segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Aécio: "É essencial a reforma do sistema político e eleitoral do país"







Nunca tantos deixaram de fazer suas escolhas partidárias


Por Aécio Neves / Folha de São Paulo





Entre vencedores e vencidos, as eleições que se encerraram ontem apontam para um resultado consensual: há uma evidente crise da representatividade política no elevado número de votos nulos e brancos, considerando as duas etapas do pleito.

Nunca tantos deixaram de fazer suas escolhas partidárias para expressar o inconformismo com a política tradicional. Este voto de negação precisa ser entendido para que possamos acelerar o esforço para reconquistar a confiança dos cidadãos.

O desgaste da democracia representativa não é um fenômeno brasileiro. Muitos países enfrentam essa crise, o que faz emergir, na cena pública global, personagens e grupos que se projetam por ostentar o discurso da antipolítica. Isso é particularmente grave no Brasil, onde a nossa jovem democracia vive suas primeiras décadas de amadurecimento.

Desde os acontecimentos que sacudiram as ruas do país em 2013, o descompasso entre cidadãos e seus representantes na vida pública se agravou. As denúncias de corrupção e as revelações da Operação Lava Jato, o processo de impeachment da ex-presidente Dilma e a crise que destruiu a economia e os sonhos de milhões de brasileiros ajudaram a multiplicar a descrença e o desalento.

Como resposta a esse estado de coisas, nada mais inútil e manipulador que a simples negação da política, já que esta se constitui no território do debate e do diálogo que sustentam o ambiente democrático.

Este é o momento de resgatar a boa política, revesti-la de significado para os que anseiam por maior participação. Naturalmente, os partidos precisam se oxigenar e se aproximar mais da vida real. A coletividade consegue hoje se organizar e se expressar em canais muito diversos. São movimentos legítimos e, por isso mesmo, precisam caminhar de forma articulada com a representação política. Fora do campo político, o que há é o autoritarismo e a intolerância.

É essencial avançar na reforma do sistema político e eleitoral no país. A fragmentação partidária —o Brasil tem nada menos que 35 partidos registrados no TSE e dezenas de outros a caminho—, o sistema eleitoral que dificulta as relações entre candidato e eleitor, e o mecanismo de financiamento das campanhas são questões que precisam ser vistas com urgência e responsabilidade. Já tramita no Congresso uma proposta de minha autoria e do senador Ricardo Ferraço que prevê uma cláusula de desempenho eleitoral capaz de inibir o número de partidos, expurgando aqueles que servem apenas como legendas de aluguel.

A democracia é um patrimônio da sociedade. Ainda que imperfeita, é a única garantia de que a pluralidade de vozes será respeitada. E não há nada que a fortaleça mais do que o exercício da boa política.

Aécio Neves

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Por crime comum, ALMG poderá cassar Fernando Pimentel






Para oposição, trabalho da Justiça deve seguir sem interferência do Legislativo já que as denúncias contra o governador são de crimes praticados fora do mandato


A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) terá que decidir nos próximos dias se autoriza a abertura de ação penal contra o governador Fernando Pimentel, denunciado pelo Ministério Público Federal por crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva, investigados pela Operação Acrônimo. O ofício do Superior Tribunal de Justiça (STJ) com a solicitação da consulta foi recebido pela mesa diretora da Assembleia nessa terça-feira (25/10).


Uma comissão de deputados do bloco de oposição, juntamente com representantes da base e da assessoria técnica da ALMG, irá a Brasília no início da próxima semana para se reunir com o presidente da Câmara Federal e discutir o rito processual da ação. Não há na ALMG precedentes desse tipo de processo, uma vez que a Constituição Mineira é clara, em seu artigo 92, ao não exigir consulta prévia à Assembleia para abertura de processo contra governador de Estado que tenha contra si denúncia de crimes comuns recebida pelo STJ.


“Primeiro é de se estranhar a decisão do STJ. Ministros tão preparados deviam saber que a Constituição Mineira já estabelece a abertura de processo, em casos de crimes comuns envolvendo o governador, sem que haja necessidade de autorização da Assembleia. Mas já que a consulta foi solicitada, nós da oposição estamos prontos. Não seremos coniventes e não vamos permitir que o governador utilize seu cargo para tentar se esconder das denúncias de crimes praticados fora do mandato”, explicou o líder da Minoria, deputado Gustavo Valadares (PSDB).


As denúncias contra o governador de Minas são em decorrência da Operação Acrônimo, da Polícia Federal, e foram entregues em maio ao STJ. Para tentar atrasar o processo, a defesa de Pimentel apresentou recurso para levar a decisão para o Legislativo, onde conta com apoio da maioria dos parlamentares. O relator do processo, ministro Herman Benjamin, já havia destacado em seu voto que a Constituição do Estado não prevê a necessidade de autorização prévia da Assembleia Legislativa. Mas a maioria dos ministros da Corte Especial do STJ entendeu que os deputados estaduais precisam ser consultados.


“Não é papel da Assembleia julgar Fernando Pimentel já que as denúncias contra ele não são crimes administrativos, e sim crime comum. O que está em jogo nessa votação é se a Assembleia autoriza abertura do processo. O governador terá todo o direito de se defender das acusações que pesam sobre ele, que por sinal são gravíssimas. O que não podemos permitir é que o trabalho da Justiça seja obstruído pelo Legislativo”, disse o líder da Minoria.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Mesmo condenado, Alexandre Kalil disputa eleição para Prefeitura de Belo Horizonte






DANIELA LIMA

DE SÃO PAULO


A empresa falida do candidato a prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS), foi condenada em 2011 a pagar uma multa a um de seus ex-funcionários por submetê-lo a "condições degradantes de trabalho e transporte".

Segundo o relato do ex-empregado Rogério de Souza Duarte, os funcionários desta obra da Erkal –a empreiteira de Kalil– não tinham acesso a água potável nem banheiro para fazer as necessidades.

Além da ausência de água para beber e banheiros, Duarte conta no processo que ia trabalhar de pé na caçamba de um caminhão, ao lado dos colegas. Eles dividiam o espaço com os equipamentos da obra, o que fere normas de segurança.

O testemunho do ex-funcionário foi corroborado como prova na decisão da juíza, que condenou a empresa de Kalil ao pagamento da multa por "condições degradantes de trabalho". À Folha, a campanha do candidato tentou amenizar a condenação, dizendo que o que o ex-funcionário fez uma alegação de "trabalho escravo que não foi reconhecida".


"A prova oral evidenciou as condições degradantes de trabalho e de transporte, revelando o franco descaso da 1ª reclamada [a Erkal] com a dignidade de seus trabalhadores e com as normas regulamentares da saúde e segurança no ambiente de trabalho, que vedam o transporte de pessoas junto a ferramentas e em veículos inapropriados e determinam o fornecimento de água potável e de material necessário à prestação dos primeiros socorros", escreveu na sentença a juíza Aline Paula Bonna.

Ela ainda transcreve trechos de depoimentos que atestam que não havia água nem banheiros na obra da empreiteira de Kalil.

Com a condenação no final de 2011, os advogados do candidato entraram com uma série de recursos questionando diversos aspectos do caso –a multa aplicada pela submissão do funcionário a condições de trabalho degradantes é apenas um dos componentes do processo. Na ação, o ex-empregado também alega que ficou sem receber por horas extras e férias vencidas, por exemplo.

Por fim, a Erkal foi condenada a pagar a Duarte um total de R$ 147,3 mil. Kalil também é réu na ação. Os advogados de sua empresa ainda recorrem de aspectos da decisão. O último embargo analisado, este ano, manteve o valor da cobrança.


Procurada, a campanha de Kalil afirmou que "a juíza negou vários pedidos do empregado, inclusive a alegação de trabalho escravo". "Nas empresas do candidato já passaram mais de 250 mil contratações. Lamentavelmente não há como evitar situações em que algum empregado se sinta injustiçado".

A campanha afirmou ainda que, para arcar com o valor integral da multa, "foi depositado em juízo R$ 81,5 mil mais um bem penhorado no valor de 80 mil", "mais do que suficiente ante o pleiteado".


http://www1.folha.uol.com.br/poder/eleicoes-2016/2016/10/1826265-kalil-foi-condenado-a-pagar-multa-por-submeter-empregado-a-trabalho-degradante.shtml?cmpid=compfb

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Aécio Neves presidente nacional do PSDB cobra de Michel Temer rígido controle dos gastos públicos




“A baixa continuada dos juros exige, como contrapartida, rígido controle dos gastos públicos e a aprovação pelo Congresso da PEC 241”, disse o senador

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) destacou a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), dessa quarta-feira (19/10), de reduzir a taxa de juros pela primeira vez em quatro anos, mas afirmou que a redução contínua dos juros requer, como contrapartida, um rígido controle dos gastos pelo governo federal. Segundo Aécio, a aprovação da PEC 241, que estabelece teto para o aumento dos gastos públicos, é fundamental para garantir a redução gradativa dos juros e será prioridade no Congresso Nacional.

“A primeira redução da taxa de juros em quatro anos é um indicador de que a economia do país começa a caminhar de volta para a normalidade de onde os governos do PT a retiraram. Todavia, o risco de inflação legado pela ex-presidente impõe cautela nos futuros cortes. A desejável política de descontração monetária, ou seja, de baixa continuada dos juros, também exige, como contrapartida, rígido controle dos gastos públicos, para o que a aprovação pelo Congresso da PEC da responsabilidade mostra-se absolutamente imprescindível”, afirmou o senador.

Nessa quarta-feira, Aécio Neves participou de reunião com o presidente do Senado, Renan Calheiros para definir o cronograma de votação da PEC 241 na Casa. O primeiro turno será no dia 29 de novembro e a votação em segundo turno está prevista para o dia 13 de dezembro. Já aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados, a proposta de emenda constitucional ainda deverá ser votada em segundo turno até o dia 9 de novembro.

“Após o acordo de procedimentos, entregaremos ao país, do ponto de vista do equilíbrio das contas públicas, a mais importante inovação dos últimos anos”, afirmou o senador.

Reforma política

Na reunião com o presidente do Senado também ficou definido o cronograma de votação da PEC 36, que muda as regras para partidos com o fim das coligações proporcionais, estabelece a volta da cláusula de desempenho e limita o acesso ao fundo partidário. A votação em primeiro turno da reforma política será no dia 9 de novembro e, em segundo turno, no dia 23. A previsão é de que ainda em novembro a PEC 36, de autoria dos senadores Aécio Neves e Ricardo Ferraço, seja enviada à Câmara dos Deputados.

“Essas duas matérias da maior relevância deverão ser as questões fundamentais sobre as quais o Senado deverá se debruçar. Claro que outras matérias aqui também serão objeto de discussão nas comissões ou mesmo no plenário, mas houve aqui uma priorização”, disse.

Aécio Neves afirmou que a votação da reforma política é fundamental para melhorar o funcionamento do processo político-partidário brasileiro, hoje com 25 partidos com representação no Congresso Nacional. Com a reforma política, a previsão é de que o número seja reduzido pela metade.

“É inconcebível, é inaceitável que continuemos a ter um processo político partidário hoje, onde no Congresso Nacional, 25 partidos estejam representados. Não existem 25 correntes de pensamento hoje no Brasil que justifiquem este número de excessivo de partidos políticos. E existem em tramitação junto ao Tribunal Superior Eleitoral pedidos para criação de mais 51 e uma legendas”, disse.

Nessa quarta-feira, Aécio Neves também reuniu-se com a bancada do PSDB e o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga para discutir a conjuntura e as medidas econômicas que tramitam no Congresso Nacional.

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Aécio Neves líder da oposição: "Debate ambiental é urgente! Não podemos esquecer a tragédia de Mariana"





Por Aécio Neves / Folha de São Paulo


Debate Ambiental é Urgente

Maior desastre da indústria da mineração no país, o rompimento da barragem da Samarco em Mariana (MG), prestes a completar um ano, gerou de imediato um debate acalorado sobre a questão ambiental. Os números da tragédia foram colossais. O susto foi colossal. O Brasil pareceu acordar para essa grave dimensão da nossa realidade.


Pelo seu alcance, a tragédia deveria ter se imposto como um marco nas políticas públicas que regem a questão ambiental. Infelizmente, isso não aconteceu. Acossado pela gravidade da crise política e econômica que assolou o país ao longo deste ano, com desdobramentos que culminaram com o impeachment da presidente, o debate ambiental submergiu. É essencial retomá-lo.


Não podemos esquecer Mariana. É urgente colocar o meio ambiente como protagonista da agenda pública.


interrupção do debate foi danosa, pois são inúmeras as deficiências crônicas do país em áreas tão interligadas como a saúde, o meio ambiente e o saneamento básico.


Ainda hoje, mais de 100 milhões de brasileiros não têm acesso aos serviços de coleta de esgotos (e do total coletado, apenas 40% recebem tratamento). Em ranking internacional de saneamento básico divulgado em 2014, o Brasil ocupava o 112º lugar entre 200 nações.


No ritmo atual de obras no setor, segundo estudos da CNI (Confederação Nacional da Indústria), a universalização dos serviços de coleta e tratamento de esgoto só será alcançada em 2054. Sem investimento, agrava-se o quadro da saúde pública. É uma realidade vergonhosa: cerca de 2.000 crianças morrem por ano no Brasil, vítimas de diarreia, por causa de deficiências nas redes de saneamento.


O Congresso tem a obrigação de tratar as questões do setor com mais celeridade. Não faltam desafios a serem enfrentados. Veja-se o caso dos lixões, uma triste paisagem brasileira.


Em 2015, foram jogadas em áreas públicas do Brasil 125 milhões de toneladas de resíduos, considerando apenas o despejo irregular de entulho e de lixo hospitalar. São milhões de brasileiros expostos aos efeitos da destinação inadequada do lixo.


A questão ambiental precisa voltar ao centro dos debates. Como contribuição à necessidade de modernizar as regras da atividade mineral, apresentei ao Senado projeto de lei que regulamenta a contratação do seguro ambiental e amplia o poder de fiscalização e controle dos órgãos públicos do setor. A dor de Mariana não pode ser esquecida.


Os prejuízos causados nunca serão esquecidos. Mas é preciso aprender e avançar. A mudança do atual modelo de desenvolvimento para um padrão sustentável é a nossa maior oportunidade econômica, comercial e de mudanças sociais do século 21.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Sob a liderança de Aécio Neves, o PSDB terá o seu melhor desempenho em eleições municipais






Após ser o partido mais votado pelos brasileiros no primeiro turno das eleições municipais para prefeito, com mais de 17 milhões de votos espalhados por todo o país, o PSDB segue demonstrando sua força no segundo turno. Dentre os 19 tucanos que ainda concorrem em capitais ou cidades com mais de 200 mil eleitores, 11 candidatos lideram suas corridas pelas prefeituras, de acordo com as mais recentes pesquisas de intenção de voto registradas.


Atualmente, os concorrentes tucanos às prefeituras estão em primeiro lugar nas pesquisas realizadas em Blumenau, com Napoleão Bernardes; Contagem (MG), com Alex de Freitas; Jundiaí (SP), com Luiz Fernando Machado; Maceió, com Rui Palmeira; Manaus, com Artur Neto; Porto Alegre, com Nelson Marchezan Jr.; Porto Velho, com Hildon Chaves; Ribeirão Preto (SP), com Duarte Nogueira; Santo André (SP), com Paulo Serra; São Bernardo do Campo (SP), com Orlando Morando; e Vila Velha (ES), com Max Filho.


Se eleitos, estes candidatos se juntarão aos outros 793 tucanos já escolhidos para administrarem seus municípios a partir de 2017. Desse total, dois concorrentes do PSDB venceram em capitais – Joao Doria, em São Paulo, e Firmino Filho, reeleito em Teresina – e outros 11 foram vitoriosos em cidades com mais de 200 mil eleitores.


O senador Aloysio Nunes (SP), vice-presidente nacional do PSDB, vê os bons resultados alcançados pelos candidatos do partido, tanto no primeiro turno quanto nas pesquisas de intenção de voto do segundo turno, como um sinal de mudança no cenário político nacional. Na visão do tucano, estas eleições podem marcar a maior vitória da história do partido em pleitos municipais.


“O PSDB é o partido de vanguarda desta nova maioria política. O resultado das eleições municipais mostra isso. Nós somos o partido que melhor se portou nessas eleições municipais, pelo número de prefeitos eleitos e sobretudo pelo número de cidadãos que moram em cidades administradas pelo PSDB. O resultado, sobretudo nas grandes cidades, é particularmente expressivo disso. Treze candidatos já eleitos em primeiro turno [em capitais e em cidades com mais de 200 mil habitantes] e, das 19 disputas de segundo turno, nós temos hoje condição de eleger pelo menos 11, o que vai confirmar essa vitória que foi, talvez, a mais importante do PSDB em eleições municipais desde a sua fundação”, avaliou o senador.


Presença nacional


O caráter nacional do sucesso tucano nas eleições deste ano também foi celebrado por Aloysio. No segundo turno, o PSDB tem candidatos às prefeituras de capitais com chances reais de vitória em todas as regiões do país. Para o senador paulista, a força demonstrada por tucanos em diferentes locais do Brasil comprova que o PSDB é um partido de influência nacional.


“Cada vez mais o PSDB se afirma como um partido nacional. Isso já estava patente nas eleições municipais anteriores e se confirma agora. O PSDB deixou de ser o partido implantado apenas em algumas regiões do país mais desenvolvidas, mas está presente também agora nas regiões que, do ponto de vista do desenvolvimento econômico, estão ainda precisando avançar”, argumentou.


Eleições 2018


Aloysio ainda destacou que o bom desempenho do PSDB nas urnas terá um reflexo direto nas eleições presidenciais de 2018. “Eu estou convencido de que nós vamos ganhar as eleições de 2018. Isto [bons resultados nos municípios] é um sinal evidente da força do partido no país e [a vitória] depende agora, em grande parte, de nós mesmos”, concluiu o parlamentar.

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Com decisivo apoio do PSDB, Congresso aprova mais R$ 1.10 bilhão para a Educação





Com apoio do PSDB, o Congresso aprovou o Projeto de Lei (PLN) 8/16, que abre crédito suplementar de R$ 1,10 bilhão ao Ministério da Educação para o pagamento aos bancos pelos serviços prestados no âmbito do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e para realizar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Ainda hoje a matéria foi sancionada pelo presidente em exercício, Rodrigo Maia.

Deputados do PSDB comemoraram a decisão e criticaram as tentativas da oposição de adiar mais uma vez a análise de uma proposta essencial para a educação. No último dia 5, a sessão do Congresso se estendeu até a madrugada sem a votação do crédito para o Fies.

A disputa política atrasou a análise de uma importante proposta, destacou o deputado Betinho Gomes (PE). “Hoje o projeto foi aclamado por unanimidade e agora o recurso está garantido para que os alunos possam ter tranquilidade e concluir seus estudos. As instituições vão poder manter seus contratos e um programa importante como o Fies vai ser preservado”, disse em sua página no Facebook.

Serão destinados R$ 702,5 milhões para o pagamento aos bancos pela intermediação dos empréstimos do Fies e R$ 400,9 milhões para o Enem, previsto para os dias 5 e 6 de novembro. A aprovação da matéria simboliza “compromisso e responsabilidade com a educação”, defendeu o deputado Vitor Lippi (SP).

“Ganha nossa juventude, que deve ter de todos nós parlamentares o compromisso com o Fies e com a educação nacional. A oposição tentou muito obstruir essa votação, o que atrasou muito sua votação. Hoje conseguimos essa vitória para nossa juventude”, declarou a deputada Shéridan (RR) por meio do Twitter.

Para o deputado Eduardo Cury (SP), o objetivo da oposição em atrasar os trabalhos era estender a sessão até a madrugada e forçar seu término. “A oposição ainda está reclamando porque queria continuar adiando essa votação. A votação foi simbólica porque não tiveram coragem de votar contra”, detalhou.

RENOVAÇÃO DE CONTRATOS
Com a aprovação do projeto de lei, cerca de 1,5 milhão de contratos deverão ser aditados neste segundo semestre em 1,6 mil instituições de ensino superior. Para agilizar o processo de aditamento dos contratos, o MEC abrirá o Sistema Informatizado do Fies (SisFies) na tarde desta quarta-feira, 19, a partir das 15h, para que os estudantes iniciem a validação dos aditamentos de renovação dos contratos do fundo para o segundo semestre deste ano.

O projeto segue agora para publicação no Diário Oficial. Os próximos passos serão a liberação do crédito suplementar no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi), a emissão dos empenhos das despesas e a assinatura dos contratos com os agentes financeiros do Fies.

Para 2017, o governo já enviou ao Congresso Nacional o Projeto de Lei Orçamentária contemplando R$ 21 bilhões para o Fies, o que garantirá a continuidade dos financiamentos e a manutenção dos contratos com os agentes financeiros do Fundo.

*Do portal do PSDB na Câmara

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Pesquisa confirma superioridade de João Leite para Prefeitura de Belo Horizonrte



Pesquisa mostra João Leite com 53,9% e Kalil com 46,1% dos votos válidos


A disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte está bastante acirrada no segundo turno. João Leite (PSDB) tem 53,9% dos votos válidos e Alexandre Kalil (PHS), 46,1%. Os dados, divulgados nesta segunda-feira (17), são do Instituto Paraná de Pesquisas.

Considerando todas as intenções de voto, João Leite tem 43,8% e Kalil 37,4%. O percentual de indecisos está na casa dos 4,2% e dos que não votariam em nenhum dos dois em 14,6%.

O mesmo levantamento mostrou que, para a maior parte da população belo-horizontina (39,6%), o principal problema da cidade é a saúde. Para outros 30,4%, segurança pública e violência são os maiores desafios. A lista de prioridades na opinião do eleitorado entrevistado, segue com transporte coletivo (5,9%), desemprego (5,2%), educação (4,9%), corrupção (2,5%), má administração pública (1,2%) e drogas (0,9%). Não apontaram nenhum problema 0,4% dos ouvidos.

A pesquisa reflete a opinião de 850 pessoas ouvidas de 12 a 15 de outubro. O nível de confiança é de 95%.

João Leite comemorou o resultado. “Estou feliz com os númer
os”, disse. Procurado pela reportagem, Kalil não comentou os dados.


A pesquisa do Instituto de Paraná de Pesquisas está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número MG-03581/2016.

http://hojeemdia.com.br/primeiro-plano/pesquisa-mostra-jo%C3%A3o-leite-com-53-9-e-kalil-com-46-1-dos-votos-v%C3%A1lidos-1.420927

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Aécio Neves escreve sobre a importância do Prêmio Nobel dado a Bob Dylan




Nobel reacende em nós aquilo que nos inspira e mobiliza

Em minha coluna no jornal Folha de S. Paulo, comento sobre o Prêmio Nobel que consagrou, semana passada, a obra de Bob Dylan, com canções e letras inesquecíveis que traduziram o impacto e a incerteza de tempos de mudança.
Sua obra retrata a luta ferrenha a favor dos momentos civis, dos direitos humanos, do feminismo, do ativismo negro, da paz. Uma agenda que não envelheceu e que mostra-se cada vez mais atual e necessária.
O Nobel reacendeu em nós a memória afetiva daquilo que nos inspira e nos mobiliza. Ele está em boas mãos. -
Aécio Neves


O grande artista é aquele que sabe expressar aquilo que está dentro de nós e que, muitas vezes, nem sabemos nomear. Na literatura, na pintura, nas artes cênicas ou na música, a verdadeira arte dialoga, simultaneamente, com o seu tempo e com cada indivíduo. Ela pertence a todos, sem jamais deixar de ser um patrimônio único de cada pessoa.

É neste sentido que se projeta a obra de Bob Dylan. De um lado, a capacidade de traduzir para o coletivo o impacto e as incertezas de tempos de mudança. De outro, a conexão com os sentimentos mais íntimos de homens e mulheres do mundo todo. E tudo isso em forma de canções e letras inesquecíveis.

A dimensão da obra pode ser medida pela intensidade da repercussão do Prêmio Nobel. De alguma forma, toda uma geração se sentiu reconhecida em um inequívoco testemunho de como as músicas do poeta ultrapassaram fronteiras e vocalizaram, com precisão, as angústias de milhões, especialmente jovens, em diferentes países.

O prêmio dado a Bob Dylan revigora o debate sobre a importância das palavras na vida contemporânea. A trajetória do artista é conhecida. O fato é que sua carreira, especialmente no início, simboliza muito do que os anos 60 e 70 impuseram como pauta às sociedades mais progressistas: uma luta ferrenha a favor dos movimentos civis, dos direitos humanos, do feminismo, do ativismo negro, da paz.

Trata-se de uma agenda que não envelheceu, ao contrário, mostra-se cada vez mais atual e necessária. Neste planeta conturbado por guerras civis, intolerância, violência contra povos, raças e gêneros, imerso em contradições e desigualdades, a luta contra toda e qualquer forma de injustiça precisa ser intensa, permanente.

Hoje, muito do que foi conquistado em termos de democracia e civilização se vê em risco com a propagação de ideários pouco afeitos ao contraditório, ao debate de ideias. Em época de radicalismo e ceticismo, a cultura tem papel fundamental a cumprir. Mais arte, mais diversidade, mais pensamento crítico, mais compromisso com o que é de todos. Mais respeito às diferenças. Menos individualismo.

Em uma de suas canções mais conhecidas, Dylan pergunta: "quantas estradas um homem deve percorrer antes que possam chamá-lo de homem?". O caminho do artista está exposto numa obra estupenda onde brilha uma densidade poética refinada e, ainda assim, popular. É sintomático que ele continue na ativa, aos 75 anos, fazendo shows, produzindo. As pedras que rolam não criam musgo, não ficam paradas no tempo. Elas movem o mundo.

Além do justo reconhecimento, o prêmio teve um outro significado: reacendeu em nós a memória afetiva daquilo que nos inspira e nos mobiliza. O Nobel está em boas mãos.

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Aécio viaja para reforçar candidatos do PSDB em todo Brasil






O senador Aécio Neves (PSDB-MG) vai realizar, a partir da próxima quinta-feira (20), uma série de visitas pelas capitais do país com o objetivo de reforçar seu nome dentro do ninho tucano para a disputa à presidência em 2018. Em Maceió, Aécio fará campanha pela reeleição de Rui Palmeira (PSDB), que disputa a prefeitura com Cícero Almeida (PMDB).


Além de Maceió, o senador tucano vai percorrer cidades do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo. Mais do que pedir votos e reforçar a campanha dos tucanos, Aécio também quer exibir musculatura dentro do partido nas mais variadas regiões, visto que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), vem se destacando como candidato do partido à presidência depois da eleição de João Dória para a capital paulista.

A primeira rodada de viagens do senador ocorre logo após Aécio dar uma série de declarações destacando o crescimento nacional do partido, numa estratégia que visa diluir o impacto da vitória expressiva de Doria na capital paulista. Em Alagoas, o PSDB já conquistou a Prefeitura de Arapiraca e tenta assegurar Maceió. As pesquisas apontam para mais uma vitória de Rui Palmeira.

Dos 1.721 tucanos que se candidataram a prefeituras neste ano em todo o Brasil, 46% conseguiram se eleger, isso apenas no primeiro turno. Segundo o partido, é a taxa mais alta entre as outras 34 legendas. Esse número pode ser ainda maior. Caso o PSDB consiga eleger os candidatos que ainda disputarão o segundo turno em 19 municípios, essa taxa pode crescer para até 47,1%.


http://gazetaweb.globo.com/portal/especial.php?c=20323

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

PSDB-MG elegeu 132 prefeitos,o que corresponde a 50% dos candidatos lançados pelo partido.







Ao todo, 387 coligações majoritárias integradas pela legenda saíram vitoriosas, incluindo a eleição de 105 vice-prefeitos tucanos


A exemplo do que ocorreu em todo o País, o PSDB de Minas Gerais teve um ótimo desempenho no 1º turno das eleições municipais deste ano. O partido saiu vitorioso em 387 coligações majoritárias das quais fez parte em municípios de todas as regiões do estado. Em 2012, os tucanos integraram 380 coligações vitoriosas.


Dos 266 candidatos tucanos que disputaram o cargo de prefeito em Minas, 132 foram eleitos, o que representa um sucesso em 49,6% das candidaturas. Em 2012, o PSDB apresentou 311 candidatos a prefeito e elegeu 137, o equivalente a 44% das candidaturas.


Com o resultado deste ano, os prefeitos eleitos pelo PSDB governarão, ao todo, 2.726.757 pessoas em Minas, de acordo com dados do IBGE. Este número poderá chegar a 5,8 milhões caso o partido vença as eleições em Belo Horizonte e Contagem, onde disputa o 2º turno respectivamente com os candidatos João Leite e Alex de Freitas.


Entre as prefeituras conquistadas pelo PSDB há importantes polos regionais, como Governador Valadares, Poços de Caldas, Pouso Alegre, Extrema, Janaúba, Jequitinhonha, Rubim, Itaobim, Paracatu, Unaí, Coronel Fabriciano, João Monlevade, Vespasiano e Viçosa.

Além dos 132 prefeitos, o PSDB mineiro elegeu 105 vice-prefeitos em municípios de todas as regiões do Estado, como Ipatinga, Varginha, Nova Lima, Barbacena, Conselheiro Lafaiete, Caxambu, Ituiutaba, Guaxupé e Pedra Azul. Em Juiz de Fora, o candidato a vice do atual prefeito, que disputa o 2º turno, também é tucano.

Para as câmaras municipais de Minas foram eleitos 901 vereadores tucanos, cerca de 17% do total de 5.511 candidatos lançados ao legislativo municipal. Ao todo, o PSDB teve cerca de 945 mil votos para o legislativo, dos quais 105 mil foram para a legenda.

Para o presidente do diretório do PSDB de Minas Gerais, deputado federal Domingos Sávio, o desempenho do partido nas eleições municipais deste ano mostram o vigor do partido em todas as regiões do Estado.

“Mesmo estando fora do poder estadual, conseguimos vencer em importantes colégios eleitorais e nos firmamos como segundo maior partido do Estado em número de prefeituras”, afirma o líder tucano. “Estes ótimos resultados refletem bem o trabalho de organização partidária que fizemos nos últimos meses e também que temos bons quadros e propostas que inspiram confiança no eleitorado”, acrescenta.

Derrocada do PT

Ao contrário do PSDB, o PT de Minas Gerais sofreu um derrocada nas eleições deste ano. Em 2016, o partido, que há dois anos ocupa o Governo do Estado, elegeu apenas 41 prefeitos, cerca de um terço do total que conseguiu eleger em 2012, quando conquistou 113 prefeituras.



“Em algumas regiões mineiras, o PT foi praticamente dizimado”, afirma Domingos Sávio. “É o preço que o partido está pagando pelo desastre econômico e ético que promoveu em Minas e no país nos últimos anos”, conclui.

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Senador Aécio Neves escreve sobre o recado que veio das urnas







O recado que veio das urnas


Aécio Neves - Jornal Estado de Minas -


Os brasileiros falaram alto nas eleições municipais do último domingo. Com clareza e coragem, os eleitores apontaram a direção para onde desejam ver caminhando o país. Até mesmo na elevada taxa de abstenção e de votos brancos e nulos é possível identificar as vozes que clamam por um país novo. Reconhecer este país que emerge das urnas de outubro é essencial para fundamentar as escolhas a serem feitas para o futuro.


O Brasil quer mudança. A mensagem ficou mais clara na derrota do PT em todas as regiões. Depois de governar por 13 anos, o partido perdeu quase dois terços das prefeituras que ganhou em 2012. Um desempenho tão frágil que o deixou atrás de outros nove partidos. Foi uma dieta de votos radical, com o seu eleitorado municipal caindo para menos da metade.


Ao mesmo tempo em que declarou a sua insatisfação com a forma como o país vinha sendo conduzido, o eleitor brasileiro canalizou para a representação política que mais personificou a oposição ao petismo um testemunho inequívoco de confiança. O PSDB conseguiu resultados extraordinários. Nada menos que 17,6 milhões de votos para seus prefeitos e nove milhões para os vereadores.


Com isso, o PSDB se transforma no partido político que maior volume de votos recebeu em todo o país. É também o partido que elegeu proporcionalmente o maior número de prefeitos em relação à eleição de 2012. A partir de janeiro próximo, pelo menos 793 municípios brasileiros terão prefeitos tucanos – número esse que poderá se ampliar com os resultados do segundo turno. Em Minas, o PSDB já elegeu 132 prefeitos, enquanto o PT apenas 41.


A forma como o PT se apropriou do Estado para sustentar um ciclo político de continuidade, a inépcia e leniência na gestão dos recursos públicos, o desvio das bandeiras éticas e a tragédia econômica provocada por crenças equivocadas, afundando o país em uma das maiores crises de sua história, tudo isso constitui um retrato definitivo do Brasil que não queremos mais.


Em contraponto, o PSDB se apresenta como um partido que manteve a sua coerência programática, com posições claras em defesa de uma gestão responsável do ponto de vista econômico e fiscal, com uma agenda pública comprometida com a retomada do crescimento, com a eficiência administrativa, com o aperfeiçoamento dos programas sociais, com a visão de um país moderno e globalmente integrado. Só assim conseguiremos avançar, de fato.


O que as urnas também ecoam, não esqueçamos disso, é que há uma distância ainda expressiva entre a sociedade e a representação política parlamentar. Aparentemente menos interessados em política, o número de jovens eleitores entre 16 e 17 anos caiu 20% no pleito recente. Não se pode desperdiçar o vigor, a criatividade e a capacidade de mobilização desta parcela de brasileiros. A presença da juventude na vida pública é essencial para a reconstrução do país que se projeta desde o colapso do governo Dilma e que precisa ser aprofundada com a implementação de reformas estruturais.


É a hora de dar uma resposta clara a todos que votaram pela mudança. É alinhado com este sentimento de transformação que caminha o PSDB. Em direção a um país muito melhor.

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Aécio Neves,ao lado de FHC, aprova PEC que limita gastos do governo







Ao lado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), declarou na tarde desta segunda-feira (10), o fechamento de questão da legenda a favor da aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que estabelece limites de gastos públicos.


A PEC, principal aposta do governo Temer para tentar equilibrar o déficit nas finanças, estará em votação no plenário da Câmara nesta segunda-feira. A expectativa do governo e lideranças da Casa é de que se vote o primeiro turno da Emenda Constitucional até o final da noite desta segunda. A conclusão (segundo turno) deverá ocorrer em nova sessão prevista para os dias 24 e 25 deste mês.


"A votação da PEC do teto é fundamental para o Brasil encontrar um novo caminho, o equilíbrio das contas públicas, e a partir daí de maior confiança e retomada dos investimentos e empregos. Por isso, o PSDB, hoje na Câmara e amanhã no Senado vai fechar questão em favor dessa proposta", afirma Aécio em vídeo gravado no escritório de FHC, em São Paulo.


"Há momentos que é preciso dizer sim ou não. No caso do PSDB está dizendo sim à PEC do teto porque o Brasil precisa recompor sua fundação financeira. Se não houver essa recomposição, não vai haver emprego, não vai haver crescimento, as pessoas vão sofrer. Então o PSDB vai apoiar a PEC", ressalta Fernando Henrique Cardoso.

O encontro também serviu para que os dois tucanos realizarem uma avaliação dos resultados do partido na última disputa municipal. O PSDB foi o partido que mais cresceu em número de prefeituras ficando ainda na segunda posição, atrás do PMDB.


http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2016/10/10/ao-lado-de-fhc-aecio-diz-que-psdb-fecha-questao-a-favor-da-pec-do-teto.htm

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Em seu artigo na Folha de São Paulo, Aécio fala sobre o Prêmio Nobel da Paz





Indicação de Guterres e Nobel a Santos alimentam expectativas sobre a paz


Dois acontecimento emblemáticos deram ao mundo, na semana passada, maior esperança em relação à possibilidade de paz mundial. Em minha coluna no jornal Folha de S. Paulo, trato sobre a indicação de António Guterres como novo secretário-geral da Onu e sobre o prêmio Nobel da Paz conferido ao presidente colombiano Juan Santos.


O cesssar-fogo que vigora na Colômbia é uma conquista política notável, após 52 anos de guerra, mais de 250 mil mortos, 45 mil desaparecidos e sete milhões de deslocados internos.
Já a indicação de Guterres é excelente por ele ser uma das vozes mais enfáticas sobre a calamidade humanitária em curso na Síria. Segundo relatório da Acnur, o mundo já contabiliza mais de 65 milhões de refugiados. Nada é mais urgente do que a paz e a reversão do sofrimento gerado pela intolerância. - Aécio Neves


Leia o artigo: http://migre.me/vcn1W




No intervalo de poucas horas, na semana passada, duas notícias no front internacional nos deram esperança de dias melhores no planeta. A indicação do português António Guterres como novo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e o prêmio Nobel da Paz conferido ao presidente colombiano Juan Manuel Santos são acontecimentos emblemáticos que alimentam expectativas em relação à capacidade global de enfrentar com mais assertividade questões decisivas para a paz mundial.

A escolha do presidente da Colômbia se deu cinco dias após os colombianos rejeitarem o acordo de paz com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), do qual Santos é o principal artífice. Apesar do "não" colhido no plebiscito, a sociedade colombiana parece disposta a encontrar saídas para os impasses vividos pelo país. O prêmio dado a Santos deve exercer uma pressão positiva para que os esforços em torno de um acordo prossigam com mais celeridade.

O cessar-fogo que vigora no país, como fruto das negociações entre governo e guerrilheiros iniciadas há quatro anos, já é uma conquista política notável que justifica o reconhecimento internacional. São 52 anos de guerra, mais de 250 mil mortos, 45 mil desaparecidos e sete milhões de deslocados internos, neste que é o conflito mais antigo da América Latina.

Na ONU, um dos maiores desafios de Guterres será a questão dos refugiados. Segundo relatório da agência para refugiados (Acnur), que o próprio Guterres presidiu por dez anos, o número de pessoas forçadas a se deslocar pelo mundo por conflitos, perseguição, violações de direitos humanos ou violência de forma geral já supera os 65 milhões. Em sua maioria, crianças.

Este é um quadro inaceitável. É inconcebível que milhões de pessoas sejam obrigadas a abandonar suas casas e países em busca de sobrevivência. Em momentos pontuais cada vez mais frequentes somos atingidos por imagens de meninos e meninas em situações de extrema vulnerabilidade. Ano passado, a foto do corpo do garoto sírio em uma praia da Turquia, morto numa fuga fracassada pelo mar, estampou a crueldade da realidade vivida pelas crianças refugiadas. A compaixão que o mundo sente por essas vítimas inocentes deve ser traduzida em ação efetiva contra a barbárie.

A escolha de uma personalidade experiente como Guterres significa uma aposta em uma agenda mais ambiciosa para ONU. Ele tem sido umas das vozes mais enfáticas sobre a calamidade humanitária em curso na Síria e é natural que haja uma grande expectativa em relação à sua capacidade de mobilizar o mundo por decisões mais rápidas e consistentes.

Afinal, para milhões de pessoas, nada é mais urgente do que a paz e a reversão em definitivo do sofrimento gerado pela intolerância.

Aécio Neves / Folha de São Paulo

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

O candidato João Leite lidera pesquisa para a prefeitura de BH




Pesquisa divulgada nessa quinta-feira (6) pelo Instituto Paraná Pesquisas aponta o deputado estadual João Leite (PSDB) na liderança para a Prefeitura de Belo Horizonte. O tucano tem 32,5% das intenções de voto na disputa do segundo turno na modalidade espontânea. Já o adversário, o empresário Alexandre Kalil (PHS), aparece com 24,6% da preferência dos eleitores da capital mineira. De acordo com o levantamento, 33,8% dos eleitores não sabem ainda em quem votar e 9,2% disseram que não vão votar em ninguém.

Entre os entrevistados, 76,5% disseram que a decisão de voto é definitiva e 22,7% admitem que ainda podem mudar de opinião. Entre os eleitores ouvidos, 0,7% não responderam ou não sabem se podem mudar de opinião em relação à escolha do candidato que comandará a capital mineira a partir do próximo ano.

Na pesquisa estimulada, quando são apresentados os nomes dos candidatos, João Leite também lidera. Nessa modalidade, ele registra 47,1% e Kalil, 33,3%. Os eleitores que não sabem atingiram 4,7% e o número dos que disseram que não votariam em nenhum deles registrou 14,9%.

Perguntados em quem não votaria de jeito nenhum, Kalil recebeu o maior índice de rejeição: 49,9%. Em João Leite, 39,4% dos entrevistados disseram que não votariam em hipótese alguma. A opção que indica que poderiam votar nos dois alcançou 16,9% e 6,7% responderam que não sabem.

O instituto também quis saber qual dos dois candidatos o eleitor acredita que irá vencer o segundo turno da eleição para prefeito de Belo Horizonte, independente de quem ele irá votar. Para 60,4 % dos entrevistados, o vencedor será o tucano João Leite, para 25,5%, o próximo prefeito será Kalil e 14,1% não sabem.


O grau de confiança da pesquisa é de 95% para uma margem estimada de erro de, aproximadamente, 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos.

Registro

Data. O Instituto Paraná Pesquisas ouviu 850 pessoas em Belo Horizonte entre os dias 3 e 5 de outubro e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número MG – 03466/2016.

Recursos
Agilidade. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu nessa quinta-feira (6) por unanimidade que recursos sobre candidaturas a prefeito – em casos de indeferimentos dos registros – serão considerados inválidos se a votação nesses candidatos não influenciar o resultado da eleição. Assim, os prefeitáveis que não obtiveram votos suficientes para o primeiro lugar ou cujos votos somados aos nulos não ultrapassaram 50% poderão recorrer contra indeferimento do registro das candidaturas, mas os recursos serão considerados prejudicados, ou seja, serão descartados sem análise do mérito. A decisão pode dar agilidade à análise de outros recursos relacionados a indeferimento de candidaturas, desde que os agravantes tenham voto suficiente para assegurar uma vitória.


http://www.otempo.com.br/hotsites/elei%C3%A7%C3%B5es-2016/jo%C3%A3o-leite-lidera-disputa-em-bh-1.1382457

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Senador Aécio Neves: "Reforma política é prioridade absoluta"






Reforma política é prioridade absoluta, diz Aécio após reunião que marcou votação da PEC 36 no Congresso
O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, reuniu-se, nesta quarta-feira (05/10), com os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados e com líderes de partidos no Congresso para acertar o calendário de votação da PEC 36/2016, que altera as regras de funcionamento dos partidos políticos e acaba com as coligações proporcionais nas eleições para o Legislativo.

Aécio anunciou que a proposta será votada em 9 de novembro no Senado e, em seguida, na Câmara dos Deputados, como prioridade absoluta na pauta do Congresso, após encerrado o 2º turno das eleições municipais.

“A reforma política será tratada com absoluta prioridade, até porque ela não atrapalha outras questões, como a PEC do teto dos gastos públicos. Há muitos e muitos anos que as lideranças do Senado e da Câmara, com a participação dos presidentes das duas Casas, não se reuniam para encontrar uma convergência em temas relevantes para o país e a reforma política é um tema extremamente relevante”, afirmou Aécio.

A PEC 36/2016 foi apresentada pelos senadores Aécio e Ricardo Ferraço (PSDB-ES) em julho deste ano. De acordo com proposta, já aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, os partidos políticos só terão acesso aos recursos do Fundo Partidário e ao tempo no horário de TV e rádio se atingirem um percentual mínimo de votos nas eleições. A PEC também acaba com as coligações nas eleições para vereador e deputado estadual e federal.

“Não há um cidadão brasileiro sequer que não compreenda que o nosso sistema político precisa ser alterado. Os partidos políticos têm de ter seu número diminuído. Eles têm que ser instrumentos de vocalização de pensamentos de setores da sociedade, e não instrumentos de interesses particulares como tem sido hoje”, afirmou Aécio Neves.

Federação de partidos

O senador explicou que a PEC trata exclusivamente da cláusula de barreira e do fim das coligações proporcionais, e propõe o sistema de federação para organização dos partidos que não alcançarem o percentual mínimo de votos no país.

Isso permitirá que partidos com identidade ideológica possam atuar no Legislativo com iguais direitos às demais legendas. A divisão do fundo partidário e do tempo de propaganda será de acordo com a votação obtida por cada partido na federação.

“Reforma política é algo muito amplo. Defendo que ela seja votada de forma fatiada. Porque se você coloca cinco, seis temas numa mesma proposta, a oposição de um grupo de parlamentares a um determinado tema significa a inviabilização de todos os outros. Então é uma questão de racionalidade. Vamos aprovar a PEC 36 no Senado e esperamos que a Câmara possa pautá-la imediatamente”, concluiu o senador.

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Aécio Neves líder da oposição sempre defendeu as "prévias" no PSDB. Discussão sobre candidatos agora só em 2018




Um dia depois de o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, defender a realização de prévias para a escolha dos candidatos do PSDB em 2018, ontem foi a vez de o presidente nacional da legenda, Aécio Neves, tocar no assunto.

Ele não só ressaltou a importância de os tucanos terem um candidato próprio na disputa pelo Palácio do Planalto nas próximas eleições como admitiu participar da disputa interna para tentar mais uma vez chegar à cadeira de presidente – em 2014, ele foi derrotado no segundo turno por Dilma Rousseff (PT). “Quem chegar em melhores condições deve ser o candidato.

Ninguém pode ser um candidato porque resolveu ser candidato”, afirmou o tucano em entrevista coletiva em Belo Horizonte.

De acordo com Aécio, a realização de prévias não deve ser “temida” pelos tucanos, mas encarada como um processo que pode revitalizar o partido e permitir um conhecimento maior dos candidatos. “Pior é a opressão e o cerceamento de oportunidades”, disse o presidente do PSDB.

Segundo Aécio, há um compromisso dentro do partido para que a eleição para presidente seja discutida apenas em 2018.

As declarações sobre a disputa presidencial foram feitas ao ser questionado sobre a vitória em primeiro turno, em São Paulo, do candidato do PSDB a prefeito, João Doria.

O resultado é visto como um fortalecimento do governador de São Paulo, Geraldo Alkimin, padrinho político de Doria, e possível candidato a presidente em 2018. No domingo, logo depois do anúncio da vitória do PSDB na capital paulista, João Doria e Alckmin falaram sobre a importância das prévias para evitar que a escolha do candidato a presidente seja feita apenas pelos caciques da legenda. Enquanto Doria dizia que as prévias são uma demonstração de “democracia” ao permitir a quem não é da política a chance de ser candidato,

Alckmin enfatizou que é preciso “exercitar a escolha interna”. “A prévia não divide, ela escolhe. Você pode escolher em um grupo pequeno ou pode ampliar a escolha. Nós sempre defendemos ampliar a escolha.

Quando você ouve mais, erra menos”, disse. Rejeição Ao fazer um balanço do desempenho do PSDB nestas eleições, Aécio Neves disse que o resultado fortaleceu a legenda e mostra que o partido adotou o “lado certo” ao encampar o impeachment de Dilma Rousseff. “O PSDB recebeu em todo o Brasil 17,6 milhões de votos, enquanto o PT obteve 6,8 milhões. Isso é consequência do que aconteceu no Brasil nos últimos anos.

Manteremos a firmeza naquilo que acreditamos”, argumentou o tucano, que garantiu a permanência do PSDB no apoio ao governo de Michel Temer. Na avaliação do tucano, o grande derrotado das eleições foi o PT – e ele fez questão de apresentar ontem números sobre o desempenho dos candidatos petistas nestas eleições.

Somente de vereadores, a queda em todo o país foi de 44,8% – passando de 5.067 para 2.795. Já o número de prefeitos reduziu de 630 para 256. “Essa foi uma eleição difícil para todos. Houve uma rejeição a partidos políticos, mas saiu vitorioso quem manteve uma coerência de princípios”, ponderou.
http://www.jornalfloripa.com.br/noticia.php?id=661745

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Sob a liderança do senador Aécio Neves,o PSDB tem a sua melhor fase desde 2004




O presidente nacional do PSDB, o senador Aécio Neves, disse, nesta segunda-feira (3), que uma “onda azul varreu o país” nas eleições municipais, que, segundo o político, representaram uma vitória consagradora para o partido. Em uma coletiva de imprensa realizada em Belo Horizonte, ele fez um balanço do desempenho da legenda no Brasil. Aécio afirmou que o PSDB sai fortalecido e que a escolha de um nome do partido para a disputa das próximas eleições presidenciais deve ser tratada em 2018.

Nas capitais, o PSDB foi o que mais elegeu prefeitos no primeiro turno -- João Doria, em São Paulo, e Firmino Filho, em Teresina -- e é o que vai disputar mais prefeituras no segundo turno: oito ao todo. Uma delas é a da capital mineira, onde João Leite teve 33,40% dos votos válidos e Alexandre Kalil (PHS) ficou com 26,56%.


PSDB e PSD crescem em nº de prefeituras; PT encolhe

“Eu quero aqui afirmar que essa foi a mais consagradora vitória que o PSDB teve desde 2004, quando já não estávamos no governo federal. Na verdade, uma onda azul varreu o país”, disse Aécio.

O senador apresentou os principais números do PSDB nestas eleições, como o crescimento de mais de 15% no número de prefeituras em relação ao último pleito, e afirmou que a legenda é a que recebeu maior volume de votos no país. Aécio ressaltou, entretanto, a “pulverização maior dos partidos políticos”, o que, segundo ele, impactou nos partidos mais tradicionais. “Mesmo assim, o PSDB saltou, sem computar os cerca de 19 municípios onde estaremos disputando o segundo turno, de 686 para 791 prefeituras”, afirmou.

Enquanto destacava os números da legenda, o senador também falou sobre o desempenho do PT nas eleições, que, conforme ele, foi “dizimado em inúmeras regiões”. “Esses números por si só ilustram, não apenas o resultado isolado de uma eleição, mas a consequência do que aconteceu no Brasil ao longo desses últimos anos”, disse. Ele afirmou ainda que “a derrota do PT é tão expressiva quanto a vitória do PSDB”.

Eleições de 2018


Para Aécio, o PSDB sai fortalecido das eleições municipais. O senador pontuou que, apesar de saber que não há uma ligação direta e objetiva entre o que aconteceu nesta disputa e o que ocorrerá nas eleições de 2018, há, na opinião dele, um sinal de que o PSDB cresceu de forma “extremamente vigorosa” e de que existe uma conexão da legenda com uma parte da população.

Perguntado sobre a relação entre a vitória de Doria em São Paulo e o fortalecimento do governador paulista, Geraldo Alckmin, como candidato tucano à presidência em 2018, Aécio respondeu considerar esse fato “muito bom”. “Nós temos que parar de ter essa visão mesquinha da política, onde as pessoas só trabalham pelo seu projeto pessoal. (...) O momento da decisão da candidatura [à presidência] é 2018. E aquele que chegar em melhores condições deverá ser o candidato”, acrescentou.

Ele definiu as prévias no partido como um “belo caminho”, desde que bem organizadas, e destacou que elas não devem ser temidas. “Inclusive, no nosso estatuto está previsto as prévias. A prévia pressupõe uma questão apenas para que exista: mais de uma candidatura colocada formalmente. Se isso ocorrer, dentro do que estabelece o estatuto do partido, elas devem ser vistas como uma oportunidade e um debate democrático. Tanto eu, Geraldo [Alckmin], [José] Serra, todos nós estimulamos esse debate”, avaliou.

Ele não descartou, porém, que um nome surja de uma convergência, mas destacou que esta definição ocorrerá só no ano das próximas eleições. “Vamos deixar 18 para ser tratado em 18”, avaliou.

Sobre o atual governo federal, Aécio disse que estará ao lado de Michel Temer (PMDB) para viabilizar as medidas necessárias para retirar o Brasil da recessão. O senador afirmou que há uma aproximação natural do plano nacional do PSDB e de setores do PMDB, que apostam nas reformas. “Há uma parte expressiva do PMDB, representada pelo próprio presidente Michel Temer, que compreende que, sem essas reformas, o seu governo não terá qualquer chance de êxito. (...) O governo Michel Temer não pode governar preocupado com curvas de popularidade”, disse.

http://g1.globo.com/minas-gerais/eleicoes/2016/noticia/2016/10/aecio-fala-em-vitoria-consagradora-e-diz-que-2018-deve-ser-tratado-em-2018.html

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Aécio Neves presidente nacional do PSDB fala do grande desafio dos prefeitos eleitos


Aécio fala do grande desafio dos prefeitos eleitos



Aécio Neves / Folha de São Paulo

Prefeitos eleitos têm pela frente cenário de governança desafiador

Os milhares de prefeitos já eleitos —e os candidatos que ainda sairão eleitos pelas urnas no 2º turno— têm pela frente um cenário de governança extremamente difícil e desafiador.

Em resumo, terão que lidar com os dramáticos efeitos, sobre a administração de suas cidades, da pior recessão das últimas décadas, inflação alta, paralisia de investimentos, endividamento e inadimplência da população. E, em especial, com o desemprego em escalada, que alcança hoje cerca de 12 milhões de brasileiros.


Tudo isso vem afetando diretamente a vida nas cidades, que ficou muito mais penosa e difícil para a população. E compromete também as tarefas e os serviços mais básicos sob responsabilidade direta das prefeituras.


Como se sabe, somos um país de milhares de pequenos municípios ainda quase totalmente dependentes dos repasses do fundo de participação, que vem tendo queda significativa. Soma-se nesse contexto a crônica incapacidade do governo federal de ressarcir e compensar as desonerações feitas a esmo nos últimos anos e que atingiram a arrecadação de Estados e municípios e a do próprio país durante o ciclo de governos petistas.

Acrescenta-se à diminuição das receitas repassadas às prefeituras, os milhares e milhares de pequenos negócios locais engolfados pela recessão e que acabaram fechando suas portas, além dos empreendimentos de porte que patinam sem confiança ou capacidade de investir.

Como se isso não bastasse, além da impossibilidade de realizar investimentos, há hoje pelo menos 13 Estados com dificuldade de manter a folha de pagamento em dia e com crescente precarização dos serviços públicos em áreas cruciais, como saúde e segurança.

Ou seja, cada vez mais há insuficiência de recursos para fazer o básico em uma hora em que as parcelas mais vulneráveis da população precisam tanto da ação efetiva do poder público para minimizar suas dificuldades.

Considerando esse cenário de múltiplas perdas, o princípio clássico mobilizador das gestões modernas, "fazer mais e melhor, com menos", precisará ser alçado dos discursos generalistas e dos manuais teóricos de reengenharia governamental para o dia a dia e a realidade das administrações municipais.

Austeridade, transparência, eficiência, controle rigoroso e qualidade do gasto público não compõem apenas mais um elenco de escolhas ou de um modelo de gestão. Tornaram-se obrigações e o único caminho possível para vencer a ingovernabilidade.

Dizem que em toda experiência há sempre algum ganho. Nesse caso, talvez seja esta a lição que precisamos aprender depois de anos e anos de farra dos gastos públicos e lamentável irresponsabilidade.