segunda-feira, 31 de março de 2014

Aécio Neves presidente do PSDB em artigo relembra a luta de Tancredo contra o golpe militar de 64


segunda-feira, 31 de março de 2014

Aécio em artigo relembra a luta de Tancredo contra o golpe militar de 64




Ontem e hoje

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Há 50 anos, o golpe militar impôs a longa noite de duas décadas de ditadura no Brasil.

Inúmeros relatos revisitaram, nos últimos dias, aquele trecho sombrio da nossa história. Convergimos para as perdas irreparáveis, lembrando as várias faces da violência e do autoritarismo.

Entre tudo o que pode e deve ser lembrado, há uma triste página escrita pelo Congresso brasileiro.

Ouvi o relato da tensão daqueles dias, várias vezes, pela voz de uma testemunha muito especial, o então líder do governo João Goulart na Câmara dos Deputados, Tancredo Neves. Mas é valioso relembrá-lo através de outras narrativas. Para tanto, peço emprestadas as palavras de Augusto Nunes:

"Num artigo publicado em fevereiro de 1985, na Folha de S.Paulo, Almino Affonso recordou a indignação manifestada por Tancredo, naquele dia, quando soldados do Exército tentaram impedi-lo de alcançar o avião, estacionado na pista ao aeroporto em que Jango aguardava o momento da decolagem. Antes disso, Almino testemunhara a reação indignada de Tancredo na sessão realizada pelo Congresso na tarde de 1° de abril, quando o presidente do Senado, o pessedista Auro de Moura Andrade, declarou vago o cargo de presidente da República" (embora tivesse oficialmente informado de que Goulart se encontrava a caminho de Porto Alegre, em território nacional e, portanto, na plenitude de seus poderes constitucionais).

"Até hoje me recordo com espanto", diz Almino, "do deputado Tancredo Neves em protestos de uma violência verbal inacreditável para quantos, acostumados à sua elegância de trato, o vissem encarnando a revolta que sacudia a consciência democrática do país. Não deixava de ser chocante ver a altivez da indignação de Tancredo e o silêncio conivente de muitas lideranças do PSD."

Foi pensando nos desafios atuais do Congresso que lembrei-me dessa passagem.

O que teria acontecido se, 50 anos atrás, a instituição tivesse cumprido seu dever democrático? O que poderá acontecer hoje se a instituição não se render às pressões e às conveniências do momento e optar por ser leal aos interesses dos brasileiros?

Nos acostumamos a contabilizar as perdas do país em cifras e bilhões, mas há algo mais valioso do que isso. O que custa a uma nação o tempo perdido?

Quando olhamos para trás, podemos imaginar que país o Brasil seria se não nos tivessem tirado duas décadas de democracia. E hoje, que alto preço o país terá que pagar por tanto tempo desperdiçado em decisões adiadas ou equivocadas? O que tem custado aos brasileiros a falta de coragem das autoridades em fazer o que precisa ser feito?

Custa mais do que gigantescos prejuízos econômicos. Custam esperanças, oportunidades e sonhos. Custa o futuro.



Aécio Neves é senador pelo PSDB-MG. Foi governador de Minas Gerais entre 2003 e 2010. É formado em economia pela PUC-MG. Escreve às segundas-feiras.

sexta-feira, 28 de março de 2014

Aécio Neves líder da oposição: "Pressão de Dilma é uma ameaça à dignidade do Parlamento!"





sexta-feira, 28 de março de 2014

Aécio : "Pressão de Dilma é uma ameaça à dignidade do Parlamento!"


Fonte: Diário do Grande ABC

Aécio defende que governo compartilhe comando da CPI

O pré-candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves (MG), defendeu nesta quinta-feira que a base aliada do governo no Congresso compartilhe o comando da CPI da Petrobras. Os aliados têm maioria na Câmara e no Senado para indicarem o presidente e o relator da CPI e, dessa forma, ditar o ritmo das investigações. Essa foi a estratégia que o governo adotou em 2009 quando o Senado também conseguiu instalar uma CPI da Petrobras. Na ocasião, o então líder do governo na Casa, Romero Jucá (PMDB-RR), foi o relator e o senador João Pedro (PT-AM), o presidente da comissão.

No início da manhã, o vice-líder do PSDB na Casa, Alvaro Dias (PR), protocolou o pedido de abertura de comissão com 28 assinaturas, um a mais que o mínimo necessário para realizar a apuração. Aécio Neves disse que vai cobrar que o pedido de CPI seja lido pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), até a próxima terça-feira. A partir do momento em que Renan fizer a leitura, os senadores terão até a meia noite daquele dia para retirar ou incluir as assinaturas.

O tucano disse que ainda vai trabalhar para tentar viabilizar uma CPI composta por senadores e deputados. Ontem à noite, os responsáveis por coleta de assinaturas na Câmara já haviam superado o número mínimo de 171 apoios, mas ainda não tinham protocolado o pedido de CPI mista.

Aécio Neves chamou de "vergonhosa" a pressão que integrantes da base aliada fazem em parlamentares para retirar as assinaturas e inviabilizar a instalação da CPI. O jornal O Estado de S. Paulo revelou hoje que líderes como Gim Argello (PTB-DF) vão trabalhar para retirar as adesões. "É quando eu entro em cena, sou especialista nisso. Vamos conseguir trabalhando caso a caso para retirarem as assinaturas às cinco para a meia noite (do dia que o requerimento for lido em plenário)", disse o petebista, que foi surpreendido com a adesão de Clésio Andrade (PMDB-MG) e Eduardo Amorim (PSC-SE).

Para o tucano, a atuação é uma ameaça à dignidade do Parlamento. "Não acredito que nenhum senador que colocou a sua assinatura vai tirar. Mas apenas a movimentação no submundo da política por parte de lideranças do governo mostra um desespero de um governo que, a meu ver, vive os estertores para o bem do Brasil", afirmou.

quinta-feira, 27 de março de 2014

Aécio Neves presidente do PSDB une a oposição e consegue aprovar CPI sobre escândalos da Petrobrás


Aécio une a oposição e consegue aprovar CPI sobre escândalos da Petrobrás



Fonte: Site do PSDB Nacional
Aécio conseguiu unir a oposição em torno da CPI da Petrobras, diz Carlos Sampaio

Brasília – Com a liderança do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, a oposição reuniu, na quarta-feira (26), 28 assinaturas em apoio à criação da CPI da Petrobras no Senado.

Os parlamentares buscam agora a aprovação de 171 deputados federais para a instalação de uma CPI mista, que uniria Senado e Câmara. Para integrantes do PSDB, a ação de Aécio foi essencial para que a oposição alcançasse o objetivo.

“Aécio conseguiu unir a oposição em torno de uma causa nacional”, afirmou o deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP). Para o tucano, Aécio expôs aos senadores que a defesa da Petrobras não é uma pauta específica da oposição, e sim do país. “A ação e a metodologia de trabalho implantadas por Aécio foram essenciais para que chegássemos ao número de assinaturas necessárias”, afirmou.

O também deputado federal tucano Hélio Santos (MA) apontou que a credibilidade de Aécio Neves foi decisiva para a conquista das assinaturas.

“Aécio é uma liderança nacional, com um trabalho grande e uma credibilidade respeitada em todo o país, e sua atuação é fundamental para que o Legislativo investigue o que realmente houve com a Petrobras”, disse.

Expectativas

Sampaio afirmou que está confiante em relação à obtenção das 171 assinaturas na Câmara. “Na terça-feira, já tínhamos 110 apoios, e isso sem contar os quatro partidos que compõem a oposição. Com a oposição, passamos a 170. Ou seja, precisamos de apenas mais uma assinatura para o quórum mínimo. Acredito que seja apenas uma questão de tempo para chegarmos ao número”, disse.

O deputado disse que a atuação do senador Aécio ajudará também na conquista dos apoios na Câmara. “Ele deve ter um papel fundamental, dado que é uma das principais vozes da oposição”, destacou.

Para Hélio Santos, a CPI trará transparência à Petrobras. “o povo brasileiro precisa saber o que está acontecendo com a estatal, que é um importante patrimônio de todos nós. É importante que Câmara e Senado atuem para isso”.



quarta-feira, 26 de março de 2014

Aécio culpa governo Dilma pelo rebaixamento do País!





quarta-feira, 26 de março de 2014

Aécio culpa governo Dilma pelo rebaixamento do País !



Fonte: Yahoo! Notícias
Link: http://br.financas.yahoo.com/noticias/aécio-critica-governo-dilma-rebaixamento-país-211200677--finance.html

Aécio critica governo Dilma por rebaixamento do País


Um dos principais concorrentes na corrida presidencial do Brasil deste ano atribuiu nesta terça-feira, 25, a culpa pelo rebaixamento do rating de crédito do País à presidente Dilma Rousseff e seu governo, dizendo que eles foram incapazes de manter políticas macroeconômicas confiáveis.

"A decisão foi de certa fora esperada, tendo em vista tudo que aconteceu até agora", afirmou o senador Aécio Neves (PSDB). O provável candidato à presidência para as eleições de outubro foi entrevistado pelo Wall Street Journal no Congresso, em Brasília.

Aécio e Eduardo Campos (PSB) provavelmente vão concorrer com a atual presidente Dilma Roussef nas eleições, de acordo com pesquisas. Atualmente, ambos estão atrás de Dilma nas intenções de votos.

"Um crescimento econômico muito fraco, o retorno da inflação, a perda da credibilidade dos investidores no País e a falta de qualquer habilidade para avançar em reformas muito necessárias" levaram ao rebaixamento de ontem, afirmou Aécio ao WSJ. A agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou ontem o rating de crédito soberano do Brasil para BBB-, de BBB, com perspectiva estável.

Aécio também criticou o uso do que chamou de "manobras contábeis" pelo governo de Dilma para escorar as finanças do governo. Se eleito, Aécio prometeu manter um pulso firme sobre os gastos. O provável candidato disse que se concentraria em reduzir a inflação para mais perto do centro da meta, de 4,5%.

Durante o governo de Dilma, a taxa de desemprego no Brasil permaneceu em níveis historicamente baixos, em torno de 5,0%, e os salários subiram. No entanto, os preços aumentaram continuamente e a inflação anual está perto de 6,0%, enquanto o crescimento econômico geral tem sido fraco. Fonte: Dow Jones Newswires.

terça-feira, 25 de março de 2014

Senador Aécio Neves mobiliza oposição para cobrar de Dilma respostas sobre a Petrobras


Aécio mobiliza oposição para cobrar de Dilma respostas sobre a Petrobras




Aécio mobiliza oposição para cobrar resposta de Dilma sobre Petrobras


O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, vai se reunir com líderes da oposição da Câmara e Senado na próxima terça-feira (25) para discutir a melhor estratégia para garantir uma resposta do governo Dilma ao prejuízo bilionário da Petrobras na operação de compra da Refinaria de Pasadena (EUA).

De acordo com reportagem do O Globo desta sexta-feira (21), líderes da oposição já teriam conseguido recolher pelo menos 102 assinaturas em favor do requerimento que propõe criação de uma CPI mista para investigar irregularidades na Petrobras. Para a instalação da comissão seriam necessárias pelo menos 171 assinaturas.

Aécio avalia como extremamente grave a revelação de que a presidente Dilma Rousseff deu aval para a Petrobras realizar o negócio, conforme relevou reportagem de O Estado de S.Paulo esta semana.

“O Brasil precisa que se esclareça quais foram as razões pelas quais a presidente da República, especialista na área de Minas e Energia, tomou uma decisão tão danosa para as finanças da Petrobras e para o próprio país”, cobrou Aécio Neves.


Em 2006, Dilma presidia o Conselho de Administração da Petrobras e autorizou a empresa a pagar US$ 360 milhões por 50% da refinaria, que um ano antes valia US$ 42,5 milhões. Quatro anos depois, a Petrobras perdeu uma batalha judicial e foi obrigada a desembolsar mais US$ 820,5 milhões. No total, a estatal brasileira desembolou US$ 1,18 bilhão por uma refinaria que hoje vale US$ 180 milhões.

Após a revelação, Dilma tentou jogar a responsabilidade para a área técnica da empresa, que teria fornecido “um parecer “técnica e juridicamente falho”, versão confrontada por diretores e especialistas do setor. De acordo com os executivos, Dilma e o Conselho de Administração tiveram acesso a todos os dados sobre a negociação.

O senador também classificou como inaceitável que o ex-diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, apontado pela presidente como o responsável pelo “parecer falho”, tenha permanecido no cargo e depois indicado para o alto escalão da BR Distribuidora, uma subsidiária da estatal.

“Se houve um encaminhamento equivocado por parte da diretoria internacional, como atesta a nota da presidente da República, o esperado é que aquele que fez esse encaminhamento ou fosse demitido ou fosse investigado. Ele foi promovido! Ele, no governo da própria presidente Dilma Rousseff, ocupa a diretoria na BR Distribuidora. Isso é inaceitável”, criticou Aécio Neves.
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segunda-feira, 24 de março de 2014

Aécio Neves : "Dilma já não sabe mais o que dizer ao Brasil"


segunda-feira, 24 de março de 2014

Aécio : " Dilma já não sabe mais o que dizer ao Brasil ".



Fonte: Folha de S.Paulo online

Link: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/aecioneves/2014/03/1429786-ja-deu.shtml

Já deu! – Aécio Neves

Protagonista de um governo refém dos interesses do regime de aparelhamento que se abateu sobre o Estado nacional, a presidente Dilma Rousseff já não sabe mais o que dizer ao Brasil, além de terceirizar responsabilidades.

Atônitos, os brasileiros são informados que, em poucos anos, a 12ª maior empresa do mundo foi transformada na 120ª e começam a perceber que, infelizmente, a PTrobras, longe de ser uma exceção, é o retrato do governo sob o comando do PT.

Incapacidade de gestão e planejamento. Desvios e suspeições. Excesso de compromisso com os companheiros, falta de compromisso com o país.

De um lado, a gravidade das revelações objetivas que vêm à tona e fazem a realidade superar as versões, que, antes sussurradas no meio político, já pareciam inverossímeis.

De outro, a vaidade e a onipotência daqueles que parecem acreditar que somos, os brasileiros, um conjunto de tolos.

O que se tornou conhecido por todos recentemente já era, há muito, de domínio do governo. Por que, então, por exemplo, só agora o diretor que passou a ser o bode expiatório do escândalo foi demitido?

Por que personagens das páginas policiais estiveram, até ontem, protegidos em posições de extrema confiança?

O que mudou? O que transformou um bem feito num malfeito foi apenas a percepção da sociedade? Que governo é este que só age ou ensaia providências quando é confrontado pela opinião pública?

De onde vem tanta arrogância, que faz com que os representantes do PT tripudiem sobre a percepção dos brasileiros?

Primeiro, inventaram os "recursos não contabilizados". Na semana passada, o presidente do Banco Central chamou de mera "realocação contábil" a iniciativa da Caixa de lançar os recursos confiscados dos correntistas como lucro. Agora, na ausência de um mordomo, a culpa parece ser do "relatório".

Os brasileiros vêm sendo desrespeitados todos os dias por ações concretas, sempre envoltas em coincidências demais e transparência de menos, mas também pela forma com que o governo responde a elas.

Estamos cansados de ver o interesse público e coletivo, razão de ser da própria República e da democracia, confundido com os interesses privados e os projetos individuais de poder de pessoas e de partidos.

Uma coisa são os desafios da nação. Outra, são os problemas criados pelo governo.

O governo que o eleitor escolheu para ser solução se transformou no principal problema do país. A verdade é que o governo colocou o Brasil no caminho errado -é simples assim. E o Brasil precisa voltar para o caminho certo.

Precisamos de um governo que volte a ser solução.

Entre a indignação, a revolta e o cansaço diante de repetidos absurdos, o sentimento geral dos brasileiros é um

só: já deu!

AÉCIO NEVES escreve às segundas-feiras nesta coluna.

sexta-feira, 21 de março de 2014

Fortalecimento do Bolsa Família proposto pelo Senador Aécio Neves será votado na próxima semana


sexta-feira, 21 de março de 2014

Fortalecimento do Bolsa Família proposto por Aécio Neves será votado na próxima semana





Senador propõe ações que garantam relocação no mercado de trabalho. Beneficiados que alcançarem teto da renda terão extensão do benefício.

Fim do assistencialismo

Proposta de Aécio que garante avanços ao Bolsa Família será votada na próxima semana

“Ninguém pode ter o monopólio da sensibilidade social. O governo do PT tem muitas falhas, mas a maior delas é a falta de generosidade, é a incapacidade de aceitar sugestões e contribuições para que não se perca a paternidade sobre o programa”, diz Aécio Neves

A oposição de parlamentares do PT adiou mais uma vez, nesta quarta-feira (18/03), a votação no Senado do projeto de lei do senador Aécio Neves (PSDB-MG) que estende por mais seis meses continuados o direito das famílias de permanecer no programa Bolsa Família. A proposta (PL 458) estabelece que no recadastramento do programa, realizado a cada dois anos, a família que acabou de superar a renda mensal fixada pelo governo possa ter um novo prazo de cobertura, dando, assim, maior segurança aos chefes de família que hoje preferem permanecer no mercado informal de trabalho por receio de perder o benefício.

A votação do projeto nesta manhã, na Comissão de Ação Social, foi adiada depois que senadores do PT fizeram oposição à proposta.

“Nossa proposta é que, mesmo com carteira assinada, durante seis meses, o pai ou a mãe chefe de família que consegue um emprego melhor possa continuar recebendo o Bolsa Família por mais seis meses. É um estímulo para que esses trabalhadores possam se reinserir no mercado de trabalho. O projeto é de grande importância para milhares de famílias. Hoje muitos chefes de família, mesmo com uma oferta de trabalho, têm receio de que amanhã, se forem demitidos, não conseguirem rapidamente a reinserção no programa”, disse Aécio.

Os valores pagos hoje pelo Bolsa Família variam de R$ 32 a R$ 306, de acordo com a renda mensal da família por pessoa, número de crianças, jovens até 17 anos e de gestantes. Na prática, a data do recadastramento do programa tem funcionado como uma ameaça às famílias que, nos meses que antecedem o levantamento, acabam por evitar empregos formais que signifiquem maior renda, em razão da perda do beneficio.

“O trabalhador, a chefe de família muitas vezes não quer a regulamentação, a carteira assinada, com medo de perder o benefício. A burocracia para retornar ao programa é grande e ela prefere ficar na informalidade”, disse o senador Cícero Lucena.

O projeto do senador Aécio Neves teve o apoio da relatora senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO), e dos senadores Cícero Lucena (PSDB-PA), Cyro Miranda (PSDB-GO), Casildo Maldaner (PMDB-SC) e Rodrigo Rollemberg (PSB-DF).

Falta generosidade ao PT

Aécio Neves lamentou que a bancada do PT venha discutindo um avanço na política social do país de forma eleitoral. Para ele, o tratamento dado ao projeto de lei seria outro caso a autoria fosse de um parlamentar do PT.

“Surpreende a forma pouco generosa para com os beneficiários do Bolsa Família com que o Partido dos Trabalhadores (PT) encara essa questão. Será que se essa proposta, que busca dar serenidade, tranquilidade, segurança aos beneficiários do Bolsa Família, sempre inquietos, sobretudo em períodos pré-eleitorais, se essa discussão se desse fora do ambiente eleitoral? Será que se essa proposta fosse apresentada por um líder do PT, ela estaria sendo tratada da mesma forma que está sendo tratada aqui?”, questionou Aécio.

O senador Aécio Neves destacou ainda que o governo age politicamente contra os avanços propostos por temer perder o controle sobre o Bolsa Família.

“Ninguém pode ter o monopólio da sensibilidade social. O governo do PT tem muitas falhas, mas a maior delas é a falta de generosidade, é a incapacidade de aceitar sugestões e contribuições para que não se perca a paternidade sobre o programa”, afirmou Aécio Neves.

Bolsa Família como política de Estado

O senador Aécio Neves é autor também do Projeto de Lei 448, de 2013, que incorpora o Bolsa Família ao conjunto de ações sociais do Estado garantidos pela Lei Orgânica de Assistência Social (Loas).

A inclusão à Loas garantirá o Bolsa Família dentro do conjunto de diretos assegurados às famílias, independentemente da vontade do governo, como os benefícios já garantidos de assistência à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice.

Para o senador a posição contrária da base do governo, liderada pelo PT, revela que a prioridade do partido é apenas o uso eleitoral do Bolsa Família.

“É aquilo que prevíamos: o uso desse programa como instrumento eleitoral. Ao buscar transformar o Bolsa Família em um programa de Estado, onde as assistentes sociais possam visitar anualmente cada uma das famílias beneficiárias, onde os detentores do benefício possam sim estar estimulados a buscar uma renda maior no próprio mercado de trabalho, queremos exatamente que esses brasileiros tenham a segurança de uma ação permanente, independentemente de governos ou de partidos”, concluiu Aécio Neves.
fonte PSDB

quinta-feira, 20 de março de 2014

Aécio cobra de Dilma explicações sobre "negociata" da Petrobrás


quinta-feira, 20 de março de 2014

Aécio cobra de Dilma explicações sobre "negociata" da Petrobras



Fonte: Diário do Congresso

Aécio Neves chama compra de refinaria de ‘negociata’ e diz que Dilma deve explicações


O senador e pré-candidato à Presidência da República, Aécio Neves (PSDB), pediu nesta quarta-feira, durante pronunciamento no plenário do Senado, que a compra pela Petrobrás da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), em 2006, seja investigada. Em um discurso duro, o tucano afirmou que a presidente Dilma faz uma “gestão temerária” da estatal e que a transação se tratou de uma “negociata” além de ser a mais “ruinosa e mais lesiva operação feita pela empresa”. Ele ainda afirmou que durante os últimos anos, a empresa, juntamente com a Eletrobrás, perdeu mais de U$ 100 bilhões. Ainda segundo o senador, Dilma e os outros integrantes do conselho administrativo devem dar explicações sobre o negócio. “A resposta dada pela presidente não é suficiente, não permite que os brasileiros conheçam as motivações dessa negociata”, criticou.

O tucano ainda afirmou que a Comissão de Fiscalização e Controle deve abrir procedimento para acompanhar as denúncias. Segundo ele, as explicações da Presidência de que a compra ocorreu sobre um parecer falho, dado por Nestor Ceveró, ex-diretor da Petrobras, não são convincentes. Ainda de acordo com o tucano, não pode haver terceirização das justificativas. “Em nenhum momento colocamos em xeque a honradez da presidente. Considero a presidente uma senhora proba. Mas ela não buscou se embasar nos critérios da boa gestão”, afirmou. O senador também questionou o atual cargo de Ceveró, que atualmente é diretor financeiro da BR Distribuidora. “Aquele que levou a empresa ao prejuízo foi promovido”, atacou.

Aécio ainda ironizou as explicações da presidente sobre o valor da compra, que teria sido feita 1500% acima da quantia de mercado. “A Petrobrás se tornou a OGX da presidente Dilma”, disse.

Logo após a fala de Aécio, a senadora e ex-ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann(PT), questionou o tom com que o tucano fez seu discurso. Segundo a ex-ministra, a oposição tem o papel de pedir explicações, mas chamou de “oportunista” a fala de Aécio. “O assunto não é novo, porque Vossa Excelência não veio a público anteriormente?”.

O líder do governo Eduardo Braga (PMDB) também saiu em defesa da presidente. Ele lembrou que a Casa aprovou nesta quarta-feira, requerimentos para que a Petrobrás preste informações. O presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB) afirmou que o assunto “é velho”. “ O que há de novo nisso é a presença de Ceveró na Petrobrás”, comentou.

Já o líder do PSDB, Aloísio Nunes, disse que a presidente foi “incompetente”. Segundo ele, não resta dúvidas sobre a honestidade de Dilma, mas ela se comportou de forma temerária nesse assunto. “A presidente Dilma falhou como presidente do conselho de administração”, afirmou, dizendo que ela deveria ter registrado em ata que havia ressalvas sobre a transação.

Denúncia

Segundo denúncia devulgada nesta quarta-feira pelo jornal ‘O Estado de São Paulo’, a presidente Dilma Rousseff aprovou a compra de 50% da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), quando era chefe da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da Petrobras, em 2006, conforme mostram atas e documentos inéditos da estatal. O negócio, que viria a se completar em 2012, é alvo de investigação da Polícia Federal, Ministério Público, Tribunal de Contas da União e de uma comissão externa da Câmara dos Deputados por suspeitas de superfaturamento e evasão de divisas.

Os papéis mostram que “não houve nenhum voto em sentido contrário” na decisiva reunião do conselho em favor da operação de compra de metade da refinaria. Os documentos esclarecem a posição da então ministra de Luiz Inácio Lula da Silva na origem do negócio que viria a se tornar um problema para o governo, obrigado, mais tarde, a comprar os outros 50% da refinaria.

A ata 1.268, de 3 de fevereiro de 2006, no item cinco, mostra a posição unânime do conselho mesmo já havendo, à época, questionamentos sobre a refinaria, considerada obsoleta. A estatal acabou desembolsando US$ 1,2 bilhão na compra – o polêmico negócio acabou revelado no ano seguinte pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.

Em 2005, um ano antes de a Petrobras decidir fazer o negócio, a empresa de origem belga Transcor/Astra havia comprado a refinaria por US$ 42,5 milhões.

Os então ministros Antonio Palocci (Fazenda), atual consultor de empresas, e Jaques Wagner (Relações Institucionais), hoje governador da Bahia pelo PT, integravam o Conselho de Administração da Petrobras. Eles seguiram Dilma. A posição deles sobre o negócio também era desconhecida até hoje.

A compra da refinaria foi feita em duas partes. Para aprovar a primeira parte do negócio, o conselho se baseou no “resumo executivo” da diretoria internacional da Petrobras, comandada por Nestor Cerveró, que defendia a compra da refinaria como medida para expandir a capacidade de refino no exterior e melhorar a qualidade dos derivados de petróleo brasileiros.

A refinaria não processa o óleo pesado produzido pela Petrobras. Indicado para o cargo pelo ex-ministro José Dirceu, na época já fora do governo federal por causa do mensalão, Cerveró é hoje diretor financeiro de serviços da BR-Distribuidora.

Controle

Enquanto Dilma atuou como presidente do conselho, nenhuma decisão foi tomada sem que tivesse sido combinada com ela antes da reunião. O então presidente da empresa, José Sergio Gabrielli, costumava discutir os temas com a então ministra da Casa Civil com antecedência, quando a municiava de dados e informações. Cabia a Dilma convocar as reuniões do conselho de administração e definir a pauta.

A única versão sobre a opinião da presidente a respeito do negócio de Pasadena conhecida até hoje é a de que se posicionou contra a compra da segunda metade da refinaria, quando teria sido ríspida com Gabrielli que insistia na aprovação. Os documentos da estatal confirmam a posição contrária da presidente na segunda etapa. A Petrobras teve de comprar os outros 50% após um litígio.

quarta-feira, 19 de março de 2014

Aécio Neves líder da oposição teme intervenção do estado no Marco Civil da Internet


Aécio teme intervencão do estado no Marco Civil da Internet



Fonte: Diário de Pernambuco


Marco Civil da Internet é criticado pelos adversários de Dilma nas eleições


Para o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), a petista erra ao ter pressa para votar o texto

Motivo de discórdia na própria base aliada, o Marco Civil da Internet é criticado também por adversários da presidente Dilma Rousseff nas eleições. Para o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), a petista erra ao ter pressa para votar o texto na Câmara, e deveria levar a proposta para o debate eleitoral. Já o senadorAécio Neves (PSDB-MG) diz que a matéria ainda não está “madura” para apreciação no Congresso e abre margem para um “intervencionismo perigoso” do governo.

O Planalto tem pressa na votação para poder apresentar o projeto na conferência internacional de governança na internet, que ocorre em São Paulo, em abril. A ideia é mostrá-lo como um exemplo. Além disso, quer, com a aprovação de um texto sobre o assunto, dar uma resposta às denúncias de espionagem norte-americana reveladas no ano passado.

Para Eduardo, o ambiente de debate é inadequado. “Talvez seja melhor a gente não submeter o debate do marco civil a um ambiente contaminado pela política menor”, disse, em referência à crise entre a base e o governo, que passa pelo texto. Enquanto o Planalto se esforça para aprovar o projeto, o PMDB, oficialmente na base, tenta derrubá-lo.

Eduardo diz que o projeto precisa ser debatido em um ambiente que não seja “nem de governo nem de oposição”. “Acho melhor aguardar para o próximo ano para que o governo eleito, que vai, inclusive, definir sua posição com clareza no debate eleitoral, afirme o que entende que é relevante. (...) Não estamos em tempo de fazer as coisas de qualquer jeito”, alfinetou o governador.

Já Aécio diz ver “uma ansiedade muito grande do governo” pela votação, embora a proposta, para ele, não esteja “madura”. “Nossa posição já tem sido essa na Câmara (de não votar no afogadilho). Somos a favor da neutralidade, mas achamos que esse projeto traz a possibilidade de um intervencionismo inadequado. Por meio de decreto (se for aprovado), a presidente pode fazer intervenções perigosas, principalmente vindo de um governo que volta e meia apresenta o seu perfil intervencionista”, acusou o senador.

O tucano diz que talvez seja melhor a votação ser adiada para o próximo ano. “A posição do PSDB é aguardar que essa negociação possa avançar e esse viés intervencionista possa ser revertido”, afirmou.

terça-feira, 18 de março de 2014

Aécio Neves presidente do PSDB : "Dilma é intolerante e arrogante com seus adversários"


Aécio : "Dilma é intolerante e arrogante com seus adversários"



Senador mineiro e presidenciável pelo PSDB diz que presidente da República se distancia cada vez mais da pulsação intensa da vida diária; “A intolerância com os adversários, a ojeriza ao debate transparente e a arrogância no trato com interlocutores de vários segmentos chegou ao cúmulo de atingir agora os próprios aliados”

247 – O senador mineiro e presidenciável tucano, Aécio Neves, fez nova crítica à gestão de Dilma Rousseff. Segundo ele, isolada em seu palácio, se alimentando de estatísticas e informações oficiais, não raro, distorcidas, a presidente da República se distancia cada vez mais da pulsação intensa da vida diária.

O tucano diz que a presidente tem sido poupada de aparições em eventos para diminuir o desgaste. “Não há enredo fantasioso que se sustente diante de uma realidade que teima em driblar as maquinações mais criativas”. Ele cita o crescimento baixo da economia, a inflação, a carga tributária e problemas nas áreas sociais.

“A intolerância com os adversários, a ojeriza ao debate transparente e a arrogância no trato com interlocutores de vários segmentos chegou ao cúmulo de atingir agora os próprios aliados”. (Leia aqui na íntegra).

Brsil 247


segunda-feira, 17 de março de 2014

Senador Aécio neves : "É preciso sair às ruas para ver a realidade e ouvir as vozes"


segunda-feira, 17 de março de 2014

Aécio : " É preciso sair ás ruas para ver a realidade e ouvir as vozes "




O lugar da política, por Aécio Neves

Aecio Neves

Artigo do senador Aécio Neves, presidente do PSDB, no jornal Folha de S.Paulo

O isolamento nunca fez bem aos governantes. Quem se afasta do contato popular e confia apenas num séquito de aduladores, tende a desenvolver, na clausura da poder, uma aversão crescente à realidade.

Temo que estejamos vivendo algo semelhante no Brasil. Isolada em seu palácio, se alimentando de estatísticas e informações oficiais, não raro, distorcidas, a presidente da República se distancia cada vez mais da pulsação intensa da vida diária. A palavra empenhada de aproximação com os movimentos sociais e um maior diálogo com a sociedade não conseguiu vencer as portas sempre fechadas, o acesso restrito, a redução dos canais de escuta e diálogo.

O governo se mostra acuado, temeroso de se expor. A figura da presidente tem sido poupada nos eventos mais populares, como o Carnaval. Até mesmo os discursos de abertura e encerramento da Copa do Mundo foram providencialmente suspensos, por medo das vaias que poderiam constranger as autoridades presentes.

É forçoso reconhecer que algo saiu errado no script minuciosamente montado para apresentar ao país uma versão edulcorada de sucesso, otimismo e crescimento. Não há enredo fantasioso que se sustente diante de uma realidade que teima em driblar as maquinações mais criativas. A economia cresce pouco. A inflação caminha célere. A inadimplência das famílias bate no teto. A indústria patina e produz o equivalente a 2008. A carga tributária é das mais altas do mundo e a conta dos erros no setor elétrico começa a ser cobrada de empresários e consumidores.

Nas áreas essenciais, os números são vergonhosamente ruins. Na saúde e na segurança, as crises se acumulam, denunciando diariamente a crônica precariedade dos serviços públicos. A anunciada austeridade fiscal não convence nem o próprio governo, que a atropela sistematicamente.

Há visível descompasso entre o Brasil real e o da propaganda. Em algum momento, eles deverão se encontrar frente a frente. Até lá, seria prudente distender a estratégia de confronto e isolamento em vigor.

Em tempos de crise, é preciso baixar a guarda, ouvir e conversar mais. A intolerância com os adversários, a ojeriza ao debate transparente e a arrogância no trato com interlocutores de vários segmentos chegou ao cúmulo de atingir agora os próprios aliados.

O debate democrático foi substituído por um discurso ufanista e autoritário, retrato de uma gestão encastelada em suas quimeras.

O Brasil merece mais. Acima da agenda eleitoral, os brasileiros clamam por boa governança. Para tanto, é preciso abrir as portas e sair às ruas para ver a realidade em movimento e ouvir as vozes que, hoje, não conseguem ultrapassar as antessalas do poder.

sexta-feira, 14 de março de 2014

PSD, base de Dilma, declara apoio a Aécio Neves em Minas


PSD, base de Dilma, declara apoio a Aécio Neves em Minas



O PSD de Minas Gerais declarou apoio ao pré-candidato do PSDB ao governo de Minas Gerais, ex-prefeito de Belo Horizonte e ex-ministro dasComunicações (governo FHC), Pimenta da Veiga. Em evento na sede regional do partido em Belo Horizonte, na manhã desta quinta-feira (13), os sete deputados federais e seis deputados estaduais da legenda no Estado fecharam o apoio ao candidato do senador Aécio Neves (PSDB-MG) ao governo de Minas Gerais.

Com a adesão, o tucano amplia seu tempo nas propagandas eleitorais de rádio e TV em 1m52s. A bancada federal do PSD mineiro, juntamente com a paulista que tem também sete deputados federais, é a maior representação estadual da legenda na Câmara dos Deputados.

Nas eleições municipais de 2012, em Belo Horizonte, o partido ficou dividido entre o candidato petista Patrus Ananias, que acabou derrotado, e o candidato à reeleição Marcio Lacerda (PSB), apoiado pelo grupo político de Aécio Neves.

Pimenta da Veiga afirmou que o apoio recebido do PSD mineiro pode facilitar as conversas para a adesão da legenda ao candidato tucano à Presidência da República. “É evidente que isso seria uma evoluçãonatural. Mas temos de fazer um trabalho mais amplo para esse apoio à candidatura de Aécio”, afirmou.

“Há uma tendência definida [com o apoio ao candidato tucano em Minas Gerais] que possamos caminhar juntos com Aécio [Neves]“, afirmou o secretário-geral do PSD em Belo Horizonte e em Minas Gerais, deputado federal Alexandre Silveira. Ele é secretário de Saúde do governador mineiro Antônio Anastasia (PSDB) e liderou o apoio aos tucanos nas eleições de 2012 municipal.

“Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Estamos apenas anunciando apoio [a Pimenta da Veiga] ao governo de Minas Gerais”, afirmou o presidente do PSD de Belo Horizonte e Minas Gerais, Paulo Safady Simão, que liderou o apoio ao candidato petista à Prefeitura da capital mineira em 2012.

Declararam apoio a Pimenta da Veiga durante o evento os deputados federais do PSD mineiro Diego Andrade, Geraldo Thadeu, Jaime Martins, João Humberto, Marcos Montes, Walter Tosta, além de Alexandre da Silveira, e os deputados estaduais Cássio Soares, Doutor Wilson, Duarte Bechir, Fabio Cherem, Hélio Gomes e Neider Moreira.

A guerra dos dois minutos
Nas eleições municipais de 2012, em Belo Horizonte, o PSD mineiro rachou ao meio. Com o rompimento da aliança entre PT e PSD, após o prefeito Marcio Lacerda (PSB), candidato à reeleição, ter voltado atrás em sua promessa de aliar-se também nas eleições proporcionais (para vereadores) aos petistas, foi lançada a candidatura do ex-prefeito Patrus Ananias (PT).

Chamado pela presidente Dilma Rousseff para uma conversa no Palácio do Planalto, o então prefeito de São Paulo e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, foi pressionado a intervir no partido em Minas Gerais.

“Fui incitado pelo governo federal a caminhar com o Patrus em Belo Horizonte, depois desse rompimento. Preciso da compreensão de vocês, precisamos dar um gesto ao Palácio do Planalto”, afirmou Kassab à bancada mineira da legenda na Câmara dos Deputados, logo após o encontro com Dilma.

A intervenção de Kassab, porém, fez com que a disputa rachasse o partido no Estado. Cinco deputados federais da legenda optaram em apoiar a candidatura petista de Patrus Ananias. Eles foram liderados pelo presidente municipal e estadual da legenda Paulo Safady Simão.

Outros seis deputados estaduais, liderados pelo deputado federal Alexandre Silveira, secretário-geral do PSD na capital e no Estado, entretanto, conseguiram vencer na Justiça a questão. O caso terminou no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que validou a convenção realizada antes da intervenção e que havia decidido pelo apoio à reeleição do socialista.

Os seis deputados federais da legenda, que seguiram as orientações da direção nacional, subiram no palanque petista. Os outros seis deputados estaduais e os dois federais, porém, além do apoio político à reeleição de Lacerda, garantiram à chapa socialista mais dois minutos de propaganda eleitoral no rádio e TV, que o partido tinha direito. E venceram o pleito.
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quinta-feira, 13 de março de 2014

Aécio Neves líder da oposição : Há um "PMDB histórico", o da resistência que o PT já perdeu

Marcadores: Aécio NevesCopaDilma


Aécio Neves :  Há um "PMDB histórico", o da resistência, que o PT já perdeu.


Fonte: Em.com.br


Link: http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2014/03/13/interna_politica,507361/aecio-admite-que-mira-apoio-do-pmdb-para-disputar-a-presidencia-da-republica.shtml

Aécio admite que mira apoio do PMDB para disputar a Presidência da República


Senador afirmou que o PSDB nasceu da "costela" do PMDB, por isso é "natural" que membros da sigla queiram apoiar o seu nome

Estado de Minas

Brasília – Provável adversário da presidente Dilma Rousseff nas eleições de outubro, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) admitiu nessa quarta-feira que mira o apoio de parte do PMDB à sua candidatura em meio à crise que atinge a relação do PT com os peemedebistas. Aécio afirmou que o PSDB nasceu da "costela" do PMDB, por isso é "natural" que membros da sigla queiram apoiar o seu nome – e não reeditar a chapa com a presidente Dilma. "Quanto mais o PT faz valer o seu projeto hegemônico que não busca aliados, mas busca apoiadores, é natural que em função das realidades locais haja uma aproximação. Isso não é estratégia do PSDB, é algo natural", afirmou.

Aécio disse que não busca "cooptar" o PMDB para a sua candidatura à Presidência, mas recebe "sinais" de peemedebistas que desejam desembarcar do projeto de reeleição de Dilma. O PMDB do Rio de Janeiro, por exemplo, cogita apoiar o tucano, liderado pelo governador Sérgio Cabral, que é amigo de Aécio. "Esse governo paga o preço de sua arrogância casada com sua ineficiência", disse o senador.

O tucano se manifestou publicamente pela primeira vez sobre a crise PT-PMDB que impôs derrotas a Dilma no Congresso e ameaça o apoio do principal aliado da presidente à sua candidatura. Segundo o senador, a crise é consequência da postura de um governo que não deseja manter aliados, mas "vassalos". Aécio disse que, ao oferecer cargos no primeiro escalão ao PMDB e liberar emendas para agradar o aliado, Dilma se desvincula cada vez mais do "PMDB histórico".

"Todo esse esforço do governo às custas de cargos públicos e dinheiro público, especialmente através de emendas para manter o PMDB na base, pode ter um ganho para o governo que são alguns minutos a mais de tempo de televisão. Porque a base do PMDB, do PMDB histórico, PMDB da resistência, da democracia, que quer ver avanços no Brasil, essa o PT já perdeu", afirmou.

Copa

Aécio também criticou a decisão de Dilma e do presidente da Fifa, Joseph Blatter, de não discursarem na abertura da Copa do Mundo temendo represálias populares, como vaias. "Na verdade, existem dois Brasis. O Brasil virtual, da propaganda oficial onde distribuem-se fotografias com sorrisos da presidente e do ex-presidente, e o Brasil real, em que a presidente da República foge do povo, como fugiu do carnaval, e pretende aparecer camuflada nos jogos da Copa do Mundo. Esses dois Brasis vão ser colocados frente a frente na campanha eleitoral", afirmou.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Aécio Neves critica relação do governo do PT com partidos aliados





Fonte: [VIA EMAIL] Assessoria de Imprensa do Senador Aécio Neves
Data: 12/03/2014

Aécio Neves critica relação do governo do PT com partidos aliados



Aécio Neves critica relação do governo do PT com partidos aliados

“Um governo autoritário que não quer aliados, quer vassalos. Um governo que não quer partidos para compartilhar um projeto de Brasil, quer aliados para vencer as eleições”, diz senador

O senador Aécio Neves criticou, nesta quarta-feira (12/10), a relação política mantida pelo governo federal do PT com os partidos que compõem sua base de apoio. Em entrevista coletiva concedida à imprensa no Senado Federal, AécioNeves afirmou que a crise que atinge os trabalhos do Congresso Nacional nos últimos dias é resultado da ação autoritária de um governo que quer aliados para obter vantagens eleitorais, e não desenvolver um projeto para o Brasil.

Para Aécio Neves, o grande objetivo do governo do PT é obter maior de tempo na propaganda eleitoral gratuita, que vai ao ar durante as eleições, por meio da distribuição de dinheiro e cargos públicos para aliados.

“Essa crise é consequência daquilo que anunciávamos há muito tempo, de um governo autoritário que não quer aliados, quer vassalos. Um governo que não quer partidos para compartilhar um projeto de Brasil, quer aliados para vencer as eleições. Isso tudo é consequência da arrogância com que o PT vem conduzindo o governo até aqui, e agora colhe esses frutos. Todo esse esforço do governo, à custa de cargos públicos e dinheiro público, especialmente através de emendas, para manter o PMDB na base, pode ter um ganho para o governo, que são os minutos a mais no tempo de televisão. Porque a base do PMDB, do PMDB histórico, da resistência, da democracia, do PMDB que quer ver avanços no Brasil, essa o PT já perdeu”, disse o senador.

Aécio Neves cobrou que o governo e o Congresso retomem a discussão de assuntos de interesse da sociedade brasileira, como as deficiências em áreas sociais e o baixo crescimento da economia.

“É preciso propostas, uma discussão séria sobre a crise no setor elétrico, sobre o crescimento pífio da nossa economia, sobre a tragédia da nossa segurança pública, com a omissão e a passividade do governo, a crise na saúde. Não há espaço no Brasil para essa discussão mais. A agenda do governo é a agenda eleitoral única e exclusivamente. É ela que toma conta da presidente da República. E o Brasil tem problemas seríssimos a serem enfrentados que, infelizmente, não vêm tendo a atenção que deveriam estar tendo por parte do governo. É um final triste de um governo que perdeu a capacidade de ousar e de transformar para se contentar única e exclusivamente com um projeto de poder”, disse o presidente tucano.

A presidente da República foge do povo, diz Aécio

O senador Aécio Neves também destacou a decisão da presidente Dilma Rousseff de não discursar nas partidas de abertura e de encerramento da Copa do Mundo, como divulgado pela imprensa ontem. Durante o carnaval, a presidente já havia cancelado agenda anunciada em Salvador (BA) com receio de receber vaias. Para o senador, ambas as decisões demonstram que presidente tem evitado ficar frente a frente com a população.

"Na verdade existem dois Brasis. O Brasil virtual, da propaganda virtual, onde distribui-se fotografias com sorrisos da presidente da República, e o Brasil real, aquele em que a presidente da República foge do povo, como fugiu no carnaval e pretende, ou de alguma forma prepara-se, para aparecer camuflada nos jogos da Copa do Mundo. Esses dois Brasis serão colocados frente a frente na propaganda eleitoral. O Brasil tem problemas seriíssimos a serem enfrentados que, infelizmente, não vêm tendo a atenção que deveriam estar tendo por parte do governo. É um final triste de um governo que perdeu a capacidade de ousar e de transformar para se contentar única e exclusivamente com um projeto de poder", afirmou Aécio Neves.

terça-feira, 11 de março de 2014

Entrevista de Aécio Neves presidente do PSDB: "Os protestos de rua rasgaram a fantasia do PT"



terça-feira, 11 de março de 2014



Entrevista de Aécio : "Os protestos de rua rasgaram a fantasia do PT"









Entrevista Aécio Neves: manifestações desconstruíram imagem do PT


Senador Aécio Neves acredita que horário eleitoral vai desmontar o Governo Dilma e mostrará todas as deficiências de gestão.


Entrevista Aécio Neves


Fonte: Revista Viver


ENTREVISTA


Aécio Neves


Senador mineiro, pré-candidato à Presidência da República, diz que as manifestações desfizeram a imagem, construída pelo governo, de um país sem problemas, de superação da miséria, de eficiência



Como principal candidato das oposições, segundo as pesquisas, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, acredita que o favoritismo da presidente Dilma ficará abalado assim que começar o horário eleitoral gratuito. O monólogo terá fim e, na defensiva, a presidente terá que responder às críticas, com isso, o PSDB vai avançar. “No segundo turno, os favoritos somos nós, e não o governo”, diz Aécio, que será o primeiro palestrante do ano, no dia 14 de fevereiro, no Conexão Empresarial, evento promovido pela VB Comunicação. Conhecido pela sua habilidade em transitar tanto no campo adversário quanto entre os aliados do governo, ele já se articula para formar uma forte aliança em torno do seu projeto de governo e para fortalecer os palanques nos estados. Guiado pelas muitas pesquisas que analisam o comportamento do eleitorado, entende que há um forte sentimento de mudança, observado nas manifestações de rua que surpreenderam pelo caráter suprapartidário, que não foi entendido pelo governo. “Os movimentos das ruas rasgaram a fantasia do PT.” Com palavras de ordem como tolerância zero para a inflação e herança maldita da administração petista, Aécio pretende tornar-se candidato oficial do PSDB em solo paulista, em março. “Quem sabe, após 60 anos, Minas tenha um presidente da República eleito pelo voto.”



Há algum simbolismo na escolha de São Paulo para o lançamento da sua candidatura à Presidência?



Foi um convite da direção do PSDB de São Paulo, feito pelo presidente Duarte Nogueira, que considera que seria um gesto de reciprocidade, já que a campanha de Geraldo Alckmin, quando se candidatou em 2006, foi lançada em Belo Horizonte. Essa é a primeira eleição, desde a redemocratização, em que o PSDB não terá um candidato de origem paulista e por ser o maior colégio eleitoral do Brasil.



A estratégia é a de concentrar as ações em São Paulo e estados do Nordeste?



Não há como você ter prioridades em uma caminhada como essa. Em primeiro lugar, não sou ainda o candidato do partido. A ideia é a de que essa definição ocorra até o final de março. Mas, mesmo antes disso, como presidente nacional do PSDB, estive, desde julho do ano passado, em mais de 20 estados, de todas as regiões, realizando encontros extremamente densos e discutindo as bases do nosso programa de governo, política ambiental na Amazônia, políticas regionais no Nordeste, questões do agronegócio no Sul e no Centro-Oeste. Inúmeros encontros em São Paulo, com foco na preocupação com a desindustrialização. Não é um processo que se inicia agora. O que vamos fazer a partir de fevereiro é retomar a agenda de viagens, caminhando pelo Brasil inteiro. Pretendo intercalar essas visitas a outros estados com (visitas) a várias regiões de Minas.



Marina Silva virou um problema para o senhor na negociação com o PSB em alguns estados, inclusive em Minas?



Não, de forma alguma. Acho que a presença da Marina na disputa, ao lado do Eduardo Campos, é saudável. A Marina traz temas importantes para o debate eleitoral, oxigena essa disputa. Da mesma forma, o Eduardo. Quem tentou, como pôde, inibir outras candidaturas foi o PT. Seja do ponto de vista congressual, quando atuou para impedir a criação do partido da Marina, seja do político, quando tentou inviabilizar a candidatura de Eduardo através da cooptação de seus aliados, e acabou levando alguns deles, como é o caso do Ceará. Mas nós achamos que era importante que outras forças políticas participassem do processo eleitoral. O PSDB nunca temeu essa participação. Ao contrário, a minha expectativa é de que, no momento em que forças políticas que militavam no governo, como é o caso da Marina e do próprio Eduardo, que foi ministro do Lula, passam a militar no campo da oposição, isso tem que ser saudado por nós como algo extremamente positivo. Mas eu tenho confiança plena de que o PSDB, pela clareza do seu discurso, pela estrutura que tem em todo o Brasil, pela força das suas lideranças, é quem representará a mudança de verdade, pela qual quase 70% da população brasileira clama. Estou extremamente confiante em que o PSDB tem todas as condições de chegar ao segundo turno e, aí, o jogo se inverte, os favoritos somos nós, e não o governo.



O senhor sempre reclamou, nas eleições passadas, de que o PSDB precisava de um projeto claro de governo. Já tem claro o que é preciso fazer?



Nós fizemos, no final do ano passado, no dia 13 de dezembro, o lançamento das diretrizes básicas desse projeto, que foi fruto de tudo aquilo que nós buscamos ou nós elegemos nesses debates, seminários e encontros regionais, e que serão a base da construção do nosso plano de governo. Ele será coordenado pelo governadorAnastasia, a partir do final do mês de março, quando ele deve deixar o governo do estado, no prazo final de desincompatibilização.



Quais são elas?



Passa por questões que, para nós, sempre foram muito claras. A eficiência da gestão pública para combater a crônica deficiência do atual governo do PT. A meritocracia como antítese a esse aparelhamento perverso e absurdo da máquina pública feita pelo PT. Uma visão de mundo muito mais atual e pragmática do que essa atrasada visão ideológica do Brasil, que tem nos levado a alianças que em nada têm ampliado os nossos mercados e contribuído para o crescimento da economia. Uma visão muito mais solidária de estados e municípios para nos contrapormos a esse centralismo absurdo do governo federal, que vem transformando o Brasil não mais em uma Federação, mas em um estado unitário, com estados e municípios cada vez mais dependentes da União. Uma ação firme e decisiva na coordenação de política de segurança nacional para nos contrapormos à absoluta omissão do governo federal nessa questão, inclusive com um esforço maior no financiamento da segurança pública. Hoje, 87% de tudo o que se gasta em segurança vêm dos estados e dos municípios e apenas 13% da União. O Fundo Penitenciário, aprovado no Congresso, nos últimos 3 anos de governo da atual presidente, teve apenas 10,5% do seu valor executado, o que mostra o descaso e a omissão nessa questão. Em relação à saúde, houve, durante um período do governo do PT, queda de 54% de participação do governo federal no total de financiamento da saúde para apenas 45% hoje, o que mostra, também, nessa gravíssima questão, a grande omissão do governo federal. Nós temos que resgatar a Federação no Brasil, estabelecermos a meritocracia e, no campo econômico, uma política fiscal transparente, que resgate a credibilidade perdida do Brasil, com tolerância zero à inflação, e que nos permita crescer de forma mais sustentável para sairmos do final da fila. O Brasil cresceu no ano passado apenas mais do que a Venezuela, na América do Sul. A equação econômica do governo que a presidente Dilma nos deixará, essa sim uma herança maldita, se resume em crescimento pífio, inflação alta e maquiagem dos dados fiscais, que tem como consequência a enorme perda de credibilidade do Brasil.



O governo tem conseguido se manter bem perante a opinião pública, mesmo com esses indicativos que o senhor está citando. Parece que nada atinge o governo do PT?



Ao contrário. Aparece em todas as pesquisas um dado que é relevante. Dois terços da população querem mudanças profundas. Só que o que existe hoje é quase um monólogo. Hoje os grandes veículos de comunicação de massa não falam no governo, falam na presidente apenas. Isso não permanecerá durante o processo eleitoral. Portanto, estou convencido de que o governo terá que fazer uma campanha na defensiva. A inflação já é, sim, um problema para boa parte das famílias brasileiras. Estamos com a inflação no teto da meta, existindo há muitos anos. Isso porque nós temos preços controlados de combustíveis, de energia e de transportes públicos. Na hora em que destampar a tampa dessa panela, vamos ter a inflação média chegando a em torno de 9%. A cesta básica nos últimos 12 meses, em 16 capitais pesquisadas, está acima de 10%. Em Salvador, chega a 17%. Uma inflação na vida cotidiana das pessoas, porque o governo geriu mal a economia, flexibilizou os pressupostos básicos dos pilares fundamentais que foram herdados do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso.



A eleição deste ano terá componentes diferentes motivados pelos protestos. O senhor entendeu o recado das ruas?



É um recado claro para toda a classe política. A população está cansada da ineficiência dos serviços, do desleixo com o dinheiro público, das sucessivas denúncias de corrupção. Ela clama por valores, por novas oportunidades. As respostas que o governo federal buscou dar, com uma agenda absolutamente descolada da realidade do Brasil e desse sentimento das pessoas, como a pífia reforma política, que foi a mais eloquente delas, não respondeu em absolutamente a essas expectativas. Nós não trabalhamos esses eventos como um ativo eleitoral. Se ocorrerem, os governantes, todos eles, têm que estar prontos para dar as respostas. Mas é algo que nós, democratas, temos que compreender. As pessoas hoje estão inquietas, insatisfeitas com o que está acontecendo. Agora, o governo federal, que vendeu aos brasileiros um nirvana, um país onde só existiam virtudes, que não tinha problemas, que superou a miséria, que tem suas empresas públicas geridas com a maior eficiência, esse país da fantasia se desfez. Esses movimentos rasgaram a fantasia do PT.



Que alianças o senhor vai buscar nessas eleições? O PMDB, por exemplo, demonstra insatisfação com o governo.



Essas alianças são consequência da capacidade que você tenha ou não de apresentar um projeto viável. A nossa preocupação neste momento é apresentar ao Brasil um projeto exequível, que recomponha a credibilidade da nossa economia e aponte para cenário de crescimento sustentável por um bom período. As alianças são consequência disso. O que posso antecipar é que cada estado é uma realidade, e nós teremos, certamente, apoios em vários deles, de forças políticas, mesmo estando em nível nacional, de alguma forma, alinhadas a este governismo de cooptação, porque não tem nada decoalisão, tem é de cooptação através de cargos públicos. Mas não se consegue cooptar todos.



O senhor acha que vai ser possível se aliar ao PSB em Minas Gerais? Existe a possibilidade de palanque duplo?



O PSB é aliado do PSDB em muitos estados, inclusive em Minas, desde o meu primeiro mandato. Essa é uma aliança absolutamente natural, e eu acredito que ela possa ser mantida, sim, como será em outros estados. Tenho conversado com o governador Eduardo Campos, e o nosso entendimento é o de que vamos deixar que as situações regionais, locais caminhem sem qualquer intervenção nossa. O que eu percebo é que o PSB terá, em muitos estados, alianças com o PSDB e pouquíssimas com o PT, o que é uma sinalização importante em relação ao segundo turno.



A eleição terá um capítulo à parte na internet. O PT está lançando, inclusive, cartilha para a militância e o PSDB, como vai trabalhar com as mídias sociais?



O PT sempre utilizou a internet para fazer uma guerrilha que foge aos padrões éticos que deveriam orientar a disputa política e vai continuar nesse mesmo caminho, não é nenhuma novidade. Agora talvez mais, com financiamento maior e parte até com financiamento público, já estão montando um verdadeiro exército na internet. Obviamente, nós temos que estar atuando. Vamos usar a internet para difundir ideias, debater o nosso programa, mobilizar as nossas forças. O PT costuma usar a internet para fazer, como fez recentemente com o Eduardo Campos, como faz permanentemente em relação aos seus opositores, o jogo da calúnia, dadifamação, da desconstrução. Mas eu acredito muito no bom senso das pessoas. Se não acreditasse, não estaria na política. Esse esforço hercúleo que é feito na internet, da difamação permanente, acaba tendo um resultado absolutamente inócuo. As pessoas têm capacidade de discernir o que é certo e o que é errado.



A atuação do senhor na televisão também pode fazer a diferença?



A nossa campanha será a da verdade. A presidente da República fará uma campanha na defensiva porque falharam na condução da economia. Falharam na gestão do estado, porque o Brasil é hoje um grande cemitério de obras inacabadas. Demonizaram por mais de 10 anos as concessões e as fazem agora de forma açodada, envergonhada e com absoluta falta de planejamento. Mesmo no campo social, onde se apregoam os grandes construtores de uma nova realidade no Brasil, os efeitos são muito limitados, daquelas antigas ações, na verdade, herdadas do governo do presidente Fernando Henrique. Não houve nada novo. A saúde é trágica para grande parte da população. A segurança pública aflige brasileiros de todas as regiões, de todas as classes sociais. Na educação, também estamos no final da fila nos principais institutos de avaliação internacionais. No caso especificamente de Minas, a presidente tem muitas explicações a dar, porque o estado foi absolutamente preterido ao longo desses 12 anos de governo do PT.



Como?



Seja em relação a investimentos programados, seja pelo setor automotivo que foram para outros estados. O metrô não terá no governo da presidente Dilma um centímetro sequer de expansão. Nas prometidas obras da BR–381, o governo apresenta um programa que atende a apenas 25% . O Anel Rodoviário prometido lá atrás, ainda pelo presidente Lula, foi transferido para o estado devido à incapacidade do governo.



O senhor já definiu quem vai ser o marqueteiro?



Nós não temos o candidato ainda, só depois de março. O que posso adiantar é que nós não teremos, aí, um marqueteiro, um salvador da pátria, como o PT. O marqueteiro do PT tem status de primeiro-ministro de estado. Se ele ligar para o ministro da Fazenda, é atendido no primeiro toque, tamanha a importância dele para o atual governo. Mas por que isso? Porque é o governo do marketing. Tem poucos resultados a apresentar e precisa privilegiar o marketing. Nós teremos pessoas competentes na área de comunicação, que nos permitam difundir nossas ideias, dar a elas visibilidade.



Acredita que essa será uma campanha cara, mas também difícil para se arrecadar recursos devido às denúncias de corrupção e caixa 2?



Para o governo, certamente não será difícil, já que o PT, ao longo dos últimos anos, não tem tido qualquer dificuldade para se financiar, haja vista a movimentação não só dos candidatos majoritários, mas os parlamentares do PT em Minas. Nós vamos ter o apoio daqueles que querem mudar o Brasil. Eu tenho muita confiança, mas não sei dimensionar quanto custa uma campanha presidencial. Mas vamos fazer uma campanha dentro da lei, oficialmente, como sempre fizemos em Minas. Nós vamos contar com financiamentos também dos cidadãos brasileiros.



O mensalão mineiro pode atrapalhar o senhor?



A mim, de forma alguma, porque não tenho com ele qualquer vinculação. O que eu sempre digo em relação a essas denúncias e acho até com um nome inadequado, porque mensalão pressupõe pagamentos mensais e, ali, há denúncia em relação à parte do financiamento do ex-governador Eduardo Azeredo, que sequer venceu as eleições. Mas o que eu defendo é que todas as denúncias sejam investigadas e que possamos dar a ele o direito à defesa.



Como o senhor está se sentindo com a notícia que será pai de novo?



Muito feliz. Esse é o lado bom. Eu sou alguém de bem com a vida. Estou na política porque acredito na transformação da sociedade. Mas ela não é toda a minha vida. Diferentemente de alguns que estão na política para ascender socialmente ou a tem como único objetivo de suas vidas e, aí, quando perdem, se frustram. Eu vou cumprir o meu papel. Se couber a mim a responsabilidade de conduzir essa candidatura, vou fazê-la inspirado na minha história pessoal, nos mineiros e, quem sabe, depois de 60 anos, Minas tenha um presidente da República eleito pelo voto.

segunda-feira, 10 de março de 2014

Em artigo na Folha, Aécio Neves líder da oposição presta homenagem a Sérgio Guerra


segunda-feira, 10 de março de 2014

Em artigo na Folha, Aécio presta homenagem a Sérgio Guerra



Aécio Neves



Carta ao Sérgio

Sérgio, meu amigo.

Há três dias nos despedimos de você, em uma Recife consternada pela perda do homem público admirado em todo o país. Entre tantos de nós que fomos levar à sua família o nosso respeito, lutei para não me deixar tomar pela emoção da hora. Foi impossível não revisitar nossas caminhadas pelo Brasil e os encontros que marcaram nossa convivência.

Penso que algo estranho acontece quando nos despedimos de pessoas que nos são tão especiais. Por um lado, parece que envelhecemos subitamente, transformados em sobreviventes de outros tempos e histórias já vividas. Por outro, encontramos nessas mesmas histórias novos sentidos e o ânimo necessário para seguir em frente.

Nesses dias, com justiça, o país inteiro ouviu de seus companheiros de jornada --e mesmo de adversários tradicionais-- inquestionáveis elogios às virtudes que embalaram a sua vida pública. Quase sempre, o conciliador dedicado à construção de novas convergências em favor do país foi também lembrado como o crítico feroz aos desvios, malfeitos, contradições e desarranjos da vida nacional, especialmente presentes neste nosso trecho de história.

As mais de três décadas de intensa militância política --e nem mesmo as doenças graves que o abateram-- foram capazes de esmorecer uma indignação juvenil que, sei, movia-lhe, como se mantivesse intocado o líder estudantil da juventude e aquelas sempre grandiosas esperanças.

Guardo comigo uma grande admiração pela leveza e alegria com que você sempre conduziu as suas responsabilidades, afastando da política o peso do rancor e do confronto pessoal estéril. Talvez por isso, quase todas as suas relações nesse campo tenham se transformado em boas amizades. Da mesma forma, sou testemunha do seu esforço sobre-humano para não permitir que o líder tomado por compromissos se sobrepusesse ao pai dedicado, que de longe se afligia com a caminhada dos quatro filhos.

Outra imagem que ficou foi a do ativista em luta permanente e admirável pelas grandes causas do país. Do Brasil pobre, injusto e desigual, que continua existindo de forma dramática ainda mais visível no Nordeste, razão maior de sua militância política.

Sei que não o ouviremos mais recontando casos acontecidos com a gente simples do sertão pernambucano, de onde tirava exemplos e lições. Não o veremos cobrando à política nacional respeito aos brasileiros. Não o teremos mais à mesa, fazendo a defesa intransigente dos valores democráticos. Mas cuidaremos, querido amigo, com respeito e reconhecimento, para que suas ideias e seus compromissos se multipliquem na voz e na caminhada de cada um de nós pelo Brasil.

Com gratidão, Aécio.


AÉCIO NEVES escreve às segundas-feiras nesta coluna.

sexta-feira, 7 de março de 2014

"Aécio Neves presidente do PSDB é quem inspira mais confiança" dizem eleitores em pesquisa


sexta-feira, 7 de março de 2014

"Aécio é quem inspira mais confiança" dizem eleitores em pesquisa





Eleições 2014: Aécio é o que inspira mais confiança


Datafolha: eleitores do senador Aécio Neves têm entre 45 e 49 anos e renda de mais de 3 salários mínimos.

Eleições 2014

‘Ele tem postura que inspira mais confiança’

Aos 32 anos, o funcionário público Júlio Rocha quer ver mudanças na condução do país. No leque de nomes que podem disputar o Palácio do Planalto em outubro, acredita que Aécio Neves (PSDB) é quem mais se aproxima das ideias que considera fundamentais: a defesa de um Estado mínimo e pouco intervencionista.

Nascido em Brasília, o técnico em Sistemas da Informação e em Contabilidade aposta seu futuro na carreira jurídica. Iniciou o curso de Direito neste ano, depois de ter sido nomeado, em novembro de 2013, para seu primeiro emprego público. Hoje trabalha na área técnica da assessoria de comunicação de um órgão federal. Espera se tornar procurador.

Júlio mora sozinho em Vicente Pires, uma das regiões administrativas de classe média baixa do Distrito Federal, a 13 km de Brasília.

A família é petista, mas ele afirma que suas referências culturais e políticas o levaram a se distanciar da opção dos parentes.

“Acredito que o Aécio tem uma postura que inspira mais confiança. Eu acho que tanto a postura dele quanto a carreira que ele tem são um diferencial em relação aos presidenciáveis anteriores do PSDB“, afirma.

Com uma rotina apertada, sai de casa por volta das 6h e segue para a faculdade. De lá, encara sete horas de trabalho. Mesmo assim, consegue se divertir. “Gosto de sair para comer. Acho Brasília um excelente polo gastronômico, apesar de ser caro.”

PERFIL DO ELEITOR DE AÉCIO*

Sexo Homem

Idade 45 a 59 anos

Renda Mais de 3 SM

Região Sudeste

Ensino Superior

Cidade Mais de 500 mil

* Características que mais destoam da média ** Não é possível identificar tendência nessa categoria

Fonte: Datafolha /19 e 20.fev / 2.614 entrevistas em 161 municípios / Margem de erro: 2 pts