quarta-feira, 19 de março de 2014

Aécio Neves líder da oposição teme intervenção do estado no Marco Civil da Internet


Aécio teme intervencão do estado no Marco Civil da Internet



Fonte: Diário de Pernambuco


Marco Civil da Internet é criticado pelos adversários de Dilma nas eleições


Para o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), a petista erra ao ter pressa para votar o texto

Motivo de discórdia na própria base aliada, o Marco Civil da Internet é criticado também por adversários da presidente Dilma Rousseff nas eleições. Para o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), a petista erra ao ter pressa para votar o texto na Câmara, e deveria levar a proposta para o debate eleitoral. Já o senadorAécio Neves (PSDB-MG) diz que a matéria ainda não está “madura” para apreciação no Congresso e abre margem para um “intervencionismo perigoso” do governo.

O Planalto tem pressa na votação para poder apresentar o projeto na conferência internacional de governança na internet, que ocorre em São Paulo, em abril. A ideia é mostrá-lo como um exemplo. Além disso, quer, com a aprovação de um texto sobre o assunto, dar uma resposta às denúncias de espionagem norte-americana reveladas no ano passado.

Para Eduardo, o ambiente de debate é inadequado. “Talvez seja melhor a gente não submeter o debate do marco civil a um ambiente contaminado pela política menor”, disse, em referência à crise entre a base e o governo, que passa pelo texto. Enquanto o Planalto se esforça para aprovar o projeto, o PMDB, oficialmente na base, tenta derrubá-lo.

Eduardo diz que o projeto precisa ser debatido em um ambiente que não seja “nem de governo nem de oposição”. “Acho melhor aguardar para o próximo ano para que o governo eleito, que vai, inclusive, definir sua posição com clareza no debate eleitoral, afirme o que entende que é relevante. (...) Não estamos em tempo de fazer as coisas de qualquer jeito”, alfinetou o governador.

Já Aécio diz ver “uma ansiedade muito grande do governo” pela votação, embora a proposta, para ele, não esteja “madura”. “Nossa posição já tem sido essa na Câmara (de não votar no afogadilho). Somos a favor da neutralidade, mas achamos que esse projeto traz a possibilidade de um intervencionismo inadequado. Por meio de decreto (se for aprovado), a presidente pode fazer intervenções perigosas, principalmente vindo de um governo que volta e meia apresenta o seu perfil intervencionista”, acusou o senador.

O tucano diz que talvez seja melhor a votação ser adiada para o próximo ano. “A posição do PSDB é aguardar que essa negociação possa avançar e esse viés intervencionista possa ser revertido”, afirmou.

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