domingo, 29 de novembro de 2020

Mãe de garoto negro proibido de comer em shopping denuncia injúria à PM


Criança estava lanchando com o amigo, de 15 anos, no ViaShopping, quando um segurança o abordou e pediu que eles se retirassem; caso viralizou nas redes
Por LISLEY ALVARENGA
29/11/20 - 15h54
https://www.otempo.com.br/

Abordagem de segurança foi filmada e postada nas redes sociais

Foto: Reprodução Instagram


A mãe do garoto de 12 anos, que foi abordado por um segurança do Via Shopping, no Barreiro, em Belo Horizonte, junto com o amigo, de 15 anos, e impedido de comer na praça de alimentação do centro de compras, registrou, no início da tarde do último sábado (28), um boletim de ocorrência na Polícia Militar, relatado o ocorrido, no dia 26 de novembro.

Apesar de a mulher, de 30 anos, alegar que o filho e o adolescentes foram vítimas de injúria racial, a denúncia foi registrada na PM como atrito verbal. Conforme a assessoria da polícia, o caso foi encaminhado para a 2ª Delegacia de Polícia do Barreira, que vai investigar se houve ou não crime de injúria por parte do segurança

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O vídeo de um segurança abordando a criança e o adolescente, ambos negros, viralizou nas redes sociais na última sexta-feira (27), e gerou revolta nos internautas. As imagens foram feitas por uma cliente que estava na praça de alimentação, postadas no Instagram e compartilhada posteriormente por várias pessoas.

No vídeo aparecem os dois garotos com sacos de pipocas, balas e salgadinhos. Eles estavam sentados em uma mesa lanchando quando são abordados. Pelo áudio das imagens, testemunhas dizem que eles compraram o lanche com o próprio dinheiro, com a venda dos produtos. À polícia, no entanto, a mãe da criança contou que, na verdade, o lanche foi dado a eles por um cliente do shopping.

Pela rede social, testemunhas contaram que os meninos foram abordados pelo segurança e foi pedido que eles saíssem, o que foi confirmado por eles a mulher de 30 anos que fez o boletim de ocorrência.

Os dois se retiravam do local, quando algumas pessoas começaram a intervir e conversar com o segurança, bem como pedir que os garotos voltassem e terminassem o lanche. "Pode sentar lá menino, pode comer. Ninguém aceita mais esse tipo de tratamento não, rapaz, pode deixar o menino comer. Pode sentar e comer menino, você não comprou e pagou? Então pode sentar e comer à vontade", diz uma mulher nas imagens.

Em comentários feitos nas redes sociais sobre o caso, muitas pessoas alegaram que houve preconceito com os garotos por causa das roupas que elas estavam vestindo. Outras pessoas disseram que eles foram vítimas de racismo.

Veja o vídeo:



Nota oficial

Após o ocorrido, o Via Shopping divulgou uma nota afirmando "repudiar todo e qualquer tipo de discriminação sofrida em seus espaços”. Segundo o centro de compras, episódios pautados em segregação não representam os valores que sustentam o estabelecimento há quase duas décadas.

“Temos como premissa o acolhimento de todos; somos um ambiente plural, diverso e que propicia experiências positivas e, qualquer atitude que não corrobore com isso, será veementemente combatida”, informou a nota.

O shopping declarou ainda que lutará para que todas as pessoas usufruam do ViaShopping Barreiro com dignidade e respeito. "O fato ocorrido ontem, dia 26 de novembro, não representa os nossos valores e já estão sendo combatidos", concluiu a nota.

Crime

Em Belo Horizonte, os crimes de preconceito de raça ou cor cresceram 216% entre os meses de janeiro a outubro do ano passado, em relação ao mesmo período deste ano, segundo dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). No ano passado foram 12 registros desse tipo de crime e, neste ano, 38. Em Minas, o crescimento foi de 49%, passando de 83, em 2019, para 124, neste ano.

Já os crimes de injúria com causa presumida de racismo tiveram 250 registros em Minas, entre janeiro e outubro deste 2019, contra 256, no mesmo período deste ano. Em Belo Horizonte, foram 52 registros, no passado, e 46, neste ano.

(Com Natália Oliveira)

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Cartórios já podem autenticar documentos por meio digital



Para acessar o serviço, o usuário deve solicitar a autenticação digital a um tabelionato de notas e enviar o documento por e-mail, caso o original seja digital
Por AGÊNCIA BRASIL
27/11/20 - 14h20
https://www.otempo.com.br/

Uma página .new deve levar o usuário a uma nova tarefa, seja um um texto, uma atividade ou uma playlist

Foto: Pixabay


Os cartórios brasileiros já podem autenticar documentos por meio eletrônico. O novo serviço possibilitará a certificação de cópias de forma online pelo site.

A novidade vem para complementar a digitalização de outros serviços que já estavam sendo prestados na plataforma de atos notoriais eletrônicos chamada e-Notoriado. Entre eles, assinaturas digitais de escrituras, procurações por videoconferência, atas notariais e testamentos, bem como separações e divórcios extrajudiciais.

Segundo o Colégio Notarial do Brasil (CNB), órgão responsável por gerir o módulo da Central Notarial de Autenticação Digital (Cenad), o novo recurso permite “a materialização e a desmaterialização” de autenticações em diferentes cartórios. Dessa forma, torna mais rápido o envio do documento certificado para pessoas ou órgãos, além de verificar de forma segura a autenticidade do arquivo digital.

A Cenad foi é o único meio nacional válido para a autenticação digital de documentos. Para tanto, será necessária a apresentação de um documento originalmente físico, junto a algum cartório de notas, para que ele seja digitalizado para, então, ser enviado para autenticação.

Segundo a presidente do CNB, Giselle Oliveira de Barros, o novo procedimento permite ao usuário trabalhar com o documento eletrônico, mas com segurança jurídica.

“Após o documento ser autenticado pela Cenad, ele pode ser enviado eletronicamente (email, whatsapp ou qualquer outra ferramenta) a órgãos públicos ou pessoas físicas e jurídicas para a concretização de negócios, tendo o mesmo valor que o documento original, físico ou digital, apresentado pelo cidadão”, informou.

Como acessar o serviço

Para acessar esse serviço, “o usuário deve solicitar a autenticação digital a um tabelionato de notas de sua preferência e enviar o documento por e-mail, caso o original seja digital. Se o documento a ser autenticado for físico, é necessário levar o impresso ao cartório para digitalização e autenticação.

Ao receber o documento por meio da plataforma, que segue as normas de territorialidade para distribuição dos serviços, o tabelião verifica a autenticidade e a integridade do documento”, informa o CNB.

A autenticação notarial gera um registro na plataforma, com dados do notário ou responsável que a tenha assinado, a data e hora da assinatura, e código de verificação. “O usuário receberá um arquivo em PDF assinado digitalmente pelo cartório. O envio do arquivo poderá ser feito por e-mail, WhatsApp ou outro meio eletrônico”, finaliza.

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Ocupações dos leitos hospitalares têm 'boom' e estão nos níveis amarelo em BH


"Estamos aqui para avisar que o termômetro está subindo, tá legal. Ninguém tem medo de fechar a cidade", declarou Kalil
Por DA REDAÇÃO
25/11/20 - 13h15
https://www.otempo.com.br/

Kalil e integrantes do Comitê de Combate à Covid

Foto: Ramon Bittencourt



Todos os parâmetros avaliados para definir os rumos da flexibilização em Belo Horizonte estão nos níveis amarelo, informou a prefeitura nesta quarta-feira (25). A taxa de ocupação dos leitos de enfermaria e UTI, que até então estava sob controle, saltou para o nível de alerta.

"Se a gente for pegar os leitos de UTI hoje utilizados para Covid e os leitos de enfermaria reais desativados à Covid-19 temos uma ocupação 60,2% de UTI do SUS, e 64,1% de enfermaria. Os três indicadores estariam hoje amarelos", explicou o secretário de Saúde, Jackson Machado.

Na terça-feira (24), conforme a Secretaria Municipal de Saúde (SES), a lotação dos leitos de enfermaria e UTI estava em 38,1% e 40,4%, respectivamente. Há uma semana, apenas 30,7% das vagas de enfermaria e 33,5% dos leitos de UTI estavam ocupadas.

A taxa de transmissão da Covid-19, que está em 1,08, também indica nível de alerta. Acima de 1,2 entra no nível vermelho, o mais grave da pandemia.

Mesmo com a aceleração da pandemia, o prefeito Alexandre Kalil optou por flexibilizar e estender o horário de funcionamento do comércio em alguns dias. Contudo, ele garantiu que vai apertar o cerco na fiscalização e fechar os estabelecimentos que desobedecerem às regras.

"Estamos seguindo as regras de março. Estamos aqui para avisar que o termômetro está subindo, tá legal. (...). Aqui não tem nenhum covarde, ninguém tem medo de fechar a cidade", avisou Kalil.

Ele e os representantes que fazem parte do Comitê de Combate à Covid reforçaram que é preciso seguir as recomendações de biossegurança para frear o contágio do vírus.

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Apresentadora da TV Globo Aline Aguiar chora ao comentar sobre preconceito


No final do principal jornal da emissora, a âncora fez um gesto antirracista. Confira as reações na web
Por DA REDAÇÃO
20/11/20 - 14h27
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Aline Aguiar comoveu os internautas após comentar sobre preconceito

Foto: Reprodução Twitter



A apresentadora Aline Aguiar, da TV Globo Minas, fez um depoimento forte e emocionante, nesta sexta-feira (20), ao participar do GE. Com a voz embarcada e tentando controlar o choro, a âncora do MGTV 1 comentou sobre o racismo que sofreu por ser negra e mulher.

A participação dela no programa esportivo foi em homenagem ao Dia da Consciência Negra, celebrado hoje. No relato, Aline lembrou que, quando cursava jornalismo, almejava cobrir eventos esportivos. Contudo, esbarrou no preconceito.

"Eu sempre tive o sonho de ser repórter esportiva. Meu pai é narrador, então eu fui criada nesse ambiente. Eu entrei na faculdade pra isso. Mas eu sou mulher. Mulher e negra", declarou. Antes do depoimento, ela ergueu o braço com o punho fechado no final do MGTV 1. O gesto é um símbolo de enfrentamento e resistência.

Não demorou muito para que a web reagisse ao caso. "Q orgulho!!!! Aline Aguiar no MG1, representatividade importa!", escreveu uma usuária. "Aline Aguiar é MARAVILHOSA. Como é bom ver uma MULHER NEGRA todo dia em rede nacional", destacou outro internauta.

"Aline Aguiar não chore eu te protejo", brincou um usuário do twitter. Confira abaixo algumas reações.

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Paiva faz balanço e diz que é preciso investir em qualificação para mudar BH



Candidato afirma que pesquisas estão equivocadas e reitera que estará no segundo turno


Rodrigo Paiva (Novo) fez campanha ao lado do governador Romeu Zema (Novo) nesta sexta (13) |
Foto: Divulgação / Rodrigo Paiva
Por ELISÂNGELA ORLANDO
13/11/20 - 17h00
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Faltando dois dias para o primeiro turno da eleição municipal, Rodrigo Paiva, que concorre à Prefeitura de Belo Horizonte pelo Novo, fez um balanço da campanha nesta sexta-feira (13). “Para transformar a cidade, realmente a gente vai ter que investir mais em qualificação”, afirmou.

O uso da tecnologia e da inovação para impulsionar a economia de BH e ajudar a resolver problemas da cidade em áreas como saúde, educação e infraestrutura foi a principal bandeira levantada pelo candidato durante a corrida eleitoral.

Mesmo com o apoio do governador Romeu Zema, que esteve presente em duas agendas do candidato esta semana, Paiva aparece com 1% das intenções de voto na última pesquisa DataTempo/Quaest, contratada pela Sempre Editora e divulgada nesta quinta-feira (12). (Registro no TRE-MG: MG-09423/2020)

“A verdadeira pesquisa será feita com os votos nas urnas. A gente não tem essa percepção, nem em relação à aceitação do atual prefeito. Pelo o que tenho visto, inclusive, é exatamente o contrário”, frisou o candidato, ao ressaltar que acredita que vai disputar o segundo turno.

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Eleições em BH: Materiais de campanha de Engler com coronel vão parar na Justiça


Decisões de primeira e segunda instância dizem que materiais confundem eleitor, mas campanha conseguiu derrubar proibições


Coronel Cláudia e Bruno Engler no comitê de campanha |
Foto: Uarlen Valério / O TEMPO
Por LUCAS HENRIQUE GOMES
09/11/20 - 16h55
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A presença da coronel reformada Cláudia Romualdo nos materiais e propagandas de campanha de Bruno Engler (PRTB) chegou à Justiça Eleitoral de Belo Horizonte. No fim de semana, o Judiciário determinou, em duas instâncias, que o candidato não divulgasse propagandas que levassem o nome da coronel como vice. As decisões atenderam a pedido do Ministério Público Eleitoral (MPE) que afirmou que a publicidade leva o eleitor ao erro, já que a chapa deferida pela Justiça conta com Mauro Quintão. No final da tarde desta segunda-feira (9), entretanto, o juiz Marcelo Bueno acatou um pedido liminar dos advogados de Engler e suspendeu as decisões anteriores.

Nesse domingo (8), enquanto a proibição estava em vigência, a campanha de Engler distribuiu, na Pampulha, santinhos em que a militar aparece como vice. Em vídeo divulgado nesta segunda, ainda com a restrição, Engler está ao lado do presidente Jair Bolsonaro, e a edição termina com a logo e o nome de Cláudia.

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A continuidade da propaganda irregular, de acordo com o artigo 36 da Lei das Eleições, sujeita a campanha a multa que pode variar de R$ 5.000 a R$ 25 mil ou o equivalente ao custo da publicidade, se for maior que o teto. Essa punição é, inclusive, um dos pedidos do MPE. Num primeiro momento, o órgão contestou propagandas nas redes sociais de Engler em que ele colocava a coronel como vice. O MPE diz que ele “apresenta Cláudia, que teve seu registro de candidatura indeferido, omitindo, na propaganda, o nome do candidato a vice indicado pelo partido”. O órgão ressaltou ainda que “toda propaganda irregular ocasiona prejuízos para o processo eleitoral, pois sua mensagem chega ao eleitor e é apreendida por ele”. Além do mais, foi apontado que o nome da coronel estava em tamanho menor que o mínimo permitido por lei.


No sábado, a equipe jurídica de Engler entrou com um mandado de segurança alegando que Cláudia está com a candidatura sub judice, pedindo para que a decisão inicial fosse derrubada. A juíza Cláudia Coimbra negou. Os advogados de Engler entraram com um novo recurso, que foi julgado na tarde desta segunda. O relator Marcelo Bueno entendeu que o indeferimento do nome de Cláudia como candidata a vice-prefeita "encontra-se pendente de apreciação do recurso interposto" e, por isso, não haveria "razões para impedir a propaganda combatida" de forma superficial.

O advogado Luiz Siqueira afirmou que a Justiça não poderia impedir a coronel de fazer parte da campanha por haver uma “permissão expressa na lei” e comemorou a decisão obtida ao final da tarde desta segunda. Sobre o fato da equipe divulgar conteúdos com o nome da coronel com proibições vigentes, Siqueira ressaltou orientou os responsáveis para suspender a entrega dos materiais enquanto a decisão não fosse derrubada.

Representações

Nos últimos dias, a equipe de Bruno Engler viu as representações judiciais por supostas irregularidades em propagandas eleitorais dispararem. Se até o início da última semana apenas uma ação havia sido protocolada, nessa segunda (9) o número já alcançava uma dezena. Uma delas, inclusive, apresentada pela candidata Luísa Barreto (PSDB).

A tucana alegou irregularidades em caixas de som, cavaletes na avenida Afonso Pena e faixas afixadas por Engler no comitê central dele, na mesma avenida. O mesmo juiz Elias Obeid da 28ª Zona Eleitoral determinou que o candidato retirasse a faixa que se encontra na parte superior do comitê (foto do presidente da República com a expressão “Bolsonaro Presidente”) e da faixa na lateral do comitê contendo as fotos de Engler com o presidente, além de dois cavaletes que estavam no canteiro central da Afonso Pena.

Em uma outra ação, aberta após denúncia anônima, a alegação era de que bandeiras do candidato estavam sob o gramado do canteiro central da Afonso Pena, o que é proibido pela Justiça eleitoral, já que é vedada a propaganda eleitoral em “árvores e nos jardins localizados em áreas públicas”.

Um servidor eleitoral constatou que no trecho entre as praças Milton Campos e da Bandeira haviam 21 bandeiras do candidato dispostas em áreas gramadas. “Assim é que, muito embora não seja de fácil definição o conceito de jardim público para fins eleitorais, entendo que, dadas as especificidades do presente caso, em que se verifica certo cuidado do poder público com a manutenção do canteiro da avenida, com a presença de mudas de árvores e pequenos arbustos, caracterizando interesse de desenvolvimento de projeto paisagístico, deve-se ter por irregular a colocação de qualquer meio de propaganda nas áreas reservadas a esse fim”, entendeu a juíza Soraya Hassan Baz Láuar da 35ª Zona Eleitoral que determinou a retirada das propagandas das áreas gramadas.

Em entrevista à reportagem, o advogado Luiz Siqueira disse que essa representação das bandeiras “é um absurdo” e afirmou que “pessoas contrárias à candidatura do Bruno Engler estão removendo esse material e colocando em local proibido”. “Não temos efetivo para controlar isso. Aí, com a decisão, tudo bem, vamos ir lá, remover para a parte da via em que é permitida as bandeiras e comunicar que foi cumprida a decisão, mas isso aí é perseguição de opositores. Nós não colocamos material no gramado e nem na parte de jardins da praça, não fomos nós que colocamos, colocamos na calçada igual aos outros candidatos. Agora a pessoa remove, coloca na parte proibida e tira foto, isso é feito por uma pessoa instruída”, declarou.

Questionado se poderia falar se essa ação seria ordenada por um candidato, Siqueira disse que não tem provas e que seria leviano, mas “estranhou” que cerca de 10 representações fossem apresentadas em um período tão próximo da eleição. “Certamente é porque a campanha do Bruno está incomodando, não temos provas. Não podemos afirmar que é um candidato ou um cabo eleitoral, mas acreditamos que isso é um ato maldoso, nossa campanha cresceu muito. Então assim, campanha está incomodando e com isso adversários tentam incomodar o Bruno. Por que na primeira, segunda e terceira semana não aconteceu nada disso?”, questionou.

Dez faculdades de Belo Horizonte retornaram às aulas presenciais, com restrições


Instituições conseguiram autorização da Secretaria Municipal de Saúde para retorno às aulas laboratoriais e práticas para cursos na área da saúde, como também na educação de nível técnico
Por LARA ALVES | SIGA-NOS NO TWITTER @OTEMPO
09/11/20 - 20h00
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Alunos do UniBH, na região Oeste da capital mineira, retomam aulas nos laboratórios após quase oito meses

Foto: Ramon Bitencourt

A caminho da formatura, a estudante de odontologia Paula Schweizer diz estar tranquila quanto aos protocolos de segurança adotados para volta às aulas no UniBH

Foto: Ramon Bitencourt


O retorno a uma aparente normalidade não parece mais tão distante a alunos de dez centros universitários de Belo Horizonte que, matriculados em cursos ligados à área da saúde ou da educação técnica, começam a retomar aos poucos a rotina de aulas presenciais. Com uma série de restrições e protocolos impostos pelas próprias faculdades, após inspeções da Vigilância Sanitária, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) autorizou o retorno às aulas práticas e laboratoriais, e, em algumas das instituições, há o regresso pela primeira vez às salas de aulas em novembro – cerca de oito meses depois de terem saído pelas portas dos campi antes da interdição completa obrigada pela pandemia do novo coronavírus.

O retorno às aulas práticas é o que aguarda estudantes de alguns cursos da Universidade FUMEC, na região Centro-Sul da capital mineira. Além dos estudantes de graduações e pós-graduações ligadas à área da saúde, a instituição também abrirá as portas para alunos matriculados em outras áreas, mas que necessitam da prática para concluir a formação, como esclarece o pró-reitor de graduação, João Batista.

“São os laboratórios específicos da área da saúde, como de anatomia e de análises clínicas, mas temos também laboratórios, por exemplo, da área de engenharia, como laboratórios de materiais, laboratório de química… Faz parte da resolução do secretário de Saúde do município a liberação. Hoje temos um número muito reduzido de alunos frequentando o campus. São aqueles que especificamente vão para aulas nos laboratórios”, relata. De acordo com ele, há um controle de acesso ao campus e protocolos básicos e comuns como a obrigatoriedade do uso de máscara e a disponibilidade de álcool em gel.

A sensação de tornar à prática oito meses sem quaisquer contatos com laboratórios é compartilhada também por alunos do UniBH, na região Oeste da capital mineira. A caminho da formatura, a estudante Paula Schweizer, matriculada no oitavo período de odontologia, diz estar tranquila quanto aos protocolos de segurança adotados na unidade e, principalmente, aliviada pelo retorno às aulas.

“Eu tenho aula no laboratório de pré-clínica às segundas, de cirurgia às terças e de clínica integrada às quartas. Nós recebemos um kit de paramentação com capote, máscara N95 e outros equipamentos. O mais importante é poder dar continuidade ao atendimento de pacientes que é feito gratuitamente aqui no campus, e acabou suspenso pela pandemia. É muito necessário, principalmente para quem está na reta final do curso”, detalha ela.

O cuidado com pacientes a que ela se refere é parte de um projeto do UniBH que presta serviços de saúde gratuitos à população nas áreas de clínico geral e odontologia – a unidade tem, aliás, um programa para atendimento odontológico a pessoas com deficiência. A importância de retomar este atendimento à comunidade é, para o diretor Eduardo França, uma das principais vantagens do retorno dos alunos à rotina de estudos.

“A gente entende que é um ganho duplo. A possibilidade do retorno reforça o processo de aprendizagem dos alunos naquilo que é imprescindível com a prática, o aprender fazendo, mas por outro lado, garantir que a população seja atendida”. Até agora, retornaram às atividades práticas estudantes dos cursos de medicina, odontologia, medicina veterinária, fisioterapia, enfermagem e biomedicina.

“Nós seguimos os protocolos municipais, mas também desenvolvemos outros protocolos próprios. Importante destacar que fomos orientados pela Vigilância Sanitária, após inspeções. A gente retirou cadeiras, realizou demarcações em bancadas, existe a obrigatoriedade da máscara, e a potência da máscara é determinada pelo procedimento que o aluno irá fazer. Em alguns casos é necessária uma máscara N95, um capote… Os cursos odontologia, por exemplo, demandam uma paramentação maior”, detalha.

Situação semelhante também se dá em três unidades da Pontifícia Universidade Católica (PUC) que começaram a receber alunos na última quinta-feira (5). O pedido para liberação de aulas práticas e laboratoriais dos cursos do Instituto de Ciências Biológicas e Saúde (ICBS) foi feito à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) no mês de setembro, quatro dias após o decreto, e a autorização saiu apenas em novembro, após duas visitas da Vigilância Sanitária.

“A solicitação foi feita para que ocorressem as aulas práticas e laboratoriais dos cursos ligados do ICBS. A partir dessa solicitação, recebemos em 20 e 21 de outubro visitas muito rigorosas da Vigilância Sanitária, que nos autorizou. As aulas, importante destacar, estão retornando de forma escalonada e gradual, seguindo um rigoroso protocolo sanitário que a universidade estabeleceu”, ressalta o professor Martinho Campolina, coordenador do Instituto de Ciências Biológicas.

A liberação contempla também a possibilidade do atendimento de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). “Nós recebemos autorização também para atendimento de pacientes do SUS nas nossas clínicas intramuros. Agora, esse atendimento também retornará de forma gradual e escalonada”, destacou. Estão permitidas aulas nas unidades do Coração Eucarístico, Praça da Liberdade e Barreiro.

Primeiro centro universitário de Belo Horizonte a retomar aulas presenciais, a Faculdade de Ciências Médicas, na região Central, informou que as aulas teóricas, bem como em outras instituições, permanecem à distância. “Apenas as atividades práticas laboratoriais foram retomadas de forma presencial. As aulas de perfil teórico permanecem sendo ministradas de forma remota. Desta forma, a faculdade optou por transformar todas as salas de aula em extensão dos próprios laboratórios de prática. Os alunos passaram a vir em turnos contínuos para uma única atividade apenas, retornando para suas residências a seguir”, declarou o diretor José Celso Cunha Guerra Pinto Coelho. A unidade retomou as atividades presenciais ainda no mês de junho.

O retorno às aulas também aconteceu nas unidades Linha Verde, Barreiro, Cristiano Machado e Cidade Universitária da Una logo na penúltima semana do mês de setembro com autorização da PBH. Puderam voltar aos laboratórios para aulas práticas os alunos de cursos ligados às áreas da saúde que também dependem da experiência para a própria formação. Há revezamento entre as turmas e foram criados grupos menores para evitar aglomerações nas dependências das unidades.

Decreto da PBH

Publicado no Diário Oficial do Município (DOM) em 23 de setembro, o decreto da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) expressa que só poderão voltar às aulas presenciais as instituições de ensino universitário para aulas laboratoriais e práticas nos cursos da área da saúde e as escolas de nível técnico, desde que com autorização da Secretaria Municipal de Saúde. Já foram autorizadas: UniBH, Una, Ciências Médicas, Faminas, PUC-MG, FUMEC, Unifenas, Faculdade Promove, Centro Universitário Newton Paiva, Instituto Modal e Facemg.

Taxa de transmissão pela Covid-19 volta a ficar estável em Belo Horizonte


A taxa está em 0,99, ou seja a cada 100 infectados transmitem o vírus para 99 pessoas; ela está em nível verde que significa controlado
Por NATÁLIA OLIVEIRA | SIGA PELO TWITTER @OTEMPO
09/11/20 - 19h47
https://www.otempo.com.br/

Ao todo, a cidade tem 49.672 casos da doença confirmados e 1.528 mortes

Foto: Divulgação/Josué Damacena (IOC/Fiocruz)



A taxa de transmissão pelo novo coronavírus (Covid-19) voltou a ficar estável em Belo Horizonte, atingindo 0,99, ou seja a cada 100 infectados transmitem o vírus para 99 pessoas. Abaixo de 1, significa nível verde, que é controlado. Nos últimos dias da semana passada, a taxa estava em nível amarelo, acima de 1 e que significa atenção.

De acordo com o boletim divulgado nesta segunda-feira (9), pela prefeitura da capital, as ocupações de leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e de enfermaria para Covid-19 estão em nível verde também - com 30,5% e 27% de ocupação, respectivamente.

Ao todo, a cidade tem 49.672 casos da doença confirmados e 1.528 mortes. Atualmente são 1.939 pessoas sendo acompanhadas por causa do coronavírus e 46.205 pessoas já recuperadas.

Ibope em BH: Kalil, 62%; João Vitor Xavier, 7%; Áurea, 5%; Engler, 4%


Levantamento feito entre 7 e 9 de novembro reafirma vitória do atual prefeito em primeiro turno da disputa


BH tem 15 candidatos na disputa majoritária. |
Foto: Moisés Silva / O Tempo
Por DA REDAÇÃO
09/11/20 - 19h47
https://www.otempo.com.br/

O Ibope divulgou nesta segunda-feira (09) a sua quarta pesquisa de intenção de voto para prefeito em Belo Horizonte. O levantamento foi encomendado pela TV Globo e está registrado na Justiça Eleitoral sob o número: MG‐04440/2020.

De acordo com o levantamento o atual prefeito, Alexandre Kalil (PSD) detém 62% do eleitorado da capital mineira. Na segunda posição está o deputado estadual, João Vítor Xavier (Cidadania) com 7% das intenções de voto dos entrevistados.

A deputada federal Áurea Carolina (PSOL) é a terceira colocada com 5%, em quarto, Bruno Engler (PRTB) com 4%. Empatados com 2% dos votos estão Nilmário Miranda (PT), Rodrigo Paiva (Novo) e Luísa Barreto (PSDB). Logo após, com 1% estão: Cabo Xavier (PMB), Marília Domingues (PCO) e Professor Wendel Mesquita (Solidariedade).


Lafayette Andrada (Republicanos), Wanderson Rocha (PSTU), Marcelo Souza e Silva (Patriota) e Wadson Ribeiro (PCdoB) tiveram menos de 1% cada. O candidato Fabiano Cazeca (PROS) não foi citado.

O instituto ouviu 1.001 pessoas entre os dias 7 e 9 de novembro e tem uma margem de erro de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.



Kalil (PSD): 62%

João Vitor Xavier (Cidadania): 7%

Áurea Carolina (PSOL): 5%

Bruno Engler (PRTB): 4%

Nilmário Miranda (PT): 2%

Rodrigo Paiva (Novo): 2%

Luisa Barreto (PSDB): 2%

Cabo Xavier (PMB): 1%

Marília Domingues (PCO): 1%

Professor Wendel Mesquita (Solidariedade): 1%

Nenhum/branco/nulo: 9%

Não sabe/Não respondeu: 4%



Variação em relação ao levantamento anterior, divulgado no dia 29 de outubro.

Kalil (PSD) foi de 63% para 62%

João Vitor Xavier (Cidadania) foi de 8% para 7%

Áurea Carolina (PSOL) de 5% ficou em 5%

Bruno Engler (PRTB) foi de 3% para 4%

Nilmário Miranda (PT) de 2% ficou em 2%

Rodrigo Paiva (Novo) foi de 1% para 2%

Cabo Xavier (PMB) de 1% ficou em 1%

Luisa Barreto (PSDB) foi 1% para 2%

Lafayette Andrada (Republicanos) de 0% ficou em 0%

Marília Domingues (PCO) foi de 0% para 1%

Professor Wendel Mesquita (Solidariedade) foi de 0% para 1%

Fabiano Cazeca (PROS) de 0% foi para não mencionado

Wanderson Rocha (PSTU) de 0% ficou em 0%

Marcelo Souza e Silva (Patriota) de 0% ficou em 0%

Wadson Ribeiro (PCdoB) de 0% ficou em 0%

Nenhum/branco/nulo de 9% ficou em 9%

Não sabe/Não respondeu foi de 6% para 4%

sábado, 7 de novembro de 2020

Bruno Engler diz que não vai fechar a cidade em caso de segunda onda da Covid-19


Candidato do PRTB recebeu em seu comitê médica que ficou famosa por prescrever Hidroxicloroquina no combate à doença


Bruno Engler recebeu médica em seu comitê para falar sobre a Covid-19.
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Foto: Reprodução/Instagram
Por CARLOS AMARAL
07/11/20 - 15h12
https://www.otempo.com.br/

“Não vamos fechar a cidade. A gente quer a nossa cidade aberta, a gente quer a nossa cidade funcionando. A gente quer os comerciantes ganhando dinheiro e as empresas dando emprego para os belo-horizontinos”. Com essas palavras o candidato Bruno Engler (PRTB) reforçou que em caso de uma segunda onda de infecções do novo coronavírus não pretende paralisar as atividades econômicas da capital.

Para que não seja necessário isolar novamente a população, o candidato bolsonarista defende o uso de um protocolo de tratamento precoce da doença.

Engler recebeu neste sábado (07), em seu comitê, a médica mineira Raíssa Soares que atua em Porto Seguro, na Bahia. Ela prescreve a Hidroxicloroquina a pacientes como forma de combater a Covid-19, apesar da falta de consenso científico sobre o emprego da substância.


Raíssa ganhou notoriedade nacional, ao publicar vídeo pedindo ao presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) que enviasse o medicamento a cidade do Sul da Bahia, para que pessoas da região pudessem recebê-lo.

“Eu estou aqui para falar com vocês que a perspectiva de um gestor público que pensa na Covid, está pensando na vida. O vírus está aí, nós conseguimos comprovar realmente a mortalidade que tem. Só que quando a gente age precocemente e rápido, eu não permito que o vírus inflame o corpo. O que precisamos fazer enquanto política pública que não é o protocolo da doutora Raíssa, não é o protocolo de Porto Seguro, é o protocolo nacional. Vocês precisam ser veiculadores do tratamento precoce. Eu preciso de dois sintomas. Eu não preciso de teste para começar a tratar”, afirmou a médica.

No evento, outro convidado também declarou a possibilidade de Raíssa ser a secretária municipal de saúde, em um possível governo de Engler. Ela afirmou que tem um compromisso com a prefeitura de Porto Seguro, mas que “o futuro a Deus pertence”. A médica ainda afirmou em sua fala que tem “convicção que Deus é Deus e que o Bruno já chegou no segundo turno”.

Incêndio após curto-circuito atinge vegetação do Palácio das Mangabeiras


As chamas, no entanto, foram combatidas pelo Corpo de Bombeiros antes de atingir a edificação
Por DANIELE FRANCO
07/11/20 - 08h22
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Bombeiros conseguiram apagar as chamas antes que elas atingissem a edificação

Foto: Divulgação/CBMMG



Um incêndio atingiu a vegetação que circunda o Palácio das Mangabeiras nessa sexta-feira (6) e mobilizou o Corpo de Bombeiros. O imóvel, na região Centro-sul de Belo Horizonte, foi residência oficial dos governadores de Minas Gerais até Romeu Zema (Novo), optar por não viver no local.

As chamas teriam começado, segundo os bombeiros, após um curto circuito na rede elétrica. O fogo atingiu a mata e se espalhou pela vegetação.

O incêndio, no entanto, não chegou à edificação e foi debelado ainda na tarde de sexta-feira. Ninguém ficou ferido.

Minas tem 33 casos confirmados de síndrome pediátrica ligada à Covid-19


O governo investiga, ainda, outros nove possíveis casos da doença
Por DANIELE FRANCO
07/11/20 - 12h46
https://www.otempo.com.br/



Foto: Pixabay


A Secretaria Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) já recebeu 81 notificações de possíveis casos da Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica Temporalmente Associada à Covid-19 (SIM-P). Desse total, 33 foram confirmados, enquanto nove permanecem sob investigação e 39 foram descartados.

Os dados são do Boletim Epidemiológico Semanal publicado pela pasta sobre a síndrome. Ainda segundo o informe, nenhuma criança morreu pela doença. Entre o último boletim, divulgado em 27 de outubro, e o mais recente, do dia 3 de novembro, 7 suspeitas foram adicionadas às notificações.

Dos 33 casos confirmados da síndrome no Estado, 64% são meninos e 36% são meninas. A doença atinge majoritariamente crianças entre 0 e 9 anos, sendo a média de idade de 4,7 anos. Mais da metade dos infectados são crianças entre 0 e 4 anos (51,5%). As crianças de 5 a 9 anos representam 42,4% do total, enquanto 6,1% dos casos foram confirmados em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.

Outro dado que chama a atenção no boletim é de que 84,8% das vítimas não têm nenhuma comorbidade associada à doença.

Belo Horizonte é o município com mais casos confirmados, com 13 crianças com a condição. Outros 17 municípios registraram casos da síndrome. Contagem, na Grande BH, e Uberlândia, no Triângulo, confirmaram 3 e 2 casos, respectivamente, e os demais têm um caso cada.

O que é a síndrome

A Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica Temporalmente Associada à Covid-19 (SIM-P) é uma reação inflamatória grave e sistêmica que acomete crianças e adolescentes que foram infectados pelo coronavírus.

Ela causa sintomas como febre por mais de três dias, vermelhidão nos olhos, edemas nas mãos e pés e sintomas gastrointestinais, como diarreia, vômito e náusea. Ela também pode apresentar manifestações neurológicas, renais e no sangue.

Kamala Harris se torna 1ª mulher negra a ocupar a Vice-Presidência dos EUA



Joe Biden convidou a senadora pela Califórnia para ser sua companheira de chapa em 11 de agosto
Por FOLHAPRESS
07/11/20 - 13h44
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Kamala Harris se torna 1ª mulher negra a ocupar a Vice-Presidência dos EUA

Foto: Reprodução/Instagram


Joe Biden abriu o laptop sobre a mesa de seu escritório e fez uma chamada de vídeo. Do outro lado, uma voz disse "olá" quatro vezes -como se quisesse ter certeza de que estava sendo ouvida.
"Pronta para ir ao trabalho?", perguntou o então candidato do Partido Democrata à Casa Branca.

"Ai, meu Deus, estou muito pronta para ir ao trabalho", respondeu Kamala Harris, agora a primeira mulher negra e de ascendência asiática a assumir a Vice-Presidência dos EUA.
Biden convidou a senadora pela Califórnia para ser sua companheira de chapa em 11 de agosto.

Kamala era considerada por assessores próximos ao democrata a escolha mais óbvia entre as várias políticas negras que foram cotadas e entrevistadas para ocupar a vaga.

O ex-vice de Barack Obama havia deixado claro, ainda em março, que escolheria uma mulher para a chapa, e os protestos antirracismo que tomaram o país após o assassinato de George Floyd fizeram com que a representação da população negra no posto a seu lado se tornasse imperativa.

Aos 56 anos, Kamala é senadora desde 2017, foi procuradora na Califórnia de 2004 a 2011 e concorreu pela nomeação democrata à Presidência dos EUA, inclusive contra Biden, com quem travou um duro embate em junho do ano passado.

Durante um debate, acusou o ex-vice-presidente de ter trabalhado com políticos racistas e ser contrário ao fim da segregação racial nas escolas, na década de 1970.

"Havia uma garotinha na Califórnia que pertencia à segunda geração que ia de ônibus para a escola todos os dias. Essa garotinha era eu", disse Kamala, emocionada, ao se referir ao "busing", em alusão aos ônibus que levavam crianças negras para estudar em bairros de população predominantemente branca (e vice-versa) nos EUA na tentativa de integrar as comunidades.

Kamala nasceu em Oakland, na Califórnia, uma das cidades mais perigosas dos EUA. Filha de imigrantes -uma pesquisadora da Índia e um professor da Jamaica-, costuma dizer que, quando ficava chateada ou irritada com qualquer assunto, sua mãe a instigava a agir: "O que você vai fazer sobre isso?".

Decidiu fazer direito e graduou-se na Universidade Howard, em Washington, a mais prestigiosa entre as instituições de ensino superior dedicadas a estudantes negros nos EUA.
"Fui criada para entrar em ação", diz Kamala em um dos vídeos de campanha.

Trabalhou no escritório do procurador-geral de San Francisco e, em 2004, foi eleita procuradora-geral da cidade. Seis anos depois, venceu a disputa para o cargo de procuradora-geral no estado da Califórnia.

Apesar de se definir como progressista, sua ação como procuradora é criticada por analistas e movimentos à esquerda, sob o argumento de que, quando pressionada a adotar reformas no sistema criminal, não agiu de forma assertiva.

Críticos dizem que ela defendeu condenações ilegais que foram garantidas por má conduta de oficiais, incluindo adulteração de provas e falso testemunho, e contribuiu para a prisão injusta em diversos casos -principalmente envolvendo réus pobres e negros.

Entre temas importantes no debate progressista, como pena de morte e liberação do uso recreativo da maconha, Kamala também teve postura considerada controversa pelo campo da esquerda.

Em seu primeiro mandato como senadora, ela se tornou a mais conhecida entre as mulheres negras na política americana. Caminhou à esquerda, adotando posições duras contra Trump e bandeiras que envolvem a reforma da polícia, mas também acenou ao centro, com propostas de corte de impostos da classe média.

Antes mesmo de assumir a cadeira de vice, Kamala já era cotada para ser a próxima candidata democrata à Presidência dos EUA, em 2024, visto que Biden tem se colocado como um líder de transição –ele terá 82 anos no fim do período de seu mandato e será o presidente mais velho a tomar posse, em janeiro.

Casada desde 2014 com o advogado Douglas Emhoff, a democrata tem dois enteados que a chamam de "Momala" –desde que eles decidiram que não gostavam do termo madrasta.
Kamala deve ser também uma peça importante na relação entre Brasil e EUA. No ano passado, defendeu que os americanos suspendessem negociações comerciais com os brasileiros pela falta de compromisso do presidente Jair Bolsonaro com a Amazônia.

"Enquanto a Amazônia queima, o presidente do Brasil, como Trump, que permitiu que madeireiros e mineradores destruíssem a terra, não está agindo", escreveu Kamala no Twitter.
"Trump não deve buscar um acordo comercial com o Brasil até que Bolsonaro reverta sua política catastrófica e resolva os incêndios. Precisamos de liderança americana para salvar nosso planeta."

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Léo Burguês ,demonstra seu afeto por Belo Horizonte.




Nasci em Belo Horizonte, meu nome é Leonardo Silveira de Castro Pires, conhecido como Léo 
Burguês. Sempre fui apaixonado pela cidade e pelas pessoas que aqui vivem. Pai dedicado, tenho em minhas filhas, Bárbara e Izadora, o meu maior tesouro. Iniciei minha trajetória política nos movimentos estudantis da PUC Minas. Com o fim do Carnabelô, empresário do ramo de entretenimento me vi motivado a ingressar na vida pública em defesa da cultura, esporte, lazer e turismo. Em outubro de 2000 fui eleito o vereador mais jovem daquela legislatura. Como Presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte (2011/2014), fui autor de importantes leis como a que extinguiu o voto secreto, a que deu fim ao 14º e 15º salário dos vereadores e a lei da ficha limpa administrativa mais rigorosa do país. Na gestão dos recursos públicos, devolvi à prefeitura R$158 milhões. Como líder de governo consegui um feito histórico, aprovando 100% dos projetos do Executivo junto com meus pares. Sempre atento aos anseios da sociedade, venho atuando por toda Belo Horizonte, buscando soluções das mais simples às mais complexas, visando melhores condições de vida para o cidadão. Tenho como compromisso aprimorar os trabalhos no parlamento, levando para a Câmara de Belo Horizonte discussões sobre assuntos relevantes relacionados ao orçamento público, planejamento da cidade e valorização do servidor municipal. Participei efetivamente para o retorno e fortalecimento do carnaval em BH, por entender que representa uma excelente oportunidade para nossa capital, movimentando vários setores da economia, além de valorizar nossa cultura popular. Vejo o empreendedorismo como o caminho do desenvolvimento de nossa cidade. Quero uma Belo Horizonte menos burocrática, mais inclusiva e que possa gerar condições para que empreendedores possam implantar e manter seus negócios. No enfrentamento da Covid-19 ajudei na criação de protocolos de reabertura para atividades e comércios que tiveram seu alvará suspenso. Por toda minha história, serviço prestado e amor por Belo Horizonte é que me coloco à disposição para a construção de uma cidade melhor de se viver, mais fácil de se empreender e quero continuar representando os belo-horizontinos na Câmara de Vereadores de BH. Por isso,conto com o seu voto!


 Léo Burguês

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Eleições em BH: Áurea aprimora plano de governo a partir de plenárias virtuais


Candidata apresentou novo programa - três vezes maior que o primeiro - com a inclusão de propostas sugeridas pela população


Áurea Carolina (PSOL) e Leonardo Péricles (UP) |
Foto: Thaís Mota
Por THAÍS MOTA
05/11/20 - 16h20
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Mesmo com um programa de governo protocolado junto ao Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) no dia do registro de sua candidatura, Áurea Carolina (PSOL) aprimorou esse programa a partir de contribuições recebidas em plenárias com movimentos sociais, organizações, associações e cooperativas trabalhistas.

“A gente sabe que o processo de participação deve ser contínuo e a gente sempre pode aprimorar. E foi isso que nos motivou a fazer uma série de plenárias temáticas, partindo dos eixos e dos pontos priorizados no primeiro programa, pra gente ver o que que era possível melhorar, ter detalhamento, e assim foi feito”, explicou a candidata.

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Dividido em quatro eixos, o plano é subdividido em mais de 30 temas e tem 106 páginas - três vezes mais que o documento anterior. Também foi protocolado junto ao TRE-MG e está disponível no site da campanha de Áurea e Leonardo Péricles (UP). Segundo ela, a ideia inicial e a forma de organização das propostas foram mantidas, mas acrescentou-se demandas apreendidas das plenárias. “E aí a gente fez a consolidação acrescentando as propostas que vieram das plenárias, melhorando a redação do texto original e fazendo uma síntese”, contou.


Questionada se algo de muito diferente surgiu como proposta, ela disse que não. “Nós não tivemos dificuldade em compatibilizar as propostas porque tudo que veio estava perfeitamente em sintonia com o que a gente já apresentava”. Mas, em alguns temas houveram importantes contribuições, caso do Eixo 1, que chamava “Gestão democrática”, e agora passou a chamar “Gestão democrática, controle social e comunicação”.

Esse eixo passou a contar com propostas como a “criação de uma Escola da Cidadania, que possibilite a formação de conselheiros e de cidadãos para a participação política”, a promoção da “comunicação pública com foco no interesse coletivo”, e o fortalecimento “da transparência pública do governo municipal, incluindo a divulgação e permitindo o acesso a dados abertos em portal municipal específico, que possibilite o controle social sobre a Administração Pública Municipal e o debate qualificado sobre suas ações”. Nesse último tópico, o plano sugere ainda considerar “a criação de um Conselho Municipal de Transparência e Controle Social”.

“Eu vejo que na parte de participação, esse pensamento de democratização da comunicação, como que essa experiência de facilitar o acesso da cidadania a serviços públicos por meio da tecnologias de informação e comunicação realmente se ampliou no programa a partir da consulta pública”, disse Áurea Carolina.

Retorno

Essa participação popular na construção do plano de governo repercutiu nas redes sociais. Em comentários publicados no Twitter, algumas pessoas comemoraram ter suas sugestões incluídas no documento.

"Fico feliz demais de ter participado desse processo de elaboração e ter ajudado a montar o Plano de Recuperação do Transporte Coletivo, que é pra ontem em BH", publicou André Veloso, do movimento Nossa BH.

Já o mestre em Ciência Política pela UFMG identificado no Twitter apenas como João Vítor comemorou: "Eu tô vendo as propostas na área de segurança pública que sugeri e foram pra versão final do programa estilo o ‘Joey’ se vendo atuando na TV”, publicou.

A candidata, que também é mestre em Ciência Política afirma que a participação popular é fundamental na democracia e que tem tido um retorno positivo das pessoas que fizeram parte das plenárias do plano de governo. “Algumas pessoas dão retorno dizendo que se sentem muito respeitadas e valorizadas, que a participação delas fez diferença e foi contemplada no documento final. Isso pra nós é mais que gratificante”, diz Áurea Carolina.

Ela acrescenta ainda que estudou formas de participação popular no Brasil que, segundo ela, ainda precisam ser melhor efetivadas e darem retorno à sociedade. E é isso que ela pretende na prefeitura. “Existe um problema na efetivação da participação popular. As pessoas cumprem a sua parte e o poder público depois se ausenta, deixa de efetivar aquelas contribuições e isso é muito sério. A gente não pode decepcionar a cidadania porque isso cria um efeito muito nocivo e as pessoas passam a desconfiar dos mecanismos de participação: ‘será que vai fazer diferença mesmo? Eu não vou lá perder meu tempo não porque não vai dar em nada’. Então, a gente precisa levar a participação muito a sério e as pessoas precisam receber uma prestação de contas da prefeitura, de qualquer organismo público sobre os efeitos da participação que ela dedicou”, concluiu.

Paiva propõe parcerias para atendimento de animais de população com baixa renda


Candidato quer apoio de universidades, clínicas e empresas para atender bichos de estimação de quem não pode pagar por tratamento veterinário
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Rodrigo Paiva defende tratamento de animais para evitar transmissão de doenças |
Foto: Divulgação / Rodrigo Paiva
Por ELISÂNGELA ORLANDO
05/11/20 - 13h30


O candidato Rodrigo Paiva, que disputa a Prefeitura de Belo Horizonte pelo Novo, disse que, se assumir a administração municipal no próximo ano, vai fazer parcerias com universidades, clínicas e empresas para oferecer atendimento a animais de pessoas com baixa renda comprovada ou que vivem em situação de rua.

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“Na área da saúde, além de melhorar a oferta de consultas, cirurgias e exames para a população de BH, vamos atentar para o cuidado dos animais, porque, se eles estiverem mal cuidados, podem transmitir doenças à população”, afirmou o postulante.


Paiva ressaltou que, com a pandemia e o empobrecimento da população, muita gente foi morar nas ruas com seus animais. “Se essas pessoas têm dificuldades para garantir o próprio sustento, imaginem para cuidar de seus bichos de estimação? Sem contar crescimento da quantidade de animais que foram abandonados, porque os donos não têm mais condições e mantê-los”, pontuou.

Rodrigo Paiva também citou a questão da violência contra os animais. “É preciso dizer não à qualquer forma de agressão física contra qualquer ser vivo.”

Agenda

Na manhã desta quinta-feira, Paiva concedeu entrevista a um portal de notícias e, logo após, foi para a Praça Sete, onde fez caminhada acompanhado de apoiadores e dos parlamentares Bartô, Laura Serrano e Guilherme Cunha. Depois, o candidato gravou propaganda eleitoral. A última agenda do dia foi a participação em um debate com outros concorrentes à PBH a convite da Fiemg.

PBH altera data e agora garante que coleta seletiva será retomada na próxima 2ª





Serviço está interrompido desde março por causa da pandemia no novo coronavírus
Por RENATA EVANGELISTA
05/11/20 - 13h59
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Recolhimento do lixo reciclável voltará após sete meses paralisado

Foto: CHARLES SILVA DUARTE / O TEMPO


Os moradores de Belo Horizonte atendidos pela coletiva seletiva vão voltar a contar com o serviço na próxima segunda-feira (9). É o que garante a Superintendência de Limpeza Urbana (SLU). Há duas semanas, o órgão havia informado que o recolhimento do lixo reciclável seria reativado no último dia 26. Contudo, a data foi alterada.


Por causa da pandemia da Covid-19, desde março as coletas seletivas estão paralisadas na capital mineira. Em nota, a prefeitura garantiu que a atividade teve que ser interrompida por tanto tempo por questão de segurança. No período, os seis galpões que recebem os materiais foram adaptados e os trabalhadores orientados sobre como agir para recolher os papeis, metais, plásticos e vidros.

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Mesmo assim, o executivo pede que a população também adote medidas extras para evitar o contágio do novo coronavírus nos catadores. "A sugestão é que as pessoas higienizem os resíduos antes de descartá-los para a coleta e, se possível, deixem os materiais recicláveis guardados por uma semana, em local seguro, como forma de ampliar a descontaminação", solicitou.

O serviço voltará a ser prestado sem alterações de dias e turnos, informou a SLU. "O recolhimento porta a porta ocorrerá nos mesmos horários estabelecidos".

Antes da pandemia, 608 toneladas de papel, metal, vidro e plástico eram recolhidos por mês na capital. Além disso, 67 toneladas passavam por triagem na Central de Tratamento de Resíduos Macaúbas, em Sabará, na Grande BH.

Pontos de coleta

Quem não conta com a coleta seletiva na porta de casa pode deixar os materiais recicláveis em alguns pontos da cidade. Clique aqui e saiba onde. Neste caso, a SLU pede para que os moradores não depositem materiais tóxicos e infectantes, resíduos de saúde e orgânicos. "As máscaras devem ser eliminadas somente na coleta domiciliar convencional, de maneira bem-acondicionada, de preferência em sacos duplos, para não contaminar os garis e as outras pessoas", frisou.

Festival de Fotografia de Tiradentes terá versão online pela primeira vez


Programação da décima edição do evento estreia na internet nesta sexta-feira (6)
Por DA REDAÇÃO
05/11/20 - 15h45
https://www.otempo.com.br/

Exposição "Luz do Norte: Foto em Pauta na Estrada – Amazônia" é o único evento presencial do Festival de Fotografia de Tiradentes neste ano

Foto: Divulgação


Muitas histórias já foram contadas por meio do Festival de Fotografia de Tiradentes - Foto em Pauta, evento que se tornou uma tradição na famosa cidade histórica mineira, e que fez fama em todo o país. Em 2020, ano em que completa 10 anos, o Festival continuará a contar histórias, mas de uma maneira um pouco diferente. Por causa da pandemia do novo coronavírus, o evento terá, pela primeira vez, uma versão online, que estreia nesta sexta-feira (6) e vai até o dia 5 de dezembro.


“Teremos mais de 30 eventos entre exibição de vídeos, palestras, debates, apresentações de portfólios”, disse Eugênio Sávio, curador do Festival de Fotografia de Tiradentes - Foto em Pauta.

A abertura acontecerá nesta sexta-feira, a partir das 19h30, com transmissão pelo YouTube. Na ocasião, será divulgada a programação completa do festival. No site Foto em Pauta já está disponível as mostras que acontecerão e as instruções para a retirada dos convites pela plataforma Sympla.

Exposição presencial

Neste ano, a exposição “Luz do Norte: Foto em Pauta na Estrada – Amazônia” é o único evento presencial da edição de 10º aniversário do Festival de Fotografia de Tiradentes.

Resultado da viagem de duas semanas da equipe do Festival a quatro capitais do Norte do país – Belém, Manaus, Rio Branco e Porto Velho –, em janeiro deste ano, a mostra reúne 33 artistas que tiveram trabalhos selecionados entre mais de 100 inscritos.

A exposição poderá ser vista na galeria do Centro Cultural Sesiminas Yves Alves (rua Direita, 168, Tiradentes) até o dia 21 de novembro.