segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Governo Pimentel: "PF suspeita de caixa 2 em antiga empresa de Pimentel"


Governo Pimentel: "PF suspeita de caixa 2 em antiga empresa de Pimentel"




PF investiga repasse de Sintram a ex-firma de Pimentel

OPR sucedeu a P-21 Consultoria, que teve o político como sócio e recebeu R$ 1,1 milhã
BELO HORIZONTE. A antiga empresa de consultoria do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), recebeu R$ 1,1 milhão do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (Sintram), que reúne concessionárias do transporte público na Grande BH e tem interesse direto nas decisões do governo, de acordo com reportagem do jornal “O Globo”.

A Polícia Federal suspeita que se trata de caixa dois para a campanha do petista e investiga o caso. Oficialmente, os pagamentos foram realizados a título de “avaliação mercadológica” do patrimônio do sindicato e das empresas. Por lei, o Sintram não pode fazer doações eleitorais.

No entanto, várias associadas negam terem tido os bens avaliados. O patrimônio do Sintram também não justifica o pagamento de R$ 1,1 milhão: é de apenas R$ 2,5 milhões, segundo balanço patrimonial oficial.

http://www.otempo.com.br/capa/pol%C3%ADtica/pf-investiga-repasse-de-sintram-a-ex-firma-de-pimentel-1.1100436

Fernando Pimentel se apropria de realizações de gestões anteriores


Fernando Pimentel se apropria de realizações de gestões anteriores



“Suposta prestação de contas” omite dados e falseia a realidade para tentar enganar os mineiros com resultados inexistentes do PT em Minas

Sem ter o que mostrar como resultado obtido no primeiro semestre deste ano, o governo Fernando Pimentel se restringe a divulgar mentiras, criticar ou tentar assumir a paternidade de programas e iniciativas das administrações anteriores. É isso o que se constata ao ver o balanço de seis meses divulgado pelo PT, uma suposta “prestação de contas” cheia de inverdades e omissões de dados, como denuncia os deputados do bloco de oposição Verdade e Coerência, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

Na saúde, o governo do PT diz que assumiu o compromisso de concluir e construir oito hospitais regionais, mas “esquece” de dizer que a gestão passada iniciou os trâmites para construção de 11 novas unidades hospitalares. Pelo visto, o governo desistiu das obras de Montes Claros, que estava em licitação no final de 2014, Novo Cruzeiro e Nanuque, cujos projetos estavam em elaboração. Além disso, o governo do PT chegou a paralisar as obras de dois hospitais neste ano (Governador Valadares e Teófilo Otoni).

Ainda na Saúde, o atual governo subestima e inteligência dos mineiros ao dizer que em apenas 30 dias organizou a Rede de Urgência e Emergência Sul, com sede no município de Varginha.

Isso implicaria, dentre tantas outras tarefas, neste prazo: na realização de nove oficinas de trabalho na região de saúde, envolvendo todos os segmentos do setor (hospitais, gestores municipais, dentre outros), o que só é possível, dentro do protocolo já desenvolvido para a implantação das redes, acontecer ao longo de 12 meses; na implantação da classificação de risco em todas as unidades de saúde; e na construção da estrutura física da sede do complexo regulador e operacional de um sistema com 45 ambulâncias de suporte básico e avançado. Evidentemente tudo isso não foi feito em apenas 30 dias. E o que o atual governo não diz é que a inauguração só não ocorreu em 2014 devido a atrasos causados pelo Ministério da Saúde.

No balanço de seis meses, o PT destaca também as ações do Programa Minas Competitiva, parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e Sebrae Minas para diversificar a produção mineira.

“Propositadamente, para enganar os mineiros, o PT ‘esqueceu’ de informar que a operação de crédito que vai permitir investir US$ 70 milhões de dólares foi concebida e iniciada pela gestão anterior, que negociou o contrato com o BID, Sebrae e Fiemg. É inacreditável a cara de pau para mentir para os mineiros”, denuncia o deputado Gustavo Corrêa (DEM), líder do bloco.

Na suposta “prestação de contas”, o governo diz que 107 convênios do ProMunicípios resultaram na transferência de recursos da ordem de R$ 12,5 milhões. Mas omite que esse programa foi lançado em 2013 e todos os convênios foram firmados na gestão passada. Entre 2013 e 2014, foram investidos R$ 302,02 milhões nos municípios por meio desse programa, com doação de máquinas e equipamentos e convênios para obras de infraestrutura.

Segurança

Na área de segurança, o PT afirma que deu início à construção de oito unidades prisionais, com um total de 3.142 vagas. A ordem de início realmente foi dada em 2015 uma vez que dependia de recursos pela Caixa Econômica Federal e da análise e aprovação do BNDES, mas todo o planejamento, contratação e elaboração de projetos, licitação e contratação da obra foram concretizados por meio de convênios negociados e assinados em 2013.

“O PT está dizendo que inaugurou um tempo de transparência. Ele tem se esforçado muito é para entrar para a história como um governo inoperante e que só divulga mentiras. É impressionante como esse governo gasta recursos públicos e o precioso tempo de seus servidores para esconder as iniciativas inovadoras e bem-sucedidas das administrações anteriores e para falsear a realidade, enquanto deveria trabalhar pelo desenvolvimento do Estado”, afirma Corrêa.

Relançamento

O governo do PT mente ainda ao dizer que lançou ou projeto Minas 2016 para organizar as ações necessárias à realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Basta consultar o Plano Plurianual de Ação Governamental, o PPAG, pra saber que esse programa foi lançado em 2012.

O deputado Gustavo Valadares (PSDB), líder da Minoria, lembra que a escolha de Belo Horizonte como uma das cidades-sede do futebol masculino e feminino durante os jogos Olímpicos Rio 2016 foi anunciada no ano passado. Mas, no balanço de seis meses, o governo do PT diz que a decisão ocorreu em 2015.

“Nós, deputados da oposição em Minas e os mineiros continuamos aguardando a divulgação e o lançamento de programas, iniciativas e obras do governo do PT. Continuamos aguardando o cumprimento das promessas de campanha”, dispara Valadares.-
See more at: http://psdb-mg.org.br/agencia-de-noticias/fernando-pimentel-se-apropria-de-realizacoes-de-gestoes-anteriores#sthash.nLebTrdk.dpuf

Aécio Neves líder da oposição: "O Governo Dilma fez um estrago considerável nas contas públicas"


Aécio : "O Governo Dilma fez um estrago considerável nas contas públicas"



MADE IN BRASIL
por Aécio Neves - Folha de São Paulo

Agora é oficial: com a queda de 1,9% do PIB no trimestre, o país entra de vez em grave recessão. Carimbada e assinada pelo PT.

A notícia é catastrófica e triste. Assusta pelo tamanho e profundidade, e entristece pelos danos causados à sociedade e pela ineficácia das propostas apresentadas pelo governo para superá-la.

Nunca em nossa história republicana ostentamos tantos índices ruins. O tamanho do rombo na economia é proporcional ao desgoverno em ação. Com rara originalidade e exemplar mediocridade, o primeiro governo da presidente Dilma fez um estrago considerável nas contas publicas. Agora não adianta chorar o leite derramado, alegar desconhecimento prévio das dificuldades e impor ao país uma cota de sacrifícios que está levando a nossa economia à bancarrota.

É preciso consertar o mal feito. Mas alguém acredita que sairá alguma solução eficaz deste emaranhado de ideias frouxas e reencarnações assustadoras, como a tentativa de recriação da CPMF? Neste filme de horror, as vítimas são as mesmas: os trabalhadores perdem os seus empregos, as famílias pobres perdem os seus benefícios, os segmentos de classe média perdem as duras conquistas advindas desde a redemocratização do país.

Não adianta culpar o mundo. Quem não cresce é o Brasil, que ostenta um dos piores desempenhos entre os emergentes. A crise é 100% nacional, criada e alimentada no Brasil, com insumos preparados nos laboratórios petistas. O governo não apenas demorou a enxergar a crise, como postergou as medidas de correção e perdeu importantes oportunidades possíveis de reorientar o país para o crescimento.

Foi um desastre e tanto, agravado pelas revelações de um esquema de corrupção sem similar em magnitude no mundo, arquitetado para enriquecer alguns e sustentar um projeto longevo de poder. O resultado de tal combinação é trágico. Nos últimos meses, milhares de trabalhadores perderam seus empregos formais. Entre os jovens até 24 anos, a perspectiva é de um dramático crescimento no número de desempregados nos próximos seis meses. A inadimplência cresceu, o consumo caiu, o brasileiro ficou mais pobre.

Nos tempos de bonança, o país não cuidou dos problemas estruturais e das reformas indispensáveis. O retrato é este: indústrias paralisadas, carga tributária excessiva, inflação crescente, juros na estratosfera e desconfiança generalizada dos agentes econômicos.

O país quer e precisa olhar para o futuro. Voltar a sonhar. Antes, porém, precisamos dos olhos bem abertos e de toda a nossa energia e coragem para denunciar as mentiras que ajudaram a erguer a falácia do governo que finge nos governar. A solução para as diversas crises que enfrentamos terá que ter necessariamente como matéria prima a verdade

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Governo Pimentel rebatiza ProAero, programa de sucesso de Aécio Neves


Governo Pimentel rebatiza ProAero, programa de sucesso de Aécio Neves 


Governo do PT rebatiza o ProAero para se apropriar do programa



Para tratar o Programa Aeroportuário de Minas Gerais (ProAero), iniciado em 2003, como seu, o governo de Fernando Pimentel anunciou, na última segunda-feira (24/8), a continuidade dos projetos de reformas e ampliações dos aeroportos mineiros sob um novo nome. Rebatizando a ação como “Plano de Investimentos em Aeroportos”, o governo anunciou o recomeço das obras dos aeroportos de Itajubá, Manhuaçu e Três Corações. Sem ações concretas próprias, o governo do PT em Minas “requenta” projetos das gestões passadas e abusa da incoerência com tentativas de distorcer informações.

O governo divulgou, por exemplo, que a obra do aeroporto de Itajubá começaria do zero para admitir logo em seguida que mais da metade da execução estava concluída. Iniciada em 2013 pelo Proaero, a obra em Itajubá teve investimentos de R$ 65,9 milhões e 56,1%, mais da metade, de sua execução concluída até o ano passado. Em gráfico e texto reproduzidos na Agência Minas a obra agora é tratada como “saindo do papel” e os 56,1% executados como “apenas”.

A paralisação das obras em Itajubá ocorreu em 2014, quando o Banco do Brasil não repassou valores de operação de crédito firmada com o estado. Vale lembrar que havia ganho judicial para que o Banco cumprisse o compromisso financeiro e para que o estado recebesse multas pelo atraso, que prejudicou esta e diversas outras obras. Porém, logo que assumiu o cargo, o governador Pimentel abriu mão da ação e dos valores que chegariam a Minas por meio dela.

As obras de Manhuaçu foram licitadas e iniciadas pela gestão passada conforme informações que constam no próprio site do Departamento de Obras Públicas do Estado de Minas Gerais (Deop-MG). Já a obra do aeroporto de Três Corações foi licitada pela gestão anterior e a ordem de início para reforma do aeroporto foi dada em dezembro de 2014 com investimentos de R$ 6,1 milhões vindos da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas (Codemig), ou seja, recursos estaduais.

“O governo petista em Minas além de não apresentar novos projetos ao estado, agora tenta se apropriar de ações de sucesso iniciadas pelas gestões passadas. O que este governo tem a oferecer aos mineiros?”, observou o deputado Gustavo Valadares (PSDB), líder da Minoria.

O Proaero

O Proaero foi criado pelo Governo de Minas em 2003. O programa é voltado para a melhoria da infraestrutura aeroportuária do Estado. Desde então, foram investidos R$ 430 milhões (dos quais R$ 52 milhões do governo federal), beneficiando até agora 29 aeroportos públicos.

Os recursos foram investidos em melhorias dos aeroportos dos seguintes municípios: Araxá, Capelinha, Cláudio, Curvelo, Diamantina, Divinópolis, Frutal, Governador Valadares, Guanhães, Guaxupé, Ituiutaba, Iturama, Lavras, Manhuaçu, Oliveira, Ouro Fino, Passos, Patos de Minas, Piumhi, Poços de Caldas, São João Del Rei, Ubá, Viçosa, Juiz de Fora, Almenara, Januária, Patos de Minas, Teófilo Otoni e Pirapora.

Além disso, já foram realizadas licitações para obras de melhoramento nos aeroportos de Itajubá, Muriaé, Patrocínio, Serro e Três Corações, e para elaboração de projetos em aeroportos de Coromandel, Conceição do Mato Dentro, Conselheiro Lafaiete e Nanuque. Para os aeroportos de Pará de Minas, Pouso Alegre e Poços de Caldas foram concluídos os estudos de viabilidade e projetos executivos.- PSDB/MG

A verdade sobre o "ouviu falar" dito por Yousseff


A verdade sobre o "ouvir falar" dito por Youssef



Como já foi afirmado pelo advogado de Alberto Youssef e, conforme concluiu a Procuradoria Geral da República (PGR) e o Supremo Tribunal Federal (STF), as referências feitas ao senador Aécio Neves são improcedentes e carecem de quaisquer elementos que possam minimamente confirmá-las.

Não se tratam de informações prestadas, mas sim de ilações inverídicas feitas por terceiros já falecidos, a respeito do então líder do PSDB na Câmara dos Deputados, podendo, inclusive, estar atendendo a algum tipo de interesse político de quem o fez à época.

Em seu depoimento à Polícia Federal, conforme a petição da PGR, Youssef afirma que: “Nunca teve contato com Aécio Neves” (página 18) e que “questionado se fez alguma operação para o PSDB, o declarante disse que não” (página 20).

Na declaração feita hoje, diante da pressão de deputados do PT, Yousseff repetiu a afirmativa feita meses atrás: de que nunca teve qualquer contato com o senador Aécio Neves e de que não teve conhecimento pessoal de qualquer ato, tendo apenas ouvido dizer um comentário feito por um terceiro já falecido.

Dessa forma, a tentativa feita pelo deputado do PT Jorge Solla, durante audiência da CPI que investiga desvios na Petrobras, buscou apenas criar um factoide para desviar a atenção de fatos investigados pela Polícia Federal e pela Justiça e que atingem cada vez mais o governo e o PT.-

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Dilma adota proposta de campanha de Aécio Neves líder da oposição de diminuir ministérios


Dilma adota proposta de campanha de Aécio de diminuir ministérios




Aécio Neves diz que corte de ministérios é necessário


O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), afirmou nesta segunda-feira (24), que o governo da presidente Dilma Rousseff "se rendeu ao óbvio" ao anunciar, com "injustificado atraso", um corte de ministérios e cargos. O tucano destacou que embora a medida tenha sido "violentamente rechaçada" pela presidente na campanha eleitoral, quando proposta por ele, a redução é necessária.

"A redução de ministérios e cargos é necessária, mas melhor seria se realizada com convicção, e não por um governo em busca de algum oxigênio para continuar a existir", criticou Aécio, em nota.

Hoje, o governo disse que até setembro vai fazer uma reforma administrativa na qual deverá cortar até dez ministérios. Também deve haver cortes em cargos em comissão. Atualmente existem no governo federal 22 mil cargos de livre nomeação, que dispensam concurso público.

Para o presidente do PSDB, as "medidas tomadas para atender as circunstâncias costumam ter efeitos muito aquém daqueles necessários, como os que assistimos também na área econômica". "Continua, no entanto, faltando ao governo o que seria essencial para que essas e outras medidas sejam adequadamente implementadas: credibilidade. Um ativo que, na política, quando se perde, é difícil ser recuperado", afirmou.
http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=205933

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Aécio Neves fala dos sonhos dos brasileiros que foram destruídos pelo governo Dilma


Aécio fala dos sonhos dos brasileiros que foram destruídos pelo governo Dilma



E agora José


Por Aécio Neves / Folha de São Paulo

A festa acabou!

O que fazer com tantos sonhos desfeitos? José, João, Maria, Paulo, Ana, são milhares os brasileiros que vivem hoje o pesadelo do desemprego.

O país cortou 158 mil vagas de trabalho com carteira assinada no mês passado, o pior resultado para julho desde 1992. Nos últimos 12 meses, o total de desempregados subiu 56% nas seis maiores regiões metropolitanas do país. O resultado da gestão desastrosa do PT não poderia ser outro: PIB em declínio, inflação, arrocho fiscal.

É o típico quadro de um país em desgoverno, sem rumo. Mas o que entristece de fato é a realidade que se esconde na frieza das estatísticas. Cada pequeno ponto a mais na taxa de desemprego significa milhares de pessoas à margem da sociedade e vidas em risco. Uma só vida em desalinho já deveria bastar para nos tirar o sono, o que dizer de tanta gente?

O desemprego é cruel por várias razões. Primeiro, pelo efeito dominó: para cada trabalhador que a indústria demitiu, outros tantos foram mandados embora nos setores de comércio e serviços. Como a indústria vive um de seus piores momentos, é possível imaginar o impacto da redução de atividades que ainda está por vir.

Depois, o drama social. O afastamento dos indivíduos do seu grupo, o sentimento de fracasso, a desestabilização das famílias e o aumento da violência que decorre do ambiente de tensão formado. O emprego é o pilar central em torno do qual se estabelece uma rotina e um padrão de vida. Sem isso, para onde ir e o que fazer?

A realidade é cruel com os mais jovens. Na faixa entre 16 e 24 anos, o desemprego saltou de 11,2% em dezembro para 18,5% em junho último. Esses jovens haviam optado por se dedicar aos estudos, mas estão sendo obrigados a ir para o mercado para complementar a renda familiar. Mais gente procurando emprego, menos vagas, menos renda.

Nesse quadro de deterioração, aumenta o grau de informalidade da economia e de atividades autônomas, sem a proteção da legislação trabalhista. Justo no momento em que o governo muda o acesso ao seguro desemprego.

Sem carteira assinada, sem garantias, e ao deus-dará, o que será de José? Os injustiçados de sempre estão pagando a parte mais salgada da conta dos erros e da irresponsabilidade do governo. O número é assustador: a cada dia, 7.000 brasileiros perdem os seus empregos. Os versos do poeta de Itabira parecem ter sido escritos hoje. E agora, José? O riso não veio, não veio a utopia e tudo acabou, e tudo fugiu, e tudo mofou. E agora?

Em tempo: impossível não registrar o constrangedor patrocínio do BNDES, de R$ 400 mil, à Marcha das Margaridas, em clara manobra de apoio à presidente. Uma prática reincidente, que usa o que é público em favor de uma causa partidária. Até quando?

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Pepper torna-se suspeita de corrupção na Lava Jato


Pepper torna-se suspeita de corrupção na Lava Jato

Fernando Pimentel e Carolina Oliveira




Pepper torna-se suspeita de corrupção na Lava Jato
Agência é mais uma a ser investigada pela operação da Polícia Federal, como adiantou a Revista Época. Ações de Marketing obscuras estão em xeque diante de diversas acusações

Por Renata Leite | 17/08/2015
renata.leite@mundodomarketing.com.br


Mais uma agência foi parar no banco dos réus na investigação dos casos de corrupção da Lava Jato. Desta vez é a Pepper Interativa a acusada de desvio de recursos em um contrato firmado para receber valores da construtora Queiroz Galvão, em 2012, como adiantou a Revista Época. Segundo a reportagem, a Pepper criou, em nome de laranjas, uma offshore no Panamá e uma conta secreta na Suíça para movimentar o dinheiro proveniente do esquema.

A empresa aberta na época, a Gilos, teria recebido US$ 237 mil para realizar ações de Marketing Digital para a construtora, mas não há qualquer detalhamento dos serviços que seriam prestados à empreiteira. Além da Lava Jato, a agência também é investigada na operação Acrônimo, de acordo com a Revista Época. As suspeitas pairam sobre supostas intermediações de recursos entre o BNDES e o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel.

Segundo a revista, entre 2013 e 2014, a Pepper teria recebido R$ 520 mil do banco por serviços de publicidade e teria repassado R$ 236 mil à mulher de Pimentel, Carolina Oliveira. Em nota oficial publicada em seu site, a agência afirma que “Carolina Oliveira jamais indicou a Pepper para o BNDES ou qualquer outro cliente público, de forma que não recebeu qualquer remuneração pelo contrato. O trabalho para o BNDES foi solicitado à Pepper por uma agência de publicidade contratada pelo banco, que cotou o serviço com outras empresas concorrentes”. A Pepper teria apresentado a melhor proposta.

A Pepper admitiu, segundo a reportagem, ter pago duas contas de cartões de crédito da mulher do político, alegando que foi em nome da amizade da dona da agência, Danielle Fonteneles, e Carolina Oliveira. Documentos que foram apreendidos pela Polícia Federal podem conter dados da contabilidade dessas operações obscuras.

A revista diz ainda que a mulher de Pimentel distribuía cartões da agência, atuando como uma espécie de sócia oculta. A Pepper, por sua vez, afirma que Carolina era de fato uma representante sua. “A Pepper tem o costume de confeccionar cartões de visita para aqueles que mantêm contatos externo, mesmo colaboradores. Foi o caso da sra. Carolina Oliveira”. “Durante os 28 meses em que trabalhou conosco, Carolina Oliveira recebeu cerca de R$ 440.000 reais – uma média de R$ 15.700 reais por mês -, absolutamente dentro dos padrões de mercado”, complementa a nota.

O caso não aparece sozinho na área. Muito pelo contrário, ao longo dos últimos anos, pelo menos três escândalos jogaram luz sobre práticas ilegais e antiéticas que fazem parte da rotina do Marketing. O cenário escancarado com o pedido de prisão do ex-Diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, passando pela operação Lava Jato e, mais recentemente, com as denúncias envolvendo dirigentes esportivos não chega a surpreender quem trabalha na área.

Veja a nota completa disponível no site da Pepper:

“A revista Época publicou uma reportagem sobre a Pepper, na qual faz afirmações gravíssimas, sem lastro factual. Pior, sem nos dar o direito de responder às duas maiores acusações, absolutamente infundadas:

1) a de que Carolina Oliveira, esposa do governador Fernando Pimentel, seria “uma espécie de sócia oculta” nossa.

2) que teríamos intermediado recursos do BNDES a Pimentel, no tempo em que era ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.

No questionário encaminhado por Época à Pepper, não há referência às duas imputações. Em vez de perguntar claramente o que temos a dizer sobre as acusações que constituem o coração da reportagem, a revista se valeu de questionamentos laterais, tirando de nós o direito básico à defesa.

Para sustentar a afirmação pesada de que Carolina Oliveira seria “uma espécie de sócia oculta” nossa, Época se ampara na informação de que ela “distribuía cartões no mercado como se fosse representante da Pepper”. Não é “como se fosse”. Carolina Oliveira era uma representante nossa. Mesmo sem ser informados de que a suspeita da revista era essa, explicamos os cartões de visita, da seguinte forma: “A Pepper tem o costume de confeccionar cartões de visita para aqueles que mantêm contatos externo, mesmo colaboradores. Foi o caso da sra. Carolina Oliveira”. Durante os 28 meses em que trabalhou conosco, Carolina Oliveira recebeu cerca de R$ 440.000 reais – uma média de R$ 15.700 reais por mês --, absolutamente dentro dos padrões de mercado.

Para sustentar a segunda grave acusação, de que a Pepper teria intermediado recursos do BNDES a Pimentel, a revista escreveu: “Funcionou assim: entre 2013 e 2014, a Pepper recebeu R$ 520 mil do BNDES por serviços de publicidade e repassou R$ 236 mil a Carolina Oliveira”. Como informamos à reportagem, Carolina Oliveira jamais indicou a Pepper para o BNDES ou qualquer outro cliente público, de forma que não recebeu qualquer remuneração pelo contrato. O trabalho para o BNDES foi solicitado à Pepper por uma agência de publicidade contratada pelo banco, que cotou o serviço com outras empresas concorrentes. Vencemos com a melhor proposta.

Posto que seu interesse era sugerir que tudo não passou de um repasse de recursos, Época poderia ter nos solicitado provas de que o serviço foi realizado ou, valendo-se da legislação de transparência, requerer os dados ao próprio BNDES. O questionário encaminhado pela reportagem não pede o envio de evidência contratual para este trabalho. Ressalte-se que 520 mil reais por dois anos dá, recolhidos os impostos, um rendimento médio mensal de R$ 17.700 reais.

Época tem o direito de não acreditar nas respostas que recebe, mas tem o direito de simplesmente não perguntar? Tem o direito de deixar de fora do questionário encaminhado justamente as graves acusações que planejava formular? E que respondidas, como só podemos fazer agora, mostrariam a fragilidade do material apurado? A Pepper entende que não.

Apresentar a Pepper como uma empresa de fachada não é apenas uma mentira, é uma agressão. A Pepper soma mais de 100 clientes atendidos, tem 51 calaboradores diretos, participou de várias campanhas eleitorais vitoriosas e já recebeu premiação internacional por seu trabalho em campanhas políticas, além do reconhecimento por ações promovidas na web.

A Pepper tomará todas as medidas para defender sua imagem e reputação e para evitar que sua atuação profissional seja deturpada.


https://www.mundodomarketing.com.br/ultimas-noticias/34281/pepper-suspeita-de-corrupcao.html

Aécio cobra transparência e pede observadores internacionais nas eleições da Venezuela


Aécio cobra transparência e pede observadores internacionais nas eleições da Venezuela





Aécio Neves defende envio de observadores internacionais para acompanhar eleições na Venezuela

Senador sugeriu à Comissão de Relações Exteriores fazer pedido formal à Organização dos Estados Americanos (OEA)


O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, sugeriu que a Comissão de Relações Exteriores do Senado Federal faça um pedido formal à Organização dos Estados Americanos (OEA) para envio de observadores para acompanhar as eleições parlamentares na Venezuela, previstas para dezembro deste ano. Durante audiência pública da CRE, realizada nesta quinta-feira (20/08), Aécio Neves demonstrou preocupação com as garantias de que eleições correspondam à vontade do povo venezuelano.

A audiência pública foi promovida pela Comissão de Relações Exteriores para ouvir o jornalista venezuelano Miguel Otero, que denunciou o desrespeito do governo de Nicolás Maduro à liberdade de expressão. Otero afirmou que a Venezuela vive numa ditadura que sufoca de todas as formas os meios de comunicação local.

O senador Aécio Neves defendeu que o Parlamento brasileiro possa acompanhar as eleições da Venezuela e afirmou que o respeito à democracia não tem fronteiras.

Leia abaixo os principais trechos do pronunciamento do senador

O tema democracia e liberdade na América Latina, e em especial na Venezuela, tem espaço importante nos debates, não apenas no Congresso Nacional, mas na sociedade brasileira.

Quando se trata de democracia, quando se trata de liberdade, não há que se respeitar fronteiras, porque todos acabamos por ser contaminados para o bem. Quando os ventos da democracia, de alguma forma, chegam a determinados países, de alguma forma eles alcançam países vizinhos, mas também quando há o cerceamento da liberdade. Já assistimos na nossa história latino-americana essa contaminação perversa. Por isso, uma preocupação hoje de todos nós, em relação às próximas eleições na Venezuela.

E a questão que indago é que assistimos, não sei se poderia chamar de distensionamento, mas alguns gestos, até mesmo pela pressão interna e externa, pela absoluta falência daquele modelo político e econômico. Tivemos alguns desses presos políticos, ainda não todos, em especial Leopoldo, retornando às suas casas.

No anúncio da data das novas eleições parlamentares para o final do ano, a questão que se impõe é a seguinte: pelo que sabemos até agora não há uma demanda por parte do governo venezuelano oficial para que uma comissão da OEA, ou de outro organismo internacional, se faça presente para acompanhar essas eleições.

A grande dúvida que fica é se a Venezuela está em condições de fazer hoje uma eleição que represente, que expresse a vontade livre do povo venezuelano ou temos que nos preocupar ainda com qualquer tipo de manipulação em relação a essas eleições. Porque a questão essencial nesse instante que está às nossas mãos ou pelo menos ou pelo menos às nossas vistas, é a possibilidade, de pela decisão democrática da população venezuelana, termos um resultado que corresponda à efetiva vontade desse povo.

Em que condições se apresentam as próximas eleições, a sua preparação é motivo de preocupação crescente? Organismos internacionais ou delegações de países vizinhos podem de alguma forma se articular, seja através da Unasul, do Mercosul, para se fazerem presente? Esta é a preocupação central que temos hoje. Porque está é uma oportunidade que efetivamente não pode ser perdida.

Há um dispositivo na Constituição da OEA, que, em casos extremos, em casos onde a democracia é ameaçada efetivamente, pode o Secretário-Geral daquela organização constituir uma comissão representativa para fazer este acompanhamento.

Digo isso, porque acho que essa deveria ser a nossa ação pontual neste instante, além da solidariedade que, obviamente, jamais deixamos de expressar. Mas, quem sabe até por iniciativas a comissão, em contato com outras comissões de relações exteriores de outros países vizinhos, uma moção à OEA, para que a OEA, que ainda também não tomou esta iniciativa, possa decidir por enviar uma comissão.

Obviamente, saberá fazer as tratativas com o governo venezuelano, mas como uma decisão do organismo, para que não percamos a oportunidade de ver essas eleições acompanhadas adequadamente.

Acho que essa pode ser uma ação pensada depois por nós aqui, para que tenhamos pelos menos alguma tranquilidade de que essas eleições terão como resultado a vontade majoritária do povo venezuelano.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Aécio Neves presidente nacional do PSDB vai se reunir com PMDB para buscar saída para crise


Aécio vai se reunir com PMDB para buscar saída para crise






Aécio vai se reunir com PMDB para debater saída para crise
O senador Aécio Neves disse que a reunião dos partidos de oposição analisará todas as saídas previstas na Constituição para garantir a governabilidade do país



Aécio vai se reunir com PMDB para debater saída para crise
O senador Aécio Neves disse que a reunião dos partidos de oposição analisará todas as saídas previstas na Constituição para garantir a governabilidade do país

Senador Aécio Neves, durante entrevista coletiva no Senado Federal, nessa terça-feira (18), em que anunciou a filiação do governador de Mato Grosso, Pedro Taques, ao PSDB
O presidenete nacional do PSDB, senador Aécio Neves, vai se reunir com líderes da oposição e de setores do PMDB contrários ao governo para discutir com juristas uma saída para a crise política.
Em entrevista no Senado, nessa terça-feira, Aécio Neves ressaltou que oposição seguirá agindo de acordo com as regras constitucionais e em defesa dos interesses da sociedade representada nas ações que estão sob julgamento no Tribunal de Contas da União (TCU) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).


Faremos nos próximos dias uma reunião com os líderes dos partidos de oposição, com setores inclusive do PMDB que já manifestaram disposição de participar desse encontro, com os juristas que têm expressado, de forma muito clara, também, a sua posição em relação à solução dessa crise, como Miguel Reale. Porque nesse instante é absolutamente fundamental que todos nós voltemos os nossos olhos para a ação dos nossos tribunais. Seja o Tribunal de Contas, seja o TSE, para que não sofram qualquer tipo de constrangimento”, afirmou Aécio Neves.


O senador advertiu que a opinião pública não aceitará qualquer tentativa de acordo político que tenha como objetivo manipular as instituições públicas responsáveis pela fiscalização dos atos cometidos pelo governo federal.

“A opinião pública do Brasil repudiou, no último domingo, e repudiará, de forma veemente, qualquer tentativa de acordo, se ele realmente houver, que signifique manietar, constranger as nossas Cortes, que devem discutir as demandas que lá estão, as ações que lá estão, com equilíbrio e com isenção”, afirmou Aécio.

O presidente do PSDB disse que a reunião dos partidos de oposição analisará todas as saídas previstas na Constituição para garantir a governabilidade do país.

“Vamos examinar todas as alternativas e, obviamente, amparados pelos juristas ligados ao PSDB, definindo de que forma vamos agir nas próximas semanas. Mas o sentimento que colhemos é de que este governo perdeu na alma, no coração das pessoas, dos brasileiros quaisquer condições de permitir a retomada do crescimento, a recuperação do emprego, o controle da inflação, a recuperação da economia brasileira”, afirmou.

Renúncia

Sobre a possibilidade de um pedido de renúncia pela presidente Dilma Rousseff, Aécio Neves disse que trata-se de um ato que não depende do PSDB ou das oposições. A renúncia é um ato unilateral, que não depende de uma iniciativa do PSDB”, afirmou.

O senador também rebateu o ataque feito hoje pelo PT a Fernando Henrique Cardoso, depois que o ex-presidente da República classificou uma eventual renúncia da presidente Dilma como um ato de grandeza em favor da retomada das condições de governabilidade para o país.
“O que o ex-presidente fez foi expressar um sentimento que ele, como um homem público absolutamente digno e responsável, colhe de tudo o que ele está vendo, de tudo o que está percebendo. Ele considera que a renúncia talvez seja o menos traumático dos processos. E está também na mesa para ser discutido. Não sei se, pelas respostas que ouvi hoje, o governo teria essa grandeza”, afirmou.

O senador também comentou a repercussão da defesa do ex-presidente fernando henrique Cardoso para quea presidente Dilma Rousseff renunciasse ao cargo. “Ouvi uma declaração inacreditável, que dizia que essas manifestações do ex-presidente Fernando Henrique tinham uma certa expressão de inveja. Um presidente que é respeitado por onde anda no Brasil e fora do Brasil. Por que ele teria inveja? Inveja de quem? Inveja de uma presidente sitiada? Inveja de um ex-presidente investigado e inflado nos céus de Brasília no último domingo? Inveja de um partido político, que é o PT, mergulhado em denúncias?”, questionou o presidente do PSDB.



www.em.com.br

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Senador Aécio Neves comemora o ingresso no PSDB do Governador de Mato Grosso, Pedro Taques


Aécio comemora o ingresso no PSDB do Governador de Mato Grosso, Pedro Taques




Jefferson Rudy/Agência Senado


O senador Aécio Neves (PSDB-MG) manifestou em Plenário sua felicidade por receber em seu partido o governador de Mato Grosso e ex-senador Pedro Taques. Ao defender a nobreza da atividade política diante do que considera uma “degradação” da classe, Aécio salientou a independência e a coragem de Pedro Taques, que classificou como um dos mais qualificados políticos da vida nacional. O senador espera que Pedro Taques encontre na oposição um terreno fértil para defender suas ideias e o povo de Mato Grosso.

- Pedro, com seu trabalho, com sua simplicidade, mas com seu inquestionável espírito público, é hoje merecedor de todas as homenagens de todos os partidos - disse Aécio.

Aécio Neves também atacou a proposta do governo que reduz a desoneração sobre a folha de pagamento. Ele considera a proposta danosa aos trabalhadores por trazer impacto negativo sobre a atividade econômica e reduzir o nível de emprego. O senador mencionou os mais de 500 mil postos de trabalho fechados neste ano para defender o fim das “incertezas” e o estímulo à competitividade.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Pesquisa aponta que a maioria dos manifestantes de domingo em BH, já votaram no PT


Pesquisa aponta que a maioria dos manifestantes de domingo em BH , já votaram no PT



Mais da metade dos manifestantes de BH já votou no PT no passado

Perfil ideológico dos participantes do ato anti-Dilma que aconteceu no dia 16 de agosto na capital mineira aponta que 78,6% votaram em Aécio nas últimas eleições; estudo também mostra quanto ganham, o que pensam e qual a escolaridade dos ativistas; maioria defende porte de armas, redução da maioridade penal e fim da reeleição


Pesquisa realizada pela UFMG com o perfil ideológico dos manifestantes que participaram do ato anti-Dilma, neste domingo (16), em Belo Horizonte mostra que mais da metade deles já votaram no partido da presidente em algum momento. Segundo o estudo, coordenado pela professora Helcimara telles, 53,7% dos manifestantes já votaram no PT em algum momento.


O Tempo

Aécio Neves líder da oposição: "Desfecho da crise tem que estar dentro da Constituição"


Aécio : " Desfecho da crise tem que estar dentro da Constituição"




Aécio provoca governo e diz que PSDB não será protagonista do desfecho da crise

Estadão Conteúdo

Eugênio Moraes/Hoje em Dia

Um dia após as manifestações que pediram o impeachment da presidente Dilma Rousseff, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), disse, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que "não dormiria tranquilo se fosse governo" diante dos protestos.

"Se passaram nove meses desde a eleição da presidente e as ruas do Brasil foram ocupadas. Não se pode fazer uma contabilidade, foi maior ou menor (do que passeatas anteriores), elas foram muito representativas ainda mais por causa da sua capilaridade e pela amplitude", disse Aécio, que pela primeira vez participou do protesto, o terceiro este ano.

Para o tucano, o PSDB não será o protagonista do desfecho da crise, mas atuará para garantir que instituições como o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) funcionem com "isenção" e livre de "constrangimentos". Ele destacou que a decisão tem de ser tomada com base na legislação e não em "acordos políticos".

"De todas aquelas possibilidades que admitimos, até a própria permanência da presidente, se ela readquirir as condições, que ela não demonstra ter, de governabilidade, todas elas estão limitadas ao texto constitucional. Não há possibilidade de nenhum desfecho que não sejam com respeito à Constituição", afirmou.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Senador Aécio Neves fala do povo nas ruas "Quem vai dar jeito no Brasil são os brasileiros"


Aécio fala do povo nas ruas "Quem vai dar jeito no Brasil são os brasileiros"





A legitimidade das ruas


por Aécio Neves / Folha de São Paulo


As ruas voltaram a vibrar com energia e indignação neste domingo.

Tratadas com ironia e quase desprezo no último programa partidário do PT, as manifestações da sociedade são expressão legítima da cidadania e traduzem o mal-estar generalizado que tomou conta do país, como reação ao fracasso e aos desmandos do atual ciclo de poder.

Ainda sobrevive no campo do governismo uma drástica dificuldade em entender que protestos como o de ontem fazem parte da vida democrática e revelam uma dinâmica social ativa e madura. É impressionante como os brasileiros permanecem mobilizados, nas ruas ou fora delas. Em apenas oito meses, milhões de pessoas, de forma pacífica, ocuparam várias vezes as ruas do país. Uns chamando os outros. Uns se reconhecendo nos outros.

Ouso dizer que estamos testemunhando o florescimento de uma nova consciência nacional e uma autêntica mudança de patamar, que, aos poucos, mas de forma muito determinada, avança e está presente em todos os estratos sociais. As pesquisas de opinião recentes confirmam este agudo senso crítico, que tem como consequência a flagrante e espantosa deterioração da base de apoio popular do petismo, que paga o alto preço do descrédito pela sua arrogância e pelas suas próprias contradições.

Hoje o PT paga esse alto preço não apenas pelos graves erros cometidos, mas porque insiste em fingir que não os cometeu!

Estão equivocados os que, com intolerância, teimam em manchar com um julgamento preconceituoso os que caminharam pedindo respeito e decência. As vozes nas avenidas e das sacadas precisam ser ouvidas atentamente e absorvidas, pois ampliam a nossa compreensão da realidade. Todos eles, cidadãos que são, têm o legítimo direito de fazer ecoar seus sonhos, reivindicações e cobranças.

Os brasileiros protestam porque estão simplesmente esgotados de assistir a tanta roubalheira. Protestam para não se renderem à impotência diante da escalada dos escândalos. Protestam para honrar a própria esperança, para honrar o futuro que querem viver ou plantar para seus filhos e netos. Protestam porque estão cansados de ser enganados por um marketing de ocasião, oportunista, que não cumpre o que promete, prega o que não pratica e institucionalizou a mentira como discurso oficial de governo.

Neste domingo, senti nos apertos de mão, nos abraços, nos acenos e nos gestos de otimismo, que o Brasil vai encontrar o seu caminho. Não pelas ações de um governo que tornou-se incapaz de ouvir e dialogar. Mas pela força das pessoas, das famílias, do ativismo dos jovens, das crianças que vieram para as ruas apenas para dizer que o Brasil é muito maior! Que o Brasil tem jeito. E quem vai dar jeito no Brasil são os brasileiros.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Aécio Neves lança campanha nacional de filiação ao PSDB


Aécio lança campanha nacional de filiação ao PSDB






Anastasia e Domingos Sávio lançam, em Minas, campanha nacional de filiação



Nesta sexta-feira (14/08), o PSDB lança uma campanha nacional de mobilização para a obtenção de novas filiações em todo o país. Em Minas Gerais, a campanha será lançada pelo ex-governador de Minas Gerais e senador Antonio Anastasia e pelo presidente do PSDB-MG, deputado federal Domingos Sávio. e contará também com as presenças de deputados federais e estaduais, além de lideranças tucanas da Região Metropolitana de Belo Horizonte. O ato político acontece das 11 às 13 horas, no auditório da Casa JK, sede do diretório estadual, em Belo Horizonte.

O lançamento nacional da campanha será feito em Maceió (AL) pelo presidente do PSDB, senador Aécio Neves, com transmissão, via satélite, para Belém, Curitiba, Goiânia e São Paulo (cinco capitais representando as cinco regiões geográficas do Brasil: Sul, Sudeste, Centro Oeste, Nordeste e Norte). Em paralelo à transmissão via satélite, que integrará essas cinco cidades, o evento será transmitido ao vivo pelo site do PSDB (www.psdb.org.br).

De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o PSDB foi o partido que registrou o maior número de filiados em 2015 até a metade de abril, com 15 mil novos filiados.

SERVIÇO

Lançamento da Campanha Nacional de Filiação do PSDB em Minas Gerais
Data: 14/08/2015 (sexta-feira)
Horário: 11h às 13h
Local: Auditório da Casa de JK (Rua Ouro Preto, 846, Barro Preto, Belo Horizonte/MG)
Informações: (31) 2125-4535(31) 2125-4535 ou 2125-4536 ou 2125-4555- See more at: http://psdb-mg.org.br/agencia-de-noticias/anastasia-e-domingos-savio-lancam-em-minas-campanha-nacional-de-filiacao#sthash.JSwQQ1Nq.dpuf

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Governo do PT: Educação em Minas se desconstrói a cada dia


Governo do PT: Educação em Minas se desconstrói a cada dia 




Demissão de professores experientes compromete qualidade de ensino

Raquel Ramos - Hoje em Dia


Uma onda de demissões de professores em faculdades particulares mineiras evidencia dificuldades financeiras enfrentadas pelas instituições. Só nos últimos dois meses foram mais de 400 dispensas no Estado, a maioria em Belo Horizonte. A medida, para reduzir os gastos das unidades, acende um alerta para o risco de queda na qualidade do ensino.

Em muitas escolas, foram os mestres e doutores mais antigos que perderam o emprego, afirma a vice-presidente do Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro-MG), Valéria Morato. “A convenção coletiva determina o pagamento de quinquênios e isso torna o educador mais experiente caro à empresa. Por isso, preferem contratar profissionais recém-formados”, diz.

Em outras instituições, as vagas dos demitidos não foram preenchidas. Como consequência, alunos voltaram das férias e encontraram salas de aula lotadas. Foi o caso de Reuel Drumond, que estuda ciências contábeis na Faculdade Pitágoras de Divinópolis. “Juntaram alunos do 5º e 7º períodos em uma turma só, alegando que as disciplinas não tinham requisitos. Mas, sinceramente, nunca vi alguns conteúdos que os professores estão mencionando”, reclama.

A Faculdade Pitágoras, onde houve 130 demissões em junho e julho, informou por meio de nota que a reestruturação no quadro de docentes, bem como eventuais alterações de carga horária, são processo normais entre os semestres letivos.

Além disso, a instituição afirma que tem “infraestrutura para manter a quantidade de alunos adequada em sala de aula, com estratégias de integração de turmas para melhoria da aprendizagem”.

Reflexo do fies

A necessidade de reduzir o quadro de docentes é atribuída, sobretudo, às mudanças nas regras do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Segundo o presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep-MG), Emiro Barbini, já era esperado que as novidades, divulgadas no fim de 2014, desestabilizassem as finanças das faculdades privadas.

Dentre as mudanças impostas pelo governo federal está o repasse de apenas oito das 12 mensalidades anuais. As parcelas restantes só são quitadas após a formatura do aluno. “O MEC alterou as normas do programa quando as unidades já tinham feito investimentos. De repente, descobriram que não receberiam todo o valor que estava previsto, o que exigiu alguns ajustes”, diz Barbini.

Segundo ele, a alta taxa de inadimplência e evasão, motivadas pela recessão na economia, tem obrigado as escolas a reduzirem o número de turmas. “As salas começam cheias, mas se esvaziam ao longo do curso. Não é economicamente viável manter uma turma com apenas 20 estudantes”.}

INVESTIMENTO

Embora as instituições de ensino superior tenham sido pegas de surpresa pelas mudanças no Fies, há empresas que continuam faturando pelo investimento na educação. A Kroton Educacional, por exemplo, responsável pela Faculdade Pitágoras, teve lucro líquido de R$ 513,760 milhões no segundo trimestre de 2015, segundo o último balanço, 79,6% maior que o verificado em 2014.

Além disso, Valéria Morato afirma que entre 2009 e 2014 o governo federal repassou cerca de R$ 40 bilhões para as faculdades privadas de todo o país que aderiram ao programa de financiamento estudantil. “É muito dinheiro, que não foi utilizado para melhorar a qualidade do ensino ou valorizar os professores. Eles também poderiam ter se preparado para uma situação como essa”.

Medida é normal desde que não seja para ‘limpeza do quadro’

PhD em economia e pesquisador em educação, Cláudio de Moura Castro analisa as medidas de redução de custos adotadas pelas faculdades com naturalidade. Para ele, o setor da educação está reagindo à falta de dinheiro, como em outras áreas.

“Demissão é algo normal. A faculdade que realmente se preocupa com a qualidade não abrirá mão dos bons professores. Ninguém quer descapitalizar o próprio capital humano”, destaca o especialista. No entanto, ele afirma que de fato há instituições de ensino que se aproveitam desses momentos para fazer uma espécie de limpeza no quadro de funcionários.

Salas de aula com muitos alunos também não causam estranheza a Castro. Mas ele faz uma ressalva: as unidades devem ter uma boa infraestrutura, capaz de comportar várias pessoas em um mesmo local, como espaço físico adequado e microfone para o professor.

“Universidades dos Estados Unidos e da Europa, por exemplo, colocam centenas de estudantes em uma mesma turma e não têm nenhum problema por isso. Se o ensino fosse muito interativo, o trabalho realmente ficaria prejudicado. Mas esse não é o método pedagógico da maioria dos professores”, diz.

Respostas

Cerca de 95% das demissões registradas em Minas ocorreram em quatro instituições. Todas as faculdades informaram que a reformulação do quadro de funcionário é praxe nesta época do ano.

A Faculdade Anhanguera (onde houve 45 demissões) informou que todos os profissionais são valorizados, inclusive com curso de formação e capacitação contínua, bem como um plano de carreira homologado pelo Ministério do Trabalho. Além isso, a escola faz estudos sobre a infraestrutura das salas de aula para que estejam adequadas a atender os alunos e equipadas com recursos tecnológicos.

O UniBH (108 demissões) disse que as dispensas feitas neste ano “não ultrapassam o número dos últimos semestres”, acrescentando que “reduções visaram atender às premissas estabelecidas pelo MEC, que tem o objetivo de garantir a qualidade dos cursos”.
A UNA (127 demissões) não quis se pronunciar sobre o assunto.

Retorno financeiro é prioridade, critica especialista em educação

Embora a crise nas faculdades particulares esteja mais perceptível, os desequilíbrios financeiros podem ter começado há quase uma década. Foi nessa época que surgiram os primeiros grandes grupos de educação que, oferecendo muitas vagas e mensalidades mais em conta, esvaziaram as salas de aula de outras instituições.

“A procura dos estudantes tem diminuído consideravelmente. Em muitas cidades, a quantidade de vagas abertas é superior à demanda do mercado”, afirma o consultor da área de educação, Júlio Furtado. O maior problema, segundo ele, é que algumas destas empresas estão mais preocupadas com o retorno financeiro do que garantir a qualidade da formação do aluno.

“Aliado a tudo isso, temos o crescimento da modalidade de Ensino à Distância (EAD). Mais barata, tem gerado uma concorrência grande ao ensino tradicional”, afirma.

Educação básica

Comum no ensino superior, o interesse de grandes grupos também aparece na educação básica. Em setembro de 2014, por exemplo, o Coleguium, que tem mais de dez unidades espalhadas por Belo Horizonte, foi adquirido pelo Eleva Educação, plataforma de ensino do Rio de Janeiro.

Recentemente, alguns pais mostraram descontentamento com a mudança. O motivo é a dispensa de 18 professores da rede durante as férias de julho. “Eram profissionais respeitados e queridos. O que ouvimos dizer é que eles questionavam as alterações trazidas pelos novos donos. As provas, por exemplo, chegam prontas. Por isso, os professores são obrigados a avançar com o conteúdo mesmo que o estudante não tenha assimilado tudo”, criticou uma mãe de aluno, que pediu para não ser identificada.

Em nota, o Coleguium esclareceu que as demissões foram motivadas por divergências estritamente pedagógicas. A escola também informou que mantém o compromisso com a qualidade do ensino. O Eleva Educação, destaca a nota, é o único grupo com quatro instituições entre as 15 melhores do país.

Senado aprova proposta de Aécio que aprimora segurança pública


Senado aprova proposta de Aécio que aprimora segurança pública



Senado aprova substitutivo de Aécio Neves que destina mais recursos para segurança pública

O texto agora segue para apreciação em dois turnos no plenário do Senado.


A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado (CCJ) aprovou, por unanimidade, nesta quarta-feira (12), substitutivo do senador Aécio Neves à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 24, de autoria do senador João Capiberibe (PSB), que cria o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Segurança Pública. O texto agora segue para apreciação em dois turnos no plenário do Senado.

Aécio Neves destacou que a proposta aprovada pela CCJ representa importante contribuição do Senado e do Congresso para o enfrentamento do aumento da criminalidade, assegurando mais recursos para o combate à violência. Ele elogiou o trabalho do senador Capiberibe e lembrou que a origem da proposta foram as discussões da comissão especial da segurança pública, presidida pelo ex-senador Pedro Taques.

"Essa proposta permite ao Congresso Nacional falar diretamente aos brasileiros sobre um dos temas que mais os afligem. Essa questão não pode ser tratada com viés político. Não pode ser tratada do ponto de vista de governo e oposição. O esforço da PEC, do nosso substitutivo é que essa seja uma proposta do Poder Legislativo. Ela incorpora discussões que ocorreram ao longo de todos os últimos anos. E se essa PEC surge com esse apoio e essa manifestação tão ampla de solidariedade é porque ela preenche uma lacuna", comemorou o senador.

Os recursos do novo fundo deverão ser usados no aparelhamento das forças de segurança, remuneração de profissionais, capacitação e integração dos órgãos de segurança pública dos estados e do Distrito Federal. A fiscalização de sua aplicação caberá ao Tribunal de Contas da União (TCU) e aos órgãos de controle interno do Poder Executivo. A regulamentação do fundo ficará a cargo de lei complementar.

Fonte de recursos

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Segurança Pública será abastecido com parcela da arrecadação de tributos de setores que, direta ou indiretamente, atuem na área de segurança. Ele será composto por parte do IPI e ICMS pagos pela indústria de armamentos e material bélico; do ISS referente às empresas de segurança privada; e do IOF referente às instituições financeiras. Além disso, o fundo receberá 50% dos valores apurados em leilões judiciais de bens e mercadorias de origem ilícita, oriundas do crime em geral e de dotações orçamentárias e doações que forem feitas em favor dele.

Os critérios de distribuição do fundo para os estados também serão determinados por meio de lei complementar. Serão levados em conta os indicadores de violência em cada ente federado, o percentual dos alunos matriculados na educação básica em relação à população do Estado, o nível de aparelhamento e o quantitativo das forças de segurança pública estaduais frente ao tamanho das respectivas populações e as remunerações dos integrantes das polícias Civil e Militar e Corpo de Bombeiros.

Fim do contingenciamento

Durante a discussão da proposta, Aécio Neves também defendeu que o Senado vote um projeto de lei de sua autoria que impede a União de contingenciar recursos da segurança pública. No ano passado, o governo federal liberou apenas 30% dos recursos do Fundo Nacional da Segurança (FNS) e somente 10% da verba destinada ao Fundo Penitenciário Nacional (Funpen).

Para Aécio, a omissão do governo federal na segurança é responsável, ao lado de outros fatores, pelo aumento do número de homicídios no Brasil, que chegam a 60 mil por ano.

"Reitero, ao final, que tramita aqui nessa comissão o PL de minha autoria que garante que os recursos aprovados no orçamento para a área de segurança pública tenham o mesmo instrumento para liberação que têm recursos da área de educação, ou da ciência e tecnologia. Serão liberados, sem contingenciamento, por duodécimos (doze parcelas anuais). É importante para o planejamento das ações de segurança pública dos estados que saibamos com quanto vamos contar, qual é a contribuição que a União dará a cada um dos estados, porque, senão, os projetos são feitos, são elaborados, e ficam todos na gaveta", cobrou o senador.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Governo Pimentel: Profissionais da Saúde em Minas reclamam de grande desgaste


Governo Pimentel : Profissionais da Saúde em Minas reclamam de grande desgaste



MG é onde enfermeiros mais reclamam de desgaste

Ao menos 74% dos profissionais apontaram problema; número é maior que a média nacional, de 64%
ATHÁLIA LACERDA

Minas Gerais possui 164.042 profissionais que atuam como técnicos e auxiliares de enfermagem (121.544) e enfermeiros (42.498). Desse total, 74,8% declararam estar desgastados física e psicologicamente com o exercício da profissão. O número supera a média nacional (64,2%).

Os dados foram revelados pela pesquisa Perfil da Enfermagem no Brasil, realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por iniciativa do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), e apresentada nesta terça na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O estudo inédito é o mais amplo levantamento sobre a categoria já realizado na América Latina e abrangeu um universo de 1,8 milhão de profissionais dos 27 Estados do país.

“Esse é um índice de desgaste altíssimo. Para se ter uma ideia, 65% de todos os trabalhadores de enfermagem de Minas afirmaram ter adoecido nos últimos doze meses”, disse a coordenadora da pesquisa, Maria Helena Machado. Segundo ela, o ritmo de vida acelerado, a longa jornada de trabalho, a baixa remuneração, o alto nível de exigência, e o sentimento de pouca esperança no futuro são apontados como os causadores do desgaste físico e psicológico dos profissionais da saúde.

As faltas de respeito e cordialidade por parte dos usuários e de familiares dos pacientes com os enfermeiros também contribuem com o quadro “alarmante”.

“Se eu tenho um índice de desgaste alto aqui, eu tenho que acender um pisca alerta no país, uma vez que os mineiros representam o terceiro maior contingente da enfermagem do Brasil. Minas é um Estado definidor das políticas públicas para os profissionais da saúde”, finalizou.

Perfil. A pesquisa mostrou ainda que a equipe de enfermagem mineira é predominantemente composta por mulheres – 86% contra 14% de homens.

A capital concentra 53,7% do total de profissionais que atuam no Estado.


O Tempo

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Governo Pimentel: Mais um homem de confiança de Fernando Pimentel sob suspeita


Governo Pimentel: Mais um homem de confiança de Fernando Pimentel sob suspeita



Homem de confiança de Pimentel na berlinda

Thiago Ricci - Hoje em Dia

Aliado do governador Fernando Pimentel (PT) desde os tempos de Prefeitura de Belo Horizonte, no fim da década de 1990, o ex-sócio do petista e hoje assessor especial do governo mineiro, Otílio Prado, montou uma rede de empresas que atuaram na campanha eleitoral de 2014. Filho, sobrinha e outros parentes de Otílio são donos de ao menos três empresas que receberam praticamente R$ 1,8 milhão da campanha de Pimentel, que voltou a ser alvo de investigação do Ministério Público.

Parte do pagamento feito pelo PT às empresas recebeu um pente fino da equipe técnica do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), que reprovou neste mês as contas petistas das eleições.

As firmas contratadas durante a campanha de 2014 foram BBC Consultoria e Negócios, QA Consulting e AAP Instalação e Manutenção. Mesmo com objetos sociais distintos, as empresas dividem dois endereços na região Noroeste de Belo Horizonte. Há, além das citadas, até uma loja de roupas femininas compartilhando sede.

Ao menos seis parentes próximos de Otílio foram envolvidos nas empresas: dois filhos, uma nora, um cunhado, uma sobrinha e uma sobrinha-neta.

Relação antiga

Otílio acompanha de perto Pimentel desde o fim da década de 90. Em 1999, ainda na gestão de Célio de Castro (PSB), na qual o atual governador foi secretário da Fazenda, Otílio foi nomeado secretário particular do gabinete do prefeito, de onde só saiu em 2011, já com Marcio Lacerda (PSB), quando o PT ainda integrava a gestão. Durante mais de uma década, a nomenclatura do cargo mudou, mas não a proximidade com o gestor. Otílio também participou de três conselhos da administração.

Pimentel e Otílio foram sócios da empresa de consultoria P-21 entre a criação dela, em 2009, e 2012, quando o atual governador saiu da sociedade após denúncias de consultorias fantasmas. A firma passou a se chamar OPR Consultoria Imobiliária, foi transferida ao filho mais velho, Alexandre, e, no último mês, foi alvo de uma etapa da Operação Acrônimo, da Polícia Federal.

Os policiais, que investigam suposta lavagem de dinheiro e Caixa 2 a partir de contratos públicos, recolheram documentos e um computador da sede da OPR, na Zona Sul da capital. Na ocasião, o escritório político de Pimentel também foi alvo da ação.

Parentes dividem empresas de ramos distintos em um mesmo endereço em Belo Horizonte

Ao menos cinco empresas de parentes de Otílio funcionam, conforme registros na Junta Comercial, em apenas dois endereços na região Noroeste de BH. Três são responsáveis por receber cerca de R$ 1,8 milhão da campanha petista nas eleições de 2014. Parte desses pagamentos passou por auditoria do TRE-MG.

Em um dos locais, no bairro Carlos Prates, funcionam a QAConsulting, BBC e outra empresa registrada no nome de Alexandre Allan Prado e um cunhado de Otílio. Mesmo dividindo o endereço, as firmas possuem objetos sociais distintos.

A BBC, conforme o Hoje em Dia já revelou, foi criada pouco antes do período eleitoral, em abril de 2014, no nome da sobrinha Adriana Teixeira e sobrinha neta Samantha Teixeira Gomes de Prado.

A empresa chamava-se BBC Consultoria e Negócios e tinha como objeto social, dentre outros, prestar consultoria nos ramos de administração e organizar palestras e seminários sobre assuntos de interesse empresarial. Recebeu durante as eleições R$ 822 mil para prestar serviços de gestão de eventos políticos, incluindo logística de transporte, estadia e alimentação de Pimentel e da então candidata Dilma Rousseff.

Após o primeiro turno, o nome foi modificado para BBC Locação e Negócios e passou a ter como atividade econômica principal “locação de veículos, carros e caminhões e ônibus”.

A QAConsulting, que recebeu R$ 20 mil do PT durante as eleições, foi criada em 2002 pelos filhos de Otílio, Alexandre e Gustavo Daniel Prado. No início deste ano, Gustavo saiu do quadro societário, que passou a ter como sócio majoritário o cunhado de Otílio, Mauricio Gomes.

Já no bairro Padre Eustáquio está registrada a AAP, cujo nome fantasia é QACabling, no mesmo endereço onde funciona uma loja de roupas femininas da esposa de Alexandre.

A firma foi criada pelo próprio Alexandre em 2002 com o objeto social “serviços de instalação, manutenção elétrica, bem como cabeamento estruturado” e instalação de redes de computador. Em 2013, o filho de Otílio saiu da sociedade, mas a empresa continuou registrada no mesmo local. Um ano depois, recebeu R$ 950 mil da campanha petista em Minas.

A reportagem procurou Otílio e todas as empresas citadas. Não obteve retorno até o fechamento. Atualmente, Otílio é assessor especial da Fazenda e integrantes de três conselhos. O salário líquido é de cerca R$ 18 mil. O filho dele, Gustavo, é diretor de Negócios da Prodemge.

No dia 26 de junho, o Hoje em Dia divulgou a 2ª etapa da Operação Acrônimo, na qual o escritório político de Pimentel e a sede da OPR foram alvos de buscas. Na mesma semana, o jornal havia publicado o resultado da auditoria realizada em pagamentos a firmas ligadas a Otílio






Editoria de Arte







Aécio Neves: "Não cabe à oposição buscar a saída!"


Aécio : "Não cabe à oposição buscar a saída!"





Aécio Neves: 'Não cabe à oposição buscar saída'
No Maranhão, a presidenta afirma que, durante uma crise, é natural que as pessoas fiquem inseguras e apreensivas

O DIA

Brasília - O senador e presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), afirmou que cabe ao governo, e não à oposição, buscar soluções para as crises política e econômica enfrentadas pelo país.


Para o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), a presidente Dilma Rousseff não pode “responsabilizar os outros” por problemas que ela própria criou. Aécio e Alckmin estiveram ontem em Recife para participar de homenagem pelos 50 anos que o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) completaria se estivesse vivo.


“Não cabe ao PSDB escolher qual o melhor desfecho para essa crise, até porque as alternativas que estão colocadas não dependem do PSDB. Seja a continuidade da presidente, seja a discussão na Câmara dos Deputados sobre o impeachment, seja a questão do TSE”, disse Aécio.


(...)

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Aécio Neves presidente Nacional do PSDB, através de uma carta, presta homenagem a Eduardo Campos


Aécio, atraves de uma carta, presta homenagem a Eduardo Campos 



Amigo, escrevo nesse domingo, Dia dos Pais.

Aqui, em Brasília, os dias secos chegaram e as crianças já sentem. Balde com água e toalha molhada no quarto têm sido a solução caseira, mas acho que já está na hora de comprar um umidificador.

Nesta segunda, em que você completaria 50 anos estarei na sua Recife. Quero muito dar um beijo na Renata e nos meninos e agradecer, mais uma vez, o carinho e a generosidade que tiveram comigo no ano passado, quando você, inexplicavelmente, nos deixou.

Amanheci pensando na falta que o seu abraço e seu sorriso largo fazem a eles. Aprendi com meu pai, Aécio, que para a educação dos filhos duas coisas são muito importantes: a presença, sempre que possível, e os bons exemplos. No seu caso, os bons exemplos estão por toda parte e os acompanharão para sempre.

Como deve estar vendo aí de cima, por aqui as coisas não vão nada bem.

Estava me lembrando da nossa conversa no apartamento de sua mãe, dona Ana, no fim de 2013, quando, após uma apetitosa carne de sol, falamos da necessidade da correção de rumos na economia. Lembro-me que chegamos à conclusão de que deveríamos concorrer à Presidência em trincheiras próprias, para fortalecer as oposições, e de que nos encontraríamos mais adiante, para somarmos forças em um novo projeto de Brasil, caso um de nós dois viesse a ser vitorioso.

Nesses dias de incertezas, Eduardo, sinto falta das nossas conversas francas, verdadeiras, em que falávamos do futuro com responsabilidade, mas também com alegria e com o bom humor que nunca lhe faltou. Disse a você, muitas vezes, como me chamava atenção a união da sua família e o afeto que toca a todos que têm o privilégio de conviver com ela. Nesse último ano, você não tem ideia dos exemplos que Renata e os meninos deram a todos os brasileiros.

Não me sai da cabeça um dos últimos jantares na sua casa, com carne de boi e frutos do mar à mesa, que naturalmente você não comeu. Após muitas histórias sobre Arraes e Tancredo (que adaptávamos ao sabor do ouvinte), nos reunimos em volta daquela máquina de música na varanda, que funciona com fichas, e que o José, até então seu caçula, com um sorriso no rosto, manejava como ninguém. Miguel ainda não havia chegado.

Após ouvirmos algumas vezes a sua preferida, "Evidências", na voz dos amigos Chitãozinho e Xororó, colocamos "Tocando em frente", de Renato Teixeira e Almir Sater: "Ando devagar, porque já tive pressa e levo esse sorriso porque já chorei demais"...

É isso que fica. A lembrança do seu sorriso franco e leal. Os nossos sonhos comuns. E uma amizade para toda vida.

Você faz muita falta ao Brasil, amigo.

O abraço do Aécio.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Aécio Neves líder da oposição: "Propaganda do PT zomba dos brasileiros"


Aécio : "Propaganda do PT zomba dos brasileiros"




Aécio Neves diz que propaganda do PT 'zomba dos brasileiros'
Isadora Peron
Geraldo Magela/ Agência Senado


O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), criticou o teor da propaganda do PT que irá ao ar na noite desta quinta-feira (6). Para o tucano, o partido "zomba da inteligência dos brasileiros" ao não fazer sequer uma referência às investigações da Operação 'Lava Jato'.

"O governo do PT perde hoje mais uma extraordinária oportunidade de falar a verdade. O programa zomba da inteligência dos brasileiros", disse Aécio.

Ele também criticou o fato de a propaganda ironizar os panelaços, ao dizer que o PT foi o partido "que mais encheu a panela dos brasileiros". "Ao final, a propaganda zomba e zomba de forma agressiva daqueles que se manifestam contra a corrupção que este governo implementou no Brasil", afirmou.

O tucano também "agradeceu" o PT pelo partido ter usado a sua imagem no programa. Na propaganda, o tucano e outros líderes da oposição são acusados de não aceitarem a derrota na eleição do ano passado. "Agradeço a oportunidade dada a milhões de brasileiros de saberem que eu não estou do lado do PT, eu estou do lado do povo. Eu sou contra este governo que infelicita cada dia mais o Brasil", disse.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Dilma, a presidente mais impopular da história do Brasil


Dilma, a presidente mais impopular da história do Brasil





Com 71% de reprovação, Dilma é a presidente mais impopular


José Cruz/Agência Brasil

A popularidade da presidenta Dilma Rousseff voltou a cair, como mostra pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (6). Segundo o levantamento, feito nos dias 4 e 5 de agosto, 71% dos entrevistados consideram o governo ruim ou péssimo, enquanto 8% avaliam a administração da petista como ótima ou boa. No último levantamento, divulgado em junho, 65% dos entrevistados consideraram o governo Dilma ruim ou péssimo e 10% o avaliaram como ótimo ou bom. O balanço foi considerado o pior da história, superando os números registrados pelo ex-presidente Fernando Collor de Mello, que teve um índice de 68% de reprovação.

De acordo com a pesquisa, que ouviu 3.358 pessoas em 201 municípios nas cinco regiões do país, o grupo daqueles que consideravam o governo regular passou de 24%, em junho, para 20% este mês. A margem de erro do levantamento é de 2 pontos percentuais.

A pesquisa mostra ainda que a rejeição ao governo Dilma é homogênea em todas as regiões do país. Os piores índices foram registrados na Região Centro-Oeste, onde 77% dos entrevistados consideram-no ruim ou péssimo, seguido da Região Sudeste, onde 73% avaliaram a gestão petista como ruim ou péssima. Esse percentual no Nordeste chega a 66%.

O Datafolha também perguntou aos entrevistados qual é o melhor sistema de governo para o país. Para 53%, o presidencialismo é a melhor opção, 28% consideraram o parlamentarismo e 19% não souberam responder.

Confira os números totais:

Ótimo/bom: 8%
Regular: 20%
Ruim/péssimo: 71%
Não sabe: 1%

Veja os números considerando cada região do país:


Sudeste:
Ótimo/bom: 7%
Regular: 19%
Ruim/péssimo: 73%
Não sabe: 1%

Sul:
Ótimo/bom: 7%
Regular: 20%
Ruim/péssimo: 73%
Não sabe: 1%

Nordeste:
Ótimo/bom: 10%
Regular: 22%
Ruim/péssimo: 66%
Não sabe: 2%

Centro-Oeste:
Ótimo/bom: 6%
Regular: 15%
-- Ruim/péssimo: 77%
-- Não sabe: 1%

Norte:
Ótimo/bom: 9%
Regular: 24%
Ruim/péssimo: 65%
Não sabe: 2%

Por renda

Considerando a renda em salários mínimos, os resultados da pesquisa foram:


- Até 2 SM:
-- Ótimo/bom: 10%
-- Regular: 20%
-- Ruim/péssimo: 69%
-- Não sabe: 1%

- De 2 a 5 SM:
-- Ótimo/bom: 7%
-- Regular: 20%
-- Ruim/péssimo: 73%
-- Não sabe: 1%

- De 5 a 10 SM:
-- Ótimo/bom: 8%
-- Regular: 17%
-- Ruim/péssimo: 74%
-- Não sabe: 0%

- Mais de 10 SM:
-- Ótimo/bom: 6%
-- Regular: 19%
-- Ruim/péssimo: 75%
-- Não sabe: 0%








Postado por Carlos Guimaraes de Matos Jr. às 12:09   Links para esta postagem
Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest

Marcadores: Dilma impopular


Governo Pimentel: Atacadistas querem sair de Minas




Atacadistas reagem a fim de incentivo fiscal e cogitam transferência para outros Estados

Alessandra Mendes e Janaína Oliveira - Hoje em Dia

Editoria de Arte


Amargando queda de R$ 177 milhões na arrecadação da principal fonte de renda do caixa estadual, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o governo de Minas decidiu revogar o regime de tributação especial de empresas atacadistas. Responsável pela geração de R$ 300 milhões em tributos e mais de 15 mil empregos diretos, o setor alega que a alteração das regras traz prejuízos e já fala em fuga para outros estados.

Para piorar a situação, o mesmo imposto é alvo de disputa entre municípios pobres e ricos. Os mais carentes vão pedir ao governador Fernando Pimentel uma fatia maior da parcela do ICMS rateada entre os municípios na Lei Robin Hood. O imposto, apurado pelo Estado e distribuído em parte para prefeituras, é fruto do pagamento oriundo da comercialização de mercadorias e serviços.

Em um momento de aperto financeiro, o governo publicou no Diário Oficial resolução que determina, a partir de 1º setembro, o fim do regime especial de tributação, no qual emite-se nota fiscal apenas uma vez. Assim, o recolhimento do ICMS passa a ser feito antecipadamente, exigido sobre um fato gerador presumível. O problema, alegam empresários, é que muitas vezes o imposto é calculado em cima de uma margem de lucro mais alta, já que a operação praticada por eles pode não ocorrer dentro de Minas e sim fora do Estado, onde o tamanho da mordida do imposto é menor.

Prejuízo

“Quando o atacadista revende a mercadoria para outro Estado, ele acaba sendo prejudicado, uma vez que na operação interestadual a alíquota é menor do que na interna. Neste caso, ele passa a ter direito ao ressarcimento dessa diferença. Porém, os procedimentos estabelecidos no Regulamento do ICMS são complexos e burocráticos, além da morosidade do Estado para autorizar esse direito”, afirma a advogada e consultora de tributos da Coutinho, Lacerda, Rocha, Diniz & Advogados Associados, Desirée Costa. Para ela, que trabalha para gigantes do setor, a medida onera e tira a competitividade das empresas, que cogitam a transferência para outros estados.

Segundo Alberto Portugal, diretor comercial da Tambasa, quinta maior rede do país, a nova norma é ainda mais perversa para o caixa em tempos de crise, com o consumo retraído. “Vamos ser obrigados a pagar a alíquota do tributo que é praticada em Minas, como se fôssemos vender o produto apenas pra cá. Se vendermos para outro Estado, poderemos pedir restituição. Mas aí só Deus sabe quando receberemos a diferença”. Só 30% das vendas da Tambasa ficam no Estado.

Pelo menos 28 atacadistas serão afetados pela mudança na tributação.

Prefeitos agendam marcha para pressionar revisão de repasses

Acuados pela crise financeira, prefeitos das regiões Norte e Nordeste de Minas reivindicam que o Estado faça uma redistribuição dos recursos destinados às prefeituras via Lei Robin Hood. Atualmente, a norma prevê que um quarto do total arrecadado via ICMS seja repassado aos municípios. Deste montante, 25% vão para as cidades que atendem aos requisitos previstos na Lei 12.040, de 1995, apelidada de Robin Hood. A ideia era destinar mais recursos para quem mais necessitasse.

Acontece que, segundo os prefeitos das regiões mais pobres do Estado, o dinheiro acaba indo para as cidades mais ricas. “Com o tempo, os critérios da lei foram aumentados com o objetivo de prestigiar quem tinha mais desenvolvimento e população, invertendo a ideia de tirar dos ricos e dar para os pobres”, explica Hayden Matos Batista (PR), conhecido como Dr. Branco, prefeito de Fronteira dos Vales, no Vale do Mucuri.

Para defender a ideia de mudança nos índices que determinam quem recebe mais ou menos dentro da Lei Robin Hood, demanda antiga da classe, o político encabeça uma marcha de prefeitos marcada para a próxima quinta-feira. Cerca de 300 chefes de executivos municipais virão a Belo Horizonte para tentar um encontro com o governador Fernando Pimentel .

Uma reunião entre o prefeito de Fronteira dos Vales, o presidente da Associação Mineira dos Municípios (AMM), Antônio Júlio (PMDB), prefeito de Pará de Minas, e o governador chegou a ser agendada para essa quinta-feira (6) com o intuito de discutir o tema. Entretanto, o encontro teria sido desmarcado pelo governo.

‘Escutar para governar’

“Um funcionário da Segov (Secretaria de Estado de Governo) informou que a reunião só aconteceria se a marcha fosse desmarcada. Acredito que isso partiu da assessoria e não do governador, que não agiria dessa forma, já que o lema do governo é escutar para governar”, afirmou Dr. Branco. Ele coordenou a campanha de Pimentel no Vale do Mucuri.

Procurado pela reportagem do Hoje em Dia, o governo do Estado não se pronunciou sobre o cancelamento da reunião do governador com os prefeitos até o fechamento desta edição. Com o encontro cancelado, mas a marcha mantida, o assunto promete gerar muita polêmica. A mudança no índice de repasse da lei significa, na prática, reduzir os valores dos municípios que, hoje, recebem quantia maior. “Isso é uma guerra, mas, se o governo quiser conversar, dá para fazer mudanças na distribuição”, avalia o presidente da AMM.

A situação é ainda mais complexa porque a crise financeira atinge todos os municípios mineiros, ricos e pobres. “Todos estão em crise, o momento é um dos piores possíveis para discutir isso”, afirma Antônio Júlio.

Em nota, o governo do Estado informou que “já existe uma equipe realizando estudos para a formatação de uma proposta de revisão da Lei Robin Hood”. O assunto será tratado em uma reunião entre o governador e o secretário de Desenvolvimento e Integração do Norte e Nordeste de Minas, Paulo Guedes, marcada para essa quinta-feira (6)