segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Senador Aécio Neves acredita no futuro do Brasil com a mudança do atual governo


Aécio acredita no futuro do Brasil com a mudança do atual governo








Futuro em jogo. por Aécio Neves

Mantenho minha crença de que ainda poderemos nos tornar o primeiro grande país desenvolvido do mundo com uma economia de baixo carbono.


A mudança do atual regime de desenvolvimento para um modelo sustentável não é apenas um grande desafio, mas a nossa maior oportunidade econômica, comercial e de mudanças sociais do século 21.
Pena que, engolfado por múltiplas crises e tendo como prioridade apenas sobreviver ao verdadeiro desmanche de um projeto de poder, o governo brasileiro chegue hoje a Paris, na mais importante conferência mundial sobre o clima da atualidade, sem ter o que apresentar de substantivo.


Corremos o risco de ver, mais uma vez, o manejo artificial e conveniente de estatísticas para de alguma forma não expor a realidade. E a realidade é a retomada do crescimento do desmatamento na Amazônia e os efeitos de uma das mais extensas tragédias ambientais do mundo, a de Mariana, ainda pouco dimensionados em suas consequências.


Além disso, carregamos os saldos negativos das crises hídrica e energética, o sepultamento da política de biocombustíveis e a contradição da expansão de incentivos ao transporte individual, um dos maiores emissores de gases de efeito estufa no mundo, em detrimento do investimento em sistemas de transporte coletivo eficientes e menos poluidores.


No campo legal, o Brasil já tem institucionalizados instrumentos para o alcance de uma economia de baixo carbono. Definimos, inclusive, metas de médio prazo.


A questão central é que, tal como acontece nas demais políticas públicas nacionais, não há qualquer efetividade para torná-las factíveis e reais. As metas são concretas. Os meios são vagos. Lembro que, em 2009, instituiu-se às pressas a Política Nacional de Mudanças do Clima - PNMC, muito mais para dar algum protagonismo político à então candidata Dilma Rousseff do que como uma política estratégica para o país.


A PNMC brasileira previa dobrar o reflorestamento de 5,5 milhões de hectares para 11 milhões na década seguinte. Até hoje pouco foi feito. Também não saiu do papel o Inventário Florestal Nacional, incluindo a mensuração do estoque de carbono das florestas brasileiras. Seis anos depois, as principais iniciativas para reduzir as emissões são apenas promessas.


O século 21 poderá ser o século ambiental, se formos capazes de enfrentar com generosidade e responsabilidade os atuais desafios, a bordo de uma inédita e necessária solidariedade entre as nações em torno dessa causa comum, que será crucial para o destino do nosso processo civilizatório.


O Brasil tem o dever de avançar mais nesse tema e, quem sabe, tornar-se referência de um novo modelo de desenvolvimento sustentável.

Folha de São Paulo

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Aécio : "Delcídio agiu como chefe de uma grande máfia"


Aécio : "Delcídio agiu como chefe de uma grande máfia"




- Um dia após adotar um tom mais ameno em relação à prisão do ex-líder do governo no Senado Delcídio Amaral (PT-MS), o senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, foi mais contundente nesta quinta-feira, 26, ao avaliar o episódio. Em entrevista a uma rádio de Pernambuco, onde participará nesta sexta-feira, 27, de um evento do Instituto Teotônio Vilela (ITV), Aécio considerou que o líder do governo no Senado "agiu como o chefe de uma grande máfia".
"Nem nós da oposição poderíamos imaginar o tamanho dessa máfia, ninguém poderia pensar isso do Delcídio. O sentimento foi primeiro de perplexidade, quase que de descrença em relação ao acontecido. Depois, quando os documentos começaram a ser distribuídos, o sentimento passou a ser de indignação. A gente viu que ele agiu quase como o chefe de uma grande máfia", afirmou o senador, aproveitando o momento para reforçar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

Impeachment

No entendimento do senador, a reivindicação do impedimento serve para obrigar os políticos a respeitarem a lei. "Se continuar assim, qualquer governante pode fazer o que quiser pra ganhar a eleição e não vai ser punido. O PT, que apoiou o impeachment de Collor lá atrás, agora acha que o pedido da oposição é golpe. Se o presidente comete um crime, e o TCU diz que Dilma cometeu, é situação de impeachment, sim", defendeu Aécio, reiterando que o partido terá candidato à Presidência em 2018, sem entrar em detalhes de qual seria o nome.

Questionado sobre rumores de que o senador José Serra (PSDB-SP) poderia deixar o ninho tucano para ingressar no PMDB com intuito de disputar a Presidência, Aécio alfinetou o correligionário avaliando que os interesses próprios não podem estar acima dos interesses do País.

"Por mais legítima que seja a intenção do político, não se deve colocar os interesses próprios acima do interesse do País. Esse é um problema que teremos que enfrentar mais para frente." Na avaliação do senador, diante do atual cenário de crise político-econômica, o PSDB é visto como uma alternativa para sair da situação. "A população brasileira nos vê como a opção mais preparada para livrar o Brasil dos males que o PT está fazendo, e não podemos perder essa condição", disse. Nesse contexto, o mineiro disse que sonha em construir um projeto político com o PSB.
http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2015/11/26/interna_politica,711978/aecio-diz-que-delcidio-agiu-como-o-chefe-de-uma-grande-mafia.shtml

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Senador Aécio Neves estranha silêncio de Dilma sobre prisão do seu líder do governo


Aécio estranha silêncio de Dilma sobre prisão do seu líder do governo



ASÍLIA – O silêncio da presidente Dilma Rousseff em relação à prisão do seu líder de governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), pela Operação Lava-jato, foi criticado nesta quinta-feira pelo presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG). Após reunião da Executiva nacional hoje para discutir o agravamento da crise após os acontecimentos dos últimos dias, ele disse que os brasileiros esperam que Dilma, “ao invés de fingir que não tem nada a ver com ela”, venha a público para se explicar, como faria qualquer chefe de Estado em um País “sério”.


Em nota, a Executiva Nacional diz que o Brasil vive hoje uma situação limite e é preciso “alertar a opinião pública para as manobras políticas e conveniências de posições que vêm assumindo o PT e o governo federal, de covarde tentativa de distanciamento dos fatos”.


Os líderes tucanos vão esperar que a Mesa do Senado encaminhe o mesmo ofício enviado ao Supremo Tribunal Federal sobre a decisão do plenário ontem mantendo a prisão de Delcídio, para o Conselho de Ética para abertura de processo por quebra de decoro. Se isso não for feito pelo presidente Renan Calheiros, o PSDB pode discutir o encaminhamento de uma representação ao Conselho, junto com outros partidos de oposição.


— É extremamente grave e incompreensível que o líder do governo esteja preso por acusações gravíssimas, e a presidente Dilma não se manifesta. É incrível que ela continue agindo como se não tivesse nada com isso, como se os delatores presos não tivessem sido nomeados por ela. Esse silêncio é um acinte. A presidente tem que olhar nos olhos dos brasileiros, como gostava muito de fazer em cadeias de rádio e TV durante a campanha, e se explicar sobre os equívocos e sua responsabilidade em tudo que está acontecendo — cobrou Aécio, dizendo que o povo nem presta mais atenção no comportamento de Dilma, “que é hoje quase uma figura folclórica” a frente do governo.


Ele também criticou a , anunciando que o partido não se solidarizaria com Delcídio.


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— É um dos documentos mais sórdidos que já vi. Mostra a falta de coragem do presidente do PT, Rui Falcão. Ao invés de assumir a responsabilidade, foi o primeiro a virar as costas para o seu líder. É uma nota inoportuna e covarde e passa para a História como um dos deprimentes episódios da política brasileira — criticou Aécio.


Questionado se o PSDB ia ficar de braços cruzados durante o agravamento da crise, Aécio disse que a oposição está fazendo o seu papel, no momento, de blindar e fortalecer as instituições, e que a responsabilidade de aprovar ações e aprová-las no Congresso é de quem está no governo e venceu as eleições. Ele disse ainda que o governo, nesse momento, só se empenha em mudar a meta fiscal para não cometer o crime já que cometeu e em distribuir espaços de poder.


Para Aécio, a prisão de Delcídio vai piorar ainda mais a já frágil agenda de votações do ajuste no Congresso.


— A agenda do governo é tão medíocre que sequer sua base acredita que ela seja capaz de tirar o País da crise. A oposição vai continuar fazendo seu papel de blindar e fortalecer as instituições, como fizemos ontem na votação da prisão do Delcídio — disse Aécio.


Ele disse que no próximo dia 08 de dezembro irá fazer um pronunciamento mostrando o diagnóstico objetivo das consequências da crise na vida real dos brasileiros, com foco nas políticas sociais do governo e na volta de milhões para a miséria.


— Vamos divulgar nossa agenda social — disse Aécio.


Ao final da reunião, a Executiva nacional do PSDB divulgou uma nota dizendo que os novos desdobramentos da Operação Lava-Jato reforçam nos brasileiros o sentimento de indignação em relação à forma como o país vem sendo governado.


“Mais uma vez, depois do mensalão e, agora, no petrolão, reforça-se a convicção de que uma organização criminosa, tentacular, apoderou-se de estruturas do Estado, com o objetivo de manter-se no poder mediante desvio de dinheiro público. O PT e seus aliados foram os executores dessa construção nefasta, que começa a desmoronar sob o impacto das investigações do Ministério Público, da Justiça e do Congresso Nacional, com entusiástico apoio do povo brasileiro “, diz a nota.


Os dirigentes tucanos dizem ainda ser “crucial” não perder de vista a necessidade de aprofundamento das investigações, o esclarecimento rigoroso e a responsabilização de todos os que participaram do esquema criminoso que vem sendo desnudado no país – agora, com especial atenção à operação de compra da refinaria de Pasadena, cuja apuração permanece ainda hoje inconclusa.


“É preciso perseverar nas investigações, aprofundar as apurações e radicalizar as punições para que os principais responsáveis por esta cadeia de delitos – que ocuparam e ocupam alguns dos principais cargos da República – também sejam alcançados. É hora, ainda, de alertar a opinião pública para as manobras políticas e conveniências de posições que vêm assumindo o PT e o governo federal, de covarde tentativa de distanciamento dos fatos. De nada adianta tentar tapar o sol com a peneira: são sempre as mesmas pessoas, ligadas por laços de cumplicidade e compadrio, presentes em todos os episódios criminosos que se revelam a cada dia, parte da corrupção institucionalizada a serviço de seu projeto de poder”, diz a nota.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Aécio Neves presidente nacional do PSDB : "A oposição não tem pressa"


Aécio Neves: "A oposição não tem pressa"







"A oposição não tem pressa", diz Aécio sobre impeachment da presidente Dilma


Em visita ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em Belo Horizonte, o senador mineiro afirmou que uma "tempestade perfeita" está sendo armada para 2016

Juliana Cipriani /

O senador Aécio Neves (PSDB) afirmou na tarde desta quinta-feira que a oposição "não tem pressa" em retirar a presidente Dilma Rousseff (PT) do Palácio do Planalto. Ele referia-se à possibilidade de que um eventual processo de impeachment da petista seja discutido apenas em 2016, diante do enfraquecimento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/RJ).

“Pode ser que, nesse primeiro momento, em razão até mesmo das denúncias em relação ao presidente da Câmara Eduardo Cunha, ele tenha perdido parte da condição de conduzir esse processo. Mas nada que fez o governo nos permitiu superar o principal, que é a crise econômica”, afirmou o senador, que esteve no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), em Belo Horizonte, para fazer cadastramento biométrico.

Na tarde de hoje, o parlamentar disse que todos os pedidos de afastamento da presidente serão analisados ainda este ano.


Segundo o tucano, uma “tempestade perfeita” está sendo armada para o ano que vem com os indicadores como alta de inflação e desemprego e, enquanto Dilma não for capaz de retirar o país desse cenário, o mandato dela estará em risco.


Aécio também aposta em uma investigação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para enquadrar a presidente em crime eleitoral, o que também lhe tiraria o mandato. “O TSE poderá apontar outros indícios de fraude. Não temos pressa, nosso papel é garantir que as instituições funcionem”, afirmou.

Aécio apontou um “esforço enorme” da presidente, com a distribuição de cargos entre aliados como fator que lhe deu uma sobrevida, com o adiamento do impeachment e as votações da pauta bomba que conseguiu .

http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2015/11/19/interna_politica,709879/a-oposicao-nao-tem-pressa-diz-aecio-sobre-impeachment-da-presidente.shtml

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Aécio Neves diz que documento do PMDB parece "mera peça de marketing"


Aécio diz que documento do PMDB parece "mera peça de marketing"


Geraldo Magela/ Agência Senado


O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), afirmou nesta quarta-feira (18) que, enquanto o PMDB não romper com governo, o documento com propostas na área econômica lançado ontem pelo partido do vice-presidente Michel Temer parecerá uma "peça meramente de marketing" e algo "secundário".

Em entrevista antes de seguir para sessão do Congresso de análise dos vetos, o tucano disse não ver disposição do PMDB em, de fato, defender as propostas apresentadas, as quais, segundo ele, são "inspiradas" nos projetos historicamente defendidos pelo PSDB. "É absolutamente legítimo que um partido como o PMDB apresente propostas ao País. Mas eu realmente as levaria mais a sério se o PMDB deixasse o governo, os sete ministérios e os cargos que ainda hoje nomeia, para defender ao nosso lado essas propostas, até porque muitas delas têm convergência com aquilo que apresentamos durante a campanha eleitoral", afirmou Aécio.

O tucano disse ver com "satisfação" alguns setores do PMDB buscando o "distanciamento" do governo, mas destacou não ver o partido disposto a romper com o governo Dilma Rousseff. "Um projeto apresentado por um partido deve vir acompanhado da sua disposição de defendê-lo, porque, senão, vai parecer peça meramente de marketing", afirmou.

Questionado se estava classificando o documento como uma peça de marketing, o presidente nacional do PSDB afirmou que, "enquanto o PMDB tiver como prioridade, no seu conjunto, sustentar este governo que aí está, que levou o Brasil a esta crise econômica e social sem precedentes, esse programa passa a ser algo secundário". "Porque não vejo o PMDB disposto a defendê-lo", acrescentou.

Indagado se o PSDB teme a concorrência do PMDB em 2018, Aécio desconversou e disse que seu partido dá "as boas vindas ao PMDB para discutir os problemas do País e se sente honrado de ver que muitas das propostas lançadas se inspiram naquelas que historicamente o PSDB defende". "O que lastimo é que a maioria do PMDB prefere hoje nomear cargos neste governo que prega e pratica o oposto às propostas lançadas pelo PMDB", disse, classificando uma futura candidatura peemedebista como "legítima".


http://www.hojeemdia.com.br/noticias/politica/aecio-diz-que-documento-do-pmdb-parece-mera-peca-de-marketing-1.360854

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Aécio apoia projeto de Anastasia que reverte multas ambientais para municípios atingidos


Aécio apoia projeto de Anastasia que reverte multas ambientais para municípios atingidos






O senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, apoiou nesta terça-feira (17/11), em pronunciamento no plenário do Senado, o projeto de lei apresentado pelo senador e ex-governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, que, se aprovado, irá reverter, em sua totalidade, as multas aplicadas em casos de desastres ambientais para recuperação das áreas atingidas pelo rompimento das barragens da Samarco em Mariana.

Hoje os recursos de infrações ambientais são destinados a um fundo do governo federal. Não existe dispositivo que destine o dinheiro para os municípios atingidos.

“É preciso que passemos a discutir propostas objetivas como a apresentada hoje pelo Senador Anastasia, ex-governador de Minas, profundo conhecedor dessa questão e dos seus impactos na vida econômica, social e principalmente ambiental do Estado, que propõe que os recursos advindos da multa praticada pelo IBAMA, ao invés de engrossarem um fundo que não tem uma gestão clara – e grande parte dele, historicamente, contingenciado –, que esses recursos possam, a partir de um plano de investimentos do qual participem os municípios atingidos e as suas forças locais – as suas representações locais –, ser aplicados diretamente nessas regiões atingidas”, afirmou o senador Aécio Neves.

O senador também cobrou do governo federal maior agilidade nas medidas de socorro e atendimento a Mariana. Ao Congresso Nacional, o ex-governador de Minas fez um apelo pedindo prioridade à aprovação do novo Código de Mineração, paralisado há oito anos, e que corrige os royalties pagos aos municípios como compensação pela atividade mineradora.

Leia, a seguir, o pronunciamento do senador:

“Eu não posso deixar de registrar, em primeiro lugar, algo importante a partir dessa tragédia de inéditas proporções que atingiu em primeiro lugar o meu Estado, Minas Gerais, a partir da sua primeira vila e primeira cidade, Mariana, chegando a outras regiões do Estado e agora também ao Espírito Santo.

Se há algo de positivo que se possa tirar dessa experiência, aqui no plenário do Senado eu percebo que é um tema que traz a atenção de parlamentares de diversas regiões do País, de diversas filiações partidárias, para que essa questão seja discutida com a importância que ela deveria ter e não vem tendo.

Eu me lembro bem, e aqui registro, que desde pelo menos o ano de 2008, era eu ainda governador de Minas Gerais, quando o tema do novo marco regulatório do setor mineral passou a ter uma discussão mais efetiva do Congresso Nacional.

As cobranças que fazíamos naquela época eram imensas porque havia necessidade, dentre outras correções, que passavam inclusive por uma prevenção mais efetiva de responsabilidade das empresas mineradoras, também de um ressarcimento mais efetivo aos estados e municípios mineradores, tanto para enfrentar situações de calamidade como essa, mas também por outro lado para permitir uma sucessão à atividade mineral nessas regiões quando ela se vê exaurida.

As discussões foram inúmeras, as movimentações da bancada mineira permanentes, fizemos campanhas de mobilização da sociedade com participação das principais figuras de Minas Gerais, das artes e da música, para buscar sensibilizar o governo para a necessidade de dar prioridade à tramitação desse novo marco regulatório. E o que aconteceu?

Absolutamente nada. São pelo menos oito anos de discussões absolutamente improdutivas porque nós sabemos que no Presidencialismo quase imperial como esse que reina no Brasil, ou há disposição do Governo de mobilizar a sua base ou ele próprio de tomar iniciativa, ou as iniciativas do Parlamento ou grande parte delas acabam por ficar no meio do caminho. Portanto, não faltaram alertas para a necessidade de termos novas e modernas regras que regulem a atividade mineral neste País.

Vejo, portanto, com satisfação, a iniciativa aqui tomada por alguns Senadores a qual os Senadores de Minas se incorporam para que tenhamos a partir desta audiência a incorporação de novas expertises para que possamos efetivamente, dar concretude às iniciativas desta Casa.

E é preciso que passemos a discutir propostas objetivas, como a apresentada hoje pelo senador Anastasia, ex-governador de Minas, profundo conhecedor dessa questão e dos seus impactos na vida econômica, social e principalmente ambiental do Estado, que propõe que os recursos advindos da multa praticada pelo IBAMA, ao invés de engrossarem um fundo que não tem uma gestão clara – e grande parte dele, historicamente, contingenciado –, que esses recursos possam, a partir de um plano de investimentos do qual participem os municípios atingidos e as suas forças locais – as suas representações locais –, ser aplicados diretamente nessas regiões atingidas.

Outras propostas certamente serão objeto de discussão nesta Casa, mas o fato concreto é que, lamentavelmente, ao longo de todos esses últimos anos, o novo marco regulatório do setor não foi tratado com prioridade por este Governo, e medidas que poderiam estar minimizando os impactos dessa gravíssima tragédia sobre a vida daquelas famílias ou daqueles mineiros – e agora também capixabas – pudessem ser minimizados.

Estive em Mariana logo após o acontecido. A situação é de uma consternação absoluta. E estaremos mais uma vez, agora ao lado do senador Anastasia, também nesta próxima sexta-feira, em Valadares, para, discutindo com a comunidade local, podermos agregar também novas contribuições e sugestões para o enfrentamento desta questão.

Mas cobro de forma clara a omissão do governo federal ao longo desses últimos anos, que não permitiu – com uma certa conivência do Congresso Nacional – que o novo marco regulatório pudesse ser discutido, votado e pudesse, nele, estar constando – de forma mais clara e específica – as responsabilidades preventivas das mineradoras em relação às suas atividades, para que uma tragédia como esta ocorrida em Mariana e que comoveu todo o País não se repita mais.”

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Aécio Neves líder da oposição: "Mariana grita por Minas!"


Aécio Neves : Mariana grita por Minas!




A dor de todos

Aécio Neves - Jornal Estado de Minas -

De repente, o que existia deixou de existir. A igrejinha branca de porta e janelas azuis, o restaurante de comida caseira, as ruas por onde se andava a cavalo, os pomares cheios de frutas e as cachoeiras límpidas, a escola, as casas de feitio colonial, tudo. O rompimento das barragens da Samarco em Mariana tirou do mapa uma localidade inteira e afetou dezenas de outras. São perdas humanas irreparáveis e um desastre ambiental devastador em toda a Bacia do Rio Doce. Eu estive lá e vi de perto a dor de quem perdeu o chão, o lar, os parentes e amigos, os negócios que garantiam a sobrevivência da família. São mineiros que jamais se esquecerão do que viram e sentiram. Eles são o testemunho triste e indignado de uma tragédia que macula a nossa história.

Minas Gerais tem sua identidade calcada na mineração. O caráter fundador de nosso estado vem da exploração das minas de ouro e diamante, que ajudaram a desbravar o interior e a fundar povoados. Temos mais de três séculos de convívio com a mineração, conhecemos como poucos os seus riscos e impactos.

Ao contrário de outras atividades, nessa o território se deixa escavar, perfurar, transformar. Montanhas e rios são vasculhados, paisagens se alteram. A mineração em larga escala atinge o meio ambiente, as cidades próximas, as estradas por onde escoa a produção. Ao mesmo tempo, movimenta-se uma indústria que contribui com o PIB do estado e do país, gerando milhares de empregos, importante fonte de renda para muitos. Como conciliar tudo isso?

A verdade é que uma atividade tão antiga e importante se movimenta, em nosso país, sem uma legislação adequada, compatível com as demandas do século 21. Um novo marco regulatório para a mineração vem sendo discutido no Congresso Nacional há cerca de cinco anos, sem previsão para ser votado. É um atraso inaceitável, tendo em vista a centralidade da questão ambiental no mundo. É mais um dos compromissos assumidos pelo governo federal com Minas antes mesmo das eleições de 2010 e, até hoje não cumprido.
Não sei se você se lembra, mas em junho de 2012 lançamos no estado, em parceria com a sociedade civil, a campanha Minério com mais Justiça, que pode ser vista em https://youtu.be/ShXH8DnZJTY. O objetivo era chamar a atenção sobre a importância de uma revisão nos valores pagos pelas empresas mineradoras aos estados e municípios. Valores que podem ser revertidos para a melhoria da qualidade de vida da população.
Com esse intuito, apresentei em 2011 uma proposta que não só aumentava esse percentual para regiões mineradoras, como também previa um fundo especial a ser distribuído por todos os municípios do estado minerado, já que a cadeia de serviços da atividade – haja vista o uso das estradas, por exemplo – impacta mesmo os municípios não produtores. Infelizmente, nada disso tem andado com a agilidade necessária. Enquanto o tema não ganha a devida prioridade por parte do governo, o país continua legislando com um Código de Mineração de quase 50 anos.

São tempos de incertezas. Em todo o estado, há 735 barragens – e é natural que as populações próximas se sintam, neste momento, inseguras. O poder público precisa ser rápido e transparente em suas respostas.

Acompanho, com imenso pesar pelos atingidos, o trabalho que está sendo feito para mitigar o sofrimento de centenas de pessoas.

O momento exige rigorosa investigação que apure as devidas responsabilidades sobre o acidente e aponte formas de prevenção. As famílias atingidas devem obter apoio integral da empresa e do poder público. Como elas podem reiniciar suas vidas com dignidade, depois de uma perda tão brutal? Como minimizar a dor que eu vi nos olhos de tanta gente? A tragédia de Mariana é um grito de dor, indignação e socorro. De certa forma, Mariana grita por Minas.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Aécio escreve sobre o desastre de Mariana


Aécio escreve sobre o desastre de Mariana



Neste momento de sofrimento e indignação é preciso que o grito de socorro e alerta que ecoa de Mariana alcance a consciência do Brasil.

Um país se constrói com ações objetivas e com valores. Nas duas dimensões estamos em falta com os brasileiros das áreas atingidas pela tragédia.

Aparentemente se esquecendo do simbolismo do cargo que ocupa, somente uma semana após o rompimento das barragens que provocaram o grave desastre ambiental, -e após reiteradas críticas pela sua ausência- a presidente Dilma Rousseff sobrevoou a região, se limitando a contemplar à distância a destruição.

Não se encontrou com nenhuma das famílias, não apertou as mãos de quem perdeu entes queridos, não olhou nos olhos de nenhum desabrigado, não sentiu o odor da lama que varreu do mapa uma localidade inteira e afetou dezenas de municípios, em Minas e no Espírito Santo. Não levou a nenhum dos atingidos a solidariedade dos brasileiros que representa.

A passagem meteórica da presidente é reveladora da enorme distância que separa a vida real da população da pauta dos governantes de plantão. Some-se a isso, em mais uma evidência do distanciamento do governo da tragédia, o constrangedor vídeo que circula nas redes sociais mostrando que, sete dias depois, a presidente não sabia sequer o nome da empresa responsável pelo desastre.

Durante muitos anos ainda ouviremos falar da tragédia de Mariana. Não são apenas os números que são superlativos, mas toda a dimensão humana, social, ambiental e econômica que o fato envolve. O que aconteceu diz respeito ao país como um todo. A questão ambiental, com toda a sua complexidade, precisa tornar-se protagonista na agenda pública. Agir no presente significa escolher o futuro.

Precisamos de mais celeridade e transparência. Precisamos de compromisso e de comprometimento.

O projeto de lei do novo marco da mineração continua tramitando na Câmara dos Deputados sem merecer a devida atenção do governo, até o presente momento. Ele não foi capaz de contemplar as graves questões que o setor enfrenta na área ambiental, nem estabelecer as diretrizes necessárias para que se possa adotar a sustentabilidade como um pressuposto das suas atividades.

A tragédia de Mariana, que avançou sobre Governador Valadares e diversos outros municípios e chega ao Espírito Santo, se impõe como um divisor nas políticas públicas que regem a questão ambiental no país. Temos o dever de buscar o crescimento econômico em harmonia com a preservação do ecossistema e a valorização da dignidade humana. É um bom sonho a renascer da terra devastada.

Bento Rodrigues não pode se transformar apenas em mais uma fotografia na parede

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Aécio Neves líder da oposição ressalta aprovação de projeto sobre regras de ONG


Aécio ressalta aprovação de projeto sobre regras de ONG


Aécio Neves elogiou o trabalho feito pelo tucano mineiro Eduardo Barbosa, autor do texto aprovado

O senador Aécio Neves, presidente do PSDB, ressaltou nessa quarta-feira (11/11) a aprovação, pelo plenário do Senado, do projeto de lei de conversão (PLV) 21/2015. O texto aprovado pelos senadores é resultado da MP 684/15 e muda as regras para as parcerias entre a administração pública e a Organizações Não Governamentais (ONGs), beneficiando entidades como Apaes e Santas Casas.

Na avaliação do senador, o projeto incentiva a participação do chamado terceiro setor na elaboração de políticas públicas.

“Acho que é uma sinalização de absoluta confiança que o Congresso Nacional dá hoje à sociedade brasileira, porque a solução para inúmeros desafios que temos pela frente se dará pela mobilização, pela consciência e pela organização da sociedade brasileira, e esse projeto vem nessa direção”, afirmou o senador, no plenário do Senado.

O senador Aécio Neves elogiou o trabalho feito pelo deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG), autor do texto aprovado. “Um registro e um testemunho à dedicação do meu companheiro e amigo deputado Eduardo Barbosa na construção desse texto, meus cumprimentos também à senadora Gleisi [relatora-revisora]. O que estamos fazendo, na verdade, e já foram inúmeras as vozes aqui, nessa direção, é estimular a participação do terceiro setor na execução de políticas públicas no País, dando segurança e regulamentando algumas dessas ações”, disse Aécio.

Leia, a seguir, pronunciamento do senador no plenário do Senado na noite desta quarta-feira (11/11):

“Um registro e um testemunho à dedicação do meu companheiro e queridíssimo amigo deputado Eduardo Barbosa na construção desse texto, meus cumprimentos também à senadora Gleisi. O que estamos fazendo, na verdade, e já foram inúmeras as vozes aqui, nessa direção, é estimular a participação do terceiro setor na execução de políticas públicas no País, dando segurança e regulamentando algumas dessas ações.

Pedi a palavra porque gostaria, na presença do deputado Eduardo, do senador Anastasia, de fazer o registro de uma inovação ocorrida em Minas Gerais e de resultados extraordinários na área prisional, as Apacs, que se transformaram em um instrumento da sociedade para que aqueles presos de menor periculosidade deixassem de ocupar as vagas do sistema prisional e pudessem ter a sua recuperação, a sua reinserção na sociedade controlada, por eles próprios, obviamente, com a supervisão da sociedade.

Algo em que poucos acreditavam, deputado Eduardo Barbosa foi um aliado permanente no nosso governo em Minas Gerais para a consolidação dessas Apacs e uma demonstração, dentre tantas outras, mas esta me parece emblemática, de que a sociedade organizada tem sim condições de dar respostas muito mais efetivas do que a máquina burocrática do Poder estatal. Acho que é uma sinalização de absoluta confiança que o Congresso Nacional dá hoje à sociedade brasileira porque a solução para inúmeros desafios que temos pela frente se dará pela mobilização, pela consciência e pela organização da sociedade brasileira, e esse projeto vem nessa direção.

Por isso, o deputado Eduardo Barbosa é orgulho não apenas para os mineiros e para os tucanos, mas para o Parlamento e para os brasileiros que acreditam na democracia e que querem avanços sociais no nosso país.”
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quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Fala do senador Aécio Neves faz PSDB romper com Cunha


Fala de Aécio faz PSDB romper com Cunha

Partido agora irá buscar novo aliado a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff.

PSDB irá buscar novo aliado a favor do impeachment
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Parece que o PSDB resolveu romper de vez com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e irá busca outro meio de conseguir o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). A bancada do partido se reuniu, na noite da última terça-feira (10), e decidiu que irá defender o afastamento de Cunha do cargo. Na manhã desta quarta-feira (11), lançou uma nota oficial em que tratada a “contundência das denúncias e documentos” contra o peemedebista.

O primeiro passo foi dado pelo presidente do partido, senador Aécio Neves, quando na última sexta-feira (6) afirmou serem“contundentes” as denúncias contra Cunha. Agora que o rompimento da bancada foi oficializado, a decisão será levada a reunião da Executiva Nacional no dia 26 de novembro.

O líder da bancada do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), afirmou que: “A defesa é fantasiosa, de uma fragilidade absoluta. Falta consistência. Aquelas entrevistas foram desastrosas”.

A nota divulgada pelo partido teve a assinatura de todos os 54 integrantes da bancada.
Leia na íntegra a nota divulgada pela bancada do PSDB na Câmara dos Deputados

“A bancada do PSDB na Câmara considera insuficientes as explicações apresentadas pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em entrevista no último final de semana, diante da contundência das denúncias e documentos já conhecidos sobre a existência de contas em seu nome e de sua família no exterior.


A bancada entende que, em qualquer hipótese definida pelo Conselho de Ética, a decisão final é do plenário da Câmara.

A bancada reafirma que seus representantes no Conselho de Ética têm o absoluto respeito de seus pares, bem como votarão de acordo com o rigor técnico exigido de um magistrado.

Reitera, de forma ainda mais veemente, posição firmada em nota emitida em outubro, logo depois do surgimento de documentos contra Cunha, oportunidade em que defendeu o afastamento da Presidência da Câmara face à gravidade das acusações.

Por fim,registra que, em nenhuma hipótese, a bancada do PSDB irá transigir com a ética exigida dos membros desta Casa, ainda que defenda uma causa nobre, como é impeachment da presidente Dilma Rousseff.”

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Jornalista critica Fernando Pimentel por defender empresa e dizer que barragens eram seguras


Jornalista critica Fernando Pimentel por defender empresa e dizer que barragens eram seguras




A afirmação do governador Fernando Pimentel, do PT, (foto) durante entrevista coletiva no domingo (08/11), em Mariana, de que as barragens da mineradora Samarco que se romperam no distrito de Bento Rodrigues eram seguras causou indignação no jornalista Ricardo Boechat, da Band News. Pelo menos 26 pessoas continuam desaparecidas depois da tragédia, considerada o maior acidente ambiental da história de Minas Gerais.

O jornalista condenou a defesa da empresa feita pelo governador petista, afirmando que a atitude é imprópria para uma autoridade pública. “Quando pouco porque recebeu dinheiro dela na campanha eleitoral”, disse Ricardo Boechat no comentário veiculado pela emissora de rádio nessa segunda-feira (09/11).

“Eu entendo que o presidente da empresa dê uma entrevista coletiva dizendo isto tudo. Mas ele (Fernando Pimentel)? O mínimo que ele tem que dizer é o seguinte: Olha, embora estivesse certificada a represa, nós vamos analisar novamente porque algo aconteceu e não estava previsto. Não podia estar, né governador?!”, questionou o jornalista.

Mais de 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos e água foram despejados sobre a região. Bento Rodrigues foi o mais atingido e os mais de 600 moradores foram retirados. A onda de lama atingiu ainda outras comunidades, como Paracatu de Baixo e Camargos, e a cidade de Barra Longa.

O tsunami de lama seguiu para os municípios de Ponte Nova, Nova Era, Antônio Dias, Coronel Fabriciano, Timóteo, Ipatinga, Governador Valadares, Tumiritinga, Resplendor, Galileia, Conselheiro Pena e Aimorés, em Minas Gerais, e também pelas águas do Rio Doce vai atingir Baixo Guandu, Colatina e Linhares, no Espírito Santo.

Confira, abaixo, transcrição do comentário do jornalista Ricardo Boechat na rádio Band News.

“Ele pode falar contra os procedimentos de fiscalização do estado porque ele é o governador. É o chefe das equipes que realizam estes trabalhos de fiscalização, de monitoramento. Mas é impróprio ele ficar fazendo um discurso de defesa da empresa. Quando pouco porque recebeu dinheiro dela na campanha eleitoral. Num momento como este, as pessoas perderam tudo, os prejuízos ambientais são incalculáveis, a região está desfigurada. Não voltará a ser o que era. Os rios mudaram de curso, os vales foram varridos do mapa. Então fica o governador dizendo que essas barragens eram seguras. Se eram seguras porque romperam? Ou melhor, a de baixo que era menor rompeu sob o peso da de cima, que era maior e foi rompida antes e carregou tudo. Mas a de cima rompeu por que? Então, o governador fica emprestando sua autoridade para ficar fazendo uma defesa da empresa que compete a empresa. Eu entendo que o presidente da empresa dê uma entrevista coletiva dizendo isto tudo. Mas ele? O mínimo que ele tem que dizer é o seguinte: Olha, embora estivesse certificada a represa, nós vamos analisar novamente porque algo aconteceu e não estava previsto. Não podia estar, né governador?! Então, é incrível como uma autoridade pública arrolha-se na tarefa de defender uma empresa que está sob suspeita de ter cometido um erro. Algum erro aconteceu porque senão a represa estava lá até agora.”

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Senador Aécio Neves : "Felizmente a sociedade avança pela força e mobilização das mulheres"


Aécio Neves : "Felizmente a sociedade avança pela força e mobilização das mulheres"






A defesa dos direitos das mulheres mobilizou o país nas últimas semanas. A grave crise econômica e política perdeu espaço para discussões imperativas e para campanhas que denunciam o assédio e condenam machistas, racistas e retrocessos que envergonham a sociedade.

Embora estejam cada vez mais integradas ao mercado de trabalho e ao comando de instituições, as mulheres que devem ser centro das políticas públicas ainda são as principais vítimas de preconceitos, discriminadas até mesmo na remuneração inferior a dos homens. Estão sub-representadas na política e na sociedade, o que precisa ser superado.

Neste momento de defesa e valorização das mulheres, e em meio a uma grave crise social da qual elas são grandes vítimas, é oportuno resgatarmos o legado da professora e antropóloga Ruth Cardoso.

Ela personificou um tipo de ação fundamental no país em que vivemos. Buscava o fortalecimento da iniciativa e da responsabilidade individual e coletiva. Contribuiu para a defesa das minorias e o fortalecimento dos movimentos sociais.

Com o Comunidade Solidária, ouviu a sociedade, os mais pobres. Defendia a autonomia, não a dependência. A superação, não a administração diária da pobreza. Por isso, priorizava a educação, a capacitação e a participação social.

Com uma equipe comprometida, Ruth Cardoso trabalhou movida pela convicção de que os pobres têm o direito fundamental de fazer a travessia a uma inclusão social verdadeira e permanente. Sustentável.

Acima de tudo foi uma entusiasta da parceria entre sociedade e Estado. Suas ideias nunca foram tão atuais em um tempo em que o estatismo social do PT submete as políticas sociais à perversidade da lógica e do calendário políticos.

Essencial na consolidação do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, criado em 1985, com seu humanismo, ela estaria hoje condenando com veemência as tentativas de coerção, abuso e violência contra cada brasileira.

Felizmente a sociedade avança pela força e mobilização das mulheres. Assistimos ao Outubro Rosa deste ano se espalhar com delicadeza e firmeza por todo país. A defesa de direitos que antes se traduzia em manifestações segmentadas, hoje une profissionais de todas as áreas e estratos sociais, mães, estudantes, negras, idosas e vítimas generalizadas de preconceitos ainda enraizados em nossa cultura.

Os desafios são enormes, mas os movimentos das últimas semanas em defesa da dignidade nos mostram que as vozes a favor dos direitos das mulheres não devem ter gênero. Precisam ser de toda a sociedade.

É importante estar e lutar ao lado delas. Sem a força, inteligência e sensibilidade femininas não há mundo que resista. Nem que valha a pena.

domingo, 8 de novembro de 2015

Aécio vai ao município de Mariana dar apoio as familias.











Home | Agência de Notícias 08/11/2015 Aécio vai a Mariana prestar solidariedade a famílias atingidas por rompimento de barragens
“Hoje minha palavra é de solidariedade, com esperança de que as buscam possam continuar e outras pessoas possam ainda ser encontradas com vida”, diz ex-governador após encontro com moradores


O senador Aécio Neves (PSDB-MG) visitou, neste domingo (08/11), o município de Mariana (MG) para prestar solidariedade às famílias atingidas pelo rompimento de duas barragens de resíduos da mineradora Samarco. Ao lado de parlamentares mineiros, o senador sobrevoou a região e conversou com moradores e parentes de desaparecidos na inundação de lama que devastou o distrito de Bento Rodrigues. “Eu vim trazer o que posso trazer neste momento, que é solidariedade a essa tragédia que acometeu sobre Mariana e sobre Minas Gerais. Talvez o maior desastre ambiental que se tem notícia em nossa história. Conversei com aqueles que estão atuando nas buscas, conversei também com famílias de desaparecidos e que cobram da empresa que sejam dadas informações. Neste momento de consternação, a informação é essencial”, afirmou o senador, em entrevista coletiva em Mariana.

O ex-governador de Minas afirmou que o mais importante neste momento é manter as buscas de 28 desaparecidos e o atendimento das famílias desabrigadas. Aécio cobrou das autoridades públicas atenção especial aos moradores que perderam familiares, casas e todos os seus pertences. Esse apoio, avaliou, é essencial para que eles possam reconstruir suas vidas. “Hoje minha palavra é de solidariedade com esperança de que as buscam possam continuar e outras pessoas possam ainda ser encontradas com vida.

Mas temos que atuar também para que o reparo e a reconstrução da vida dessas famílias possam ter apoio, em primeiro lugar, da empresa responsável por aquela barragem, mas também do poder público em todos os níveis, e é isso que vamos cobrar daqui por diante”, ressaltou o senador Aécio. Reunião em Brasília Aécio Neves informou que a bancada mineira do PSDB no Congresso Nacional se reunirá no início desta semana para cobrar do governo federal investimentos na reconstrução da área atingida pelo rompimento das barragens em Mariana. “A bancada mineira vai se reunir no início da semana em Brasília, na Câmara e no Senado, para ver o que podemos fazer, seja cobrando do governo federal que obviamente invista recursos na reconstrução da vida dessas famílias, e voltados também para nossa ação no Congresso.

O importante é que o governo federal se sinta também responsável ou co-responsável para dar a essas famílias atingidas e que perderam absolutamente tudo a possibilidade de um recomeço”, disse o senador. Pedido das famílias Acompanhado dos deputados federais Rodrigo de Castro e Paulo Abi-Ackel, do deputado estadual João Leite e do ex-presidente da Câmara de Atividades de Infraestrutura do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam), o ambientalista Castor Cartelli, o senador visitou o centro de operações da Defesa Civil após o sobrevoo da área atingida.

 Ele conversou com representantes da Defesa Civil estadual e municipal e acompanhou os procedimentos adotados para atendimento às vítimas e familiares. Aécio Neves visitou o centro de recebimento de donativos, onde dezenas de voluntários fazem triagem do material enviado pela população de várias regiões de Minas. O senador se emocionou ao ouvir os relatos de Aline Ferreira Ribeiro e Ana Paula Alexandre (foto acima), esposas de funcionários terceirizados da Samarco que ainda estão desaparecidos, que reclamaram da falta de informação sobre as buscas das vítimas. O senador recebeu um pedido para que a Samarco receba os familiares e preste todas as informações sobre as buscas aos desaparecidos. “Me dispus a conversar com a presidência da Samarco para que convoque ou convide as famílias dos desaparecidos, no caso específicos dos funcionários, diretos ou terceirizados, para que eles possam pelo menos minimizar a agonia que estão vivendo hoje”, disse Aécio Neves.

 A hora é de união O senador ressaltou que o rompimento das barragens da Samarco deve colocar em alerta as autoridades públicas para evitar que outras tragédias como essa aconteçam em Minas Gerais ou em outros estados do país. “O tempo vai demonstrar com muita clareza se houve alguma falha e de quem foi a falha, porque regras para essas barragens existem. Me lembro em nosso governo que uma importante barragem foi proibida de ser estabelecida porque, se ocorresse um desastre ambiental, o município de Rio Acima seria dizimado. Vamos agir de forma absolutamente solidária. Repito, sem transformar isso em uma questão política, de apontar o dedo para A ou para B. É hora de todos nos unirmos porque a tragédia foi enorme e é preciso que nos precavamos para que outras tragédias como essa não ocorram mais em nosso Estado. Não ocorram mais no Brasil”, afirmou. - See more at: http://psdb-mg.org.br/agencia-de-noticias/aecio-vai-a-mariana-prestar-solidariedade-a-familias-atingidas-por-rompimento-de-barragens#sthash.UshZjGjo.dpuf

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Senador Aécio Neves sobre Cunha : "PSDB votará com as provas e elas são contundentes."


Aécio Neves sobre Cunha: "PSDB votará com as provas e elas são contundentes."





- Matéria publicada pelo portal Bocão News: “PSDB votará com as provas e elas são contundentes, diz Aécio Neves sobre Cunha”, em que destaca declarações do senador, Aécio Neves sobre a situação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Prestes a enfrentar um processo instaurado no Conselho de Ética, o deputado carioca enfrenta dificuldades para esclarecer as acusações que pesam contra sua pessoa. Em entrevista à rádio Metrópole nessa sexta-feira (5), o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), afirma que a situação de Cunha é cada dia mais frágil e antecipou o voto do PSDB, caso o Conselho de Ética opte por recomendar a cassação do peemedebista: “Isso tudo é muito ruim. Eu continuo achando a posição dele muito frágil. Ele terá que provar exatamente a origem desses recursos e nós do PSDB votaremos com as provas e elas são contundentes. O sentimento majoritário é que a situação do presidente da Câmara contamina toda a instituição e o Brasil”, disse. Aécio Neves lembrou que o PSDB não votou em Cunha para a presidência da Câmara. Os tucanos votaram no candidato do PSB, Júlio Delgado: “Agora quando acabou a eleição (para a Mesa Diretora), nós fizemos o que a população mandou, fomos para a oposição e com Cunha

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Aécio Neves líder da oposição recebe parlamentares da União Europeia


Aécio Neves recebe parlamentares da União Europeia

O senador Aécio Neves recebeu, nesta quarta-feira (04/11), delegação de parlamentares da União Europeia, presidida pelo português Paulo Rangel, que visita pela primeira vez o Brasil.

Durante a reunião, os parlamentares europeus mostraram-se preocupados com a crise brasileira. O presidente nacional do PSDB avaliou que a face mais grave da crise é a social, com a crescente alta do desemprego no país.

Aécio Neves ressaltou que desde presidente da Câmara, em 2001, incentivou a diplomacia parlamentar e considerou como injustificável o atraso nas negociações comerciais do Brasil com a União Européia.

O senador lamentou ainda que o governo brasileiro não faça valer a natural liderança que o Brasil exerce na América do Sul para rechaçar com veemência a escalada autoritária que ocorre na Venezuela.

Além dos parlamentares europeus, estavam presentes ao encontro o embaixador da União Europeia no Brasil, João Gomes Cravinho, e os senadores Antonio Anastasia e Tasso Jereissati, e os deputados Eduardo Barbosa e Bruna Furlan.

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Pronunciamento do senador Aécio Neves - Senado Federal


Pronunciamento do senador Aécio Neves - Senado Federal

A necessidade de termos regras absolutamente claras, profissionalizarmos as agências reguladoras, termos uma política econômica com previsibilidade, a incapacidade dos programas de transferência de renda, exclusivamente eles, darem conta da gravíssima cri




"Tudo o que vem acontecendo no Brasil hoje era apontado por nós com absoluta clareza. A necessidade de termos regras absolutamente claras, profissionalizarmos as agências reguladoras, termos uma política econômica com previsibilidade, a incapacidade dos programas de transferência de renda, exclusivamente eles, darem conta da gravíssima crise social por que passava o país", diz o senador Aécio Neves, ao criticar hoje (03/11), em plenário, o documento lançado pelo PMDB com um diagnóstico da crise econômica já feito pelo PSDB nas eleições do ano passado.


Aécio destacou que o PT e os partidos de apoio ao governo Dilma Rousseff não promoveram o verdadeiro debate sobre o país com os eleitores.


"A raiz disso foi o desprezo que a atual presidente da República, enquanto candidata, teve para com os brasileiros ao não apresentar um programa, ao negar-se a fazer aquilo que a Justiça Eleitoral determina que seja feito, e com a palavra de menosprezo disse: 'meu programa é o meu governo', lembrou Aécio.

Veja aqui:

Aparte do senador Aécio Neves - Senado Federal - Brasília


"O Brasil tem assistido cenas inusitadas ao longo desses últimos meses ou dessa última quadra da política nacional. Assistimos agora, recentemente, e essa foi a razão pela qual o senador Jucá, a quem de público agradeço o apoio na última eleição, veio aqui prestar contas ou traduzir, se é que isso é possível, algumas das propostas do documento assinado pela direção do PMDB.


O inusitado é que um partido que está no governo, na vice-presidência da República, apresenta uma proposta de governo. Isso é louvável. É louvável se nós não tivéssemos vivendo hoje 13 anos desta aliança que lamentavelmente, não obstante o esforço de alguns peemedebistas ilustres pelos quais tenho enorme apreço, essa aliança trouxe o Brasil à maior crise econômica, moral e social da nossa história contemporânea. E lembrava de um aparte sempre adequado do senador Tasso Jereissati, quando ele perguntava, indagava à qual oposição, à qual governo o PT fazia oposição ou qual proposta o PT fazia oposição já que o governo encaminhava determinada votação de uma forma e o PT se opunha à essa votação.


E a raiz disso foi o desprezo que a atual presidente da República, enquanto candidata, teve para com os brasileiros ao não apresentar um programa, ao negar-se a fazer aquilo que a Justiça Eleitoral determina que seja feito, e com a palavra de menosprezo disse 'meu programa é o meu governo'. Então não houve sequer a condição de travarmos um debate sério, profundo, em relação à gravidade da situação que já se anunciava no ano passado, e até antes dele. Tudo o que vem acontecendo no Brasil hoje era apontado por nós com absoluta clareza.


A necessidade de termos regras absolutamente claras, profissionalizarmos as agências reguladoras, termos uma política econômica com previsibilidade, a incapacidade dos programas de transferência de renda, exclusivamente eles, darem conta ainda da gravíssima crise social por que passava o país, a maquiagem dos números ao sabor dos ventos e das circunstâncias e, portanto, o menosprezo do atual governo na campanha eleitoral, que negou-se a apresentar ao país um documento para o debate, e ali eu faço o único senão à proposta do PMDB: não ouvi naquele momento nenhuma liderança do PMDB dizer 'não, estamos participando de um projeto que tem que ter um programa para delineá-lo, um programa para de alguma forma apontar o caminho.


E a não apresentação desse programa permite que hoje o Brasil não tenha um projeto de país, um projeto de governo. O que existe é apenas a necessidade de a presidente se sustentar por mais algumas semanas no cargo, distribuindo espaços de poder como se fossem mercadorias e como se fossem de sua propriedade. E o mais grave em relação a essa gravíssima crise é que nós olhamos para o futuro com o otimismo de sempre, mas não conseguimos enxergar uma luz no final desse túnel, porque o descompasso entre aquilo que se disse e prega aqui neste plenário, por exemplo, as lideranças do governo, e aquilo que o governo pratica é tão grande que, infelizmente, não há na sociedade brasileira, nem nas hostes do atual governo, quem acredite que esse governo, com essa estrutura que aí está, tenha condições de levar o Brasil à saída dessa crise, com a recuperação da confiança, dos investimentos, para minimamente minimizarmos a mais aguda crise social da nossa história recente".
Autor: Assessoria PSDB Nacional
Fonte: Assessoria

terça-feira, 3 de novembro de 2015

"Crise social, por Aécio Neves"





- Artigo publicado pelo portal PSDB Nacional: “Crise social, por Aécio Neves”, em que destaca o último artigo do senador, Aécio Neves para a Folha de S. Paulo. Comentando a difícil situação econômica e social do país, o presidente do PSDB argumentou a falta de sensibilidade do governo, que em momento de reajuste fiscal vira as costas para a população e planeja reduzir os benefícios sociais. Tudo isso atrelado ao mal momento da economia, que encolhe e que não apresenta novas oportunidades de emprego, puxa para baixo as famílias que nos últimos anos conquistaram pequenas vitórias no estabelecimento de uma vida melhor: “Basta ver as imensas diferenças entre números do mesmo governo sobre o que seriam os avanços na realidade social do país. O que temos hoje de fato é que, nos últimos meses, mais de 1 milhão de famílias voltaram para as classes D e E. A miséria voltou a aumentar, segundo fontes oficiais como o Ipea, num retrocesso real na condição de vida de crianças, jovens, mães e pais que sonharam com outro futuro. Este triste quadro evidencia os limites das políticas sociais que se restringem à transferência de renda sem levar em conta as privações enfrentadas pelas famílias. Bastou a torneira das receitas começar a secar para os mais pobres se verem onde sempre estiveram: em péssimas condições e sem perspectivas verdadeiras de melhoria de vida.”