversas, em especial conversas com as bases do PSDB, em Belo Horizonte, estamos hoje com muita alegria apresentando como pré-candidato do PSDB à prefeitura de Belo Horizonte o nome do deputado João Leite. Um dos mais qualificados parlamentares da sua geração, conhecedor profundo da realidade de Belo Horizonte e de Minas Gerais. Com uma capacidade de interlocução enorme, com outras forças políticas e também uma belíssima experiência de gestão pública que teve ao nosso lado no governo de Minas. Não tenho dúvidas que João Leite se apresenta como candidato em condições não apenas de vencer as eleições e avançar nas conquistas da atual administração. Mais do que isso. Ele tem condições de fazer um governo de conciliação. Um governo que a partir de um grande entendimento permita Belo Horizonte enfrentar as suas gravíssimas dificuldades na saúde, na questão de mobilidade, na educação, na segurança pública.


Portanto, procuramos ao longo de todo esse período de conversas basear a nossa decisão em pelo menos três pilares. O primeiro certamente é o compromisso com Belo Horizonte, a qualidade do candidato, o seu perfil a capacidade de fazer uma gestão à altura dos desafios da cidade. O segundo, a capacidade de manter unida o máximo possível essa nossa base de sustentação que por três vezes consecutivas venceu o governo do estado e que nas duas últimas eleições a prefeitura de Belo Horizonte também obteve vitória, porque, esse grupo político ao qual eu me refiro, foi a base das duas eleições sucessivas do prefeito Márcio Lacerda. E a terceira, é a capacidade de sinalizar de forma clara que esse grupo político unido vai trabalhar para vencer em grande parte do estado e, em 2018, vai se apresentar também com candidatura própria ao governo do estado e também à presidência da República.


Como fica a relação do senhor com o prefeito Marcio Lacerda?

Tenho uma relação pessoal extremamente positiva e próxima com o prefeito Marcio Lacerda a quem eu respeito pessoalmente, não fosse assim não o teríamos apoiado nas últimas duas eleições. Conversamos até aqui buscando esse entendimento, mas o prefeito, e é direito dele, parece ter tomado outra posição em favor de uma candidatura do seu partido, o que nós respeitamos. Eu respeito acima de tudo a nossa aliança, os nosso companheiros que conosco vieram até aqui. E nesse grupo político surgiu com muita naturalidade o nome do deputado João Leite como a melhor alternativa. Mesmo partidos próximos a nós também se apresentarão com outras candidaturas. Nós temos que compreender que isso é da dinâmica da política. Vejo isso com naturalidade, mas não tenho dúvidas em afirmar que a candidatura que largará com maior força e melhores condições de vitória e de manter unida a nossa base é a candidatura do candidato João Leite. Aqueles que optaram por outro caminho devem ser respeitados e obviamente farão as suas campanhas.


E o nome do vice? Vai ser chapa pura?

Acredito que não. Eu acho que há possibilidade de, em torno de João Leite, nós termos uma ampla aliança, repito, que terá como base os partidos políticos – ou pelo menos grande parte dos partidos políticos que estiveram ao meu lado nas eleições para o governo do estado, ao lado do governador Anastasia, aqui ao meu lado, e inclusive grande parte dos que apoiaram a candidatura de Márcio Lacerda. Então, a partir de hoje, o deputado João Leite inicia as conversas com outras forças partidárias e eu acredito que, nos próximos 15 dias, nós estaremos, sim, em condições de estar anunciando a chapa e a aliança que, eu acredito, será a mais vigorosa dentre todas até agora colocadas.


Qual o senhor acha que será o peso da Lava Jato nas eleições?

Olha, eu vejo a Lava Jato como um avanço extraordinário na vida política do país. Todos os homens públicos têm que estar à disposição para prestar todos os esclarecimentos em relação a todas as citações, todas as denúncias, por mais absurdas que elas sejam. Isso é da dinâmica. O Brasil evoluiu. O Brasil amadureceu. E eu acho que todos nós estamos prontos. Em primeiro lugar, para apresentar uma proposta para Belo Horizonte. Essa é a responsabilidade maior do candidato. E dar resposta a todos os questionamentos que surgem em relação a qualquer homem público. Passou-se o tempo em que homens públicos, por serem mais ou menos poderosos, estariam imunes ou dispensados de dar satisfação. Nós daremos. Se hoje há uma depuração da política, ela se inicia com nosso combate ao governo do PT na última campanha presidencial, quando nós denunciávamos as irresponsabilidades do governo, a ocupação do Estado nacional por um grupo político que dele se apoderou para se manter eternamente no poder. Tudo o que nós estamos assistindo hoje no Brasil é decorrência disso. É natural – e já me antecipo a vocês – que haja citações também à oposição. Seria até, a meu ver, surpreendente que não houvesse lembranças ao nome do principal líder da oposição, do presidente do maior partido da oposição, como é o meu caso. Mas a questão que eu acho que deve chamar a atenção de todos nós é que essas citações não vêm de aliados, não vêm de comparsas do crime, como acontece com o PT. Vêm exatamente de adversários nossos. Aqueles que se ocuparam do Estado nacional, que assaltaram o país e que, felizmente, hoje, estão sendo objeto de investigações e de condenações.


O prefeito Márcio Lacerda é muito bem avaliado em Belo Horizonte. Vai ser uma disputa. O senhor acha que vai ser Aécio e Márcio Lacerda?

Eu acho que não, a disputa será entre João Leite e os outros candidatos colocados. Eu não sou candidato a prefeito de Belo Horizonte. Eu não saí de onde nós estávamos. Eu sempre tive, no momento em que me foi permitido ter alguma influência na definição de candidaturas majoritárias em Belo Horizonte sempre uma preocupação com a qualidade dos candidatos. Aqui ao meu lado está talvez a maior expressão disso que é o governador Anastasia. Eu não temo eleições. Se eu temesse eleições, eu não tinha sequer tinha apoiado o Márcio Lacerda na sua primeira eleição quando ele ainda não militava na política. Ele tinha qualidades, demonstrou essa qualidade e eu o respeito por isso, mas eu repito aqui: eu acho que política jamais pode ser compreendida como ação solitária. A política é, sobretudo, o exercício da solidariedade. Se nós não tivéssemos nesse amplo campo político nomes qualificados para dar continuidade ao trabalho de Márcio Lacerda, talvez nós fôssemos buscar em outro campo. Mas nós temos, e não é apenas o do deputado João Leite. Nós tínhamos inúmeros nomes que foram colocados ao longo de todo o processo, foram colocados à disposição da aliança. Houve a opção do prefeito, repito, que eu respeito.


Como presidente do PSDB Nacional, como o senhor vê a denúncia em Minas do ex-deputado Narcio Rodrigues?

Foi uma surpresa para todos nós, já tive oportunidade de falar sobre isso, e confiamos que ele possa, na Justiça, mostrar a sua inocência. A nossa expectativa e que nos esperamos que possa acontecer. Agora, cabe à Justiça avaliar e julgar.