quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Dilma, a presidente mais impopular da história do Brasil


Dilma, a presidente mais impopular da história do Brasil





Com 71% de reprovação, Dilma é a presidente mais impopular


José Cruz/Agência Brasil

A popularidade da presidenta Dilma Rousseff voltou a cair, como mostra pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (6). Segundo o levantamento, feito nos dias 4 e 5 de agosto, 71% dos entrevistados consideram o governo ruim ou péssimo, enquanto 8% avaliam a administração da petista como ótima ou boa. No último levantamento, divulgado em junho, 65% dos entrevistados consideraram o governo Dilma ruim ou péssimo e 10% o avaliaram como ótimo ou bom. O balanço foi considerado o pior da história, superando os números registrados pelo ex-presidente Fernando Collor de Mello, que teve um índice de 68% de reprovação.

De acordo com a pesquisa, que ouviu 3.358 pessoas em 201 municípios nas cinco regiões do país, o grupo daqueles que consideravam o governo regular passou de 24%, em junho, para 20% este mês. A margem de erro do levantamento é de 2 pontos percentuais.

A pesquisa mostra ainda que a rejeição ao governo Dilma é homogênea em todas as regiões do país. Os piores índices foram registrados na Região Centro-Oeste, onde 77% dos entrevistados consideram-no ruim ou péssimo, seguido da Região Sudeste, onde 73% avaliaram a gestão petista como ruim ou péssima. Esse percentual no Nordeste chega a 66%.

O Datafolha também perguntou aos entrevistados qual é o melhor sistema de governo para o país. Para 53%, o presidencialismo é a melhor opção, 28% consideraram o parlamentarismo e 19% não souberam responder.

Confira os números totais:

Ótimo/bom: 8%
Regular: 20%
Ruim/péssimo: 71%
Não sabe: 1%

Veja os números considerando cada região do país:


Sudeste:
Ótimo/bom: 7%
Regular: 19%
Ruim/péssimo: 73%
Não sabe: 1%

Sul:
Ótimo/bom: 7%
Regular: 20%
Ruim/péssimo: 73%
Não sabe: 1%

Nordeste:
Ótimo/bom: 10%
Regular: 22%
Ruim/péssimo: 66%
Não sabe: 2%

Centro-Oeste:
Ótimo/bom: 6%
Regular: 15%
-- Ruim/péssimo: 77%
-- Não sabe: 1%

Norte:
Ótimo/bom: 9%
Regular: 24%
Ruim/péssimo: 65%
Não sabe: 2%

Por renda

Considerando a renda em salários mínimos, os resultados da pesquisa foram:


- Até 2 SM:
-- Ótimo/bom: 10%
-- Regular: 20%
-- Ruim/péssimo: 69%
-- Não sabe: 1%

- De 2 a 5 SM:
-- Ótimo/bom: 7%
-- Regular: 20%
-- Ruim/péssimo: 73%
-- Não sabe: 1%

- De 5 a 10 SM:
-- Ótimo/bom: 8%
-- Regular: 17%
-- Ruim/péssimo: 74%
-- Não sabe: 0%

- Mais de 10 SM:
-- Ótimo/bom: 6%
-- Regular: 19%
-- Ruim/péssimo: 75%
-- Não sabe: 0%








Postado por Carlos Guimaraes de Matos Jr. às 12:09   Links para esta postagem
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Marcadores: Dilma impopular


Governo Pimentel: Atacadistas querem sair de Minas




Atacadistas reagem a fim de incentivo fiscal e cogitam transferência para outros Estados

Alessandra Mendes e Janaína Oliveira - Hoje em Dia

Editoria de Arte


Amargando queda de R$ 177 milhões na arrecadação da principal fonte de renda do caixa estadual, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o governo de Minas decidiu revogar o regime de tributação especial de empresas atacadistas. Responsável pela geração de R$ 300 milhões em tributos e mais de 15 mil empregos diretos, o setor alega que a alteração das regras traz prejuízos e já fala em fuga para outros estados.

Para piorar a situação, o mesmo imposto é alvo de disputa entre municípios pobres e ricos. Os mais carentes vão pedir ao governador Fernando Pimentel uma fatia maior da parcela do ICMS rateada entre os municípios na Lei Robin Hood. O imposto, apurado pelo Estado e distribuído em parte para prefeituras, é fruto do pagamento oriundo da comercialização de mercadorias e serviços.

Em um momento de aperto financeiro, o governo publicou no Diário Oficial resolução que determina, a partir de 1º setembro, o fim do regime especial de tributação, no qual emite-se nota fiscal apenas uma vez. Assim, o recolhimento do ICMS passa a ser feito antecipadamente, exigido sobre um fato gerador presumível. O problema, alegam empresários, é que muitas vezes o imposto é calculado em cima de uma margem de lucro mais alta, já que a operação praticada por eles pode não ocorrer dentro de Minas e sim fora do Estado, onde o tamanho da mordida do imposto é menor.

Prejuízo

“Quando o atacadista revende a mercadoria para outro Estado, ele acaba sendo prejudicado, uma vez que na operação interestadual a alíquota é menor do que na interna. Neste caso, ele passa a ter direito ao ressarcimento dessa diferença. Porém, os procedimentos estabelecidos no Regulamento do ICMS são complexos e burocráticos, além da morosidade do Estado para autorizar esse direito”, afirma a advogada e consultora de tributos da Coutinho, Lacerda, Rocha, Diniz & Advogados Associados, Desirée Costa. Para ela, que trabalha para gigantes do setor, a medida onera e tira a competitividade das empresas, que cogitam a transferência para outros estados.

Segundo Alberto Portugal, diretor comercial da Tambasa, quinta maior rede do país, a nova norma é ainda mais perversa para o caixa em tempos de crise, com o consumo retraído. “Vamos ser obrigados a pagar a alíquota do tributo que é praticada em Minas, como se fôssemos vender o produto apenas pra cá. Se vendermos para outro Estado, poderemos pedir restituição. Mas aí só Deus sabe quando receberemos a diferença”. Só 30% das vendas da Tambasa ficam no Estado.

Pelo menos 28 atacadistas serão afetados pela mudança na tributação.

Prefeitos agendam marcha para pressionar revisão de repasses

Acuados pela crise financeira, prefeitos das regiões Norte e Nordeste de Minas reivindicam que o Estado faça uma redistribuição dos recursos destinados às prefeituras via Lei Robin Hood. Atualmente, a norma prevê que um quarto do total arrecadado via ICMS seja repassado aos municípios. Deste montante, 25% vão para as cidades que atendem aos requisitos previstos na Lei 12.040, de 1995, apelidada de Robin Hood. A ideia era destinar mais recursos para quem mais necessitasse.

Acontece que, segundo os prefeitos das regiões mais pobres do Estado, o dinheiro acaba indo para as cidades mais ricas. “Com o tempo, os critérios da lei foram aumentados com o objetivo de prestigiar quem tinha mais desenvolvimento e população, invertendo a ideia de tirar dos ricos e dar para os pobres”, explica Hayden Matos Batista (PR), conhecido como Dr. Branco, prefeito de Fronteira dos Vales, no Vale do Mucuri.

Para defender a ideia de mudança nos índices que determinam quem recebe mais ou menos dentro da Lei Robin Hood, demanda antiga da classe, o político encabeça uma marcha de prefeitos marcada para a próxima quinta-feira. Cerca de 300 chefes de executivos municipais virão a Belo Horizonte para tentar um encontro com o governador Fernando Pimentel .

Uma reunião entre o prefeito de Fronteira dos Vales, o presidente da Associação Mineira dos Municípios (AMM), Antônio Júlio (PMDB), prefeito de Pará de Minas, e o governador chegou a ser agendada para essa quinta-feira (6) com o intuito de discutir o tema. Entretanto, o encontro teria sido desmarcado pelo governo.

‘Escutar para governar’

“Um funcionário da Segov (Secretaria de Estado de Governo) informou que a reunião só aconteceria se a marcha fosse desmarcada. Acredito que isso partiu da assessoria e não do governador, que não agiria dessa forma, já que o lema do governo é escutar para governar”, afirmou Dr. Branco. Ele coordenou a campanha de Pimentel no Vale do Mucuri.

Procurado pela reportagem do Hoje em Dia, o governo do Estado não se pronunciou sobre o cancelamento da reunião do governador com os prefeitos até o fechamento desta edição. Com o encontro cancelado, mas a marcha mantida, o assunto promete gerar muita polêmica. A mudança no índice de repasse da lei significa, na prática, reduzir os valores dos municípios que, hoje, recebem quantia maior. “Isso é uma guerra, mas, se o governo quiser conversar, dá para fazer mudanças na distribuição”, avalia o presidente da AMM.

A situação é ainda mais complexa porque a crise financeira atinge todos os municípios mineiros, ricos e pobres. “Todos estão em crise, o momento é um dos piores possíveis para discutir isso”, afirma Antônio Júlio.

Em nota, o governo do Estado informou que “já existe uma equipe realizando estudos para a formatação de uma proposta de revisão da Lei Robin Hood”. O assunto será tratado em uma reunião entre o governador e o secretário de Desenvolvimento e Integração do Norte e Nordeste de Minas, Paulo Guedes, marcada para essa quinta-feira (6)

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